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Relatório de Estágio Básico I
Relatório de Estágio Básico I
Imperatriz – MA
2021
Acadêmico:
Tiago de Brito Pires
Professora Orientadora:
Ma. Rosemar Andrade Vasconcelos
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1- CEMI
Imperatriz........................................................................................................09
Figura 2- Recepção
CEMI.........................................................................................................09
CEMI..................................................................................09
RAPS ...................................................................................12
SESI................................16
SESI.................................16
SESI.................................16
SESI................................16
17
18
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Figura 14- Banner Campanha Novembro
Azul..........................................................................18
Figura 15 – Oficina de
Comunicação.........................................................................................18
Figura 16 – Oficina de
Comunicação.........................................................................................18
Figura 17 – Oficina de
Comunicação.........................................................................................19
Figura 18 – Oficina de
Comunicação.........................................................................................19
Teams..................................................................19
Teams..................................................................19
Teams..................................................................20
Teams.....................................20
Teams........................................................................................................................................20
Teams..................................................................20
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Figura 28 – Conteúdo
Digital.....................................................................................................26
Bullyng..................................................................................................27
Figura 31 – Lista de
Presença....................................................................................................27
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IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
Assinatura do Acadêmico
SUMÁRIO
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1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................07
2. JUSTIFICATIVAS...........................................................................................................08
3. OBJETIVOS......................................................................................................................08
4. AMBIENTE DO ESTÁGIO.............................................................................................09
5. METODOLIGIA...............................................................................................................10
6. FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA....................................................................................10
6.1 Saúde e Saúde
Mental..............................................................................................10
6.2 A Reforma
Psiquiátrica............................................................................................10
6.3 Rede de Atenção
Psicossocial..................................................................................11
6.4 Campos de Atuação e ênfases curriculares na
Psicologia........................................12
6.5 A entrevista
Psicológica...........................................................................................13
6.6 A comunicação........................................................................................................13
6.7 O psicólogo e a diversidade
social...........................................................................15
7. A AÇÕES DESENVOLVIDAS E RESULTADOS........................................................16
7.1 Psicologia
Escolar/Educacional...............................................................................16
7.2 Psicologia
Social......................................................................................................17
7.3 Grupos de Supervisão..............................................................................................18
7.4 Psicologia Hospitalar...............................................................................................20
8. CONSIDERAÇÕES
FINAIS............................................................................................22
9. REFERÊNCIAS................................................................................................................23
10. ANEXOS............................................................................................................................24
10.1 Relatos de Experiências (casos clínicos) ..........................................................24
10.2 Outras atividades desenvolvidas........................................................................26
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1. INTRODUÇÃO
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No trabalho que se segue, objetiva-se, descrever as ações desenvolvidas nos ambientes
acima citado, bem como apresenta dois casos de pacientes acompanhados por este estagiário,
articulando essas experiências com os fundamentos teóricos da Psicologia no Serviço de
Atenção Básica de Saúde.
Antes da exposição dos relatos clínicos, buscou-se descrever rapidamente os
ambientes não-hospitalares e o funcionamento da Rede de Atenção Psicossocial no SUS,
observando os processos que possibilitaram a atuação do psicólogo nessa área. Prosseguindo,
descreveu-se o CEMI, cenário físico e psicológico onde foi desenvolvido a escuta e
observação dos casos clínicos selecionados.
Por fim, os relatos que sucedem essa descrição, são apresentados incluindo-se de uma
avaliação do autor acerca dos diferentes fenômenos que atravessaram os momentos
vivenciados pelo estagiário.
2 - JUSTIFICATIVAS
3. OBJETIVOS
4. AMBIENTE DO ESTÁGIO
A estrutura física é composta por uma recepção ampla, acessibilidade, assentos para
espera em espaço climatizado, sob identificação das salas em cada porta e suas especialidades.
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Figura 2: Recepção CEMI – Fonte: Tiago Figura 3: Corredor Consultório do CEMI –
Pires Fonte: Tiago Pires
5. METODOLOGIA
Para o alcance dos objetivos propostos, diversas ações foram desenvolvidas ao longo
de todo o semestre. No quesito avaliar as intervenções práticas do psicólogo na área de saúde
básica, foram desenvolvidas atividades de observação de espaço, bem como atuação do
profissional e o funcionamento de toda estratégia da Rede de Atenção Psicossocial.
