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NOME DA INSTITUIÇÃO
NOME DA FACULDADE OU CURSO

A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSO

Nome do aluno

CIDADE-ESTADO
2023
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NOME DO ALUNO

A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como


requisito parcial para a obtenção do título de ....... em
Nome do Curso.

Orientador: Prof. Dr. João Paulo Manfré dos Santos

Cidade-Estado
2023
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................4
2. JUSTIFICATIVA....................................................................................................6
3. OBJETIVOS......................................................................................................... 7
3.1 GERAL.......................................................................................................... 7
3.1 ESPECÍFICOS.............................................................................................. 7
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................8
4.1. O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL............................................................8
4.2. A FISIOTERAPIA E AS PRÁTICA FISIOTERAPICAS NO BRASIL...................10
4.3. A FISIOTERAPIA APLICADA AOS IDOSOS.....................................................14
5. METODOLOGIA DA PESQUISA........................................................................16
6. RESULTADOS ESPERADOS............................................................................17
7. CRONOGRAMA.................................................................................................18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................19
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1. INTRODUÇÃO

Conforme Alencar (2023) O Brasil e muitos outros países enfrentam uma


transformação demográfica significativa, com um aumento expressivo no número de
idosos. Esse fenômeno, conhecido como envelhecimento populacional, traz consigo
uma série de desafios e oportunidades para a sociedade, especialmente no que diz
respeito à saúde e ao bem-estar dessa parcela da população, o envelhecimento traz
consigo uma série de desafios e vulnerabilidades, sendo as quedas um dos
principais problemas de saúde enfrentados pelos idosos. Segundo Bispo Júnior
(2009), esses incidentes podem ter graves consequências, como fraturas, traumas e
diminuição da qualidade de vida, sendo que nesse contexto que a fisioterapia
desempenha um papel fundamental,
O envelhecimento é um processo natural da vida, mas está associado a
mudanças físicas, psicológicas e sociais que podem tornar os idosos mais
vulneráveis a certas condições de saúde, como as quedas, diante desse cenário a
fisioterapia se destaca como uma aliada valiosa na promoção da saúde e na
prevenção de quedas entre os idosos. A atuação dos fisioterapeutas vai além do
tratamento de condições físicas; ela se concentra na melhoria da funcionalidade, na
prevenção de incapacidades e na promoção do envelhecimento ativo, sendo que a
fisioterapia atua de maneira abrangente, utilizando abordagens terapêuticas e
preventivas para mitigar diversos riscos para essa população, sendo que ela se
baseia em princípios científicos sólidos, que destacam a importância de entender os
aspectos fisiológicos e biomecânicos do envelhecimento. Isso permite aos
fisioterapeutas desenvolverem estratégias personalizadas que visam melhorar a
força, o equilíbrio e a coordenação motora dos idosos (CAROMANO, 2002).
É importante ressaltar que a fisioterapia não se limita ao tratamento de
problemas físicos; ela é uma disciplina que se concentra na promoção da
funcionalidade, na prevenção de incapacidades e na promoção do envelhecimento
ativo. Os fisioterapeutas, com base nas diretrizes de Fonseca et al. (2016) e Portes
et al. (2011), atuam em diversos contextos de cuidados de saúde, incluindo a
Atenção Primária à Saúde, realizando avaliações de risco de quedas, identificando
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fatores de risco e implementando intervenções preventivas.


Tendo isso em vista, essa pesquisa tem como objetivo analisar a importância
da fisioterapia na prevenção de queda em idosos, procurando observar estratégias,
técnicas e intervenções fisioterapêuticas que têm se mostrado eficazes na redução
do risco de quedas em idosos, além disso, essa pesquisa buscará destacar o
impacto positivo da fisioterapia na qualidade de vida desses indivíduos e sua
contribuição para a promoção do envelhecimento saudável.

