Você está na página 1de 96

Mestrado e Doutorado em

Controladoria
e Contabilidade

Análise Multivariada
Aplicada à Contabilidade
Prof. Dr. Marcelo Botelho da Costa Moraes
www.marcelobotelho.com
mbotelho@usp.br
Turma: 2º / 2016

1
Agenda – Aula 2/15
• Inferência Estatística:
• Amostragem;
• Tamanho da Amostra;
• Estimação;
• Testes de Hipóteses:
• Testes de Normalidade.

2
Distribuição de
Probabilidade

3
Inferência Estatística
• Obter conclusões sobre uma população a partir de
uma amostra

• A amostra deve ser representativa da população


em estudo

• População é o conjunto de todos os elementos e


resultados sob investigação e a amostra é qualquer
subconjunto da população (BUSSAB; MORETTIN,
2006)

4
Principais Técnicas e Amostragem
Fonte: Adaptado de Cabral (2006, apud FÁVERO et al, 2009) Simples

Estratificada
Aleatória
Sistemática

Conglomerado
Técnicas de
Amostragem
Por conveniência

Por julgamento
Não-aleatória
Por quotas

Bola de Neve
5
Amostragem Probabilística ou
Aleatória
• A probabilidade de cada elemento da população
fazer parte da amostra é igual, e todas as amostras
selecionadas são igualmente prováveis
• Amostragem Aleatória:
• Simples
• Estratificada
• Sistemática
• Conglomerado

6
Amostragem Aleatória Simples
• Em uma população com N elementos, da qual se
deseja extrair uma amostra com n observações,
𝑁
existem possíveis amostradas, com
𝑛
𝑁
probabilidade de 1/ de cada amostra ser
𝑛
selecionada
• Todos os elementos (N) são numerados (de 1 até N)
e por meio de um procedimento aleatório, n
observações são escolhidas

7
Amostragem Aleatória Simples
• Exemplo: deseja-se entrevistar n = 5 clientes de um
cabelereiro que possui um total de 60 clientes
cadastrados. Quantas amostras diferentes de
tamanho n podem ser extraídas da população?
Qual a probabilidade de que uma amostra seja
selecionada? Extrair uma amostra aleatória.
60 60! 60∙59∙58∙57∙56
• Há = 5! 60−5 ! = = 5.461.512
5 5!
amostras diferentes

8
Amostragem Aleatória Simples
• A probabilidade de que determinada amostra seja
selecionada é de 1/5.461.512
• Os clientes foram numerados de 1 a 60, por meio
de um procedimento aleatório foram selecionados
os seguintes números
24 02 14 58 35

9
Amostragem Estratificada
• A população é estratificada (dividida em um
número de subpopulações que não se superpõem),
chamadas de estratos ou camadas
• Se os elementos selecionados em cada estrato
constituem amostras aleatórias simples, então
temos a amostragem aleatória estratificada
(simples)

10
Amostragem Estratificada
• Em uma população com tamanho N é dividida em k
estratos de tamanhos N1, N2, ..., Nk
• Para cada estrato uma amostra é selecionada,
resultando em k subpopulações de tamanhos n1, n2, ...,
nk. A alocação é proporcional se:
𝑛1 𝑛2 𝑛𝑘
= =⋯=
𝑁1 𝑁2 𝑁𝑘

• O tamanho da amostra pode ser obtido de acordo com:


𝑁1
𝑛1 = ∙ 𝑛, para i = 1, 2, ..., k
𝑁
• Em que n = n1 + n2 + ... + nk

11
Amostragem Estratificada
• Exemplo: deseja-se realizar uma pesquisa sobre
“dieta e saúde” com as mulheres do Rio de Janeiro.
Para isso, a população é dividida em categorias de
idade (5-14, 15-24, 25-34, 35-44, 45-54, 55-64, 65-
74) e, para cada intervalo, 5% da população será
entrevistada, ou seja, haverá um respeito à
proporção de cada faixa etária na população total

12
Amostragem Sistemática
• Geralmente utilizada quando os elementos da
população estão ordenados (se não estiverem
ordenados a amostragem será de forma aleatória)
• Deve-se selecionar o intervalo da amostra (k) obtido
pelo quociente entre o tamanho da população e o
tamanho da amostra. A partir daí, deve-se escolher um
elemento a cada k-ésimo elemento da lista, de forma
sucessiva, até atingir o tamanho da amostra (n)
• A amostragem sistemática depende do primeiro
elemento escolhido, que pode ser um elemento
qualquer entre 1 e k
13
Amostragem Sistemática
• Exemplo: deseja-se verificar a qualidade de
determinado produto em uma linha de produção.
Neste caso, a cada 20 peças produzidas, seleciona-
se determinado produto

