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Apost. Gerenciamento
Apost. Gerenciamento
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
ÁREA DE MECANIZAÇÃO
NOTAS DE AULA
JAEIRO/2012
1
GERECIAMETO DAS OPERAÇÕES MECAIZADAS
1. ITRODUÇÃO
Ferramenta – Implemento ns sua forma mais simples, constituindo a parte ativa de outro
implemento ou máquina (ferramenta ativa ou órgão ativo) e, como é geralmente designada na
prática, apetrechos manuais como a enxada, a foice, o facão, o machado, a chave de boca,
etc..
2
3. DESEMPEHO OPERACIOAL DA MAQUIARIA
3
CcE = V (km/h x L (m) / 10 = ha/h
CcO = V (km/h x L (m) x Eficiência de campo / 10 = ha/h
Tempos perdidos:
4
Tt = tempo de transporte (envolve os deslocamentos em carreadores , estradas, e
em manobras de cabeceira,etc.);
Tr = tempo de regulagens (envolve todos os ajustes necessários à boa operação) e
o;
Tm = tempo de manutenção (envolve as lubrificações,os desembuchamentos,etc.).
Arado 70 a 85%
Grade 70 a 90%
Semeadora-adubadora 70 a 85%
Cultivador 75 a 90%
Ceifadoras 75 a 90%
Ancinhos mecânicos 65 a 90%
Colhedoras tracionadas 65 a 75%
Colhedoras autopropulsadas 70 a 80%
Colhedoras de forragens 50 a 75%
Colhedoras de algodão 60 a 75%
Colhedoras de milho em espigas 55 a 70%
4. RENDIMENTO OPERACIONAL
Sendo:
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hj = horas de trabalho por dia, o que depende do número de jornadas diária.
nq= número de dias parados devido a eventuais reparações nos equipamentos
6. RITMO OPERACIONAL
Nc = RO (há/h)
CcO (há/h)
Onde:
Nc = número de conjuntos moto mecanizados;
RO = ritmo operacional, há/h;
CcO = capacidade de campo operacional, há/h.
FBT = ReO x AM
Onde:
FBT = força na barra de tração, kgf ou N;
ReO = Resistência específica operacional, (kgf/cm2 ou N/cm2);
AM = área mobilizada, cm2.
PBT = FBT x V
Sendo:
PBT = Potência na barra de tração;
V = velocidade média operacional.
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8-Argiloso (seco), trabalhado pela 1ª vez.......................... 0,98 – 1,05
9-Muito argiloso................................................................ 1,12 – 1,26
10-Excessivamente argiloso.............................................. 1,26 – 1,40
• Capacidade de trabalho
• Assistência Técnica
• Fontes de financiamento
• Custo de aquisição
• Custo operacional
• Confiabilidade
• Necessidade e/ou preferências pessoais
• Pressão de vendas
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• Estratégias de reposição
• Informações técnicas sobre os modelos disponíveis
• Pressão social
b.1) Agrícolas
• Tipo de solo
• Declividade do terreno
• Área a ser explorada
• Culturas principais
• Tipo de trabalho
b.2) Técnicas
• Tipos de trator
• Potência (motor, TDP, BT)
• Força na barra de tração
• Rodas motrizes (4x2, 4x2TDA, 4x4)
• Resistência das máquinas à tração
• Capacidade de trabalho
• Combustível
• Assistência técnica
• Qualificação do operador
• Manutenção e conservação
• Controle operacional
b.3) Econômicas
• Custo/benefício
• Gastos de manutenção
• Gastos operacionais
• Custos comparativos com outras fontes de energia
• Características da empresa
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9.1.1– Potência máxima disponível na TDP, à rotação do motor - Eficiência de
transmissão de potência do motor para TDP :
acima de 90% - boa
entre 90-85% - razoável
entre 85-80% - baixa
abaixo de 80%
9.3– Transmissão
Caixa de transmissão com 12 ou mais velocidades, não havendo vazios entre 2 e 10
Km/h; tendo uma sobreposição de 10 a 15% entre as marchas.