1.1 PROBLEMA
Qual o impacto da fisioterapia como meio preventivo à quedas na população idosa?
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2. JUSTIFICATIVA

O envelhecimento populacional é uma realidade global incontestável. No


contexto brasileiro, as projeções demográficas apresentadas por Alencar (2023)
indicam um aumento expressivo na população idosa nas próximas décadas. Esse
fenômeno traz consigo uma série de desafios, incluindo o aumento das condições de
saúde relacionadas à idade, como as quedas, conforme destacado por Bispo Júnior
(2009), as quedas em idosos podem ter consequências graves, como fraturas,
traumas e diminuição da qualidade de vida, além disso, representam um ônus
significativo para o sistema de saúde e a sociedade como um todo. Portanto,
abordar estratégias eficazes de prevenção de quedas é crucial para reduzir esses
impactos negativos.
A fisioterapia emerge como uma disciplina crucial na promoção da saúde e
prevenção de quedas em idosos, a atuação dos fisioterapeutas se baseia em
princípios científicos sólidos, como ressaltado por Caromano (2002) e Evangelista et
al. (2003), que destacam a importância de entender os aspectos fisiológicos e
biomecânicos do envelhecimento, assim como confome observado por Dias, et al.
(2007) é fundamental a importância de uma formação sólida dos futuros
fisioterapeutas para atender às demandas da população idosa. Isso inclui o
desenvolvimento de habilidades clínicas para avaliar e tratar problemas comuns
associados ao envelhecimento, como osteoartrite e quedas.
Tendo isso em vista, essa pesquisa visa aprofundar essa compreensão e,
assim, contribuir para estratégias mais eficazes de prevenção de quedas, assim
como possibilita a disseminação de informações valiosas para profissionais de
saúde, pesquisadores e gestores de políticas públicas, com o objetivo de melhorar a
qualidade de vida dos idosos e reduzir o ônus social e econômico das quedas.
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3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

Compreender a importância da fisioterapia na prevenção à quedas nos


idosos.

3.1 ESPECÍFICOS

 Identificar o envelhecimento populacional e suas implicações;


 Analisar o papel da fisioterapia na sociedade
 Compreender a atuação do fisioterapeuta na saúde e na qualidade de vida
dos idosos
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4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1. O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL

Conforme apontado por Pilger, Menon e Mathias (2011), o Brasil está


passando por uma significativa transformação no seu perfil demográfico e na
estrutura etária da sua população, essa mudança é evidenciada pelo aumento da
expectativa de vida, o que resulta em um envelhecimento gradual da população,
esse fenômeno demográfico tem implicações profundas nas dinâmicas de
adoecimento da sociedade brasileira, acarretando, por sua vez, importantes
repercussões na área da saúde e nas políticas públicas do país, como também
discutido por Lima e Tocantins (2009).
Nersi (2008) ressalta que as mudanças demográficas possuem diferentes
características ao redor do globo, mas que, quando ocorrem em conjunto com a
transição epidemiológica gera o envelhecimento da população, sendo que de acordo
com o autor esse é um dos principais fenômenos do século XX e XXI, tal fator gera a
necessidade de reformulações nos sistemas de saúde, tendo em vista que a
população mais velha tem uma maior predisposição ao desenvolvimento de doenças
crônicas.
É observado, que tal fato decorre devido ao declínio da fecundidade, tendo
em vista que à medida que a população apresenta um aumento na proporção de
indivíduos idosos e uma diminuição na proporção de jovens, ela tornar-se mais
idosa, esse fenômeno que ocorre na transição demográfica teve origem na Europa,
remontando ao período da Revolução Industrial, momento em que houve a primeira
diminuição dos índices de fecundidade, uma teoria bem aceita por parte da
sociedade é que o aumento da expectativa de vida, ou seja, o declínio da
mortalidade, foi o principal impulsionador do envelhecimento da população,
entretanto, este acontecimento ocorreu de forma lenta, não sendo um dos maiores
influenciadores dessa situação (NERSI, 2008).
De acordo com Nersi (2008) A transição demográfica europeia e latino-
americana apresenta diferenças importantes, sendo uma delas o momento histórico
em que ocorreram, sendo que no Brasil, entre os anos 1940 e 1960, houve uma
redução significativa da mortalidade, mantendo a fecundidade em níveis bastante
altos. Esse fato gerou uma população jovem quase estável e com rápido
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crescimento. Entretanto, a partir dos anos 1960, a redução da fecundidade teve