14
Amostragem por Conglomerados,
Grupos ou Áreas
• A população total é subdividida em várias partes
relativamente pequenas, e algumas dessas subdivisões
(ou conglomerados) são selecionados aleatoriamente
para integrar a amostra global
• Dentro de cada conglomerado, podem-se selecionar
todos os elementos ou apenas parte deles
• Se os conglomerados são subdivisões geográficas, este
tipo de amostragem é chamada de amostragem por
área
• A amostragem por conglomerados é frequentemente
utilizada, uma vez que muitas populações já estão
agrupadas em subgrupos naturais ou geográficos (baixo
custo)

15
Amostragem por Conglomerados,
Grupos ou Áreas
• Exemplo: deseja-se estudar a renda da população
da cidade de Manaus e, para isso, a população foi
dividida em bairros
• Alguns bairros (10% deles) foram selecionados
aleatoriamente e, para cada bairro, selecionou-se
de maneira aleatória 10% do total de moradores

16
Amostragem não-Probabilística
ou não-Aleatória
• A probabilidade de cada elemento da população
fazer parte da amostra não é igual, portanto, as
amostras selecionadas não são igualmente
prováveis
• Amostragem Aleatória:
• Por conveniência
• Por julgamento
• Por quotas
• Bola de neve

17
Amostragem por Conveniência
• Aplicado quando a participação é voluntária ou os
elementos da amostra são escolhidos por uma questão
de conveniência ou simplicidade, o que faz com que a
amostra não seja representativa da população
• Em função disso, deve ser utilizada somente em casos
especiais e com argumento bastante convincente que
justifique sua utilização
• Porém, se a amostra estudada for homogênea,
qualquer técnica de amostragem pode ser empregada,
inclusive amostragem acidental ou por conveniência

18
Amostragem por Conveniência
• Exemplo: um pesquisador deseja estudar o
comportamento dos preços dos imóveis
residenciais em lançamento em Florianópolis e,
para tanto, desenvolve sua amostragem por meio
da coleta de dados publicados nos cadernos de
imóveis de dois jornais da cidade
• Os jornais podem não apresentar todos os
lançamento de imóveis, porém, devem ser
significantes
• Cuidado com o viés de conveniência

19
Amostragem por Julgamento
• A amostragem é escolhida segundo a opinião
(julgamento prévio) de um especialista

• Exemplo: pesquisa com alunos de mestrado e


doutorado em Economia para identificar os livros
mais relevantes e didáticos da área. Para selecionar
os alunos, recorreu-se a um especialista no assunto

• Não é representativa da população nem científica

20
Amostragem por Quotas
• Difere da amostragem estratificada pelo fato da seleção
dos elementos da população não ser aleatória. Os
passos a serem aplicados
• Passo 1: selecionar as variáveis de controle ou características
relevantes da população para o estudo em questão
• Passo 2: definir as quotas dividindo a população em
categorias, em função das variáveis de controle definidas no
passo anterior
• Passo 3: para cada categoria, selecionar os elementos
• Vantagens: rapidez, economia e facilidade de
administração. Porém, nem sempre é garantido que a
amostra é representativa da população

21
Amostragem por Quotas
• Exemplo: uma empresa deseja lançar um novo
produto de emagrecimento e seu público-alvo são
mulheres entre 15 e 40 anos das classes sociais A e
B
• A população é dividida em categorias de acordo
com as variáveis de controle) idade e classe social
• Uma amostra de 5% da população recebe uma
amostra grátis do produto

22
Amostragem de Propagação Geométrica ou
Bola de Neve (Snowball)
• Identificam-se um ou mais indivíduos da população-
alvo, e estes identificam outras observações que
pertencem à mesma população
• O processo é repetido sucessivamente, até que a
amostra final seja composta de todos os elementos
identificados
• Bastante utilizado quando os elementos da população
são raros ou de difícil acesso, sua vantagem é aumentar
a possibilidade de localização da característica desejada
da população e baixo custo
• Pode causar viés na identificação de amigos ou pessoas
consideradas especialistas
23
Amostragem de Propagação Geométrica ou
Bola de Neve (Snowball)
• Exemplo: uma escola de idiomas pretende atrair
novos alunos e, para cada aluno matriculado,
oferece um desconto na mensalidade se ele trouxer
um novo aluno para a escola
• O processo se repete até que a escola consiga
atingir um número mínimo de alunos matriculados

24
Tamanho da Amostra
• Amostra representativa da população para estimar
a:
• Média de uma população infinita
• Média de uma população finita
• Proporção de uma população infinita
• Proporção de uma população finita

• Apenas para amostragem aleatória simples

25
Tamanho da Amostra para Estimar a
Média da População Infinita
Tamanho da Amostra Necessária
𝑧𝛼 ∙ 𝜎 2
𝑛=
𝑒
• Em que:
zα = abscissa da distribuição normal padrão, fixado
um nível de significância α
σ = desvio padrão da população
e = erro amostral (máxima diferença permitida entre
a média populacional µ e a média amostral 𝑥)