9
abaixo de 245 g/kW.h (180 g/cv.h) – bom
entre 245-272 g/kW.h (180-200g/cv.h) – razoável
entre 272-292 g/kW.h (200-215g/cv.h) – muito elevado
acima de 292 g/kW.h ( >215g/cv.h) – inaceitável
Não é aconselhável trabalhar mais do que 2 (duas) horas por dia, com ruídos
superiores a 95 dB (A).
TIPOS DE POTÊNCIA
- potência teórica ou motora - Ht;
- potência indicada Hi;
potência efetiva ou potência ao freio He;
potência efetiva continua não limitada;
potência efetiva continua limitada;
potência efetiva de sobrecarga;
potência efetiva máxima;
potência efetiva a carga parcial;
- potência de atrito Ha;
- potência observada Ho;
- potência reduzida Hr.
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obtida transformando o combustível consumido num determinado tempo em
potência, através do equivalente mecânico do calor:
Ht = Hm = Q x p x C x 427 ou Ht = 0,00158 x Q x C
3600 x 75
Hi = pm x S x L x n x N
450000 x f
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importante argumento de vendas para compradores com poucos conhecimentos
técnicos.Os acessórios que podem consumir potência, são:
a) bomba de óleo lubrificante;
b) bomba do líquido de arrefecimento do motor;
c) equipamento de controle de emissões;
d) gerador (operando vazio);
e) coletores de admissão e de escapamento;
f) ventilador do motor ( no caso de motores arrefecidos a ar).
NOTA: No caso de motores de ciclo Otto, o filtro de ar poderá ser opcionalmente
incluído,caso na ausência deste ocorra irregularidades de carburação.
He = N x T x 0,0013962666
10.1.4 Potência de atrito ( Ha ) – É a potência que o motor exige para ser acionado
( vencer o atrito nos mancais, êmbolos e demais partes móveis, bem como para
realizar a aspiração do ar - motores Diesel ou da mistura ar + combustível – motores
Otto e a expulsão dos gases de escape), a uma dada velocidade angular sem estar
produzindo trabalho útil. É obtida diretamente, através de dinamômetro motor, ou de
forma indireta pelas potências indicada e efetiva:
Ha = H i - He
12
10.1.6 Potência reduzida ( Hr ) – é a potência observada reduzida para as
condi”coes atmosféricas padrão. Essas condições atmosféricas padrão tem variado
de acrdo com a evolução dos textos normativos sobre ensaio de motores, como se
pode observar na Tabela XXX.
π.N. To
PTDP = 2π sendo: PTDP ⇒ potência, em kW, no eixo da TDF.
N ⇒ rotação por segundo (RPS) na TDF
To ⇒ torque no eixo em kNm.
Teq = To x No
Ne
Onde:
No/Ne = relação de rotação entre a TDF e a árvore de manivelas do motor (ADM),
fornecido pelo fabricante ou calculado mediante relação de transmissão.
13
Deve-se atentar para o fato de que o torque deve aumentar com a redução da
rotação. Esse aumento ideal deve ser de 20 à 25% em relação ao torque à potência
máxima e deve ocorrer, de preferência entre 60 à 70% da rotação máxima do motor
sem carga. O aumento mínimo aceitável do torque com a redução da rotação é de
10%.
Pe P
ηm = 100 ou η M = 1 − a 100
Pi Pi
Pi
ηT = .100 ou ηt = He + Ha x 100
Pm
ma
ηv = 100
mt
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Deve-se neste ensaio caracterizar o rodado, pressão de insulflagem, carga sobre os
eixos do trator, bem como a patinagem e marcha utilizada.
⇒ Patinagem = Vn – V = (1 – V )
Vn Vn
Onde: dn = distância percorrida pela roda sem carga;
d = distância percorrida pela roda com carga;
Vn = velocidade sem carga;
V = velocidade com carga.
DINAMÔMETRO
Patinagem (%)
15%
Coef. de tração
10.
15
10.5 Consumo de combustível – Avalia a eficiência da transformação energética
do combustível em trabalho útil. O consumo de combustível é indicado em g/kW-h, o
qual é caracterizado como consumo especifico de combustível. Tal consumo deve
ser em todas as rotações do motor.
