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TG Eliete e Fernanda 28-10
TG Eliete e Fernanda 28-10
ORGANIZAÇÕES
Eliete De Moraes
Fernanda Aparecida Bonato Chieregatto
INTRODUÇÃO
1.QUESTÃO NORTEADORA
2.OBJETIVOS
3.JUSTIFICATIVA
4.REVISÃO DE LITERATURA
O modelo de gestão trata de um tema muito relevante para a empresa, pois a dinâmica
no ambiente corporativo faz com que as decisões relacionadas ao modelo de gestão
organizacional estejam diretamente interligadas aos resultados da organização, ou seja, os
modelos de gestão estão diretamente ligados a cultura organizacional e nos seus resultados.
Segundo Picchiai (2009), o modelo de gestão deve considerar a relação com o meio
ambiente em que se está inserido e precisa estar ligado ao cumprimento da missão e da visão
da organização. Uma organização pode apresentar dificuldades se não cumprir um conjunto de
normas e princípios, pois interfere na sua tomada de decisão.
De acordo com Medeiros, Wimmersberger & Miranda (2015), o mercado exige que os
gestores sejam capazes de identificar problemas e prover soluções para a organização, o que de
certo modo impacta a sociedade como um todo.
O modelo de gestão pode ser caracterizado pelo planejamento/planejamento estratégico,
papel gerencial/liderança, estrutura, desempenho/performance, burocracia, gestão/gestão de
pessoas, poder e responsabilidade, cultura, autonomia, coordenação e organização.
Existem várias formas de gestão, mas cabe a cada organização escolher qual modelo é
mais adequado para o seu negócio. Algumas organizações são tradicionais, outras, mais
modernas; encontrar o modelo de gestão adequado com a realidade de cada um no mercado de
trabalho é desafiador devido o mercado ser cada vez mais competitivo.
Os principais modelos de gestão são: democrática/horizontal, autoritária/vertical,
meritocrática, por resultados, por processos, por desempenho e por competências.
O modelo de gestão democrática/horizontal tem como característica a participação dos
colaboradores na tomada de decisão, sendo a comunicação uma de suas principais
características. Essa comunicação norteia a democratização, sugerindo uma reflexão do
ambiente de trabalho e mudanças na direção para a organização, porém necessita de
profissionais bem capacitados que dominem sua função e podem apresentar problemas de
conflitos e falta de objetividade. A intenção em adotar esse modelo de gestão horizontal é
reduzir a força de trabalho, que acontece principalmente em função da redução dos níveis
hierárquicos (ARAÚJO, 2006).
Por outro lado, o modelo de gestão autoritária/vertical tem como característica as
decisões e informações para seguirem uma hierarquia (de cima para baixo) no qual a
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E, por último, o modelo de gestão por competência tem como principal característica
aproveitar as técnicas e comportamentos, ou seja, as habilidades de cada colaborador para
montar uma equipe de alta performance. O sistema de gestão por competências é relevante para
a estratégia organizacional, pois reflete nos processos de gestão de pessoas, como recrutamento
e seleção, treinamento e desenvolvimento, gestão de desempenho, carreira e sucessão, e
remuneração para facilitar o desenvolvimento individual e organizacional (LIMA; SOUZA;
ARAÚJO, 2015).
De acordo com Schreiber (2012), as organizações sofreram ao longo dos anos, intensas
transformações, mudaram seus processos produtivos e também revisaram com cuidado os
tradicionais modelos de gestão, os antigos modelos não são eficientes no ambiente competitivo
presente nas atuais organizações, porque as mudanças pelas quais passam impulsionam os seus
padrões, provocam rompimentos e transformações de suas filosofias gerenciais e, em meio a
esse contexto, a liderança é um elemento de suma importância para o sucesso de qualquer
organização, e um dos grandes desafios de qualquer organização é fazer com que colaboradores
permaneçam motivados.
sendo assim não é um evento, mas um processo, e apesar das duas características de exaustão
emocional e baixa realização pessoal, os sintomas da síndrome de Burnout e o estresse
ocupacional são diferentes. A Síndrome de Burnout é considerada uma manifestação clínica
psicológica extrema do estresse ocupacional.
De acordo com Benevides-Pereira (2002, p. 45), existem diferenças significativas entre
estresse e Burnout.
regularmente, ter uma dieta balanceada, aprender a respirar corretamente), reservar um tempo,
separando o lado profissional do pessoal. Não se comportar em casa como se estivesse na
empresa, corrigindo ou recriminando os outros a todo momento, não tentar ser o modelo de
perfeição em casa. Praticar o humor sempre que possível, buscar coisas que possa o fazer rir.
Identificar os valores que governam a vida. Se as ações estiverem de acordo com os valores,
estará em paz.
Todas as recomendações de prevenção para o Burnout são adequadas também para o
tratamento. Entretanto, em virtude de seriedade dos sintomas no caso de um Burnout já
instalado, uma avaliação médico-psicológica e um eventual tratamento psicoterápico específico
podem ser necessários.
Salume (2007) ressalta que a sociedade se encontra cada vez mais individualista e
competitiva, sendo assim, as ocupações voltadas para o bem-estar do próximo são
incompatíveis com a dos valores da sociedade atual.
O transtorno tem predominância de casos em mulheres, o que teria uma possível
explicação sobre esse fato, é a carga de trabalho maior devido ao conciliar a prática profissional
às tarefas domésticas. Quanto ao estado civil, pessoas que não possuem relacionamento estável
há maior incidência do Burnout, que pessoas que possuem.