26
Tamanho da Amostra para Estimar a
Média da População Infinita
• Exemplo: determinar o tamanho de uma amostra
para estudar o número médio de clientes que ficam
inadimplentes todo mês em determinada empresa
financeira
• A média amostral não deve ser afastar da média
populacional por mais de 0,10, com grau de
confiança de 90% (zα = 1,64)
• Desvio padrão de 7 clientes (populacional)
2
1,64 ∙ 7
𝑛= = 13.179
0,10

27
Tamanho da Amostra para Estimar a
Média da População Finita
Tamanho da Amostra Necessária
𝑧𝛼 2 ∙ 𝜎 2 ∙ 𝑁
𝑛= 2
𝑒 𝑁 − 1 + 𝑧𝛼 2 ∙ 𝜎 2
• Em que:
zα = abscissa da distribuição normal padrão, fixado um
nível de significância α
σ = desvio padrão da população
N = tamanho da população
e = erro amostral (máxima diferença permitida entre a
média populacional µ e a média amostral 𝑥)

28
Tamanho da Amostra para Estimar a
Média da População Finita
• Exemplo: mesmo exemplo anterior, imagine que a
empresa financeira seja pequena com N = 10.000
clientes (população)
• A média amostral não deve ser afastar da média
populacional por mais de 0,10, com grau de
confiança de 90% (zα = 1,64)
• Desvio padrão de 7 clientes (populacional)
(1,64)2 ∙ (7)2 ∙ 10000
𝑛= 2 2 2
= 5.686
(0,10) 10000 − 1 + (1,64) ∙ (7)

29
Tamanho da Amostra para Estimar a
Média da População Finita
• É possível obter a população infinita ao multiplicar
o valor obtido pelo fator de correção para
populações finitas
𝑁
𝑁+𝑛−1
• Em que n é o tamanho da amostra para população
infinita

30
Tamanho da Amostra para estimar a
Proporção de População Infinita
• Se a variável for qualitativa (nominal ou ordinal) e a
população infinita, a dimensão da amostra (n) aleatória
simples pode ser calculada pela seguinte expressão
𝑧𝛼 2 ∙ 𝑝 ∙ 𝑞
𝑛=
𝑒2
• Em que:
zα = abscissa da distribuição normal padrão, fixado um nível
de significância α
𝑝 = estimativa da proporção p
𝑞=1−𝑝
e = erro amostral (máxima diferença permitida entre 𝑝 e 𝑝)
• Comum o uso de 𝑝 ∙ 𝑞 = 0,25 (estimativa de p = 0,5)

31
Tamanho da Amostra para estimar a
Proporção de População Infinita
• Exemplo: um pesquisador deseja determinar o
tamanho de uma amostra para estudar a proporção
de eleitores que votarão em determinado
candidato na eleição para presidente
• Deseja que a proporção amostral não se afaste da
proporção populacional em mais de 2%, com
probabilidade de 98% (zα =2,33)
(2,33)2 ∙ 0,25
𝑛= 2
= 3.393
(0,02)

32
Tamanho da Amostra para estimar a
Proporção de População Finita
• Se a variável for qualitativa (nominal ou ordinal) e a
população finita, a dimensão da amostra (n) aleatória
simples pode ser calculada pela seguinte expressão
𝑧𝛼 2 ∙ 𝑝 ∙ 𝑞 ∙ 𝑁
𝑛= 2
𝑒 (𝑁 − 1) + 𝑧𝛼 2 ∙ 𝑝 ∙ 𝑞
• Em que:
zα = abscissa da distribuição normal padrão, fixado um nível
de significância α
𝑝 = estimativa da proporção p
𝑞=1−𝑝
N = tamanho da população
e = erro amostral (máxima diferença permitida entre 𝑝 e 𝑝)

33
Tamanho da Amostra para estimar a
Proporção de População Finita
• Exemplo: um pesquisador deseja determinar o
tamanho de uma amostra para estudar a proporção
de eleitores que votarão em determinado
candidato a prefeito em Bocaina (SP), que tem
aproximadamente 12.000 habitantes
• Para o mesmo erro e nível de confiança
(2,33)2 ∙ 0,25 ∙ 12000
𝑛=
(0,02)2 ∙ 12000 − 1 + 2,33 2 ∙ 0,25
= 2.645
• Podemos utilizar o mesmo fator de correção para
populações finitas
34
Estimação

35
Estimação
• Tirar conclusões sobre uma população a partir de
dados extraídos de uma amostra representativa
dessa população
• Os parâmetros podem ser estimados
pontualmente, por meio de um único ponto
(estimação pontual) ou por meio de um intervalo
(estimação por intervalos)

36
Estimação
• Parâmetro  função do conjunto de valores da
população
• Estatística  função do conjunto de valores da
amostra
• Estimativa  valor assumido pelo parâmetro em
determinada amostra

37
Estimação
• Estimação pontual: estimador dos momentos,
método dos mínimos quadrados e o método da
máxima verossimilhança
• Estimação intervalar ou intervalo de confiança (IC):
IC para média populacional quando a variância é
conhecida, IC para média populacional quando a
variância é desconhecida, IC para variância
populacional e IC para a proporção

