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Lubrificantes automotivos

Lubrificantes
Automotivos

Índice
Lubrificantes automotivos

VÍDEO DA FIAT

Índice
Lubrificantes automotivos

Óleos lubrificantes

Combustíveis

Espessamento do óleo lubrificante

Fluido de freio

Abastecimentos

Meio ambiente

Índice
Lubrificantes automotivos

Óleos lubrificantes

Índice
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Principais funções

• Reduzir atrito Atrito sólido Atrito fluido

• Evitar desgaste

• Dissipar calor

• Retirar contaminantes do sistema

• Eliminação de depósitos

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• Prevenção à oxidação
• Reduzir perda de pressão na câmara de combustão, vedando
as folgas dos anéis de segmento
Lubrificante com baixo Lubrificante com bom poder
poder detergente detergente

Travamento dos anéis de As canaletas se mantêm limpas e os


segmento: anéis de segmento livres:
• Má vedação • Boa vedação (bom
• Alto consumo de óleo desempenho/menor consumo de
combustível)
• Alto desgaste do
cilindro • Baixo consumo de óleo
Índice • Baixo desgaste do cilindro
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Composição

Óleo básico + aditivos


Óleo base
Aditivo
Misturador

Distribuição

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Óleos básicos

Base mineral Base sintética


• Derivada do petróleo • Sintetizada em
laboratório
• Índice de viscosidade
aproximadamente 90 • Menor volatilidade
• Maior volatilidade • Ótima estabilidade
térmica
• Maior oxidação
• Índice de viscosidade
aproximadamente 120
• Menor coeficiente de
atrito
• Menor oxidação
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Aditivos
Função

• Melhorar e/ou adicionar propriedades aos óleos básicos


• Proteção do óleo e do equipamento
• Alterar características físicas do óleo
Detergente

Dispersante

Antidesgaste

Modificador de atrito

Antioxidante

Melhorador do índice
de viscosidade
Outros
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• Dispersante – dissolver e impedir a formação de depósitos


em baixas temperaturas.

• Detergente – impedir a formação de depósitos e estratos de


ferrugem em altas temperaturas.

• Antioxidantes – interromper as reações de oxidação.

• Antidesgaste – evitar o contato direto entre partes


mecânicas em movimento relativo (lubrificação
hidrodinâmica).

• Modificadores de atrito – melhorar as propriedades


lubrificantes do óleo.

• Abaixadores do ponto de fluidez – permitir a utilização do


óleo a baixas temperaturas.
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• Anticorrosivo – isolar as superfícies contra a água e outras


substâncias corrosivas com um filme de óleo.

• Antiespumante – combater a formação de bolhas.

• Melhorador do índice de viscosidade – responsável pelos


óleos multiviscosos.

• Passivadores de metais – evitar a ação catalítica dos metais


dispersos responsáveis por oxidação.

• Agentes de extrema pressão – evitar o contato metal-metal


em condições de extrema pressão.

• Detergentes alcalinos – neutralizar ácidos, subprodutos da


combustão.

• Corantes – alterar as cores do óleo, possibilitando sua


Índice
identificação visual.
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Classificação

Classificação SAE (Society of Automotive Engineers)


Viscosidade
Definição: característica física dos fluidos em movimento onde o
atrito entre suas moléculas se opõem ao movimento, oferecendo
resistência ao escoamento ou deformação.

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Viscosidade
Resistência ao escoamento de um fluido

Medição

Maior
resistência ao
escoamento

Óleo de menor Óleo de maior


viscosidade viscosidade

Viscosímetro cinemático

Nível do Determinação do
Viscosímetro cinemático óleo na tempo de
marca escoamento entre
superior as duas marcas
do
Índice capilar
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Cor não indica viscosidade de óleo...

...nem o dedo.

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Classificação SAE

Classificação SAE
para óleos do motor

• Menos viscoso
• Mais viscoso
• Melhor 0W 20 • Maior proteção
bombeabilidade 5W 30 contra desgaste
• Melhor partida 10 W 40 • Menor consumo
a frio 15 W 50 de óleo
• Economia de 20 W 60
combustível 25 W
• Melhor Baixas Altas
resfriamento temperaturas temperaturas

W = winter (inverno)

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Índice de viscosidade

Definição: número adimensional que indica a taxa de variação


da viscosidade do óleo quando se varia a temperatura. Um
alto IV indica que esta taxa de variação é pequena,
significando que sua viscosidade é mais estável às variações
térmicas.