início nos grupos populacionais mais privilegiados e nas regiões mais desenvolvidas,
e se generalizou rapidamente, desencadeando o processo de transição da estrutura
etária, fazendo com que a expectativa seja de que no futuro a maioria da população
seja idosa.
De acordo com dados apresentados por Alves (2019), o Brasil tem passado
por um rápido processo de envelhecimento populacional, com um aumento
significativo no número de idosos com mais de 60 anos presentes na população.
Entre 1950 e 2020, houve um aumento de 27,3 milhões de idosos, e a previsão é
que esse número chegue a 72,4 milhões em 2100, representando cerca de 40,1%
dos habitantes do país.
Pinto (2022) ressalta que, com o avanço da idade, são observadas novas
necessidades por parte da população e das empresas, tendo em vista que enquanto
a sociedade precisa aprender a lidar com esse novo perfil, as empresas precisam
adaptar seus produtos para essa parcela do mercado. A área da saúde é uma das
áreas mais impactadas e presentes no processo de envelhecimento populacional,
isso por que a mesma além de auxiliar no processo de qualidade de vida, colabora
também com a prevenção e com o tratamento de doenças, sendo um desafio para
algumas empresas de saúde suplementar manterem sua qualidade devido ao alto
custo de tratamentos e necessidade de novas tecnologias, sendo então, necessário
para manter a qualidade nos atendimentos de saúde, medidas para prevenir
doenças e reduzir a demanda por serviços de saúde (PINTO, 2022).
Além da área da saúde, a economia do país também é atingida pelo
envelhecimento populacional, impactando na previdência, uma vez que a proporção
de pessoas em idade ativa diminui em relação àquelas em idade de aposentadoria,
em 2012, o sistema previdenciário apresentava um déficit de cerca de 2,5% do
Produto Interno Bruto (PIB), tendo previsão de aumentar ainda mais (ALENCAR,
2023).
Nota-se que o envelhecimento populacional é uma realidade cada vez mais
presente no Brasil e em todo o mundo, resultado da combinação de fatores como a
redução da fecundidade e o aumento da expectativa de vida, como no Brasil, esse
processo tem se acelerado nas últimas décadas, com um aumento significativo no
número de idosos na população em comparação aos outros países, acaba gerando
desafios para diferentes áreas, como a saúde, a economia e as políticas públicas,
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necessitando de cuidados específicos para a população, os idosos frequentemente


associam o avanço da idade com o surgimento de doenças crônicas, o que pode
levar a gastos financeiros que muitas vezes não são acessíveis para essa
população, aumentando assim o desconforto e insatisfação deles, suas maiores
queixas quanto a própria saúde são as relacionadas às doenças crônicas não-
transmissíveis como a Hipertensão Arterial, a Artrose, a Diabetes Mellitus e etc.,
sendo enfatizado que as mudanças físicas e fisiológicas decorrentes do processo de
envelhecimento impactam na sua vida diária e na de seus familiares (ALVES, 2019).
Portanto, é fundamental que seja incentivada a autonomia dos idosos sendo
promovidas ações que os ajudem a se sentir participativos em sua saúde, podendo
incluir a promoção de atividades físicas adequadas para a idade, o estímulo à
alimentação balanceada e o acompanhamento médico regular, isso por que a
autonomia é importante pois pode ajudar as pessoas a se sentirem mais confiantes
e empoderadas em relação à sua saúde e bem-estar, resultando em uma maior
adesão aos tratamentos e um melhor gerenciamento de condições crônicas, sendo
que os profissionais da área da saúde desempenham um papel importante quanto a
esse incentivo, pois podem colaborar para que os mesmos tomem ações e decisões
de fato baseadas em conhecimentos corretos, além de fornecer suporte emocional e
psicológico aos idosos, ajudando a minimizar o estresse e a ansiedade que muitas
vezes acompanham o envelhecimento (LIMA e TOCANTINS, 2009).