38
Estimação

Parâmetro Pontual Intervalar


Populacional
Média A previsão do índice Ibovespa A previsão do índice Ibovespa
para o final de 2009 é de 74.000 para o final de 2009 está entre
pontos 70.000 e 78.000 pontos
Proporção Mato Grosso do Sul terá 4% da Mato Grosso do Sul terá entre
população obesa em 2010 3,5% e 4,5% da população obesa
em 2010
Fonte: Adaptado de Bruni (2007, apud FÁVERO et al, 2009)

39
Métodos de Estimação Pontual
• Estimador dos Momentos

• Método dos Mínimos Quadrados

• Método da Máxima Verossimilhança

40
Estimador dos Momentos
• Utiliza a média e variância amostral para estimar os
parâmetros da população
• Média da variável aleatória x
𝑥𝑖
𝜇=
𝑛
• Estimador amostral
𝑥𝑖
𝑥𝑚 =
𝑛

41
Estimador dos Momentos
• Os estimadores gerados nem sempre atendem a
outras propriedades, já que, por exemplo, o
estimador da variância (s2m) é tendencioso

(𝑥𝑖 −𝑥)2 (𝑥𝑖 −𝑥)2


𝑠2𝑚 = 2
≠𝑠 =
𝑛 𝑛−1

42
Método dos Mínimos Quadrados
• Deseja-se estimar os parâmetros de uma regressão
linear simples (aula futura) como uma variável
dependente (Y) e uma variável explicativa (X)
• Obtém a reta que melhor ajusta os pontos de um
diagrama de dispersão

43
Método da Máxima
Verossimilhança
• Deve-se conhecer o tipo de distribuição da
população
• Entre as possíveis estimativas dos parâmetros da
população são escolhidos os valores que
maximizam a probabilidade (verossimilhança) de
que os valores obtidos na amostra sigam a
distribuição da população
• Uma v.a. x tem uma fdp dada por:
𝑓(𝑥𝑖 ; 𝜃𝑘 )
• Em que θi, i = 1, 2, ..., k são parâmetros da função
44
Método da Máxima
Verossimilhança
• Quando os parâmetros não são conhecidos, devem
ser estimados a partir de valores de x obtidos de
uma amostra
• Tem-se a função de verossimilhança:
função de verossimilhança = 𝐿(𝜃𝑘 ; 𝑥𝑖 )
• O método consiste em achar os valores do
parâmetro θk que maximizem a função de
verossimilhança ou a probabilidade de que a
amostra pertença a uma população cuja
distribuição tenha função de densidade f

45
Estimativa Intervalar ou
Intervalos de Confiança
• IC para média populacional quando a variância é
conhecida

• IC para média populacional quando a variância é


desconhecida

• IC para variância populacional

• IC para a proporção
46
Intervalo de Confiança para a Média Populacional (µ)
quando a Variância Populacional (σ2) é Conhecida

• Seja X ~ N(µ,σ2) e σ2 conhecido, considera-se que


𝑥−𝜇0
𝑧 = 𝜎/ 𝑛 ~𝑁(0,1)
𝑃 −𝑧𝑐 < 𝑧 < 𝑧𝑐 = 1 − 𝛼
• Em que 𝑧𝑐 é o valor crítico da variável aleatória z

47
Intervalo de Confiança para a Média Populacional (µ)
quando a Variância Populacional (σ2) é Conhecida

α /2 α/2
RA

𝒙
µ
𝒛𝜶/𝟐 𝝈𝒙 𝒛𝜶/𝟐 𝝈𝒙

48
Intervalo de Confiança para a Média Populacional (µ)
quando a Variância Populacional (σ2) é Conhecida

• Exemplo: uma v.a. com distribuição normal e variância


conhecida de 25. Retira-se uma amostra de 16 valores e
calcula-se a média amostral = 18. Construa um
intervalo de confiança de 95% (zc = 1,96) para a média
populacional
𝜎 𝜎
𝑃 𝑥 − 𝑧𝑐 < 𝜇 < 𝑥 + 𝑧𝑐 = 95%
𝑛 𝑛
5 5
𝑃 18 − 1,96 < 𝜇 < 18 + 1,96 = 95%
16 16
𝑃 15,55 < 𝜇 < 20,45 = 95%
Logo o intervalo [15,55; 20,45] contém a média
populacional com 95% de confiança

49
Intervalo de Confiança para a Média Populacional (µ)
quando a Variância Populacional (σ2) é Desconhecida

• Seja X ~ N(µ,σ2) e σ2 desconhecido, considera-se


𝑥−𝜇0
usar o estimador (s) que 𝑡 = 𝑠/ 𝑛 ~𝑡𝑛−1
𝑃 −𝑡𝑐 < 𝑡 < 𝑡𝑐 = 1 − 𝛼
• Em que 𝑡𝑐 é o valor crítico da variável aleatória t da
distribuição t de Student

