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Licenciatura em Engenharia Hidráulica

Matérias de Construção I
Tema: Betão
Turma: H22
IV Grupo

Discentes: Docente:
Gilberto Romão Tsambo Engo Nelson Martins
Elias Tomas Matambo Seno
Líria da Rinda Gonçalves Gulube
Joaquim António Chiconera
João José Coutinho

Songo, Maio de 2020


ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
2. DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................. 2
4. CLASSIFICAÇÃO DO BETÃO .................................................................................. 3
4.1 Betão Endurecido ....................................................................................................... 3
5. PROJECÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO ........................................................ 4
5.1 Métodos de projeção de betão .................................................................................... 4
6. APLICAÇÃO (USO) DO BETÃO .............................................................................. 5
3. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 6
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 7
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho insere-se no âmbito da cadeira de matérias de construção I,


abordando acerca de Betão.
Betão é o material mais utilizado na construção civil, sendo composto por uma mistura
de água, cimento e outros agregados.
O cimento é o aglomerante do concreto que une os agregados. Estes podem ser
agregados miúdos (areias naturais ou artificiais) ou agregados graúdos (pedras britadas
ou seixos) .

Historicamente, os romanos foram os primeiros a usar uma espécie de concreto para


assentar seus tijolos cerâmicos maciços. Eles utilizavam, como cimento, pozolana
natural e cal. Embora o primeiro uso seja muito antigo, o cimento e concreto ficaram
esquecidos por conta da ruralização da Europa na Idade Média. O material só veio a ser
novamente desenvolvido e pesquisado no século XIX.

A utilização de betão e betão armado para a construção em massa só começou na


segunda metade do século XIX., após a descoberta e organização da produção industrial
de cimento Portland, que se tornou o principal agente de coesão para o betão armado e
estruturas de betão.

O concreto simples possui uma razoável resistência a compressão (esmagamento),


entretanto uma baixa resistência a tração (cerca de 10% do valor da compressão). Como
na maioria das estruturas é comum se encontrar os dois tipos de esforços, o uso do
concreto se dá normalmente junto com um outro material (na maioria das
vezes aço carbono)

A sua resistência e durabilidade dependem da proporção entre os materiais que o


constituem. A mistura entre os materiais constituintes é chamada de dosagem ou traço.

Na mistura para a composição do concreto, o cimento é o elemento fundamental de


ligação (cola) entre os agregados. Essa cola é o elemento mais fraco da composição,
portanto é ela que determina a resistência final do concreto.

A água utilizada contribui para a reação química que transforma o cimento portland em
uma pasta aglomerante. Se a quantidade de água for muito pequena, a reação não
ocorrerá por completo e também a facilidade de se adaptar às formas ficará prejudicada,
porém se a quantidade for superior à ideal, a resistência diminuirá em função dos poros
que ocorrerão quando este excesso evaporar.

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2. DISPOSIÇÕES GERAIS

O betão é um material formado pela mistura de cimento, de agregados grossos e finos e


de água, resultante do endurecimento da pasta de cimento. Para além destes
componentes básicos, pode também conter adjuvantes e adições.
Caso a máxima dimensão do agregado seja igual ou inferior a 4mm, o material
resultante é denominado argamassa.

Além destes requisitos de composição, para que o material possa ser considerado betão
é necessário que seja convenientemente colocado e compactado. Assim deve apresentar,
depois da compactação, uma estrutura fechada, i.e., o teor em ar em volume não deve
exceder 3% quando a máxima dimensão dos agregados é maior ou igual 16mm e 4%
quando a máxima dimensão dos agregados é menor que 16mm.
Este teor limite de ar não inclui ar introduzido nem os poros dos agregados, i.e., trata-se
apenas de ar aprisionado que não foi expulso em resultado da compactação.

O betão com estas características pode ser utilizado no projecto e execução de estruturas
de betão simples, betão armado e betão pré-esforçado.
Desde a fabricação até à fase em que desempenha funções estruturais, o betão passa por
dois estados diferentes: betão fresco e betão endurecido.
O primeiro é definido como betão ainda no estado plástico e capaz de ser compactado
por métodos normais.

O segundo é definido como betão que endureceu e desenvolveu uma certa resistência.
O endurecimento do betão começa poucas horas após o seu fabrico e atinge aos 28 dias
de idade cerca de 60 a 90% da sua resistência final, dependendo do tipo cimento e do
tipo de cura utilizado.

As propriedades do betão são determinadas não apenas pela sua composição e qualidade
da matéria-prima, mas também pela tecnologia de preparação e colocação da mistura de
betão na estrutura, as condições de cura/endurecimento do betão.
O betão é um material frágil: a sua resistência à compressão é várias vezes maior que a
resistência a tracção.
Para a percepção das tensões por tracção, o betão é armado com varões de aço, obtendo-
se o betão armado.

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4. CLASSIFICAÇÃO DO BETÃO

EN 206-1 na presente norma a classificação do betão é feita em dois estados: estado


fresco e estado endurecido.

4.1 Betão Endurecido

O betão endurecido é classificado de acordo com a sua massa volúmica em três


categorias:
 Betão normal: Betão com uma massa volúmica após secagem em estufa (105°C)
superior a 2000 kg/m3 mas não excedendo 2600 kg/m3;
 Betão pesado: Betão com uma massa volúmica obtida após secagem em estufa
superior a 2600 kg/m3;
 Betão leve: Betão com uma massa volúmica após secagem em estufa não superior a
2000 kg/m3, total ou parcialmente fabricado com agregados leves.

O betão normal é designado pelo símbolo C, o betão pesado pelo símbolo HC e o betão
leve pelo símbolo LC.
O betão leve é classificado ainda em função da sua massa volúmica conforme indicado
no Quadro abaixo.

