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‘Texto 1-Estatuto daJuventude Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEL 2. DE 5 DE AGOSTO DE 201: Institui o Estatuto da Juventude e dispée sobre os direitos dos jovens, os principios e diretrizes das politicas publicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE. A PRESIDENTA DA REPUBLICA Faco saber que 0 Con- gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TITULOI DOS DIREITOS E DAS POLITICAS PUBLICAS DE JUVENTUDE CAPITULO I DOS PRINCIPIOS E DIRETRIZES DAS POLITICAS PUBLI- CAS DE JUVENTUDE Art. 12 Esta Lei institui o Estatuto da Juventude e disp&e sobre os direitos dos jovens, os principios e diretrizes das poli ticas piblicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE. §1* Para os efeitos desta Lei, s40 consideradas jovens as pesso- as com idade entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade. § 22 Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze} e 18 (de- zoito) anos aplica-se a Lei n® 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Crianga e do Adolescente, e, excepcionalmente, este Estatuto, quando nao conflitar com as normas de protesao inte- gral do adolescente. Secao 1 Dos Principios Art. 2*O disposto nesta Lei e as politicas publicas de juven- tude sao regidos pelos seguintes princfpios I - promogao da autonomia e emancipacao dos jovens: Il - valorizagao e promogao da participacao social e politi- ca, de forma direta e por meio de suas representacdes; Ill - promogao da criatividade e da participacao no desen- volvimento do pai: IV = reconhecimento do jovem como sujeito de direitos uni- versais, geracionais e singulares; V — ptomogao do bem-estar, da expetimentagao e do de- senvolvimento integral do jovem; VI - respeito a identidade ea diversidade individual e coleti- va da juventude; VII - promogao da vida segura, da cultura da paz, da solida- riedade e da nao discriminacao; e VIII - valorizagao do diéloge ¢ convivie do jovem com as de- mais geracdes. (el Secao VI Do Direito a Cultura Art. 21. O jovem tem direito A cultura, incluindo a livre cria- cho, 0 acesso aos bens ¢ servicos culturais e a participagio nas decisées de politica cultural, a identidade e diversidade cultu- ral e 4 memoria social. Art. 22, Na consecucdo dos direitos culturais da juventude, compete ao poder piiblico: I - garantir ao jovem a participagae no proceso de produ- 40, reelaboracao e fruicao dos bens culturais; II ~ propiciar ao jovem 0 acesso aos locais e eventos cultu- rais, mediante precos reduzidos, em ambito nacional; III - incentivar os movimentos de jovens a desenvolver ativi- dades artistico-culturais ¢ agdes voltadas 4 preservacao do patriménio historic; IV - valorizar a capacidade criativa do jovem, mediante o desenvolvimento de programas ¢ projetos culturais; V - propiciar ao jovem o conhecimento da diversidade cul- tural, regional e étnica do Pais; VI ~ promover programas educativos e culturais voltados para a problematica do jovem nas emissoras de radio e televisao e nos demais meios de comunicagio de massa; VII - promover a inclusao digital dos jovens, por meio do aces- s0 as novas tecnologias da informagao e comunicagao; VIII - assegurar ao joven do campo o direito a produgio ea fruigio cultural e aos equipamentos publicos que valori- zem a cultura camponesa; e IX - garantir ao jovem com deficiéncia acessibilidade e adap- tacdes razodveis. Paragrafo unico. A aplicagao dos incisos I, [Tl e VIII do caput deve observar a legislacao especifica sobre o direito a profissio- nalizacao e A protecio no trabalho dos adolescentes. Estatuto da Juventude. Dispontivel em: , Acesso em: 22 mar. 2018. Texto 2- Estatuto dalgualdade Racial Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEI N2 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010. Institui 0 Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis niimeros 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de novembro de 2003 O PRESIDENTE DA REPUBLICA Faco saber que 0 Con- gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TITULOT DISPOSIGOES PRELIMINARES Art. 1 Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, des- tinado a garantir 4 populasao negra a efetivacao da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e 0 combate & discriminagao e as demais formas de intolerancia étnica. Paragrafo nico. Para efeito deste Estatuto, considera-se 1 - discriminagao racial ou étnico-racial: toda distingao, exclusio, restri¢o ou preferéncia baseada em raga, cor, descendéncia ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir 0 reconhecimento, gozo ou exercicio, em igualdade de condigées, de direitos hu- manos e liberdades fundamentais nos campos politico, econémico, social, cultural ou em qualquer outro cam- po da vida publica ou privada; IL - desigualdade racial: toda situagio injustificada de dife- renciagao de acesso e fruigao de bens, servicos e opor- tunidades, nas esferas publica e privada, em virtude de raga, cor, descendéncia ou origem nacional ow étnica; III - desigualdade de género e raga: assimetria existente no Ambit da sociedade que acentua a distancia social en- tre mulheres negras e os demais segments sociais; IV ~ populacao negra: 0 conjunto de pessoas que se autode- claram pretas e pardas, conforme 0 quesito cor ou ra¢a usado pela Fundagio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), ou que adotam autodefini¢ao andloga; V -politieas publicas: as agées, iniciativas e programas ado- tados pelo Estado no cumprimento de suas atribuigdes institucionais; VI - ages afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correcio das desigualdades raciais e para a promo¢do da igualdade de oportunidades, Art. 2® E dever do Estado e da sociedade garantir a igualdade de oportunidades, reconhecendo a todo cidadao brasileiro, in- dependentemente da etnia ou da cor da pele, © direito parti- cipagao na comunidade, especialmente nas atividades politicas, econdmicas, empresariais, educacionais, culturais e esportivas, defendendo sua dignidade ¢ seus valores religiosos e culturais. L1 CAPITULO IL DO DIREITO A EDUCAGAO, A CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER Seciol Disposigées Gerais Art. 9" A populacdo negra tem direito a participar de ativi- dades educacionais, culturais, esportivas e de lazer adequadas a seus interesses e condigdes, de modo a contribuir para o pa- triménio cultural de sua comunidade e da sociedade brasileira. Art. 10. Para o cumprimento do disposto no art. 94, os go- vernos federal, estaduais, distrital e municipais adotarao as seguintes providéncias: 1 - promogao de agées para viabilizar e ampliar 0 acesso da populagao negra ao ensino gratuito e as atividades esportivas e de lazer; II ~ apoio a iniciativa de entidades que mantenham espaso para promocao social e cultural da populacao negra; III - desenvolvimento de campanhas educativas, inclusive nas escolas, para que a solidariedade aos membros da popula- sao negra faga parte da cultura de toda a sociedade; IV - implementagao de politicas publicas para o fortaleci- mento da juventude negra brasileira Secao II Da Educacao Art. 11, Nos estabelecimentos de ensino fundamental ede en- sino médio, piblicos e privados, é obrigatério o estudo da historia geral da Africa e da histéria da populagao negra no Brasil, obser- vado o disposto na Lei n® 9.394, de 20 de dezembro de 1996. § 1 Os contetidos referentes a histéria da populagao negra no Brasil serao ministrados no Ambito de todo o curriculo es- colar, resgatando sua contribuiao decisiva para o desenvolvi- mente social, econémice, politico e cultural do Pais, Estatuto da Igualdade Racial. Disponivel em: planalto.gov.br! ccivil_03/_ato2007-2010/2010/leV/1L2288htm>, Acesso em: 22 mar. 2018. Texto 3 - Estatuto da Crianca e do Adolescente Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEI N® 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 Dispée sobre o Estatuto da Crianea e do Ado- lescente e dé outras providéncias. 0 PRESIDENTE DA REPUBLICA: Faco saber que o Con- gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Titulo I Das Disposicées Preliminares Art. 12 Esta Lei dispée sobre a prote¢ao integral a crianga e ao adolescente. Art. 22 Considera-se crianca, para os efeitos desta Lei, a pes- soa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Pardgrafo tinico. Nos casos expressos em lei, aplica-se ex- cepcionalmente este Estatuto as pessoas entre dezoito e vinte eum anos de idade. Art. 4A crianga e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes 4 pessoa humana, sem prejuizo da pro- te¢ao integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento fisico, mental, moral, espiri- tual e social, em condicdes de liberdade ¢ de dignidade. Pardgrafo tinico. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam- -se a todas as criangas e adolescentes, sem discriminagao de nascimento, situa¢do familiar, idade, sexo, raga, etnia ou cor, religido ou crenea, deficiéncia, condicio pessoal de desenvolvi- mento e aprendizagem, condicao econémica, ambiente social, regio e local de moradia ou outra condi¢ao que diferencie as pessoas, as familias ou a comunidade em que vivem. (incluido pela Lei n? 13.257, de 2016) Art. 4*E dever da familia, da comunidade, da sociedade em geral edo poder pitblico assegurar, com absoluta prioridade, a efetivacao dos direitos referentes a vida, a satide, a alimentagao, a educacao, ao esporte, ao lazer, a profissionalizacao, a cultura, a dignidade, ao respeito, A liberdade e 4 convivéncia familiar e comunitaria, Paragrafo tnico. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber protecdo e socorro em quaisquer cir- cunstancias; b) precedéncia de atendimento nos servicos publicos ou de re- levancia ptiblica; c) preferéncia na formulagdo e na execucdo das politicas so- ciais publicas; d) destinacao privilegiada de recursos publicos nas areas rela- cionadas com a prote¢ao a infancia e 4 juventude. Art. 5¢ Nenhuma crianga ou adolescente sera objeto de qualquer forma de negligéncia, discriminacao, exploragao, vio- léncia, crueldade e opressao, punido na forma da lei qualquer atentado, por a¢4o ou omissio, aos seus direitos fundamentais. Art, 6* Na interpretacao desta Lei levar-se-ao em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigéncias do bem comum, os di- reitos e deveres individuais e coletivos, e a condi¢ao peculiar da crianga e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. Titulo II Dos Direitos Fundamentais Capitulo I Do Direito 4 Vida ¢ 4 Satide Art. 74 A criancga e o adolescente tém direito a protegio a vida e a satide, mediante a efetivacao de politicas sociais publi- cas que permitam o nascimento ¢ o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condigées dignas de existéncia. Art. 8° E assegurado a todas as mulheres o acesso aos pro- gramas e as politicas de sade da mulher e de planejamento reprodutivo e, as gestantes, nutri¢ao adequada, ateng4o hu- manizada a gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pds-natal integral no Ambito do Sistema Unico de Satide. (Redacdo dada pela Lei n* 13.257, de 2016) § 1° O atendimento pré-natal sera realizado por profissionais da atenc4o primaria. (Redacao dada pela Lei n° 13.257, de 2016) [1 Estatuto da Crianca e do Adolescente. Disponivel em: , Acesso em: 30 abr. 2018. Texto4-Estatuto do doso Presidéncia da Repiblica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos LEL 0.741, DE 12 DE OUTUBRO DE 2003. Dispée sobre o Estatuto do Idoso e da outras providéncias. O PRESIDENTE DA REPUBLICA Faco saber que 0 Con- gresso Nacional decreta eeu sancionoa seguinte Lei: TITULOT Disposigdes Preliminares Art, 1¢£ instituido 0 Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados as pessoas com idade igual ou superior 2.60 (sessenta) anos. Art. 240 idoso goza de todos os direitos fundamentais ineren- tes a pessoa humana, sem prejulzo da protegao integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservacao de sua satide fisica e mental e seu aperfei¢oamento moral, intelectual, spiritual e social, em condigées de liberdade e dignidade. Art. 3¢E obrigacao da familia, da comunidade, da sociedade e do Poder Paiblico assegurar 20 idoso, com absoluta prioridade, a efetivacao do direito 2 vida, a satide, a alimentacao, a educacio, a cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, a cidadania, a liber- dade, & dignidade, ao respeito e convivéncia familiar e comu- nitaria § 1* A garantia de prioridade compreende: (Redagao dada pela Lei n® 13.466, de 2017) I~ atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos érgios puiblicos e privados prestadores de servigos a populagio; II ~ preferéncia na formulacao e na execugao de politicas sociais publica especificas, IIL ~ destinagao privilegiada de recursos piiblicos nas areas relacionadas com a prote¢io ao idoso; IV ~ viabilizagao de formas alternativas de participacio, ocupacao e convivio do idoso com as demais geracdes; V ~ priorizacio do atendimento do idoso por sua propria familia, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que nao a possuam ou carecam de condigdes de ma- nutencio da propria sobrevivéncia; Ld § 28 Dentre os idosos, é assegurada prioridade especial 20s maiores de oitenta anos, atendendo-se suas necessidades sem- pre preferencialmente em relacao aos demais idosos. (Incluido pela Lei n® 13.466, de 2017) Art, 48 Nenhum idoso sera objeto de qualquer tipo de negli- genda, discrimina¢ao, violencia, crueldade ou opressao,e todo atentado aos seus diteitos, por ago ou omissio, ser punido na forma da lei. § 12 B dever de todos prevenir a ameaca ou violacao aos di- reitos do idoso. [1 Art. 6% Todo cidadio tem o dever de comunicar a autoridade competente qualquer forma de violacao a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento, LJ TITULO IL Dos Direitos Fundamentais CAPITULO L Do Direito a Vida Art. & O envelhecimento é um direito personalissimo ea sua protesao um direito social, nos termos desta Leie da legislacio vigente. Art. 9* £ abrigacdo do Estado, garantir 4 pessoa idosa a protegdo a vida ¢ a saude, mediante efeti- vacao de politicas sociais publicas que permitam um envelhecimento saudavel e em condicées de dignidade. L-] CAPITULO IX Da Habitacao Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da familia natural ou substituta, ou desacom- panhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituicdo publica ou privada. § 1° A assisténcia integral na modalidade de en- tidade de longa permanéncia sera prestada quando verificada inexisténcia de grupo familiar, casa-lar, abandono ou caréncia de recursos financeiros pré- prios ou da familia. § 2° Toda instituicdo dedicada ao atendimento ao idoso fica obrigada a manter identificacdo externa visivel, sob pena de interdicao, além de atender toda a legislacao pertinente. § 3 As instituicées que abrigarem idosos sio obri- gadas a manter padrées de habitagao compativeis com as necessidades deles, bem como prové-los com alimentagao regular e higiene indispensaveis 4s nor- mas sanitdrias ¢ com estas condizentes, sob as penas da lei. [eal Estatuta do Ideso. Dispontvel em: , Acesso em: 51 mar. 2018,

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