Mathews (1978), estima que uma diferença de 15% no consumo especifico de
combustível entre tratores pode ocasionar uma diferença de 2% no custo total da
operação. Os valores típicos para tratores modernos (DIESEL) estão na faixa de
175 à 250g/kW-h (0,2 à 0,3 l/kW-h).
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11.3.1 A potência do trator no trabalho
Hr = Potência reduzida;
Ho = Potência observada;
Po = Pressão atmosférica observada, em mmHg;
To = temperatura do ar de admissão, em °C;
Potência reduzida: para Temperatura de 25°C e pressão atmosférica de 760mmHg;
Potência observada: para temperatura (T), em °C e; pressão atmosférica (po), em
mmHg.
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Então a perda na transmissão (pt) é:
pt = Pv x ηa(1- ηt)
pp = p(Pv – pa - pt)
ψ = R/W
W=ψxQ
ψ = R / W = (1,2 / Cn) + 0,04 → ψ = ( 1,2 / Cn) + 0,04 → µ = 0,75 (1 – e-0,3 . cn .p
)
Cn = CI x Lp x Dc
Q
Exemplo: um trator convencional (4x2) trabalha num solo arenoso com contrapeso
e pressão recomendadas nos pneumáticos. A patinagem é de 12%. Estimar o
coeficiente de tração (µ).
18
Então: Cn = 15
ηR = Fx/(Fx + R)
ηF = ηa ηT ηp ηR
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Para expressar a potência na barra de tração em sua equivalente na tomada de
potência usa-se a expressão:
PBT
PeTDP =
Peixotraseiro PBT
.
PTDP Peixotraseiro
Portanto :
PTDP
PTDP ( Disponível ) =
PBT
0,94.
Peixotraseiro
0,96- 0,98
0,75-0,81
0,90-0,92 0,85-0,89
EIXO
TOMADA DE 0,94 TRASEIRO
0,96
POTÊNCIA
0,92-0,93
0,86-0,89
BARRA DE
TRAÇÃO
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FIGURA 1- Rendimento máximo de potência mecânica de um trator 4 x 2 sobre
Concreto.
TOMADA DE POTÊNCIA
0,94-0,96 0,86-0,89
BARRA DE
EIXO TRASEIRO 0,92-,0993
TRAÇÃO
Gt = 40 kN ηt = 0, 95
Pv = 50 kW ψ = 0, 04
Vt = 6 Km/h p = 0,1
Cálculos:
pt = ηa (1 - ηt) Pv
pt = 0,91 ( 1- 0,95) 50 kW = 2,275 kW
V = 6 (1 – 0,1)
V = 6 (0,9) = 5,4 Km/h
V= 5,4 Km/h
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Eficiência da patinagem:
pp = p (Pv-pa-pt)
pp = 0, 1 (50-4,5-2,275)
pp = 4,32 kW
Resistência ao rolamento-R
ψ = R/Q Q= 40 kN
ψ = 0,04
R = ψ x Q = 40 x 0,04
R = 1,6 kN
Pbt = pv-pa-pt-pp-pr
Pbt = 50 - 4,5 - 2,275 - 4,32 - 2,4
Pbt = 36,50 kW
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ηa = 1 - h /10000 = 1 – 0 /1000 = 1
ηa = 1
b) Perda na transmissão:
pt = ηa (1-ηt) Pv
pt = 1(1-0,95)50
pt = 2,5 kW
Eficiência da tração
ηbt = Pbt/Pv = 40,35/ 50,00 = 0,807 = 80,7%
Então :Fx = Pbt/V = (40,35 kW / 5,4 Km/h) x 3,6 = 26,9 kN
LEGENDA
Ht = potência teórica = Hm = potência motora
Hi = potência indicada
Ho = potência observada
Hr = potência reduzida
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Hc = potência máxima corrigida no Motor.
H0 = potência máxima observada no Motor.
Hn = potência normal no Motor.
hc = potência máxima corrigida na barra de tração.
h0 = potência máxima observada na barra de tração
hn = potência normal na barra de tração.
ps = pressão atmosférica padrão ou estândar: 760 mm de Hg.
