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INJEÇÃO - Refrigeração

Duração das fases de Injeção


Abertura do injeção Resfriamento Fechamento
molde da peça do molde

Ciclo normal

tempo

Máquina com sist. de


injeção mais eficiênte

Máquina com sist. de


acionam.mais eficiênte

Molde com sist. de


resfriamento mais eficiênte
Ciclo otimizado
Qual a função da refrigeração dos moldes?

Garantir a solidificação do produto moldado. O produto


precisa ser refrigerado no molde até atingir uma temperatura
que garanta as suas tolerâncias dimensionais e as
propriedades do polímero, após ser extraído, manipulado, e
quando for o caso, ter o resfriamento completado fora do
molde.
Se o tempo de resfriamento for maior do que o necessário,
haverá aumento de custo de produção, devido ao maior tempo
de ciclo e o consumo desnecessário de energia para a
refrigeração.
Se o tempo de refrigeração for menor do que o necessário,
poderá ocorrer problemas para garantir a qualidade da peça,
quer seja devido a distorções geométricas, quer seja devido as
propriedades do polímero (não cristalização).
Qual os requisitos para o sistema de refrigeração dos
moldes?
1) Refrigerar o produto até a temperatura especificada no
tempo desejado;
2) Minimizar as diferenças de temperatura nas regiões do
molde;
3) Minimizar a variação de temperatura do molde durante os
ciclos de moldagem;
4) Minimizar a variação de temperatura do molde ao longo do
dia.
Variação da temperatura do molde durante 1 ciclo.

Temperatura MÁXIMA
=> temperatura que garanta o resfriamento da peça no tempo
desejado.

Temperatura MÍNIMA
=> temperatura que não cause condensação na ferramenta.
Variação da temperatura média do molde ao longo do
ciclo de injeção.

1 – Injeção
temperatura

2 – Resfriamento
3 – Abertura / Extração

1 2 3 4 4 - Fechamento

ciclo tempo
Circuito de Refrigeração nas Placas do Molde

O circuito de refrigeração nas placas é constituído de dutos


formados por orifícios longos, e elementos para restrição ou
obstrução do fluxo do fluido refrigerante.

O mesmo princípio é aplicado aos moldes para a injeção de


polímeros termo-rígidos. Neste caso, em vez de fluido
refrigerante, os dutos são percorridos por vapor ou por óleo
quente.
Dissipação de Calor nas Placas do Molde

Condução;

Convecção com o Ar;

Convecção com Fluido;

Radiação (desprezível).
Arranjo dos dutos de refrigeração em SÉRIE
Arranjo dos dutos de refrigeração em PARALELO
Arranjo dos dutos de refrigeração em MISTO

D1, D2 e D3 =>
diâmetros dos dutos
em cada ramo;

N1, N2 e N3 =>
número de dutos com
o mesmo diâmetro.

Recomendações:
•12mm < D1 < 50mm
•D2 e D3 > 6 mm.
Formas de obstrução dos canais para formar o circuito de
refrigeração
Formas para desviar o fluxo de refrigerante de obstáculos
Distorções causadas por refrigeração assimétrica

peças do tipo copo ou


pré-forma de injeção

peças planas
Recomendações práticas para a localização dos dutos de
refrigeração

mínimo máximo
A 0,8 x B 1,5 x B
B 2,5 x D 3,5 x D
Refrigeração de cavidades longas – projeto simples

Neste projeto, o molde possui uma região fria na entrada do


fluido refrigerante e uma região quente na saída.
Refrigeração de cavidades longas – opção melhor

IN OUT

OUT IN

Neste projeto, existe entrada e saída de do fluido refrigerante


nos dois lados da placa, o que facilita a homogeneização da
temperatura nas regiões no molde.
Refrigeração de cavidades longas – MELHOR OPÇÃO