O Burnout tem maior incidência em profissões com maior contato interpessoal tais
como professores, bancários, enfermeiros, médicos, funcionários de departamento pessoal,
carcereiros, bombeiros, assistentes sociais, comerciários, atendentes públicos e telemarketing.
Hoje, no entanto, essas observações se estendem a todos os profissionais que interagem
ativamente com as pessoas, cuidam e/ou resolvem os problemas de outras pessoas, submetem-
se a técnicas e métodos mais exigentes e integram a organização do trabalho submetendo a
avaliação (BALLONE, 2009).
Aparentemente, alguns dos fatores que contribuem para o aparecimento do Burnout são:
a pouca autonomia para desenvolver sua tarefa laboral, problemas relacionados com os chefes,
clientes ou colegas de trabalho, conflitos entre família e trabalho, falta de companheirismo da
equipe.
A imagem da mulher profissionalmente é cada vez mais valorizada no mercado de
trabalho. As relações profissionais estão fortemente pressionadas pela competitividade e
rivalidade, tornando-as mais individualistas e isoladas por terem medo de demonstrar e
compartilhar suas “fraquezas” diante a uma dificuldade. Isso contribui para a manifestação do
Burnout. Portanto nota-se que a sobrecarga, a pressão de tempo, conflito de papel, falta de
suporte e a sociedade atual são fatores relacionados à sintomatologia da Síndrome de Burnout.
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feminina na força de trabalho. Em 2018, a taxa de participação delas ainda era quase 20%
inferior à dos homens (52,7% no 4º trimestre de 2018 contra 71,5% deles). Comentado [U3]: Indicar a fonte: é IBGE? Ou não? Qual a
data?
As mulheres costumam trabalhar menos de 40 horas semanais, muitas vezes para
conciliar com os afazeres domésticos em sua própria casa, mas quando a mulher se submete a
trabalhar mais de 40 horas semanais e enfrenta dupla jornada, muitas devido ao esgotamento
físico e mental, sofrem da Síndrome de Burnout.
4.5 Entendendo os Segmentos nos Quais as Mulheres São Mais Afetadas pela Síndrome
de Burnout
...os fatores inerentes ao trabalho, de acordo com a OIT (2002), são o ajuste
da pessoa em torno, a carga, a jornada, o desenho do ambiente físico, a
autonomia, o controle, o ritmo, a supervisão eletrônica do trabalho, a
transparência de papéis, a sobrecarga de funções e os fatores ergonômicos
(SERAFIM, 2012, p. 689).
Segundo Gonçalves et al. (2011), também existem fatores pessoais que podem levar à
Síndrome de Burnout, como alto grau de auto exigência, baixa tolerância a erros, extremo
perfeccionismo, necessidade de controle constante, sentimento de que o trabalho é
indispensável, ambição, dificuldade em entender e expressar as emoções, impaciência e
competitividade excessiva, dificuldade de trabalhar em equipe, alto engajamento no trabalho,
pouco ou nenhum interesse pessoal e relacionamentos fora do trabalho, idealismo e
sensibilidade excessiva.
Ter qualidade no trabalho não se trata somente de remuneração, mas sim de ter um
ambiente apropriado para se trabalhar e que visa estimular e possibilitar um clima
organizacional saudável, valorizando o profissional, sem carga horária excessiva e que
incentive os funcionários a realizar seus deveres atribuídos com eficácia (OLIVEIRA, 2016).
Outro segmento mais afetado pela Síndrome de Burnout são as mulheres da área de
saúde devido ao fato de as enfermeiras apresentarem uma grande fragilidade no processo do
cuidar, o que acarreta todas as problemáticas, visto as situações apresentadas ao decorrer da sua
profissão desde a desvalorização da área até ao processo de extensas horas de trabalho, sem
salário ideal, cansaço, fazendo com que haja o processo de exaustão que irá interferir em
diversos aspectos da sua vida.
O profissional da saúde mantém uma sobrecarga de trabalho extremamente elevada e
devido ao cotidiano e situações existentes no ambiente, são expostos a tensão emocional. Em
relação as condições de trabalho, os profissionais de enfermagem possuem condições precárias
de trabalho, baixa remuneração, extensivas cargas horárias de trabalho, grande demanda de
atendimentos e sobrecarga geral (MONTE et al., 2013).
Já no segmento bancário é caracterizado pela intensidade do trabalho e por resultados
de metas cada vez mais desafiadoras que repercutem na pressão dos trabalhadores, risco
iminentes de assaltos nas agências, ritmo acelerado de trabalho. As metas, carga horária
excessiva, agressões por parte de clientes fazem parte da rotina dos bancários, e essas pressões
fazem parte no desenvolvimento da Síndrome de Burnout.
Essa sobrecarga e competitividade é um elemento fundamental no processo de
adoecimento físico e mental desse segmento. As mulheres têm uma percepção maior de
exaustão por tenderem a ser mais emocionais que os homens. Existem argumentos de que o
Burnout seja uma experiência mais feminina (MASLACH; SCHAUFELI; LEITER, 2001).
Segundo Paparelli (2011), os bancários são submetidos ao medo, humilhações,
injustiças e ilegalidades por parte dos bancos, sendo pressionados a agirem contra os seus
valores éticos e morais.
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5.METODOLOGIA
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ETAPAS Ago. Set. Out. Nov. Dez. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun.
22 22 22 22 22 23 23 23 23 23
Elaboração do X X X X
Projeto
Revisão de X X X X X X
Literatura
Simpósio de
X
Pesquisa
Elaboração do X X X X
Relatório
Revisão Final X
Apresentação X
REFERÊNCIAS
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profissional da psicologia. Psicol. Cienc. prof. 22 (2). Jun. 2002. Disponível em:
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