Ts = temperatura absoluta padrão= 273º C + 25 ºC = 298 ºC
To = temperatura absoluta local observada: 273º C + T.
po = pressão atmosférica ou barométrica (mmHg) observada (do local onde se
realiza o ensaio).
Então:
ɳ = 22%
FBT = 2200 kg .
V = 1,20 m/seg
He = ?
Hm = ?
d = 0,78 g/cm3
t = 100h
Q=?
hn = ? (potência normal na barra de tração)
FBT = 2200 kg
Solução:
hn = F x v = 2200 x 12 = 35,2 cv
75 75
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hn = 0,78 Hn
He = Hn = hn = 35,2 = 45,15 cv
0,78 0,78
η = He
Hm
Hm = He = 45,15 = 205,2 cv
Η 0,22
Ht = Q x C x 427
C x 427
Dados:
V = 1,5 m/s
F = 1500 kg
Po =700mmHg
To = 20 0c
25
Perdas devido a natureza do terreno (resistência ao rolamento) = 40 kg/ton
Perdas devido a declividade do terreno = 30 kg/ton
He = ?
Solução:
26
RELAÇÕES ENTRE AS POTÊNCIAS DE TRATORES
78% - Pneu
75% - Esteira MOTOR
BARRA
88% - Pneu Potência máxima corrigida = Nível
í Potência máxima corrigida = hc 31,40 cv
Hc=35,07 cv do
vel
mar
do 85 % - Esteira
mar
ho = hc Po Ts H0 = Hc P0 Ts Hc = H0 Ps To
Ps To Ps T0 P0 TS
75% 85%
78% - Pneu
75% - Esteira
27
.
Hn = H’n po Ts
ps To
Dados
H’n = 50 cv
hn = ?
Po = 600 mm de Hg
T = 20º C.
Q = ? (consumo de combustível)
C = 10.000 C/kg
t = 10 h = 3.600 seg.
ηtm = 40%
Solução:
O exercício relata a que potência efetiva média ou potência normal (H’n) no motor
Diesel, em questão, é de 50 cv nas condições padrão. Portanto, nas
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condições normais de ‘trabalho a potência (Hn), sera:
Hn = H’n po 273+Ts
ps 273+To
hn = 0,75 x Hn
hn = 0,75 x 39,25 = 29,45 cv = 29,45 cv
hn = 29,45 cv
ηtm = He
Ht
Ht = He = 39,25 = 98,2 cv
ηtm 0,40
Ht = Q x C x 427
t x 75
P=Vxd
Sendo: P = o peso;
v= volume;
d= massa específica.
29
V = p = 62 = 77,5 L/10 h de trabalho = . 7,75 L/h
d 0,8
Dados
F = 1.800 kgf pd = 12 kg
V=? pn = 6 kg
t = 20 h = 72000s To = 30º C
P = 3.000 kg po = 650 mmHg
d = 0,8 g/cm3 v = 1,2 m/s
g = 200 g/cvh. Hn = ?
hn = ?
Solução:
P = pd + ps = 36 + 18 = 54 kg
Este resultado será somado ao esforço de tração exigido pelo arado, segundo
explicação contida no exercício 2.
F = 1.800 + 54 = 1854 kg
30
Portanto, a potência normal na barra de tração nas condições ideais, isto é, ao nível do
mar e a temperatura de 25 ºC, será:
H’n = H’n po Ts
ps To
31
8) Qual o consumo de óleo Díesel, de um trator de pneus, sabendo-se que o motor
consome 200 cm3/cvh. nas condições ideais de pressão e temperatura? Nas
condições de trabalho do trator, isto é de 30 ºC e 700 mmHg, a potência máxima na
barra de tração é de 36 cv.
Dados
Solução:
hr = ho x ps To
po Ts
hr = 0,88 Hc
Hr = 39,09/0,88 = 44,42 cv
O exercício faz a indicação do consumo de óleo Diesel de 200 cm3/cvh, nas condições
normais de pressão e temperatura. Estas condições são as condições padrão e
portanto, referem-se à potência máxima reduzida no motor, já determinada no item b.
