importante da população brasileira e mundial com tendência a crescimento. Conhecer as alterações anatômicas e fisiológicas que ocorrem nos idosos torna-se algo muito importante para a maioria dos profissionais da área de saúde que, a cada dia, terão mais contato com essa população. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DO IDOSO Saber distinguir o envelhecer com saúde, do envelhecer com doenças, senilidade, auxilia na assistência à saúde, proporciona realizar prevenção, detecção precoce e tratamento de afecções tão comuns nesse grupo. TEORIAS DO ENVELHECIMENTO O processo do envelhecimento é : Universal, Progressivo, Intrínseco à natureza, Afetado por fatores extrínsecos. ANATOMIA E FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO É de suma importância entender as peculiaridades anatômicas e fisiológicas do envelhecimento para poder melhor tratar o idoso.
Muitas das mudanças relacionadas à idade surgem
de forma sutil, porém, as do sistema tegumentar podem ser mais facilmente identificadas. A COMPOSIÇÃO E FORMA DO CORPO
A partir dos 40 anos, a estatura diminui cerca
de 1cm por década. Essa perda deve-se à redução dos arcos dos pés, aumento da curvatura da coluna vertebral, além da diminuição do diâmetro dos discos intervertebrais. A COMPOSIÇÃO E FORMA DO CORPO
Os diâmetros da caixa torácica e do crânio
tendem a aumentar com o envelhecimento. Há também crescimento do nariz e das orelhas, dando a conformação típica facial do idoso. PELE Com a idade a pele perde a capacidade de reter a umidade e acaba ficando seca e escamosa. Esse estado é denominado cerose, que quase sempre é acompanhada de prurido (coceira), além da descamação da pele.
Dentre as causas dessas ocorrências está a
diminuição na produção de certos hormônios, como estrogênio e progesterona, o que leva o ressecamento e afinamento da pele. CABELOS E UNHAS Os cabelos tendem a ficar mais finos devido à diminuição da atividade dos folículos pilosos, que com o tempo,não substituem os pelos com tanta eficiência.
As unhas ficam quebradiças e espessas, devido à
diminuição do acesso vascular. GLÂNDULAS SUDORÍPARAS E SEBÁCEAS Estas se atrofiam fazendo com que haja uma diminuição na capacidade da pele fornecer lubrificação.
A diminuição da produção de sebo contribui para
o ressecamento generalizado da pele. CÂNCER DE PELE As pessoas de pele clara mais idosas são as que correm mais risco de ter câncer de pele,isto porque a quantidade de melanina (pigmento que dá cor à pele) se apresenta em menor quantidade que em pessoas negras, nas quais a incidência de câncer de pele é menor. ALTERAÇÕES SISTÊMICAS O idoso é afligido por inúmeras alterações de saúde que em geral são identificadas, erroneamente, como esperadas no envelhecimento, o que torna difícil avaliar seu estado de saúde real.
O idoso frágil experimenta múltiplos problemas
com certa freqüência que resultam de diversos fatores. Quando há diminuição na resistência do hospedeiro esses fatores levam à doença ou lesão. ALTERAÇÕES SISTÊMICAS
Frequentemente o inicio dos sintomas é agudo e
podem aparecer em outros sistemas corporais antes de se evidenciarem no sistema afetado. INCONTINÊNCIA URINÁRIA É a incapacidade de controlar a excreção da urina da bexiga.
As causas transitórias podem ser o delírio e
desidratação; mobilidade restrita e contenções; inflamação, infecção e incapacitação; produtos farmacêuticos e poliúria. INCONTINÊNCIA URINÁRIA A incontinência estabelecida pode ser devida às anormalidades neurológicas ou estruturais. Algumas ações podem ser feitas a fim de minimizar o desconforto da incontinência urinária. Exemplos: promover a continência urinária através de exercícios; fazer treinamento da bexiga (horários específicos com intervalos de até 2 horas); promover a privacidade; tentar reter a urina até a hora estabelecida para a eliminação; aumentar o tempo das idas ao banheiro; permitir maior acesso de ambiente (facilidade para ir ao banheiro, usar roupas com facilidade para abrir); treinamento de hábito (estabelecer um horário de ida ao banheiro). O uso do cateter vesical interno é indicado quando todas as medidas são falhas, pois os usuários correm maiores risco de infecção do trato urinário. DISTÚRBIOS DO SONO Não há indicação clara sobre se esses sintomas são uma parte do processo de envelhecimento ou simplesmente diferenças individuais normais. Estão associados à depressão, tristeza, ansiedade e perdas que ocorrem com o envelhecimento.
Estudos populacionais têm demonstrado que, a
medida que o individuo envelhece, o sono se constitui cada vez mais em motivo de queixas, e certos distúrbios do sono tendem a aparecer com maior freqüência na terceira idade do que em qualquer outra faixa etária. Dois tipos de sono ocorrem no idoso: insônia passageira e insônia crônica.
A insônia passageira é a incapacidade de dormir em
consequência de uma situação estressante, como por exemplo: hospitalização, luto ou uma perda importante. É tipicamente auto limitadora e desaparece em 5 a 7 dias. A insônia crônica é o distúrbio nos padrões do sono por mais de um mês. Esse tipo pode causar ansiedade, irritabilidade, fadiga e funcionamento mental prejudicado. Promover o sono por meio de algumas ações tais como manter um ambiente repousante, evitar cochilos diurnos, não ingerir bebidas estimulantes (cafeínas, álcool), desenvolver um ritual para dormir e manter o horário escolhido, estabelecer estratégias de relaxamento para dormir (coçar as costas, meditação, visualização, musica, leitura) exercitar-se regularmente no inicio da manhã ou final da tarde se a mobilidade permitir, evitar interrupções durante o sono. DOR O idoso pode não relatar a dor tão profundamente quanto o jovem. Pode acreditar que é uma consequência natural do envelhecimento; ou por medo de ser rotulado como mal- humorado, queixoso ou hipocondríaco.