4.2. A FISIOTERAPIA E AS PRÁTICA FISIOTERAPICAS NO BRASIL

A fisioterapia no Brasil teve sua origem marcada por uma trajetória de


evolução e consolidação ao longo do tempo, segundo Bispo Júnior (2009), a
fisioterapia no Brasil teve início nos anos 1920, quando a profissão começou a se
estabelecer de forma tímida e ainda sem uma regulamentação específica, sendo
que nessa época, a atuação dos fisioterapeutas era baseada principalmente em
técnicas de massagem e terapia manual, voltadas principalmente para o tratamento
de condições musculoesqueléticas, entretanto foi apenas em 1969 que a fisioterapia
foi oficialmente reconhecida como profissão, com a criação do Decreto-Lei nº
938/69, sendo que esse marco legal trouxe uma regulamentação mais precisa para
a prática da fisioterapia, estabelecendo as competências e atribuições dos
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profissionais da área.
Apesar de sua regulamentação apenas em 1969, Sousa, et al (2013) ressalta
que em 1951 foi planejado o primeiro curso técnico em fisioterapia no Brasil, o qual
tinha duração de um ano, após isso, em 1958 foi criado o Instituto Nacional de
Reabilitação, junto com a Cadeira de Ortopedia e Tramatologia da Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, sendo então concretizado o primeiro Curso
de Fisioterapia com padrão internacional no país.
Após a sua regulamentação em 1969, foi determinado pelo então Presidente
da República Ernesto Geisel, o Conselho Federal (COFFITO) e os Conselhos
Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITOs), por meio da lei nº
6.316 em 1975, sendo ressaltado então que “o Fisioterapeuta, na sua competência
deve ter o comprometimento social e apresentar para a sociedade seu instrumental
assistencial” (SOUSA, et al. 2013, p. 22) ao longo dos anos seguintes, a fisioterapia
no Brasil passou por um processo de expansão, com o aumento do número de
cursos de graduação e pós-graduação na área, esse crescimento da formação em
fisioterapia foi acompanhado por uma maior valorização da profissão e uma
ampliação significativa de suas possibilidades de atuação, abrangendo áreas como
neurologia, ortopedia, pneumologia, cardiologia, entre outras (SOUSA, et al. 2013)
A fisioterapia desempenha um papel fundamental na promoção, prevenção,
tratamento e reabilitação de pacientes, principalmente quando liagda a Saúde
Pública, sendo que através de intervenções fisioterapêuticas, os profissionais
contribuem para a melhoria da qualidade de vida e o bem-estar dos indivíduos,
atuando tanto na atenção primária à saúde como em serviços de média e alta
complexidade, sendo que a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) no
Brasil trouxe importantes avanços para a fisioterapia, como destaca Teixeira (2007),
com o SUS, a assistência fisioterapêutica passou a ser oferecida de forma mais
acessível e igualitária, integrada às demais ações de saúde e direcionada às
necessidades da população. A presença do fisioterapeuta na Atenção Básica à
Saúde, conforme ressaltado por Portes et al. (2011), tem se mostrado cada vez mais
relevante, uma vez que a prevenção e a promoção da saúde são elementos
essenciais nesse nível de atenção, assim como é necessário ressaltar que, como
destacado por Sousa, et al. (2013):
“O fisioterapeuta não são habilidosos apenas em avaliar atividade física,
atividades de vida diária, integridade musculoesquelética, e qualidade de
vida, mas eles podem também avaliar os fatores de risco cardiovasculares,
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com intervenção sobre os mesmos. Além disso, os fisioterapeutas