50
Intervalo de Confiança para a Média Populacional (µ)
quando a Variância Populacional (σ2) é Desconhecida

α /2 α/2
RA

𝒕
µ
-𝒕𝒄 𝒕𝒄

51
Intervalo de Confiança para a Média Populacional (µ)
quando a Variância Populacional (σ2) é Desconhecida

• Exemplo: uma v.a. com distribuição normal e variância


desconhecida. Retira-se uma amostra de 16 valores e
calcula-se a média amostral = 18 e a variância amostral
= 25. Construa um intervalo de confiança de 95% (tc =
2,131) para a média populacional
𝑠 𝑠
𝑃 𝑥 − 𝑡𝑐 < 𝜇 < 𝑥 + 𝑡𝑐 = 95%
𝑛 𝑛
5 5
𝑃 18 − 2,131 < 𝜇 < 18 + 2,131 = 95%
16 16
𝑃 15,34 < 𝜇 < 20,66 = 95%
Logo o intervalo [15,34; 20,66] contém a média
populacional com 95% de confiança

52
Intervalo de Confiança para a
Variância Populacional
• Seja X ~ N(µ,σ2) e como o estimador de σ2 é s2,
(n−1)∙𝑠2 2
considera-se que a v.a. 𝜎2 ~𝜒𝑛−1
2 2 2
P 𝜒𝑖𝑛𝑓 < 𝜒𝑛−1 < 𝜒sup =1−𝛼
Ou
(n − 1) ∙ 𝑠 2 2 <
(n − 1) ∙ 𝑠 2
P 2
< 𝜎 2
=1−𝛼
𝜒 𝑖𝑛𝑓 𝜒 𝑠𝑢𝑝

53
Intervalo de Confiança para a
Variância Populacional

α /2

α/2
RA

X2
X2 inf X2 sup

54
Intervalo de Confiança para a
Variância Populacional
• Exemplo: uma amostra de 12 elementos, extraída
de uma população normal, forneceu variância =
9,14. construa um intervalo de confiança de 90%
para a variância dessa população
• Tabela Qui-quadrado com 11 graus de liberdade,
tem-se
X2inf = 4,575
X2sup = 19,675

55
Intervalo de Confiança para a
Variância Populacional
• Logo
(n − 1) ∙ 𝑠 2 2 <
(n − 1) ∙ 𝑠 2
𝑃 2
< 𝜎 2
=1−𝛼
𝜎 𝜎

11 ∙ 9,14 2
11 ∙ 9,14
𝑃 <𝜎 < = 90%
19,675 4,575
𝑃 5,11 < 𝜎 2 < 21,98 = 90%
Logo o intervalo [5,11; 21,98] contém a variância
populacional com 90% de confiança

56
Intervalo de Confiança para
Proporções
𝑌
• Seja Y ~ binomial e a proporção amostral 𝑝 = .
𝑛
𝑝𝑞
Logo 𝑝~𝑁 𝑝, se n é grande. Considera-se que
𝑛
𝑝−𝑝
𝑧= 𝑝𝑞
~𝑁(0,1)
𝑛
𝑃 −𝑧𝑐 < 𝑧 < 𝑧𝑐 = 1 − 𝛼
• Em que 𝑧𝑐 é o valor crítico da variável aleatória z

57
Intervalo de Confiança para
Proporções

α /2 α/2
RA

𝒙
µ
𝒛𝜶/𝟐 𝝈𝒙 𝒛𝜶/𝟐 𝝈𝒙

58
Intervalo de Confiança para
Proporções
• Exemplo: uma amostra de 100 peças foi retirada de uma máquina e
verificou-se que quatro delas eram defeituosas. Construa um intervalo
de confiança de 95% (zc = 1,96) para a proporção de produtos
defeituosos produzidos nessa máquina
𝑌 4
𝑝= = = 0,04
𝑛 100
𝑝𝑞 𝑝𝑞
𝑃 𝑝 − 𝑧𝑐 < 𝑝 < 𝑝 + 𝑧𝑐 =1−𝛼
𝑛 𝑛
0,04 ∙ 0,96 0,04 ∙ 0,96
𝑃 0,04 − 1,96 < 𝑝 < 0,04 + 1,96 = 95%
100 100
𝑃 0,03925 < 𝑝 < 0,04075 = 95%
Logo o intervalo [3,925%; 4,075%] contém a proporção de produtos
defeituosos com 95% de confiança

59
Testes de Hipóteses

60
Testes de Hipóteses
• Testes de hipóteses podem ser utilizados para
determinar se uma indicação sobre o valor de um
parâmetro de população deve ou não ser rejeitado
• Quando os testes assumem premissas sobre a
distribuição de parâmetros da população são
chamados de testes paramétricos
• A hipótese nula, denotada por H0, é uma suposição
preliminar sobre um parâmetro populacional
• A hipótese alternativa, denotada por H1, é o
oposto do que é formulado na hipótese nula
61
Hipóteses
• A parte da igualdade das hipóteses sempre aparece na
hipótese nula
• Em geral, um teste de hipótese sobre o valor de uma média
populacional µ deve ter uma das seguintes três formas
(onde µ0 é o valor da hipótese da média populacional)