Portanto:
32
9) Para o cálculo do custo de aração, necessita-se saber qual o gasto de combustível e
a potência do trator para arar 40 hectares de terras em 10 dias de 10 horas de serviço.
Para isso, emprega-se um arado de discos em que cada disco ara 1,0 ha, em 10 horas
de trabalho e exige um esforço tratório de 600kg à velocidade de 1m/s. O trator é de
pneu do tipo 4x2, funcionando com biodiesel de poder calorífico 10.000 C/kg e
densidade 0,79, sendo o rendimento termomecânico do motor 25%. Considera-se a
potência exigida pelo arado igual a potência na barra de tração do trator e esta por sua
vez igual a 75% da potência efetiva do motor.
Dados:
V=? v = 1m/seg
Hn = ? c = 10.000 C/kg
Área = 40 há d = 0,79 g/cm3
T = 10dias de 10h = 360.000 seg ηtm = 25%
F = 600 kg/disco hn = 0,75 Hn
Solução:
Hn = F x v
75
O valor da força F é 2.400 kg, isto porque 1 disco ara 1 há em dia. Portanto 4 discos
aram 4 há em 1 dia. Se cada disco exige 600 kg de esforço tratório, logo 4 discos
exigirão para a tração 2400 kg.
hn =2400 x 1m/s = 32 cv
75
Uma vez que o exercício estabelece que a potência na barra é igual a 75% da potência
efetiva do motor, esta terá o seguinte valor:
hn = 0,75 Hn
Hn = hn = 32 = 42,66 cv.
0,75 0,75
ηtm = He
Ht
33
Ht = He = 42,66 = 170,65 cv.
ηtm 0,25
Ht = Q x C x 427
t x 75
P=Vxd
Dados:
Hn na TDP = 34 cv.
Potência requerida para tracionar e acionar a roçadora = 8 cv.
Potência disponível (restante) na barra de tração = ?
Hn (restante) = Hn – (1,15 x hn)
34
11) Uma ceifadora exige a potência de 10 cv na TDP de um trator. Sabendo-se que
além desse esforço na TDP para o seu acionamento, ela exige para que seja
tracionada um esforço de 240 kg à velocidade de trabalho de 1,2 m/seg. Determinar
qual deve ser a potência do motor do trator.
Dados:
Potência requerida para acionar a roçadora = Hn (TDP) = 10 cv.
Potência requerida para tracionar a roçadora = hn (TDP) = ? cv.
FBT = 240 kg
V = 1,2 km/h
Hn = ?
a) Cálculo da potência exigida na barra de tração para tracionar a ceifadora.
12) Determinar o consumo de álcool, cujo poder calorífico de 7500 C/kg, em 10 horas
de trabalho de um trator, sabendo-se que o mesmo trabalha com uma ceifadora que
exige a potência de 12 cv na TDP e 15 cv na barra de tração e o rendimento
termomecânico do motor do trator é 0,25.
Dados:
V=? hn = 15 cv.
C = 7500 C/kg ηtm = 0,25
T = 10 h = 36.000 seg d = 0,75 g/cm3
Hn (TDP) = 12 cv.
Solução:
Ht = Q x C x 427
t x 75
Q = Ht x t x 75 = 117.1 x 36.000 x 75 = 67 kg
C x 427 7500 x 427
Q = 98,73 kg
Convertendo em litros:
P=Vxd
V = p / d = 98,73 kg =. 131,63 litros de álcool em 10 horas de serviço.
O,75 kg/L
Dados
n = 6 cilindros L = 20 cm
r = 5 cm N = 98%
pm = 30 kg/cm2 Hi = ?
N = 1200 r.p.m He = ?
Solução:
Hi = pm x π r2 x L x n x N
60 x 75 x 2
36
Se fosse motor de 2 tempos, seria:
Hi = pm x π x r2 x 1 x n x N
60 x 75
η = He
Hi
14) Um trator de pneu, tem motor a gasolina de 4 cilindros de 4’’ de diâmetro. Sabendo-
se que a pressão média dos gases nos cilindros é de 12 atmosferas, que o curso do
pistão é de 15 cm e a rotação do volante é de 1100 rpm, determinar a potência na
barra de tração do trator e o consumo de gasolina em 100 horas de trabalho. O motor é
de 4 tempos e de rendimento mecânico igual a 0,90.