entendem a ação dos múltiplos sistemas corporais no impacto das
condições atuais e das comorbidades quando desenvolvem um plano de
tratamento cardiovascular, isto é, um programa de atividade física para
pacientes que apresentam condições musculoesqueléticas ou respiratórias
adversas, proporcionando assim uma assistência integral ao paciente
(SOUSA, ET AL. 2013, p. 27)”.
Portanto o profissional de fisioterapia é fundamental para a saúde e bem-estar
do paciente, podendo identificar e tratar diversas enfermidades. A fisioterapia
também tem se destacado no contexto da pesquisa científica, conforme evidenciado
por Calvalcante, et al. (2011), ao longo dos últimos 40 anos, houve uma evolução
significativa do conhecimento na área, com a produção de estudos que embasam a
prática clínica e contribuem para o aprimoramento e a atualização constante dos
profissionais, através da pesquisa científica, novas técnicas e abordagens
terapêuticas são desenvolvidas, permitindo um atendimento mais eficaz e baseado
em evidências. No entanto, apesar dos avanços alcançados, ainda existem desafios
a serem enfrentados no campo da fisioterapia no contexto da política de saúde no
Brasil, como destacado por Rodrigues (2008), um dos principais desafios é a
garantia de acesso universal aos serviços fisioterapêuticos em todas as regiões do
país, especialmente em áreas mais remotas e desassistidas, além disso, é
fundamental fortalecer a integração da fisioterapia com as demais especialidades e
profissionais de saúde, buscando um trabalho multidisciplinar e interdisciplinar.
No âmbito da saúde pública, a fisioterapia desempenha um papel estratégico
na redução de custos e na promoção da saúde da população, sendo que a atuação
do fisioterapeuta na Atenção Primária à Saúde, conforme enfatizado por Fonseca, et
al. (2016), possibilita o diagnóstico precoce de condições de saúde, a prevenção de
doenças crônicas e a promoção de um envelhecimento saudável, assim como a
presença do fisioterapeuta nos serviços de saúde pública contribui para a diminuição
da sobrecarga de hospitais e centros especializados, uma vez que muitas condições
de saúde podem ser tratadas e acompanhadas na Atenção Primária, resultando em
uma maior eficiência do sistema de saúde, com redução de internações hospitalares
e gastos com medicamentos.
Além disso, a fisioterapia tem um impacto significativo na reabilitação de
pacientes após procedimentos cirúrgicos, lesões traumáticas ou doenças
incapacitantes, sendo que os fisioterapeutas atuam na recuperação funcional,
promovendo a mobilidade, a força muscular, a coordenação e a independência dos
indivíduos. Essa abordagem terapêutica contribui para a reintegração dos pacientes
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à sociedade, reduzindo a incapacidade e melhorando a qualidade de vida