Na área educacional, houve elaboração de projeto de intervenção em unidade escolar
do município de Imperatriz – MA, com exposição de material de psicoeducação nas temáticas
bullying e cyberbullying.
Para desenvolvimento teórico de temáticas de aprendizagem, houve aulas expositivas
com apresentação dos conteúdos e discussões sobre situações vivenciadas dentro dos espaços
visitados, e como prática, ocorreu através de oficina, que possibilitasse o treinamento e
aprendizagem.
Para atender demandas específicas, houve elaboração de campanhas e exposição de
conteúdo psicoeducativo em alusão a conscientização do setembro amarelo e novembro azul.
Ao analisar a ética e eficácia de práticas psicológicas, houve observação de relatos de
profissionais através de entrevistas estruturadas e relatos do dia a dia do psicólogo no seu
espaço de trabalho.
6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, entende -se por saúde estado do
mais completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidade.
A OMS não possui um conceito definido ainda para saúde mental, mas entende-se
como a forma em que o indivíduo reage às exigências, desafios e mudanças da vida,
equilibrando com suas ideias e emoções. Os termos transtorno mentais e doença mental
precisam ser diferenciado, onde transtorno está relacionado ao diagnóstico e doença está
relacionado aos sintomas e medidas terapêuticas.
A Reforma Psiquiátrica foi inspirada nas ideias e feitos dos psiquiatra Franco
Basaglia, que se destacou, a partir da década de 1960 com abordagens e terapias no cuidado
as pessoas com transtornos mentais nas cidades de Triestre e Gorizia na Itália. Franco
Basaglia foi membro do movimento antipsiquiatria e foi gestor por vários anos de um hospital
psiquiátrico que atendia 1,2 mil pacientes internados, tornando-se crítico da psiquiatria
tradicional e através do seu tratamento psiquiátrico, desenvolveu um método de atendimento
com base no processo de reinserção territorial e cultural do paciente à comunidade da qual
fazia parte. Sua abordagem revolucionária inspirou vários países a seguirem o modelo e
acabou promovendo um debate e discussão no Brasil. Em 1987 foi criado o movimento
antimanicomial que deu prosseguimento à luta por uma nova forma de fazer psiquiatria,
resultando em um projeto de lei, que foi apresentado pelo deputado Paulo Delgado (MG) no
ano de 1989, e foi aprovado e sancionado em 2001, ficando conhecida como a Lei da
Reforma Psiquiátrica ou Lei Antimanicomial (Lei nº 10.216/2001).
Após isso, houve o fechamento gradual de manicômios e hospícios, colocando como
diretriz central a internação de paciente somente em caso que o tratamento fora do ambiente
hospitalar tenha sido considerado incapaz.
A lei 10.216, dispõe sobre a rede de proteção e sobre os direitos das pessoas
portadoras de transtornos mentais. Nela é assegurado os direitos, independente da raça, classe
social, gênero ou religião. Ficando sob a responsabilidade do Estado, juntamente da família e
da sociedade em geral, quanto ao desenvolvimento de política de saúde mental, assistência e
promoção de saúde, garantindo assim, o objetivo de reinserção social.
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Dentro da estrutura organizacional da Estratégia da Saúde Básica do SUS, existe a
RAPS – Rede de Atenção Psicossocial, que é um instrumento responsável pelo cuidado
integral à saúde mental da população brasileira. É composta pelos seguintes dispositivos:
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT); Centros
de Convivência Cultural, Unidades de Acolhimento (UAs), e os leitos de atenção integral em
hospitais gerais ou em CAPS III.
A RAPS se baseia nas diretrizes e princípios dos direitos humanos e compreende
princípios e diretrizes adotadas pelo Ministério da Saúde para organizar as ações de promoção
a saúde mental, prevenção de agravos, assistência e cuidado. Responsável ainda, pela
reinserção e reabilitação das pessoas com transtornos mentais e/ ou com problemas de
dependência química. É uma rede diversificada composta por hospitais de emergências
psiquiátricas, programas de acolhimento, e centros de atenção psicossocial (CAPS).
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núcleos rurais e nas demais áreas onde as questões concernentes à profissão se façam
presentes e sua atuação seja pertinente.
As especialidades concedidas atualmente são as seguintes: Psicologia
Escolar/Educacional; Psicologia Organizacional e do Trabalho; Psicologia de Trânsito;
Psicologia Jurídica; Psicologia do Esporte; Psicologia Clínica; Psicologia Hospitalar,
Psicopedagogia; Psicomotricidade; Psicologia Social; Neuropsicologia e Psicologia em saúde.