Dados:
n=4 V = litros ?
d = 4” = 10,16 cm t = 100 h = 36.000 seg
pm =12 atm. = 12,396 kg/cm2 η m= 0,90
L = 15 cm = 0,15 m
N = 1.100 rpm.
hn = ? (potência normal na barra de tração)
Solução:
37
Hi = pm x π x r2 x L x n x N = 12.396 x 3.14 x 5.082 x 0,15 x 4 x 1.100
60 x 75 x 2 60 x 75 x 2
Hi = 73,7 cv
ηm = He
Hi
Assim fica:
ηtm x Ht = He
Ht = He = 66,25 = 265 cv
ηtm 0,25
Ht = Q x C x 427
t x 75
Q = Ht x t x 75
C x 427
38
Para aplicação desta fórmula há necessidade de se conhecer qual o número de
calorias do combustível (C), fornecido para queima. Como não foi dado, admite-se o
valor de 10.800 C/kg.
Isto significa que o trator em questão consome 20,7 L/h de gasolina o que pode parecer
um resultado exagerado. Mas deve-se recordar que esse trator possui 51,7 cv na barra
de tração conforme foi determinado e tal potência é muito elevada para um trator a
gasolina. ‘Para valores de potência na barra de tração acima de de 30 cv é
recomendável usar motor de ciclo Diesel em vez de ciclo Otto.
15)Um trator de pneus, é provido de motor de ciclo Otto de quatro tempos, com 4
cilindros de diâmetro igual a 3,5” e curso de 4.5”, com pressão média dos gases de 10
atmosferas, rotação do volante de 1350 rpm, rendimento térmico de 30% e rendimento
termomecânico de 25%. Assim sendo, determinar a potência na barra de tração e o
consumo de gasolina, em 10 horas de trabalho, uma vez que a gasolina possui 10500
C/kg e peso específico de 0,8 g/cm3.
Dados:
N = 4 cilindros ηt = 0,3
D = 3,5”= 8,89 cm ηtm = 0,25
R = 4,445 cm t = 10 h = 36.000 seg.
1 = 4,5”= 11,44 cm = 0,1144 m C = 10500 C/kg
pm = 10 atm. = 10,33 kg/cm2 d = 0,8 g/cm3
N = 1350 rpm hn = ?
V=?
Solução:
Hi = pm x π x r2 x L x N
60 x 75 x 2
η t = Hi
Ht
η tm = He
Htm
hn = 0,78 Hn
hn = 0,78 x 36,95 cv
hn = 28,8 cv
Ht = Q x C x 427
t x 75
40
16) Um trator, de pneus deve desenvolver o esforço tratório médio de 2 toneladas, a
uma velocidade de 1,5 m/seg. Sabendo-se que o motor é de 4 tempos e tem 4
cilindros, opera com rotação de 1200 rpm, rendimento mecânico de 82%, rendimento
termodinâmico de 30% e que o curso do pistão é de 4”, a pressão média dos gases é
de 8,5 atmosferas, o número de calorias do combustível é de 10.500 C/kg , com peso
específico de 0,78 g/cm3. Pergunta-se: qual o consumo de combustível em 10 h de
trabalho?
Dados:
hn = F x V
75
hn = 2000 x 1,5 = 40 cv
75
hn = 0,78 Hn
17) Um trator de pneus equipado com motor Diesel de 4 cilindros, de 4 tempos, com as
seguintes características: diâmetro do cilindro 6”, curso do pistão 5”, pressão média dos
gases 11 atmosferas, rotação do volante 2000rpm e rendimento mecânico 85%. Assim
sendo, determinar o esforço tratório médio exercido pelo trator à velocidade de 2
m/seg.
