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AO JUÍZO DA UNIDADE JURISDICIONAL DO

JESP DA COMARCA DE DIVINÓPOLIS/MG

NomeE SILVA , brasileiro, solteiro, engenheiro civil, CPF nº. 000.000.000-00, RG 00000-00, e-
mail email@email.com, residente e domiciliado na EndereçoCEP 00000-000, vem, através de
seu advogado (procuração anexa), com endereço profissional na EndereçoCEP 00000-000,
onde recebe intimações, vem, perante V. Exa., com fulcro no art. 783 do CPC, propor:

AÇÃO DE EXECUÇÃO

DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL

Em face de Nome, brasileira, casada, representante comercial, CPF nº. 000.000.000-00, RG


00000-00SSP, endereço eletrônico desconhecido, residente e domiciliada na Endereçobairro
Santa Lúcia, na Comarca de Divinópolis/MG, pelas razões de fato e direito aduzidas abaixo:

DOS FATOS

No dia 24 de novembro de 2021, a executada emitiu ao exequente um cheque no valor de R$


00.000,00referente à realização de uma venda de imóvel, onde houve sua participação.

Ocorre que, na ocasião em que o exequente apresentou o mencionado cheque, o que foi feito
em dois momentos diferentes, fora surpreendido vez que ambas às vezes o título voltou,
sendo uma vez pelo motivo nº. 11 e outra pelo motivo nº. 21:

Conforme informações do próprio Banco Central, os mencionados motivos de não


compensação são referentes à: motivo nº. 11: cheque sem fundo e motivo nº. 21: cheque
sustado ou revogado.

Desta forma, logo da apresentação no dia 02/03/2022, o cheque foi devolvido por não haver
fundos . Em seguida, na segunda apresentação, em 04/03/2022 , o exequente foi surpreendido
com a informação que o cheque havia sido sustado , demonstrando tamanha má-fé da
executada, que simplesmente se furtou da obrigação de pagar.
Frustrada as tentativas de receber o valor de forma amigável, vem o exequente buscar o
judiciário para satisfazer seu crédito, conforme o memorial abaixo, atualizado pela Tabela da
Corregedoria de Justiça de Minas Gerais referente ao mês de julho de 2022:

Para garantir a execução, acaso não seja pago o débito no prazo legal, o exequente desde já
aponta como bem penhorável o veículo VW Passat 2.0T FSI, placa ABC0000, ano/modelo 2008,
cor preta, RENAVAM 00000000000, de propriedade da executada (busca anexa).

DO DANO MORAL

Exa., conforme já narrado nos fatos, quando da apresentação do cheque, o primeiro motivo da
devolução foi por não haver provisão de fundos.

Na segunda apresentação, o cheque havia sido sustado, demonstrando que a executada agiu
de má-fé, utilizando manobras ardilosas para se furtar do pagamento devido, já sabendo da
entrada do cheque e a comunicação da devolução.

O caso em tela não se confunde com mero aborrecimento, tendo em vista que a executada em
momento algum buscou pagar a quantia devida de outra forma ou depositou valores no banco
que suprissem uma nova apresentação do título executivo, mas tão somente sustando o
cheque na intenção do exequente ficar sem receber o que lhe é devido.

Para embasar a possibilidade do dano moral, juntamos jurisprudência nesse sentido:

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. CHEQUES INDEVIDAMENTE SUSTADOS. MÁ-FÉ DO APELADO.


DANO MORAL EXISTENTE . APELO PROVIDO. No caso concreto, há o dever reparatório, à luz do
disposto no art. 186 do CC, haja vista estar configurada a má-fé na atuação do Apelado que
sustou os cheques emitidos sem comprovação de qualquer desacordo comercial com o
Apelante; Inegáveis os transtornos decorrentes da ausência de crédito para compra de
matéria-prima, os quais foram suportados pelo Apelante, com exclusividade, devido à sustação
indevida dos cheques, situação para a qual não colaborou. Apelo provido, para condenar o
Apelado ao pagamento de dano moral, arbitrado em R$ 3.000,00 (três mil reais), corrigidos
pela tabela do ENCOGE desde o arbitramento e acrescido de juros moratórios de 1% (um por
cento) ao mês, a partir da data da citação, mantida a sentença em todos os seus demais
termos.

(TJ-PE - APL: (00)00000-0000PE, Relator: Cândido José da Fonte Saraiva de Moraes, Data de
Julgamento: 15/01/2014, 2a Câmara Cível, Data de Publicação: 20/01/2014)
Desta forma, considerando a sustação desmotivada do cheque logo após a devolução por
ausência de fundos, requer indenização por danos morais no valor de R$ 00.000,00.

DO DIREITO

O próprio título executivo anexo preenche todos os requisitos exigidos pela legislação em
vigor, ensejando, assim, através do procedimento descrito na legislação processual (incisos I,
do artigo 784, do CPC), a ação de execução de título extrajudicial por quantia certa.

DOS PEDIDOS:

Diante do exposto, requer:

a) A citação da executada, POR OFICIAL DE JUSTIÇA, no endereço indicado no

preâmbulo, para que venha, no prazo de 3 (três) dias, pagar solidariamente a quantia
exequenda de R$ 00.000,00, devidamente atualizada até o efetivo pagamento, acrescida de
correção monetária e juros legais (art. 829, do CPC), constando, ainda, a autorização para o
oficial de justiça cumprir o mandado nos termos do § 2º, do art. 212, do CPC;

b) Se, porventura, não efetuar o pagamento no prazo estabelecido, requer que o oficial

de justiça proceda de imediato a penhora do veículo VW Passat 2.0T FSI, placa ABC0000,
ano/modelo 2008, cor preta, RENAVAM 00000000000para o pagamento do débito exequendo
atualizado, acrescido de juros legais, e a respectiva avaliação, lavrando-se o respectivo auto e
de tais atos intimando na mesma oportunidade as executadas (art. 829, § 1º, do CPC),
constando ainda, a autorização para o oficial de justiça cumprir o mandado nos termos do art.
782, § 2º, do CPC;

c) Ocorrendo a penhora de bens das executadas, requer-se a sua intimação, para que,

querendo, ofereçam embargos na audiência de conciliação conforme preceitua o artigo 53, §


1º, da lei 9099/95, a ser determinada por este douto juízo;
d) A condenação da executada ao pagamento de danos morais no valor de R$

3.000,00 (três mil reais) ou, acaso não seja esteja este valor dentro do entendimento deste
juízo, que seja fixado um quantum indenizatório por V. Exa.

Dá-se, à causa, o valor de R$ 00.000,00.

Termos em que pede deferimento.

Divinópolis, 03 de agosto de 2022.

Nome

00.000 OAB/UF

Nome

Bacharel em Direito

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