O exercício profissional do Psicólogo, exige dele o uso de referencial teórico e
metodológico para se interpretar o comportamento e a mente do sujeito. Dentro da Psicologia,
há diversas abordagens teóricas, sendo completas em si mesma, se relacionando-se entre si,
apenas, no objetivo da compreensão de comportamentos e pensamentos. São exemplos de
abordagens: Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), Psicanálise, Fenomenologia e
Existencialismo, Behaviorismo, Psicologia Humanista, Psicologia Analítica, Abordagem
Centrada na Pessoa, entre outras.
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respeitado; e para finalizar a sessão é recomendado recapitular de forma resumida em tópicos
os pontos principais do entrevistado.
Todo o processo de entrevista deve seguir em sua estrutura técnicas de questionamento
socrático, para que o entrevistado chegue a uma reflexão sobre os pensamentos complexos e
mais profundos. Ex.: O que esse pensamento significa para você? faz sentido para você? E
etc.
As entrevistas psicológicas possuem classificações quanto ao modelo e quanto aos
objetivos, são elas: livre estruturação; semiestruturada e estruturada. E possuem distinção
entre si, dependendo do ambiente em que está sendo aplicada.
6.6 A comunicação
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d) O vício de deixar-se levar mais pelos mapas do que pelos territórios
(Geografite) – Sofre de geografite o indivíduo que se impressiona mais com mapas do que
com os territórios. Os mapas correspondem aos sentimentos, imaginações, palpites, hipóteses,
pressentimentos, preconceitos, inferências. Os territórios são os objetos, as pessoas, as coisas,
os acontecimentos. E o grande fator para que ocorra essa barreira, é a credulidade no
sobrenatural. O fascínio que exerce sobre nós reflete-se à uma série de obstáculos à
efetividade da comunicação humana.
e) Tendência à complicação – A arte de complicar o que é simples e de obscurecer o
que é claro. Na tendência à complicação, personalidade e linguagem estão juntas, e
contribuem para agravar o problema. Os homens complicam as coisas, mesmo quando se trata
de sistematizar o pensamento lógico. Tendemos a complicar tudo aquilo que não
compreendemos.
Os obstáculos ligados à linguagem antepõem dificuldades como a polissemia, os
pleonasmos, os exageros, as gírias etc. Mas, existem outros obstáculos:
Confusão entre: fato x opinião; inferências x observações;
Descuidos nas palavras abstratas;
Desencontros;
Indiscriminação;
Polarização;
Falsa identidade baseada nas palavras;
Polissemia;
Barreiras verbais.
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No que se refere ao estudo do ser humano, é preciso considerar a sua história, sua
cultura e o seu ambiente, pois, o homem como ser social, é protagonista na construção das
relações, tornando-se indissociável com o meio. E é sobre essa concepção que o psicólogo
poderá pautar a sua atuação profissional, pois, é no fazer coletivo que o homem encontra
oportunidades como sujeito, dando significado à sua vida, por meio da atuação coletiva. O
psicólogo, portanto, precisa enxergar o homem como ator social, dotado de liberdade de ação
diante de um contexto social que o precede e que lhe confere um lugar.
Quanto ao caminho percorrido da profissão desde o seu surgimento como ciência, é
preciso recordar-se do processo evolutivo da atuação, que antes definia-se a partir de uma
clínica somente individual, com tarefas de avaliações psicológicas e do acompanhamento de
aprendizagem nas escolas para uma psicologia ampla e coletiva.
A responsabilidade do psicólogo passa por auxiliar o homem em comunidade a
identificar suas necessidades e aspirações, expressá-las com clareza e ajudá-las na busca por
soluções. Diante da complexidade das mudanças sociais, é preciso, além do trabalho clínico
individual, oportunizar-se aos trabalhos com grupos, proporcionando na formação da
consciência crítica e na construção de uma identidade social e individual.
Figura 5: Palestra Bullyng e CyberBulling na Escola Figura 6: Palestra Bullyng e CyberBulling na Escola
Maria Sarney SESI – Fonte: Tiago Pires Maria Sarney SESI – Fonte: Tiago Pires
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Como se desenvolveu? Os acadêmicos estagiários foram separados em duplas ou trios
para exposição do material psicoeducativo em sala de aula em horários e turmas diferentes
em turnos matutino e vespertino, com palestras com duração de 40 a 60 minutos,
possibilitando espaço para esclarecimento de dúvidas dos alunos com os estagiários.