(FONSECA, ET AL. 2016).
A fisioterapia possui diversas práticas e recursos que desempenham um
papel fundamental na identificação e tratamento de doenças, um dos recursos
utilizados é o biofeedback eletromiográfico, que consiste na utilização de sensores
para registrar a atividade elétrica dos músculos, auxiliando no diagnóstico e
tratamento de diversas condições, Cardoso et al. (2003) apresentam uma proposta
de manual de aplicação do biofeedback eletromiográfico no músculo tibial anterior
de pacientes com sequela de acidente vascular cerebral (AVC), evidenciando sua
relevância no processo de reabilitação, outro recurso amplamente utilizado é a
eletrolipólise, que utiliza correntes elétricas para o tratamento da adiposidade
localizada abdominal, o qual já se mostrou eficaz para tratamentos estéticos por
exemplo( Scorza, et al., 2008).
A eletroestimulação também desempenha um papel importante na
fisioterapia, de acordo com Evangelista et al. (2003), a adaptação da característica
fisiológica da fibra muscular pode ser alcançada por meio desse recurso, assim
como a estimulação elétrica neuromuscular, que por sua vez, é abordada por
Sachetti et al. (2017), na qual é identificado os efeitos dessa técnica na mobilidade
diafragmática de pacientes críticos.
Segundo Prentice (2014), a ultrassonografia também é um recurso
amplamente utilizado na prática da fisioterapia, sendo de grande importância para o
diagnóstico e tratamento de diversas condições musculoesqueléticas, assim como
Santos et al. (2021) destacam que esse método oferece uma visão direta e não
invasiva do tecido, permitindo aos fisioterapeutas uma avaliação detalhada e precisa
de tendões, músculos, ligamentos e outras estruturas.
No diagnóstico, Souza (2022) ressalta que a ultrassonografia é capaz de
identificar lesões musculoesqueléticas, fornecendo informações sobre a extensão e
localização do dano, além disso, é possível avaliar a morfologia e as características
do tecido, como inflamação, edema ou degeneração, esses dados são fundamentais
para um diagnóstico preciso e para a definição de estratégias terapêuticas
adequadas, já na prática terapêutica, Mesquita e Ultra (2021) destacam a utilização
do ultrassom terapêutico, que consiste na aplicação de ondas sonoras de alta
frequência para promover a cicatrização de tecidos, reduzir a dor, melhorar a
circulação sanguínea e aumentar a flexibilidade dos tecidos moles, essa técnica
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direcionada e controlada permite atuar de forma precisa sobre a área afetada,


otimizando os resultados do tratamento.
A hidroterapia também é uma prática muito utilizada na fisioterapia, sendo
que ela tem sido amplamente aplicada para tratar diversas condições de saúde,
desde lesões ortopédicas até distúrbios neurológicos, proporcionando um ambiente
de baixo impacto, tornando-se especialmente benéfica para pacientes com
limitações de movimento e para aqueles que necessitam de uma abordagem suave
durante o processo de reabilitação (CAROMANO, 2002).

4.3. A FISIOTERAPIA APLICADA AOS IDOSOS

A fisioterapia gerontológica, conforme abordada por SILVA et al. (2011),


representa uma nova perspectiva de atuação da fisioterapia voltada especificamente
para a população idosa. Esta abordagem considera as características singulares do
envelhecimento, incluindo a perda de massa muscular, a redução da flexibilidade e a
diminuição da capacidade cardiorrespiratória. Para combater esses desafios, os
fisioterapeutas aplicam exercícios personalizados e técnicas de reabilitação para
melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida dos idosos.
A fisioterapia aplicada aos idosos desempenha um papel fundamental na
promoção da saúde, na melhoria da qualidade de vida e na prevenção de
incapacidades decorrentes do processo natural de envelhecimento, de acordo com
SMAIDI (2020) os fisioterapeutas desempenham um papel crucial no alívio da dor,
na melhoria da mobilidade e na promoção do conforto dos pacientes idosos em
cuidados paliativos, eles utilizam técnicas como a terapia manual, exercícios
terapêuticos e modalidades físicas para reduzir o sofrimento e proporcionar um
maior bem-estar aos idosos nesse contexto.
Muitos idosos em cuidados paliativos sofrem de dor crônica devido a doenças
como câncer, doenças neurológicas avançadas ou doenças cardiovasculares. Os
fisioterapeutas, por meio de técnicas de terapia manual e modalidades físicas, são
treinados para identificar fontes de dor e desenvolver estratégias de tratamento que
visam minimizar o desconforto. Isso não apenas melhora a qualidade de vida dos
idosos, mas também permite que eles enfrentem sua condição com maior dignidade.
Além disso, a melhoria da mobilidade é outra dimensão vital do trabalho dos
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fisioterapeutas em cuidados paliativos. A redução da mobilidade é uma preocupação