Classe de massa 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0


volúmica
kg/m3 801 – 1000 1001 – 1200 1201 – 1400 1401 – 1600 1601 – 1800 1801 – 2000

Quadro 1 – Classificação do betão leve

Os betões são também classificados em diferentes classes de resistência de acordo com


a resistência à compressão medida em cilíndricos ou cubos.
Assim, por exemplo, um C35/45 é um betão normal com uma resistência característica à
compressão igual a 35MPa medida em cilindros e igual a 45MPa medida em cubos.

A composição do betão, para além de garantir uma determinada classe de resistência,


deve ser especificada em função dos requisitos de durabilidade estabelecidos para cada
obra. Isto é, definido o período de vida útil da construção são indicados limites relativos
e diversos parâmetros de composição em função das classes de exposição ambiental
(agressividade do ambiente).

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5. PROJECÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO

O betão projetado consiste num betão produzido por uma determinada composição
base, o qual é projetado pneumaticamente a alta velocidade, produzindo uma massa
densa e homogénea pela sua própria energia cinética. A flexibilidade de colocação,
modo de compactação, capacidade de aderência a vários tipos de superfícies, a dispensa
de cofragens e o seu modo de atuação como sistema de suporte, favorece cada vez mais
o uso deste tipo de betão na indústria mineira.

É utilizado como sistema de suporte temporário ou permanente, principalmente na


abertura de galerias para exploração de minério e no desenvolvimento de infra-
estruturas.

5.1 Métodos de projeção de betão

O betão projetado pode ser aplicado através de dois tipos de métodos, a projeção por via
seca e a projeção por via húmida, em que diferem principalmente na adição de água à
mistura.

a) Projeção por via seca

Na projeção por via seca, os materiais são pré-misturados a seco. De seguida esta
mistura de cimento, agregados e aditivos sólidos é vertida na torva do equipamento de
projeção, e é transportada por toda a extensão de uma mangueira por ar comprimido, até
à extremidade da mesma, onde se situa a agulheta de projeção.

Este transporte por ar comprimido é conhecido como processo de fluxo diluído. Com a
chegada da mistura seca à agulheta, é então introduzida uma determinada quantidade de
água (controlada pelo operador), mais o acelerador líquido (Figura 1), produzindo uma
mistura de betão que se projeta sobre a superfície.

b) Projeção por via húmida

Na projeção por via húmida, os materiais são misturados com água. A mistura de
cimento, agregados, aditivos e água é introduzida na torva do equipamento de projeção,
e neste caso, após o transporte da mistura pela mangueira até à agulheta de projeção, é
apenas introduzido ar e uma determinada dosagem de acelerador líquido. O transporte
do betão pela mangueira até à agulheta pode ser efetuado por fluxo diluído (transporte

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por ar comprimido) ou por fluxo denso (transporte por bombagem). Seguidamente a
mistura é compactada sobre a superfície de receção a partir da alta velocidade de
impacto gerada pela agulheta de projeção

6. APLICAÇÃO (USO) DO BETÃO

O Betão é o material mais utilizado para realização de construções em Moçambique e


no mundo. Ainda assim, ele não chega á ser nem tão resistente, nem tão tenaz quanto o
aço, embora alguns factores principais possibilitem tal popularidade. Dentre estes
factores, podem ser citados: a versatilidade (facilidade na produção e no manejo, uma
vez que o betão é uma substância plástica - que pode ser moldada), a durabilidade, a
economia (é um dos materiais mais baratos e comumente disponível em todo o mundo)
e a alta resistência à água, o que faz dele o material ideal para resistir à acção da água
(os romanos já conheciam o mecanismo de manufatura do concreto, e o utilizava em
seus aquedutos).

O Betão é definido como sendo um material composto que consiste em um meio


contínuo aglomerante, no qual estão mergulhadas partículas de agregados. O
aglomerante comumente utilizado no Mundo, é o Cimento Portland.

Como as aplicações do betão na construção, temos as seguintes:


 Edifícios: mesmo que a estrutura principal não seja de betão, alguns elementos,
pelo menos, o serão. Em edifícios, os elementos estruturais principais são: Lajes,
Vigas, Pilares e Fundação;
 Galpões e pisos industriais ou para fins diversos;
 Obras hidráulicas e de saneamento: barragens, tubos, canais, reservatórios,
estações de tratamento entre outros;
 Rodovias: pavimentação de concreto, pontes, viadutos, passarelas, túneis, galerias,
obras de contenção e os demais;
 Estruturas diversas: elementos de cobertura, chaminés, torres, postes, mourões,
dormentes, muros de arrimo, piscinas, silos, cais, fundações de máquinas.

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3. CONCLUSÃO

Após a realização do trabalho concluiu-se que o betão é um material obtido a partir da


Mistura de diversos componentes dos quais, em geral, apenas um é certificado: o
cimento, é um material muito usado na construção civil. No processo de preparação do
betão deve-se levar em conta a quantificação das matérias que o constituem pós a sua
resistência e durabilidade dependem muito da proporção destes matérias.
A quantidade de água utilizada no processo de preparo do betão contribui muito para a
reacção química que transforma o cimento em uma pasta aglomerante, uma vez que se a
quantidade de água por muito pequena, a reacção não ocorrerá poe completo, porém se
a quantidade for superior á ideal, a resistência diminuirá em função dos poros que
ocorrerão quando este excesso evaporar.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Brooks, Neville (2010). TECNOLOGIA DO CONCRETO. [S.l.]: Bookman;


2. FUSCO, Péricles Brasiliense (2008). Tecnologia do Concreto Estrutural. São Paulo:
PINI;
3. Viseu, J.C.S. – História do Betão Armado em Portugal, ATIC 1993.

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