No idoso, a dor é particularmente debilitante e pode
resultar em perda da função. Deve ser dada sempre atenção especial ao controle da dor.
O tratamento é em conjunto uso de fármacos e medidas
não farmacológicas. CONFUSÃO AGUDA Estado mental alterado caracterizado por atividade mental diminuída e déficit de atenção pode resultar de delírio, demência e depressão. A doença é um fator estressante que pode levar rapidamente ao delírio. Sobrecarga sensorial ou déficits sensoriais (audição, visão) podem causar a confusão. Ruídos ambientais, privação do sono também contribuem para a ocorrência de confusão. Promover a diminuição da confusão no idoso através de orientação sobre a realidade (tempo e espaço, nome, família, pessoas de convivência). DELÍRIO Estado confusional agudo, temporário, sintomático de uma multiplicidade de condições clínicas tratáveis. Inicia-se com confusão e progride para a desorientação.
Entre as causas destacam-se doenças físicas, intoxicação
por medicamentos ou álcool, desidratação, impactação fecal, desnutrição, infecção. DELÍRIO As vezes é confundido com a demência. É importante manter o equilíbrio de ingestão nutricional e hídrica, ambiente tranqüilo e calmo com indícios ambientais, familiares e presença de pessoas da família e amigos. Estar atento às interações medicamentosas é de grande importância. QUEDAS Fonte comum e inevitável de mortalidade e morbidade nos adultos idosos.
Principal causa de morte acidental entre pessoas com mais
de 65 anos. Aproximadamente 50% dos idosos hospitalizados em virtude de uma queda morrem no prazo de um ano após a hospitalização.
Consequências normais do envelhecimento levam a queda
tais como alterações visuais, perda da percepção de profundidade, perda da atividade visual e dificuldade na acomodação da luz. As mulheres que caem sustentam um grau mais de lesão que os homens idosos. A fratura mais comum é de quadril decorrente das comorbidades combinadas da osteoporose e a condição ou situação que provocou a queda.
Prevenir quedas por meio do uso de leito em posição baixa,
ajudar a caminhar, manter avaliação da cognição, mobilidade e déficits sensoriais com frequência, usar dispositivos auxiliares (bengala, andador), manter acompanhante, evitar contenções (aumenta a confusão em pacientes já confusos). MOBILIDADE PREJUDICADA As causas frequentes são a doença de Parkinson, neuropatia diabética, comprometimento cardiovascular, osteoartrite, osteoporose e déficits sensoriais, além de barreiras ambientais e fatores iatrogênicos.
O paciente idoso deve ser encorajado a ser o mais ativo
possível e quando o repouso no leito é inevitável, o paciente deve realizar os exercícios de amplitude de movimentos ativos e de fortalecimento com os membros sadios e movimentos passivos pelo cuidador. TONTURA Sensação de desorientação em relação à posição; vertigem, sensação de rodopio. Sensações semelhantes são a quase síncope e o desequilíbrio.
As causas podem incluir acúmulo de cerume,
disfunção do córtex cerebral, cerebelo, tronco cerebral, receptores proprioceptivos ou sistema vestibular. TONTURA
As manifestações são a perda do equilíbrio e
subsequente queda e lesão.
Identificar os fatores predisponentes pode reduzir o
comprometimento e a vulnerabilidade das pessoas idosas a lesões. SUBNUTRIÇÃO Pode ser um problema sério e aumenta o risco de declínio na função física e mental. Os fatores que contribuem para problemas nutricionais em idosos são: perdas sensoriais (paladar, olfato diminuído); problemas funcionais (artrite pode limitar a força das mãos ou não conseguir segurar talheres); fraqueza da mão por AVE; prótese dentária mal encaixada, perda de dentes; SUBNUTRIÇÃO dentes quebrados; estados de doenças (DPOC, parada cardíaca podem tornar a respiração curta e não come por medo de sufocação); câncer; pneumonia, entre outras. Prevenir por meio da avaliação nutricional, usar as preferências e os padrões de alimentação, ter uma atmosfera agradável durante as refeições e incentivar a socialização, incentivar a autoalimentação, encaminhar ao dentista, promover a higiene bucal pela manha e após as refeições, permitir que coma sem pressa, sentar-se a mesa sempre que possível e incentivar esta pratica e quando necessário usar a terapia nutricional. DESIDRATAÇÃO Há perda excessiva de água dos tecidos do corpo acompanhada de perda de sódio, potássio e cloro. Pode ser consequência da baixa ingestão de líquido, febre prolongada, diarreia e vômito (a sede diminui com a idade).
Apresenta-se com a tontura ao se sentar ou ficar de pé,
confusão ou mudança no estado mental, oligúria, irritabilidade, diminuição da turgidez cutânea, mucosas secas ou língua saburrosa ou enrugada. As manifestações graves são sinais de choque (hipotensão, taquicardia, extremidades frias, letargia).
Prevenir através do incentivo ao aumento da
ingestão de líquido entre 2.000 e 2.500mL ao dia, manter líquido ao alcance das mãos ou oferecer regularmente em intervalos de até 2 horas, controlar a ingestão e eliminações,pesar, observar sinais de desidratação, manter higiene oral.