Dentro das mais diversas equipes planejadas para execução da ação, houve uma equipe
responsável para montagem, produção do conteúdo e supervisão da ação junto a gestão da
instituição escolar.
Figura 9: Curso de Capacitação Prevenção ao Suídicio Figura 10: Apresentação de Palestra de Psicoeducação
– Fonte: UnaSUS Setembro Amarelo – Fonte: Tiago Pires
Figura 11: Panfletos da campanha – Fonte: Tiago Pires Figura 12: Apresentação de Palestra da Campanha
Setembro Amarelo – Fonte: Yasmim Ayres 18
Como se desenvolveu? Os acadêmicos estagiários foram separados em duplas ou trios
para exposição do material psicoeducativo para público-alvo específico, com palestras
com duração de 40 a 60 minutos, possibilitando espaço para esclarecimento de interação
com os estagiários. Para execução dessa ação, houve curso de capacitação junto a
Universidade do SUS de curso gratuito de Prevenção ao Suicídio, com carga horária de 30
horas.
Figura 13: Apresentação Campanha Novembro Azul – Figura 14: Banner da Campanha Novembro Azul –
Fonte: Laura Pontes Fonte: Laura Pontes
Figura 15: Oficina de Comunicação – Fonte: Tiago Pires Figura 16: Oficina de Comunicação – Fonte: Tiago Pires
Figura 17: Oficina de Comunicação – Fonte: Tiago Pires Figura 18: Oficina de Comunicação. Fonte: Tiago Pires
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Figura 22: Psicologia e a diversidade social via teams–
Figura 21: Seminário de Saúde Mental via teams– Fonte:
Fonte: Tiago Pires
Tiago Pires
Figura 23: Seminário de Campos de Atuação e Figura 24: Seminário de Comunicação via teams–
Abordagens via teams– Fonte: Tiago Pires Fonte: Tiago Pires
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Figura 25 - CEMI Imperatriz. Fonte: Prefeitura municipal Figura 26 - CEMI Imperatriz. Fonte: Tiago Pires
de Imperatriz
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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9. REFERÊNCIAS:
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10. ANEXOS
10.1 – Relatos de Experiência (Casos clínicos)
Caso 01 - R. de A. S.
Relato da Paciente - É uma senhora de 56 anos de idade, moradora local, há mais de 15 anos,
possui 03 filhos, sendo 02 do primeiro casamento, 01 do segundo casamento. Encontra-se em
processo de separação do seu terceiro casamento. Seu primeiro casamento, se deu aos 15 anos
de idade, logo assim, que começou seu primeiro namoro. Motivado pelo padrasto e sua mãe a
se envolver-se precocemente, em virtude de que os mesmos, não queriam ser responsáveis
financeiros da jovem. Mesmo contrariada, a sra. R. de A. S. e seu companheiro foram morar
juntos, concebendo dois filhos dessa relação e vivendo por 11 anos, até que seu companheiro
decidiu abandoná-la. Passado tempos depois, a paciente envolveu-se em outro
relacionamento, tendo 01 filho dessa relação, mas que não durou muito, cerca de cinco anos.
Então, envolveu-se em uma terceira relação, do qual seu atual esposo, mesmo não tendo filhos
dentro da relação, sentiu-se responsável pela criação dos filhos da paciente. Ela relata que até
10 meses atrás, comportavam-se como uma família feliz, que frequentavam juntos templos
religiosos. Ocorre que o esposo, então desempregado, viu-se na necessidade de migrar para
serviços de transporte de passageiros através de aplicativos de mobilidade, o que segundo ela,
começou a atrapalhar a relação e resultar no distanciamento, cerca de 30 dias atrás, o então
esposo, decidiu não voltar para casa e para a relação, encontrando-se a paciente novamente
em situação de abandono. A paciente relata, que antes do ocorrido, sua mãe, já havia desejado
e exposto para seu esposo, que a filha deveria sofrer, e que ela ainda não havia descoberto o
que era o sofrimento. Ela relata que um dos filhos do primeiro casamento, também passa por
acompanhamento psicológico por sentir-se abandonado. E que ela se encontra agora em
situação de abandono e desesperança, chegando a interromper sua frequência aos cultos, por
não suportar o questionamento de membros de sua comunidade religiosa. E condiciona toda a
situação de abandono, ao desejo de sua mãe, que, segundo ela, quer vê-la infeliz.