comum entre os idosos devido à fragilidade decorrente de doenças crônicas ou ao
próprio envelhecimento. O fisioterapeuta projeta programas de exercícios
terapêuticos adaptados às necessidades de cada paciente, visando restaurar ou
manter a mobilidade. Isso não apenas facilita a realização de atividades diárias, mas
também contribui para a independência funcional do paciente, permitindo uma maior
qualidade de vida.
Além dessas duas dimensões cruciais, os fisioterapeutas também
desempenham um papel significativo na promoção do conforto dos pacientes idosos
em cuidados paliativos. Através de abordagens terapêuticas personalizadas, eles
podem aliviar a ansiedade, a fadiga e outros sintomas que podem acompanhar
doenças graves. Isso não apenas reduz o sofrimento físico e emocional dos
pacientes, mas também ajuda a estabelecer uma conexão valiosa entre o paciente e
o profissional de saúde, promovendo um ambiente mais humano e compassivo de
cuidados paliativos, assim como Gonçalves (2011) destaca as contribuições da
fisioterapia e do exercício físico para os idosos sendo que a fisioterapia pode ser
integrada às equipes de saúde da família para promover a prevenção de doenças, a
manutenção da autonomia e a promoção da saúde em idosos, especialmente
aqueles que vivem em comunidades carentes, pois através de programas de
exercícios, os idosos podem melhorar a força muscular, a coordenação motora e a
capacidade funcional, sendo que a fisioterapia não apenas trata condições
específicas, mas também trabalha na prevenção e na manutenção da independência
funcional dos idosos, sendo que isso é alcançado por meio da prescrição de
exercícios, da adaptação de ambientes e da educação em saúde (Guilamelon,
2007).
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5. METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia adotada para este trabalho acadêmico foi a revisão


bibliográfica, que consiste em uma técnica de pesquisa amplamente reconhecida e
utilizada no meio acadêmico. Esta abordagem, envolve uma investigação
sistemática que busca, seleciona e avalia criticamente materiais já publicados
relacionados a um tópico específico, sendo que esses materiais podem incluir uma
variedade de fontes, como livros, artigos científicos, teses e dissertações, o objetivo
central dessa técnica é a obtenção de uma compreensão aprofundada e abrangente
do conhecimento existente sobre o tema em questão, permitindo a exploração e
sintetização de informações por meio de diversos autores ao longo do tempo,
oferecendo uma visão geral das teorias, descobertas e abordagens que moldaram o
campo estudado, tendo como critérios de inclusão materiais publicados entre 2007 e
2021, em língua portuguesa e disponíveis gratuitamente.
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6. RESULTADOS ESPERADOS

À medida que a sociedade evolui e o envelhecimento populacional se torna uma


realidade incontestável, a importância da fisioterapia na prevenção de quedas em
idosos se revela como uma luz guia na jornada rumo a um envelhecimento mais
saudável e pleno, conforme observado por Alves (2019), o envelhecimento
populacional é uma tendência global que traz consigo uma série de desafios,
especialmente quando se trata da saúde e bem-estar da crescente população idosa.
Tendo isso em vista, essa pesquisa visa proporcionar uma visão abrangente do
envelhecimento populacional e seus desafios, contribuindo para uma compreensão
mais profunda do papel vital desempenhado pela fisioterapia na promoção da saúde
e bem-estar dos idosos, assim como fornecer informações para profissionais de
saúde, pesquisadores e formuladores de políticas públicas, promovendo a busca por
soluções mais eficazes e a melhoria da qualidade de vida de nossa crescente
população idosa.
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CRONOGRAMA

Fases Meses
SET OUT NOV DEZ
Escolha e Delimitação do Tema da Pesquisa X
Escrita do Problema de Pesquisa, Objetivos e X
Justificativa da Pesquisa
Desenvolvimento do Referencial Teórico X
Escrita da Metodologia da Pesquisa X
Entrega do Projeto de Pesquisa X
Estruturação da Monografia X
Coleta de Dados X X
Análise e Discussão dos Resultados X
Elaboração da Conclusão da Pesquisa X
Ajustes Finais de Formatação X
Entrega da Monografia X
Fonte: Elaborado pela autora (2023)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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