Viscosidade

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Viscosidade

Monoviscoso x Multiviscoso

Viscosidade Viscosidade

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Classificação API

API (American Petroleum Institute)


Nível de qualidade/desempenho
SM
Classificação “S” para Motores ciclo OTTO
SL
SJ
SH
Desempenho

SG
SF
SE
SD
SC
SB
SA

<1930 >1930 1959 1968 1971 1980 1989 1994 1996 2001 2005

Ano de fabricação do motor

Índice Venda proibida no Brasil


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Espessamento por oxidação

Estabilidade Controle do
ao espessamento a
cisalhamento baixas temperaturas

Depósitos
nos pistões Ferrugem

Desgaste de válvulas Corrosão

Índice API SE API SF API SG API SJ API SL API SM


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Nível de qualidade/desempenho
API ( American Petroleum Institute) CI-4
CH-4
Classificação “C” para motores diesel CG-4
CF-4
CE
Desempenho

CD
CC
CB
CA

<1949 1949 1961 1965 1983 1990 1997 1999 2002

Ano de fabricação do motor

Venda proibida no Brasil


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Depósito pistões

Estabilidade ao Corrosão
cisalhamento

Aeração do óleo Espessamento por


fuligem

Espessamento por Desgaste de válvula


oxidação

Espessamento Desgaste anelar e linear

API CF API CF-4 API CG-4 API CH-4 API CI-4

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Classificação ACEA

ACEA - Associação dos Construtores Europeus de Automóveis


Combinação de testes da classificação API + Ensaios de
motores europeus + Ensaios laboratoriais

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ACEA X API

Motores europeus Comparação ACEA x API


• Pequenas
cilindradas
• Muito requisitados
mecanicamente e
termicamente

Motores norte
americanos
• Grandes cilindradas
• Esforço sempre
abaixo da sua
capacidade máxima
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Nomenclatura: Compreende uma letra, que define sua classe (Ex:


A), e um número que define a categoria (Ex: A1). Podem ainda ser
adicionados outros dois números que indicam o ano da
implementação (Ex: A 199).
A / B Para motores de veículos leves (Gasolina, Álcool, GNV e Diesel)
A1 / B1 Especialmente desenvolvido para gerar baixo consumo de combustível e baixa viscosidade

A3 / B3 Produto com viscosidade convencional. Utilizado em motores gasolina de alto desempenho e diesel leve

A3 / B4 Idem ao anterior. Indicado para motores diesel de injeção direta.


Possui modificador de atrito. Atende motores projetados para utilizar lubrificantes de baixa viscosidade.
A5 / B5
Não é indicado para qualquer motor.

C Para motores de veículos leves com sistema SCR (Selective Catalytic Reduction)
Especialmente desenvolvido para gerar baixo consumo de combustível, possuindo baixa viscosidade,
C1
com limite de cinzas sulfatadas.
C2 Idem ao anterior, sem limites de cinzas sulfatadas.
C3 Viscosidade convencional, sem limite de cinzas.

E Para motores pesados a diesel (caminhões e ônibus)


E2 Baseado na Norma MB 228.1
E4 Baseado na Norma MB 228.3
E6 Motores EURO I, II, III, e IV com sistema EGR
E7 Motores EURO I, II, III, e IV com sistema SCR
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Depósitos pistão

Consumo de óleo Corrosão

Polimento
camisa Espessamento por
fuligem

Espessamento Desgaste de válvula

Desgaste anelar e linear

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ACEA E1 ACEA E2 ACEA E4 ACEA E5
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Combustíveis

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Combustíveis automotivos

Gasolina
Derivado do petróleo, composto basicamente por
hidrocarbonetos (HC) e outras substâncias que
contêm enxofre, nitrogênio, metais, oxigênio, etc.
• Comum
• Comum aditivada
• Premium
• Podium (PETROBRAS)
• Especiais

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Álcool

Produto da fermentação alcoólica.

• Metanol – Fermentação da madeira.

• Etanol – Fermentação da cana-de-açúcar.

AEHC – Álcool etílico hidratado


combustível
AEAC – Álcool etílico anidro combustível

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Diesel

Derivado do petróleo, composto principalmente por


átomos de carbono, hidrogênio e, em baixas
concentrações, por enxofre, nitrogênio e oxigênio.
• Diesel interior – máximo 0,2% de enxofre
• Diesel metropolitano – máximo 0,05% de enxofre
• B2 – Diesel Comum + 2% em volume de Biodiesel
(Obrigatório a partir de janeiro de 2008-Lei nº 11.097 de
13 de janeiro de 2005)
• H-BIO – Novo processo de refino, com adição de óleo
vegetal.

