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Texto de Apoio - Tomada de Notas - Agropec.
Texto de Apoio - Tomada de Notas - Agropec.
A TOMADA DE NOTAS
Na vida estudantil e profissional, somos convocados, muitas vezes a fazer o registo do que
ouvimos (em conferências, seminários, aulas, reuniões) ou lemos (nos mais diversos tipos de
textos). Contudo, numa simples audição ou leitura, há maior risco de se não poder fazer a retenção
de toda a informação, para o reaproveitamento futuro. Daí temos que recorrer à tomada de notas.
Imaginemos que numa aula de Biologia, o professor vem apresentar uma exposição sobre,
por exemplo, “O surgimento das primeiras espécies vivas”. O estudante, normalmente, tem se
fixado nas projecções que o professor faz. Porém, por outro lado, o professor, ao dar a explicação,
vai apresentando exemplos novos, definições e noções que não constam das projecções. De certeza,
que os alunos não vão perder a oportunidade de fazer o registo das informações que acharem
necessárias – veja-se que a relevância do que anotar, a partir de uma exposição varia de indivíduo
para indivíduo. Nela intervêm factores como a atenção, a rapidez no registo (por parte de quem
toma as notas), a velocidade com que o conferencista ou locutor (neste caso, o professor) faz o seu
discurso e dos objectivos a alcançar.
Como se pode notar, ao fazermos a tomada de notas produzimos um texto novo e pessoal, a
partir de uma escuta selectiva ou de uma leitura de um texto. Produzimos um texto novo (embora,
muitas vezes, desconexo, vago, sem esclarecimento,...), no qual reflectimos sobre (e sintetizamos) a
informação apreendida. A tomada de notas é forma de retenção das informações para seu
reaproveitamento posterior. O objectivo da tomada de notas é a memorização.
É importante ter a noção de que não é possível fazer o registo de tudo o que se fala. É
preciso ter estratégias para efectuar o registo!
Ø adoptar uma paginação clara; Não pode usar o verso das folhas;
Ø deixar muitos espaços em branco e abrir parágrafo sempre que se apresente uma nova ideia.
A tomada de notas não é um fim em si, mas sim um meio. Isso significa que as notas
tomadas devem ser exploradas o mais cedo possível (com as ideias ainda frescas). Para tal convém:
Ø reler as notas por nós tomadas. Pode ser necessário reconstituir alguma informação;
Ø completar o que não se registou a tempo (preenchimento dos espaços vazios);
Ø sublinhar, titular e “colorir” de modo a evidenciar as ideias essenciais.
Ø reclassificar as partes;
Ø anotar(na margem) as nossas observações e comentários;
Ø (re)construir o nosso texto.
Como se sabe, na tomada de nota é preciso usar uma escrita rápida. Para tal se recorre ao uso
de símbolos. Contudo, estes símbolos, na sua maioria, são convencionais, ou seja, representam um
código já consagrado.
É preciso realçar que no uso de símbolos e abreviaturas devem ser evitados os excessos.
Alguns princípios para as abreviaturas:
(a) deve seguir-se um ponto à abreviatura. Exemplo: i.e. (id est)= isto é;
(b) não se abrevia numa vogal, mas sim numa consoante (ex. bol.= boletim), sallvo excepção motivada
por uma vulgarização do uso. Exemplo: ex. = exemplo, exo.= exercício;
(c) as abreviaturas fazem-se as mais das vezes sem estabelecer distinção entre o substantivo, o
adjectivo, o advérbio, o verbo. Exemplo: an.= ano, anual, anualmente;
(d) é prático abreviar suprimindo uma parte dos sufixos correntes. Exemplo; formul., mús., neolog. ...
(e) pode-se por vezes dobrar a consoante inicial a fim de marcar o plural. Ex.: p. = página, pp. =
páginas
BIBLIOGRAFIA
SIMONET, Jean e Renée, Como Tirar Notas de Maneira Prática. Lisboa, Edições Catop, 1988.
SERAFINI, Maria Teresa, Como se Faz um Trabalho Escolar. 3.ª Edição, Lisboa, Editorial
Presença, 1994.
tomada_de_notas.pdf> , acessado em 06/03/2009.