Neste projeto, A entrada do fluido refrigerante acontece no


centro do molde, que é a região mais quente por causa do
canal de alimentação, e a saída se localiza nas laterais do
molde.
Circuito para refrigeração em espiral – indicado para
produtos circulares

A B

A) Circuito em espiral simples;


B) Circuito em espiral dupla, melhor homogeneização da
temperatura no molde.
Distribuição dos dutos de refrigeração em moldes com
cavidades em insertos

A) Moldes de 3 placas;
B) Moldes de 2 placas de canal quente;
C) Moldes de 2 placas de canal frio.
Refrigeração em moldes de 3 placas para a produção de
peças planas

A distância entre os canais na placa superior é menor do que


na inferior por causa do canal de alimentação. O ideal é que
haja uma maior refrigeração desta placa do que da placa
inferior.
Molde de 3 placas com refrigeração na placa suporte

Esta solução é adotada por não haver espessura na


placa extratora dos canais suficiente para colocar os
canais de refrigeração.
Outro impedimento é a movimentação da placa de
extração.
Refrigeração em moldes de 3 placas para a produção de
peças do tipo copo

cavidade no inserto
(pior refrigeração)

cavidade na placa
(melhor refrigeração)
Localização dos dutos de refrigeração em moldes com
inserto

dutos
Refrigeração de insertos com canal circular – mais
eficiente OUT

IN
O fluxo de refrigerante circula entre o inserto e a placa do molde.
A) Corte lateral;
B) Corte.
Refrigeração de insertos com canal circular – DETALHE

1 - Anel de borracha (“O”- Ring) para a vedação;


2 – Canal de entrada;
3 – Lateral com ajuste com deslizante ou com folga;
4 e 5 – Ombros com ajuste com interferência (D1 < D2);
6 – Chanfro.
Refrigeração de insertos longos com canais circulares

A – Dois canais circulares completos;


B – Três canais circulares completos;
C – Dois canais circulares incompletos (o fluido não bifurca).
Circuitos no molde para a refrigeração de quatro insertos
longos, com canais circulares

A – Circuito em paralelo (refrigeração igual em todas as


cavidades);
B – Circuito em série (refrigeração mais eficiente nas
cavidades mais próximas da entrada do fluido refrigerante).
Refrigeração de insertos longos com canais em ESPIRAL

A – Circuito em série;
B – Circuito em paralelo.
Circuito para a refrigeração de cavidades cônicas usinadas
nas placas do molde

A – Os dutos são verticais. Esta opção é mais fácil de executar mas


é menos eficiente porque na região por onde o plástico entra no
molde, e portanto mais quente, os dutos estão mais afastados da
cavidade.
Circuito para a refrigeração de cavidades cônicas usinadas
nas placas do molde

B – Nesta opção os dutos de refrigeração são paralelos a


superfície da cavidade, e portanto, é uma solução mais
eficiente que a anterior.
Circuito para a refrigeração de cavidades cônicas usinadas
nas placas do molde

C –Esta é a melhor opção, onde os dutos de resfriamento


estão mais próximos da superfície da cavidade na região de
entrada do polímero, onde há maior quantidade de calor.
Refrigeração da placa que contém o canal de alimentação

a) refrigeração da placa que contém a cavidade;


b) refrigeração da placa que contém a cavidade com o
fluido entrando na placa suporte;
c) refrigeração do inserto que contém a cavidade, com o
fluido entrando na placa que contém o inserto.
Detalhe da vedação entre as placas em um circuito de
refrigeração

a) Melhor opção, o anel de borracha está totalmente


alojado no rasgo;
b) Segunda melhor opção, parte do rasgo se prolonga até
o furo, mas ainda existe um ressalto para manter o anel
no rasgo;
c) Pior solução. Esta opção não deve ser utilizada porque
o rasgo se prolonga até o furo, e não existe uma parede
para reter o anel. Durante a montagem, o anel poderá
escorregar para dentro do duto.
Circuito de refrigeração entre a superfície plana dos
insertos e as placas do molde – dutos fresados no inserto