Dados:
n = 4 cilindros pm = 11 atm = 11,363 kg/cm2
diâmetro (d) = 6” N = 2000 rpm.
raio = 3” = 7,62 cm η = 0,85
L = 5” = 12,7 = 0,127 m F=?
v = 2 m/s.
Solução
:
a) Cálculo da potência indicada do motor.
Nos motores de 4 tempos o número de giros por curso de força 2 ( f ) e, neste caso a
potência é:
Hi = Pm x (π x r2) x L x n x N
60 x 75 x f
42
c) Cálculo da potência efetiva ou normal desenvolvida na barra de tração pelo
trator em pista de concreto.. Usando o organograma da ASAE, verifica-se que:
18) tem-se um arado de aivecas,o qual exige 44,5 cv na barra de tração, em Lavras –
MG. Todavia, deseja-se conhecer a potência que o mesmo exigirá se for operar num
terreno ao nível do mar, bem como a potência efetiva no motor do trator , em questão,
ao nível do mar. A pressão atmosférica é de 680 mmHg e a temperatura diurna média
de 32 °C (outubro).
Dados:
Po = 729 mmHg
To = 32 °C (mês de realização da aração)
hn = 44,5 cv
Hn = ?
Hn = hn = 44,5 cv = 81,35 cv
0,864 0,547
43
Hn = hn = 44,5 cv = 80,18 cv
2
(0,86 x 0,75) 0.555
e) Cálculo da potência normal no motor desse trator seria, ao nível do mar de:
Em Lavras, o motor deve desenvolver 81,35 cv para poder tracionar o arado. Esse
mesmo motor, ao nível do mar, irá desenvolver a potência de 84,81 cv Então, a perda
de potência devido a altitude e temperatura foi de 3,46 cv (84.81 - 81,35). Ora, se em
Lavras, o motor desenvolvendo 81,35 cv consegue tracionar o arado, ao nível do mar
bastará o motor desenvolver 81,35 – 3,46 = 77,89 cv para poder tracionar o referido
arado. Portanto:
H’n = 77,89 cv é a potência normal no motor, ao nível do mar, suficiente para tracionar
o arado em questão. Mediante esses cálculos, pode-se concluir que o requerimento de
energia (potência, combustível, etc,) é menor ao nível do mar do que em locais de
maior altitude e temperatura, em se tratando de operações correlatas e realizadas nas
mesmas condições (terreno, regulagens, etc,).
.
14.1.1 Juros ( J ) – A forma de cálculo mais usada é sobre o capital médio. Considera-
se a vida útil de tratores de pneus de 10.000 horas ou 10 anos e a de tratores de
esteiras de 12.000 horas ou de 12 anos. Para o primeiro caso, o uso anual do trator é
de 1.000 horas.
J = [(Cm x i) / t ] J = R$/h
44
Cm = [(Ci + Cf) / 2]
Valor (% Ci)
100
80
60
40
20
0 Idade (anos)
2 4 6 8 10 12
Figura 1 – Curva do valor estimado, em percentagem, sobre o custo inicial, de tratores
em função da vida útil.
45
Valor (% Ci)
Método do saldo decrescente
100 Método da linha reta
Método da soma dos dígitos
80
60
40
20
0 Idade (anos)
2 4 6 8 10
Custo (R$/h)
Figura 3 – Custo horário de máquinas agrícolas em função das horas de uso anual.
D = [Ci / T] ou D = [(Ci – Cf ) / T] D = R$ / h
Onde: i = 1 a 2% a.a.
∑ Cf = J + D + A + S = R$/h
Combustíveis (Gc)
Lubrificantes (Gl)
Reparações (Gr)
Operador (Go)
14.2.1 Gastos com Combustível (Gc) - Os gastos com combustível (Gc) podem ser
obtidos via informações dos fabricantes e por medições diretas feitas no campo ou
então por estimativas.
• Para 60% da potência máxima, com motor diesel, a tabela 1 indica 2,96 hp . h/l
47
Tabela 1 – Consumo médio de combustível por tratores agrícolas de roda.