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Características
Cor
Gasolina - De incolor a amarela – Gasolinas
sem aditivos. Com adição de corantes pode
apresentar qualquer coloração exceto azul
(gasolina de aviação).
Álcool – Incolor a levemente amarelado
Diesel – De amarelo a alaranjado.
Aspecto
Devem apresentar-se homogêneos (sem
separação de fases), límpidos (exceto diesel) e
isentos de materiais em suspensão como água,
poeira, ferrugem, etc.
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Octanagem

Definição: a octanagem de uma gasolina ou álcool indica sua


resistência à detonação (auto-ignição). É uma medida
adimensional que pode superar o valor de 100 (gasolina de
aviação).
Produtos que aumentam a octanagem: Índice antidetonante
• Álcool
• Chumbo (CTE) – usado até 1989 Iad = (MON + RON)/2

MON (Motor Octane Number) – Método que avalia a


resistência da gasolina à detonação em condições de
funcionamento mais exigentes e em rotações mais elevadas.
Exemplo: subidas de ladeira com marcha reduzida e
velocidades altas nas ultrapassagens.
RON (Research Octane Number) – Método que avalia a
resistência da gasolina à detonação sob condições suaves de
Índice trabalho e a uma rotação. Ex.: “arranque” nos sinais de
trânsito.
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Número de cetano
Conceito: Avalia a facilidade de queima do diesel. Os combustíveis
para motores diesel devem possuir um índice compreendido entre 30
e 60 cetanos.

< 30 cetanos > 60 cetanos


• Dificuldade de inflamar • Detonação
• Maus arranques a frio • Diminuição de potência
• Fumaça no escape • Fadiga exagerada dos
componentes do motor

Especificação Diesel Brasil


Resolução ANP nº 15, de 17.7.2006 – DOU 19.7.2006: número
de cetano mín. 42
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Enxofre

Teor de enxofre

Indica a concentração total de compostos sulfurosos


presentes no combustível.
Desvantagem em altas concentrações: corrosão
Como ocorre: em altas temperaturas ocorre a oxidação do
enxofre (SO2 e SO3) que, em contato com a água
(subproduto da combustão), forma ácido sulfúrico (H2SO4),
altamente corrosivo.

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“Goma”
Produto “resinoso” presente na gasolina que tende a se separar
da mistura. Tem baixa volatilidade e difícil queima. Costuma
alterar a cor da gasolina de amarelo claro para castanho
alaranjado.
Formação:
• Oxidação (oxigênio do ar)
• Reação entre si ou com os hidrocarbonetos na presença de
luz e calor
Fatores que causam sua formação
• Contato com o cobre e suas ligas
• Longos períodos de estocagem
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Adulteração

Índice
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Índice
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Índice
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Índice
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Álcool
• Adição de água (variação do teor alcoólico)
• Distribuição sem controle da ANP (produto ilegal)

Diesel
• Adição de óleo usado
• Adição de querosene
• Presença de água proveniente
da umidade do ar*
* Fenômeno natural

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Adulteração

AEAC (25 ±1) % - quantidade regulamentada (passível de alteração


conforme produção de álcool)
< (25 ±1) % - carbonização de vela
• aumento de emissões
• perda de octanagem
> (25 ±1) % - aumento de consumo
• pior dirigibilidade
• oxidação de partes metálicas (guias de válvula, bicos injetores,
etc.)

Diesel/Querosene - depósito na câmara de combustão


• reduz octanagem
• detonação
Solvente - ataques aos elastômetros: mangueiras, diafragmas, etc.
• ataque ao óleo lubrificante
• reduz octanagem
Índice
• detonação
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Porcentagem de álcool

Teste recomendado

Utilizando uma proveta de vidro transparente de


100 ml e com subdivisões de 1ml:

1. Adicionar 50 ml da gasolina em teste


2. Adicionar 50ml de solução aquosa de NaCl
10% (450 ml de água destilada + 50 g sal de
cozinha)
3. Misture bem, sem perdas, e deixe em repouso
sobre uma mesa plana por 10 a 15 minutos
4. Observando a separação de fases temos a
seguinte relação