Intervenção da Psicóloga – A atuação da profissional limitou-se a uma orientação psicológica,
em virtude de o atendimento ocorrer em uma unidade básica de saúde, o que limita a paciente
dentro de um processo contínuo de terapia. A conversa profissional se deu no esclarecimento
da postura da mãe da paciente dentro da relação materna, no esclarecimento das situações
matrimoniais de abandono como fatalidades imprevisíveis, e que todos dentro desse contexto
de união matrimonial estão sujeitos. Se deu também, no alerta quanto encarar a situação
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diante da comunidade religiosa que frequenta. A profissional estimulou a ela a voltar para o
seio social, evitando o isolamento, o que pode acarretar no agravamento da situação de
desesperança momentânea que está passando. Orientou a paciente a ser franca quando
questionada sobre seu atual esposo, dizer que, ele saiu de casa, que desconhece os motivos e
que mais esclarecimentos devem ser feitos diretamente a ele.
Observação do Estagiário – Entendendo a limitação da profissional quanto a um atendimento
psicológico mais aprofundado. Percebo que a intervenção psicológica possa se dá na
desconstrução de crenças centrais e enraizadas da paciente em relação a sua vida. Por
exemplo, ela acredita que toda situação de abandono dentro das suas relações matrimoniais,
semelha-se a situação de abandono de sua mãe aos 15 anos e faz essa correlação. Esses
pensamentos podem ter influenciado suas relações conjugais, apesar de não ter aprofundado
os motivos dos términos durante a conversa.
Caso 02 – C de F S
Relato da Paciente – Trata-se de uma jovem de 23 anos, nunca trabalhou, é casada, porém,
seu esposo cumpre prisão em penitenciária, com possiblidade de soltura dentro dos próximos
02 anos. Mora atualmente com o pai, que é separado, não detalhou sua relação com sua mãe.
Relatou que morou por muito tempo com seu avô paterno, mas que ele faleceu há 04 anos e é
essa a demanda apresentada. Diz sofrer muito com a perda de seu avô, e para conter esse
sofrimento, provoca no seu corpo automutilações, como cortes e chegou a ingerir produtos de
limpeza. Tudo isso para não sentir a dor da perda de seu avô. Relatou também, dificuldades
para dormir e acordar.
Intervenção da Psicóloga – A psicóloga logo de início fez encaminhamento para um
profissional da psiquiatria, sobre justificativa de que ele auxiliaria no processo de controle do
sono. Sob uma rápida conversa psicológica, disse que após o acompanhamento com o médico,
necessitará entrar em um processo de psicoterapia para trabalhar a dificuldade da paciente em
relação as suas emoções e sofrimentos. Justificou que ela poderia estar com sono desregulado
por ausência de rotina, que apesar do sentimento de saudades em relação ao seu avô, já possui
tempo suficiente para ter superado a perda e que possui idade adulta, o que compreende
maturidade para lidar com sofrimento.
Observação do Estagiário – Em que pese a profissional não ter esclarecido o motivo para o
encaminhamento da paciente para um profissional da medicina em saúde mental, embasado
nos conhecimentos teóricos aprendidos até aqui, concluo que estamos diante de uma
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emergência psiquiátrica. A paciente possui ideação suicida e comportamentos de
automutilação. Portanto, são comportamentos que podem indicar possibilidade de depressão
maior, motivada pela perda inesperada do avô e o despreparo quanto a habilidade do manejo
sentimento de perda. Dentro de um processo terapêutico, será preciso aprender a manejar de
suas emoções, e precisa expor ao terapeuta seu pensamento em relação a sua mãe, bem como
compreender, sua relação com o pai e seu esposo que se encontra em sistema penitenciário.
Como não houve tempo hábil para exposição dessas relações, não poderemos avaliar se elas
têm contribuído para o quadro depressivo da paciente.
Conteúdo Digital
Figura 28 – Conteúdo Digital. Fonte: Sia Figura 29 – Conteúdo Digital. Fonte: Sia Facimp
Facimp
Material desenvolvido para Intervenção Escolar e Lista de Presença
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Figura 31 – Lista de Presença do Bate Papo sobre Bullyng
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