𝑯𝟎 : 𝝁 ≥ 𝝁𝒐 𝑯𝟎 : 𝝁 ≤ 𝝁𝒐 𝑯𝟎 : 𝝁 = 𝝁𝒐
𝑯𝟏 : 𝝁 < 𝝁𝒐 𝑯𝟏 : 𝝁 > 𝝁𝒐 𝑯𝟏 : 𝝁 ≠ 𝝁𝒐
Unicaudal Unicaudal Bicaudal
(cauda inferior) (cauda superior)

62
Erro do Tipo I
• Erro do Tipo I é rejeitar H0 quando a hipótese é
verdadeira
• A probabilidade de fazer um Erro do Tipo I quando
a hipótese nula é verdadeira enquanto igualdade é
chamado de nível de significância (α)

63
Erro do Tipo II
• Erro do Tipo II é aceitar H0 quando a hipótese é
falsa
• É difícil controlar a probabilidade de fazer um Erro
do Tipo II
• Estatísticos evitam o risco de cometer um Erro do
Tipo II usando a expressão "não rejeitar H0 " ao
invés de "aceitar H0”

64
Tipos de Erros

Condição da População
Conclusão H0 Verdadeira H0 Falsa
Não Rejeitar H0 Decisão Correta Erro do Tipo II (β)
(1 – α)
Rejeitar H0 Erro do Tipo I (α) Decisão Correta
(1 – β)

65
Tipos de Erros

66
Etapas do Teste de Hipóteses –
Método do p-value (p-valor ou valor-
p)
Passo 1. Desenvolver as hipóteses nula e alternativa
Passo 2. Definir o nível de significância α
Passo 3. Escolher uma estatística de teste adequada
Passo 4. Retirar uma amostra e calcular o valor da
estatística do teste
Passo 5. Determinar o p-value que corresponde à
probabilidade associada ao valor observado da
amostra
Passo 6. Rejeitar H0 se o p-value ≤ α (caso contrário,
não rejeitar)

67
Etapas do Teste de Hipóteses –
Método do valor crítico
Passo 1. Desenvolver as hipóteses nula e alternativa
Passo 2. Definir o nível de significância α
Passo 3. Escolher uma estatística de teste adequada
Passo 4. Fixar a região crítica do teste (com base no
α estabelecido)
Passo 5. Retirar uma amostra e calcular o valor da
estatística do teste
Passo 6. Rejeitar H0 se a estatística pertencer à
região crítica (caso contrário, não rejeitar)

68
Testes Paramétricos
• Aplicados em situações em que se conhece a
distribuição que melhor representa os dados
analisados
• Exigem suposições específicas sobre a(s)
população(ões) da(s) qual(ais) as amostras foram
extraídas
• Exigem que duas hipóteses sejam satisfeitas: (1)
que a variável dependente tenha distribuição
normal; e (2) que as variâncias populacionais
sejam homogêneas no caso da comparação de
duas ou mais populações

69
Testes para Normalidade
Univariada
• Kolmogorov-Smirnov (K-S)

• Shapiro-Wilk

70
Teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S)
• Teste de aderência que compara a distribuição de
frequência acumulada de um conjunto de valores
observados da amostra com uma distribuição
esperada ou teórica
• Neste caso, determina se uma amostra é
proveniente de uma população com distribuição
normal
• Utilizado quando a média e o desvio padrão da
população são conhecidos

71
Teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S)
• Seja Fesp(X) uma função distribuição esperada
(normal) de frequências relativas acumuladas da
variável X, em que Fesp(X) ~ N(µ,σ), e Fobs(X) a
distribuição de frequências relativas acumuladas
observada da variável X
• Deseja-se testar se Fobs(X) = Fesp(X) contra a
alternativa de que Fobs(X) ≠ Fesp(X)

72
Teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S)
• A estatística do teste é
𝐷 = max{|𝐹𝑒𝑠𝑝 𝑋𝑖 − 𝐹𝑜𝑏𝑠 𝑋𝑖 |; |𝐹𝑒𝑠𝑝 𝑋𝑖 −
𝐹𝑜𝑏𝑠 𝑋𝑖−1 |} para i = 1, ..., n
• Em que:
Fesp(Xi) = frequência relativa acumulada esperada na
categoria i
Fobs(Xi) = frequência relativa acumulada observada
na categoria i
Fobs(Xi-1) = frequência relativa acumulada observada
na categoria i - 1

73
Teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S)
• Para uso do teste K-S para parâmetros estimados a
partir de uma amostra (ao invés da população),
perde-se poder explicativo
• Nessa situação utilizar a correção de Lilliefors
(1967)