Adaptado de
Hunt (4)
% da potência (hp) Tipo de motor
máxima disponível na
Gasolina Diesel
TDP
(hp h/l) (hp h/l)
100 2,64 3,33
80 2,46 3,30
60 2,22 2,96
40 1,74 2,43
20 1,11 1,72
Exemplo:
Gc = R$/l x l/h = R$ / h
Gl = 20 % GC = R$ / h
Gr = [(100 % Ci) / T] Gr = Ci / T = R$ / h
48
Go = [(12 meses x (R$ / mês) x 1 + encargos sociais] / t] = R$ / h
∑ Cv = Gc + Gl + Gr + Go ∑ Cv = R$ / h
C Total = ∑ ( Cf + Cv )
Custo Total = ∑ [( J + D + A + S ) + ( Gc + Gl + Gr + Go )] = R$ / h
CT = ∑ Cf + Cv
49
Uso(dias/ano)
CCO (h/ha)
50
Valores médios de vida econômica de algumas máquinas agrícolas.
Anos Horas Horas / Ano
Tratores de rodas 10 10.000
1.000
Tratores de esteiras 12 12.000 1.200
Colhedoras de cereais 5 – 10 4.300 – 8.000 -
Colhedoras de cana 7 – 10 6.300 700-900
Colhedora de feijão e amendoim 7–8 - -
Grades 5 –10 2.500 250 – 500
Arados 5 – 10 2.500 250 – 500
Distribuidor de calcário 5 600 120
Semeadoras – Adubadoras 5 – 10 200 – 1.000 5 – 10
Carretas 15 15.000 1.000
Carregadoras de cana 6 – 10 - 1.000 – 2.000
Pulverizadores 5 – 10 500 – 10.000 100 – 1.000
Cultivador / Adubador 4 – 10 400 – 1.000 1.600 -10.000
Sulcador 10 1.200 – 1.500 -
Subsolador 5 1.200 -
51
TABELA : Equações para estimar a força de tração em máquinas agrícolas.
Arado de Aivecas – força por unidade de secção transversal da leiva em N/cm2,
velocidade (S) em Km/h
Argila siltosa 7 + 0,049S2
Silte arenoso 3 + 0,032S2
Franco arenoso 2,8 + 0,013S2
Areia 2 + 0,013S2
Arado de Disco – força por unidade de secção transversal da leiva em N/cm2, para um
disco de 66cm de diâmetro, 22º de inclinação e 45º de ângulo horizontal
Argila 5,2 + 0,039S2
Franco 2,4 + 0,045S2
Sulcador – força de tração em N/sulcador, para uma largura de 36 cm a 6,76 Km/h, (d)
é a profundidade em cm
Franco argila siltosa 21,5d2
Grade de discos – força de tração em N, para qualquer velocidade, a profundidades
normais, (M) é a massa em Kg
Argila 14,7M
Franco siltoso 11,7M
Franco arenoso 7,8M
Arado de cinzel e cultivadores – força de tração em N, para ferramentas espaçadas 30
cm. Profundidade de 8,26cm, velocidade S em Km/h.
Franco 520 + 49,2S
Franco arenoso 480 + 48,1S
Argila 527 + 36,1S
Cultivadores rotativos – força por unidade de secção transversal (N/cm2) para um rotor
de 45cm de diâmetro, profundidade 10 cm, e rotação de 6,7 a 11,7 r/s, (b) largura de
corte em cm
Franco siltoso seco 43,9b-0,46
Tração negativa para rotor
girando para frente 0,14b
Subsoladores – força de tração (N/haste) por haste por unidade de profundidade (d)
em cm
Franco arenoso 120 a 190d
Médio ou franco argiloso 175 a 280d
Ferramentas para cultivo – força de tração (N/m) por metro.
Plaina niveladora 4400 – 11600
Grade de dentes 440 – 730
Grade de molas 1460 – 2190
Rolo compactador 440 – 880
Semeadoras – força de tração (N/linha)
Semeadoras para sementes graúdas (só 450 – 800/linha
semeadura) 1100 – 2000/linha
Semeadura, herbicida e fertilizantes 130 – 450
Semeadoras para sementes miúdas (sulcador 335 – 670
comum)
Sulcador profundo
52
53