Índice Volume de álcool = volume da fase incolor – 50 ml


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Adulteração

VEJA O VÍDEO SOBRE


COMBUSTÍVEIS ADULTERADOS

Índice
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Espessamento do óleo

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Responsáveis pelo aumento da viscosidade dos óleos


• Subprodutos da combustão (fuligem, combustível, água)
• Água (vazamentos ou condensação)
• Oxidação do lubrificante
• Não seguir as recomendações da montadora, alterando
especificações e intervalos de troca do óleo lubrificante

Fatores que aceleram o processo


• Combustível adulterado
• Aditivação extra do combustível e do óleo
• Sistema de arrefecimento ineficiente (altas temperaturas)
• Metais provenientes do desgaste das partes mecânicas móveis do
motor
• Condição severa de utilização
• Não utilização do óleo recomendado pelo fabricante na reposição
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• Utilização de combustíveis
não regulamentados
• Óleo vegetal

Índice
FONTE: agosto 2005 QUATTRORUOTE
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Condição severa de utilização


• Trajetos curtos de até 8 km – Motor sempre trabalhando a baixas
temperaturas

• Estradas lamacentas, poeirentas ou arenosas


• Reboque (carga extra)
• Motor que roda freqüentemente em marcha lenta
• Distâncias longas com baixa velocidade (Ex: táxi, veículos de
entrega de porta em porta, patrulhas)
• “Anda e pára” comum nos grandes centros urbanos
• Longos períodos de inatividade
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Recomendações
• Verificar semanalmente o nível do óleo (desconsiderando o consumo
normal especificado no manual de uso de manutenção)
• Avaliar as condições de utilização do veículo e adequar a troca do
óleo. Ex: Condição severa - reduzir pela metade a
quilometragem/tempo de troca
• Substituir o filtro de óleo a cada troca de óleo (pois este é mais sujo
que o próprio óleo substituído)
• Respeitar a classificação do óleo recomendada pela montadora
(manual do proprietário). Inclusive nas reposições de óleo
• Ficar atento a vazamentos
• Procurar por postos de confiança
• Utilizar PARAFLU no sistema de arrefecimento para melhor controle
da temperatura de funcionamento do motor
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Motores
Paraflu
Paraflu 11
Camada química protetora
Função:
Metal
• diminuir ponto de congelamento
da água
• aumentar o ponto de ebulição da água
• proteção contra corrosão
• cor: verde
Solução recomendada: 50% Paraflu 11+ 50% água (solução equivalente
ao Paraflu 11 – pronto para uso)

% Paraflu Ecotech % água tº congelamento(ºC) tº ebuliçãoºC)

30 70 -17,5 105

Índice 60 40 -46,0 114


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Motores Paraflu UP

Paraflu UP
• Não forma a camada protetora como no Paraflu 11,
sua própria constituição inibe os agentes agressores;
• Minimiza os efeitos da tensão residual na água; Metal
• Fluido protetivo e concentrado para uso em sistemas de
arrefecimento;
• Aumenta o ponto de ebulição da água;
• Inibidor de corrosão de origem orgânica - OAT (Organic Acid
Technology);
• Proporciona maior vida útil ao motor;
• Tecnologia que melhora a capacidade de transferência do calor
aumentando a eficiência do sistema.
NOTA: Não misturar com o Paraflu 11, pois ambos possuem aditivos
incompatíveis e alteram a eficiência.
Índice Solução recomendada: 50% Paraflu + 50% água (solução equivalente ao
Paraflu – pronto para uso)
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Fluido de Freio
Controle do nível Funcionamento Segurança

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Fluido de Freio

Alta resistência à compressão = excelente transmissão da


força na frenagem.

Higroscopia - capacidade de absorção de umidade = trocar


de acordo com a recomendação descrita no manual.
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Fluido de Freio

Importante:
• A troca do fluido de freio de
acordo com o recomendado
é importante devido às
condições de trabalho em
alta temperatura próximo às
regiões de atrito.
• Sempre utilize o fluido
especificado para o veículo,
pois a mistura com outros
tipos de fluidos podem
alterar as suas
propriedades.
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Abastecimentos

Manual Página

Uno e Fiorino 136 Stilo 295

Ducato 147 Palio 217

Doblò 221 Palio Fire 152

Punto 206 Idea 235

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Impacto ambiental

A Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em sua


NBR-10004, "Resíduos Sólidos - classificação", classifica o
óleo lubrificante usado como perigoso por apresentar
toxicidade, portanto devem apresentar uma destinação
adequada (BRASIL, 1993).