74
Teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S)
• Procedimento para aplicação do teste
1. Fixar a hipótese nula (H0) e a hipótese
alternativa (H1). A hipótese nula afirma que a
amostra provém de uma distribuição N(µ,σ). A
hipótese alternativa afirma que a amostra não
provém de uma distribuição N(µ,σ)
2. Fixar o nível de significância α do teste
3. A estatística escolhida é a de Komogorov-
Smirnov

75
Teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S)
• Procedimento para aplicação do teste
4. Os valores críticos da estatística K-S (D) estão na
tabela respectiva
5. Calcular o valor real da estatística K-S, conforme
equação anterior
6. Decisão: se o valor da estatística pertencer a
região crítica (D > Dc), rejeita-se H0. Caso
contrário, não se rejeita H0

76
Teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S)
• Exemplo: considere os dados da tabela, relativos à
produção mensal de máquinas de costura nos
últimos 12 meses. Verifique se os dados seguem
uma distribuição normal, com α =5%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
32 38 40 28 25 23 39 45 50 25 38 42

77
Teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S)
Xi Fabs Fac Fracabs zi Fracesp |𝐹𝑒𝑠𝑝 𝑋𝑖 − |𝐹𝑒𝑠𝑝 𝑋𝑖 −
𝐹𝑜𝑏𝑠 𝑋𝑖 | 𝐹𝑜𝑏𝑠 𝑋𝑖−1 |
23 1 1 0,08 -1,43 0,0764 0,0036 0,0764
25 2 3 0,25 -1,20 0,1151 0,1349 0,0351
28 1 4 0,33 -0,85 0,1977 0,1323 0,0523
32 1 5 0,42 -0,39 0,3483 0,0717 0,0183
38 2 7 0,58 0,30 0,6179 0,0379 0,1979
39 1 8 0,67 0,41 0,6591 0,0109 0,0791
40 1 9 0,75 0,53 0,7019 0,0481 0,0319
42 1 10 0,83 0,76 0,7764 0,0536 0,0264
45 1 11 0,92 1,10 0,8643 0,0557 0,0343
50 1 12 1,0 1,68 0,9535 0,0465 0,0335

78
Teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S)
• Procedimento para realização do teste
1. A hipótese nula afirma (H0) que a amostra
provém de uma distribuição N(µ,σ). A hipótese
alternativa (H1) afirma que a amostra não
provém de uma distribuição N(µ,σ)
2. O nível de significância α = 5%
3. A estatística escolhida é a de Komogorov-
Smirnov

79
Teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S)
• Procedimento para realização do teste
4. Os valores críticos da estatística K-S para n = 12 e
α = 5% na tabela o valor D = 0,375
5. O valor real da estatística K-S, conforme equação
anterior, é D = 0,199
6. Decisão: como o valor da estatística não
pertence a região crítica D < 0,375 (Dc), não se
rejeita H0. A amostra é obtida de uma
distribuição normal

80
Teste de Shapiro-Wilk
• Testa se a variável em estudo possui ou não uma distribuição normal
• No caso de pequenas amostras (n < 30) o teste de Shapiro-Wilk é mais
apropriado que o teste K-S
𝑏2
𝑊= , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 = 1, … , 𝑛
(𝑥𝑖 − 𝑥)2
𝑁/2

𝑏= 𝑎𝑛−1+1 ∙ (𝑥𝑛−𝑖+1 − 𝑥𝑖 )
𝑖=1
• Em que
xi são os valores da variável x em ordem crescente
𝑥 é a média de x
ai são constantes geradas a partir da média, variância e covariância de n
ordens com distribuição normal padrão

81
Teste de Shapiro-Wilk
• Valores pequenos de W indicam que a distribuição
da variável não é normal

82
Teste de Shapiro-Wilk
• Procedimento para aplicação do teste
1. Fixar a hipótese nula (H0) e a hipótese
alternativa (H1). A hipótese nula afirma que a
amostra provém de uma distribuição normal. A
hipótese alternativa afirma que a amostra não
provém de uma distribuição normal
2. Fixar o nível de significância α do teste
3. Para n ≤ 30 a estatística escolhida é a de Shapiro-
Wilk

83
Teste de Shapiro-Wilk
• Procedimento para aplicação do teste
4. Os valores críticos da estatística de Shapiro-Wilk
(W) estão na tabela respectiva
5. Calcular o valor real da estatística de Shapiro-
Wilk, conforme equação anterior
6. Decisão: se o valor da estatística pertencer a
região crítica (W > Wc), rejeita-se H0. Caso
contrário, não se rejeita H0

84
Teste de Shapiro-Wilk
• Exemplo: considere os dados da tabela
(ordenados), relativos à produção mensal de
máquinas de costura nos últimos 12 meses.
Verifique se os dados seguem uma distribuição
normal, com α =5%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
23 25 25 28 32 38 38 39 40 42 45 50

