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Resumo
Resumo
Matrícula:232-001311
Estes princípios são axiomáticos e a sua extensão lógica é suficientemente ampla para
incluir todos, desde legisladores a juízes e guardas prisionais, e também devem ser
considerados por estudiosos da área.
1) O principio da legalidade
3) O principio da lesividade
4) O principio da humanidade
5) O principio da culpabilidade
§ 9º - O princípio da legalidade
O princípio da legalidade surgiu durante a revolução burguesa como resposta aos abusos do
absolutismo, mas também foi limitado. O poder do Estado é um espaço exclusivo de
coerção criminosa e protege os indivíduos desse poder na medida em que limita as suas
ações. depois disso isso porque não está incluída a pena ilegal e, por se tratar de uma pena
legal, não há garantia de função constitutiva.
2) proibir a criação de crimes e penas pelo costume (crimen nulla pena sine lege scripta).
Os costumes possuem uma função integrativa no âmbito jurídico-penal - como exemplo a
elucidação do que é “ato obsceno” nos arts. 233 e 234, do CP -, porém não podem criar ou
definir crimes nem agravar penas.
3) proibir o emprego da analogia para criar crimes, fundamentar ou agravar penas (nullum
crimen nulla pena sine lege scricta). A analogia só é permitida in bonam partem, ou seja,
para beneficiar o réu.
4) proibir incriminações vagas e indeterminadas (nullum crimen null a poe na sine lege
certa ). Os tipos penais devem ser claros e precisos, sob o risco de darem margem ao
arbítrio.
§ 11 - O princípio da lesividade
De acordo com o principio da lesividade, apenas os atos que violem os diretos dos outros podem ser
punidos e e não apenas os atos pecaminosos ou morais.
1) proibir a incriminação de uma atitude interna: pensamentos, ideias, convicções não devem ser
punidas, o que não significa, contudo, que o direito penal não se interessa pela atitude interna do
homem, a qual é considerada, por exemplo, na culpabilidade, no dolo e na culpa.
2) proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor: a autolesão
não é [ou não deveria ser] punível (p. ex. suicídio, automutilação, [uso de drogas]).
3) proibir a incriminação de simples estados ou condições existenciais: O direito penal atua sobre a conduta
e não sobre o ser; é (deve ser) sempre um direito do fato e não do autor.
4) proibir a incriminação de condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico: condutas desviadas
são aquelas que não constituem crime mas são fortemente desaprovadas pela coletividade. Usar cabelo punk,
barba grande, etc., não pode ser objeto de apreciação penal.
§ 12 - O princípio da humanidade
Embora este seja um principio no domínio da política criminal, é aplicado positivamente em alguns
ordenamentos jurídicos, como lll ( proibição da tortura e dos tratamentos cruéis ou degradantes )
XLVL ( individualização da pena) e XLVLL ( proibição da pena de morte, cruéis ou perpetuas ) do
art. 5º da CF. O principio da humanidade também está ligada ao processo histórico de deixa a pena
iguais, através do desenvolvimento dos princípios da legalidade, da intervenção mínima e do dano
racionalidade, proporcionalidade. As punições devem ser razoáveis no sentido de que sejam
compatíveis com as pessoas e com as suas preferências em mudanças. Portanto, acredito que a
coerção não pode ser uma simples retaliação. A questão é que esse personagem pertence a um
castigo que não é o dele, ou ao castigo puramente negativo da semimorte. Porque fazer isso não é
diferente de vingança. A proporcionalidade vem da racionalidade. A punição deve ser proporcional.
Caso contrário, causará mais agitação social do que o próprio crime
§ 13 - O princípio da culpabilidade
O princípio da culpa isenta a obrigação objetiva da jurisprudência penal. É a ligação subjetivo entre
o autor e o resultado de sua conduta, que só será punível se for repreensível. Assim, não basta que o
autor tenha causado o resultado ele deve tê-lo desejado ou contribuído para isso com sua culpa. Este
princípio exige, por isto a subjetividade da responsabilidade penal, sendo imprescindível, no direito
penal e no processo penal, a demonstração da culpa, que em nenhum caso deve ser “presuntiva 2”.
Da mesma forma, afirma a personalidade da responsabilidade penal, da qual se deduz o caráter
inconsequente da pena (a pena é pessoal, não pode ultrapassar a pessoa do autor e dos participantes
do crime e o mecanismo de individualização. da sanção a sanção aplicada deve ter em conta a
pessoa específica a quem se dirige).
Nilo Batista finalmente apresenta o atual debate sobre a chamada co-culpabilidade, teoria segundo a
qual, para julgar o caráter repreensível de um comportamento é necessário avaliar a experiência
social específica do acusado como as oportunidades oferecidas para ele. ao longo da sua vida,
considerando que a sua falta é também a falta do Estado e da sociedade como um todo.