As soluções para a fixação dos insertos nas placas devem


impedir que o fluido vaze para fora do molde.

a) Corte mostrando os circuitos de refrigeração nas


superfícies planas do inserto;
b) Vedação entre os canais por meio de anel de borracha
(O-ring);
c) montagem com tampão (plug) sob o parafuso para
evitar que o fluido vaze pelo seu furo.
Soluções para a refrigeração localizada em peças

a) o fluido de refrigeração é levado do duto de entrada


para a região quente por meio de um tubo, e retorna
por fora deste tubo, em um escoamento anelar, para o
duto de saída;
b) o fluido de refrigeração entra e sai do molde pelo
mesmo duto e defletido para a região quente do molde
por meio de um anteparo.
Refrigeração de machos estreitos (tipo tubos de ensaio)

a) Desenho do macho em corte com o sistema de refrigeração,


mostrando o canal de entrada, o canal de saída e a
montagem do tubo para a refrigeração do macho;
b) Detalhe de uma solução em que o refrigerante resfria o
macho por meio de um fluxo descendente anular;
c) Detalhe de uma solução em que o refrigerante resfria o
macho por meio de um fluxo descendente em espiral.
Refrigeração de machos com tubo de cobre adaptado

O fluido refrigerante
circula em um tubo de
cobre, que é fixado no
interior do macho por
meio de uma liga metálica
com baixo ponto de
fusão.
Esta solução só pode ser
adotada em machos com
grande diâmetro.
Ela é menos eficiente do
que as soluções em que o
fluido entra em contacto
direto com o macho.
Refrigeração de machos que possuem a parte quente
confeccionada com um metal de maior condutividade

a) Macho em corte com o sistema de refrigeração, mostrando a


extremidade fixada por interferência (sob pressão) com seu
sistema de vedação, o canal central de entrada e os o canais de
saída; e a montagem do tubo para a refrigeração do macho;
b) Macho em corte, mostrando uma solução em que o refrigerante
resfria a parte quente do macho por meio de uma peça
rosqueada no tubo que conduz o refrigerante;
c) Seção do macho, mostrando os canais de resfriamento.
Refrigeração de machos que possuem a parte quente
confeccionada com um metal de maior condutividade

Nesta opção, a parte quente é fixada no macho por parafuso


(montagem mais resistente).
(a) desenho do molde em corte;
(b) circuito do fluido refrigerante.

Obs: quando o macho tem um diâmetro muito pequeno, a ponto de


não caber os dutos de refrigeração, ele é maciço e de um material
que tenha ótima condutividade térmica (ex. ligas Cobre-Berílio)
Refrigeração de peças circulares grandes com pequena
altura – tampa de pote de sorvete

A refrigeração desta peça é efetuada entre o macho e a


placa suporte, por meio de um canal em espiral
usinado no macho. O fluido entra neste canal pelo
centro e sai pela periferia. Como a altura da tampa é
pequena, não é preciso prolongar os dutos pela lateral.
Refrigeração de peças circulares grandes com grande
altura – pote de sorvete e balde

Similar ao caso anterior, sendo que o canal em espiral


se prolonga pela lateral do macho.
Refrigeração de insertos assimétricos – XICARA com asa

A – Corte lateral mostrando a garganta e parte dos dutos de


refrigeração;
B – Esquema dos circuitos de refrigeração do inserto.
Obs: As estradas de refrigerante dos circuitos são opostas
para buscar um equilíbrio de temperatura nas regiões do
molde.
Refrigeração de recipientes alongados – opções de
circuito de refrigeração

(a) opção mais fácil de ser efetuada mas a refrigeração é


menos eficiente na região mais aquecida
(alimentação);
(b) nesta opção a refrigeração é eficiente na região mais
aquecida mas é deficiente nas laterais da peça;
(c) esta solução, embora de custo mais alto, é eficiente
em todas as regiões da peça.

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