85
Teste de Shapiro-Wilk
• Procedimento para realização do teste
1. A hipótese nula afirma (H0) que a amostra
provém de uma distribuição normal. A hipótese
alternativa (H1) afirma que a amostra não
provém de uma distribuição normal
2. O nível de significância α = 5%
3. Como n ≤ 30 a estatística escolhida é a de
Shapiro-Wilk

86
Teste de Shapiro-Wilk
• Procedimento para realização do teste
4. Os valores críticos da estatística de Shapiro-Wilk
para n = 12 e α = 5% na tabela o valor W = 0,859
5. O valor real da estatística de Shapiro-Wilk,
conforme equação anterior, b = 27,971 e W =
0,939
6. Decisão: como o valor da estatística não
pertence a região crítica W > 0,859 (Wc), não se
rejeita H0. A amostra é obtida de uma
distribuição normal
87
Teste de Levene para
Homogeneidade de Variâncias
• Para comparar duas ou mais populações é
necessário supor homogeneidade de variâncias
• A hipótese numa afirma que as variâncias
populacionais estimadas a partir de k amostras
representativas são homogêneas ou iguais
• A hipótese alternativa afirma que pelo menos uma
variância populacional é diferente das demais
𝐻0 : 𝜎 21 = 𝜎 2 2 = ⋯ = 𝜎 2 𝑛
𝐻1 : ∃𝑖,𝑗 : 𝜎 2 𝑖 ≠ 𝜎 2𝑗 (𝑖, 𝑗 = 1, … , 𝑘)

88
Teste de Levene para
Homogeneidade de Variâncias
• A estatística do teste de Levene
𝑘 2
(𝑁 − 𝑘) 𝑖=1 ( 𝑍𝑖 − 𝑍)
𝑊= ∙ 𝑛𝑗
~𝑠𝑜𝑏 𝐻0 𝐹𝑘−1,𝑁−𝑘,𝛼
(𝑘 − 1) 𝑘
(𝑍𝑖𝑗 − 𝑍)2
𝑖=1 𝑗=1
• Em que
ni é a dimensão de cada uma das k amostras (i = 1, ..., k)
N é a dimensão da amostra global (N = n1 + n2 + ... + nk)
𝑍𝑖𝑗 = 𝑋𝑖𝑗 − 𝑋 , i = 1, ..., k e j = 1, ..., nk
Xij é a observação j da amostra i
𝑍𝑖 é a média de Zi na amostra i
𝑍 é a média de Zi na amostra global

89
Teste de Levene para
Homogeneidade de Variâncias
• Procedimento para aplicação do teste
1. Fixar a hipótese nula (H0) e a hipótese
alternativa (H1). A hipótese nula afirma que as
variâncias populacionais são homogêneas. A
hipótese alternativa afirma que pelo menos uma
das variâncias populacionais é diferente das
demais
2. Fixar o nível de significância α do teste
3. A estatística escolhida é o teste W de Levene

90
Teste de Levene para
Homogeneidade de Variâncias
• Procedimento para aplicação do teste
4. Fixar a região crítica com a Tabela F
5. Calcular o valor real da estatística W, conforme
equação anterior
6. Decisão: se o valor da estatística pertencer a
região crítica (W > Fc), rejeita-se H0. Caso
contrário, não se rejeita H0

91
Teste de Levene para
Homogeneidade de Variâncias
• Exemplo: uma empresa farmacêutica pretende
comparar a satisfação dos consumidores segundo
alguns critérios: qualidade do produto, preços, prazo de
entrega, disponibilidade do produto, entre outros
• Para isso, foi aplicado um questionário a partir dos
critérios listados, resultado em uma pontuação que
varia de 1 a 100
• Foram entrevistados 24 consumidores com o objetivo
de comparar a satisfação entre homens e mulheres
• Teste a variância dos grupos ao nível de 5% de
significância
• Dados na ‘Plan2’ da planilha Cap4-Exemplos.xlsx

92
Teste de Levene para
Homogeneidade de Variâncias
• Cálculo do W
𝑊
(24 − 2)
=
(2 − 1)
12 × 14,778 − 10,931 2 + 12 × 7,083 − 10,931 2

1146,907
= 6,814

93
Teste de Levene para
Homogeneidade de Variâncias
• Procedimento para realização do teste
1. A hipótese nula afirma (H0) que as variâncias
populacionais dos grupos são iguais. A hipótese
alternativa (H1) afirma que as variâncias são
diferentes
2. O nível de significância α = 5%
3. A estatística escolhida é o teste W de Levene

94
Teste de Levene para
Homogeneidade de Variâncias
• Procedimento para realização do teste
4. A região crítica, de acordo com a tabela é Fc =
F2,9,5% = 4,26
5. O valor real da estatística W, conforme equação
anterior, é W = 6,814
6. Decisão: como o valor da estatística não
pertence a região crítica W > 4,26 (Fc), não se
rejeita H0. concluindo que as variâncias
populacionais dos grupos são homogêneas

95
Obrigado pela
Atenção!!!
Até a próxima aula

mbotelho@usp.br
www.marcelobotelho.com

96

Você também pode gostar