Tempo e espaço
PARTE GERAL
Título I - Da aplicação da lei penal
Anterioridade da lei
Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
As ideias de igualdade e liberdade moldaram o Direito Penal, tornando-o menos cruel do que durante o
Estado Absolutista. Isso transfere restrições à interferência do Estado nas liberdades individuais. Muitos
desses princípios limitados foram incluídos nos Códigos Penais das Nações Democráticas, garantindo
respaldo constitucional como uma garantia máxima de respeito pelos direitos fundamentais do cidadão.
Princípio da legalidade ou da reserva legal
O princípio da reserva legal é um imperativo rígido, sem propostas, que reflete uma conquista na consciência
jurídica e responde às exigências de justiça. Apenas regimes totalitários têm esse princípio desconsiderado.
Pelo princípio da legalidade, somente a lei tem o poder de criar normas de conduta criminal. Isso significa
que nenhum ato pode ser considerado crime ou punido como tal, a menos que exista uma lei prévia que o
defina como um crime e estabeleça a pena correspondente de maneira clara e precisa.
Princípio da irretroatividade da lei penal
o princípio da irretroatividade vige somente em relação à lei mais severa. Admite-se, no direito intertemporal,
a aplicação retroativa da lei mais favorável (art. 5º, XL, da CF). Assim, pode-se resumir a questão no seguinte
princípio: o da retroatividade da lei penal mais benigna. A lei nova que for mais favorável ao réu sempre
retroage.
Princípio da intervenção mínima
O princípio da intervenção mínima, também conhecido como ultima ratio, orienta e limita o poder
incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio
necessário para a proteção de determinado bem jurídico. Se para o restabelecimento da ordem jurídica
violada forem suficientes medidas civis ou administrativas, são estas que devem ser empregadas e não as
penais. o Direito Penal deve ser a ultima ratio, isto é, deve atuar somente quando os demais ramos do Direito
revelarem-se incapazes de dar a tutela devida a bens relevantes na vida do indivíduo e da própria sociedade.
Princípio da fragmentariedade
significa que o Direito Penal não deve sancionar todas as condutas lesivas dos bens jurídicos, mas tão
somente aquelas condutas mais graves e mais perigosas praticadas contra bens mais relevantes. “Faz-se uma
tutela seletiva do bem jurídico, limitada àquela tipologia agressiva que se revela dotada de indiscutível
relevância quanto à gravidade e intensidade da ofensa” (Luiz R. Prado).
Princípio de culpabilidade
Observa-se ao fato ocorrido se é possível ou não a aplicação de uma pena ao autor de um fato típico e
antijurídico, isto é, proibido pela lei penal. Para isso, exige-se a presença de uma série de requisitos —
capacidade de culpabilidade, consciência da ilicitude e exigibilidade da conduta —, que constituem os
elementos positivos específicos do conceito dogmático de culpabilidade. A ausência de qualquer desses
elementos é suficiente para impedir a aplicação de uma sanção penal . o princípio de culpabilidade impede a
atribuição da responsabilidade objetiva. Ninguém responderá por um resultado absolutamente imprevisível se
não houver construido, pelo menos, com dolo ou culpa. Nullum crimen, nulla poena sine culpa. não há pena
sem culpabilidade
Princípio de humanidade
proibição de tortura e maus-tratos nos interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao Estado de dotar sua
infraestrutura carcerária de meios e recursos que impeçam a degradação e a dessocialização dos condenados
são indução dos princípios de humanidade. o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a
dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físicopsíquica dos condenados.
Princípio da adequação social
Somente condutas que tenham certa relevância social; caso contrário, não poderiam ser crimes. Deduz-se,
consequentemente, que há condutas que por sua “adequação social” não podem ser consideradas criminosas
e, por isso, não se revestem de tipicidade. há um descompasso entre as normas penais incriminadoras e o
socialmente permitido ou tolerado. Por isso, segundo Stratenwerth, “é incompatível criminalizar uma conduta
só porque se opõe à concepção da maioria ou ao padrão médio de comportamento”. Como “princípio geral
de interpretação” não só da norma mas também da própria conduta contextualizada, é possível chegar a
resultados fascinantes; por exemplo, no caso do famigerado “jogo do bicho”, pode-se afastar sua aplicação
em relação ao “apontador”, por política criminal, mantendo-se a norma plenamente válida para punir o
“banqueiro”, cuja ação e resultados desvaliosos merecem a censura jurídica.
Princípio de insignificância
Segundo este princípio, é imperativa uma efetiva proporcionalidade entre a gravidade da conduta que se
pretende punir e a drasticidade da intervenção estatal. Amiúde, condutas que se amoldam a determinado tipo
penal, sob o ponto de vista formal, não apresentam nenhuma relevância material. Nessas circunstâncias,
pode-se afastar liminarmente a tipicidade penal, porque em verdade o bem jurídico não chegou a ser lesado.
Assim, a irrelevância ou insignificância de determinada conduta deve ser aferida não apenas em relação à
importância do bem juridicamente atingido, mas especialmente em relação ao grau de sua intensidade, isto é,
pela extensão da lesão produzida.
No caso de uma causa posterior que seja em grande parte independente e que, por si só, tenha causado o
resultado, a imputação é restauração. No entanto, os eventos acima mencionados são atribuídos à pessoa que
cometeu.