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Possíveis destinações
Compostagem

O material não se presta a compostagem. Sua decomposição é


lenta, apresentando uma Demanda Bioquímica de Oxigênio
(DBO) de 2 a 4 kg de oxigênio por quilo de óleo usado
(CEMPRE - Compromisso Empresarial para Reciclagem).

Incineração

O poder calorífico do óleo usado é de 10.000 Kcal/kg (34.000


BTU/I), mas a queima deve ser precedida de uma etapa de
desmetalização para atendimento dos padrões legais de
emissões atmosféricas (CEMPRE).

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Aterro
O óleo usado, quando não é re-refinado ou reciclado, deverá ser
acondicionado em tambores para disposição em aterros industriais
próprios para resíduos tóxicos.

Embora o óleo lubrificante represente uma porcentagem ínfima do lixo,


o seu impacto ambiental é muito grande, representando o equivalente
da carga poluidora de 40.000 habitantes por tonelada de óleo
despejada em corpos d’água. Apenas um litro de óleo é capaz de
esgotar o oxigênio de 1 milhão de litros de água, formando, em poucos
dias, uma fina camada sobre uma superfície de 1.000 m 2, o que
bloqueia a passagem de ar e luz, impedindo a respiração e a
fotossíntese. O óleo usado também contém metais e compostos
altamente tóxicos e, por esse motivo, é classificado como resíduo
perigoso (classe I), segundo a norma 10.004 da ABNT (CEMPRE).

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Re-refino de óleos usados

A atual Portaria 127/99 da ANP, determina que 30,0% do


volume de óleo comercializado seja coletado e destinado ao
re-refino, processo industrial que transforma o óleo usado em
óleo básico, principal matéria prima da fabricação do
lubrificante acabado. O Brasil consome anualmente cerca de
1.000.000 metros cúbicos (m3) de óleo lubrificante e gera
350.000 m3 de óleo usado. Dados de coleta de 2005 revelam
que a coleta nesse ano foi de 268,29 milhões de litros,
portanto, em torno de 26,57%. O volume de óleo usado
coletado possibilitou, em 2005, a fabricação de 183,5 milhões
de litros de óleo básico re-refinado. (CEMPRE).

Clique no botão para ver os Coletores de óleo usado credenciados pela ANP
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Resolução Conama nº 362, de 23.6.2005 – dou 27.6.2005


Art. 18. São obrigações do gerador:
I - recolher os óleos lubrificantes usados ou contaminados de forma segura, em lugar acessível à
coleta, em recipientes adequados e resistentes a vazamentos, de modo a não contaminar o meio
ambiente;
II adotar as medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado ou contaminado venha a
ser misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes, água e outras substâncias, evitando a
inviabilização da reciclagem;
III alienar os óleos lubrificantes usados ou contaminados exclusivamente ao ponto de recolhimento ou
coletor autorizado, exigindo:
a) a apresentação pelo coletor das autorizações emitidas pelo órgão ambiental competente e pelo
órgão regulador da indústria do petróleo para a atividade de coleta;
b) a emissão do respectivo Certificado de Coleta.
IV - fornecer informações ao coletor sobre os possíveis contaminantes contidos no óleo lubrificante
usado, durante o seu uso normal;
V - manter para fins de fiscalização, os documentos comprobatórios de compra de óleo lubrificante
acabado e os Certificados de Coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado, pelo prazo de cinco
anos;
VI no caso de pessoa física, destinar os óleos lubrificantes usados ou contaminados não recicláveis
de acordo com a orientação do produtor ou do importador;
VII - no caso de pessoa jurídica, dar destinação final adequada devidamente autorizada pelo órgão
ambiental competente aos óleos lubrificantes usados ou contaminados não recicláveis.
§ 1º. Os óleos usados ou contaminados provenientes da frota automotiva devem preferencialmente
ser recolhidos nas instalações dos revendedores.
Índice § 2º. Se inexistirem coletores que atendam diretamente os geradores, o óleo lubrificante usado ou
contaminado poderá ser entregue ao respectivo revendedor.
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Links relacionados

WWW.ANP.GOV.BR
http://www.anp.gov.br/petro/lubrificantes.asp
(link para empresas coletoras de óleo usado)

WWW.FLBRASIL.COM.BR
0800 883 3200

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