Você está na página 1de 2

Startups jurídicas e IA

Em sua primeira sessão no comando, o ministro Luís Roberto Barroso anunciou que
a instituição vai “investir pesado” e “toda a energia possível” em tecnologia da
informação para ajudar na agilização da Justiça, depois de conseguir um aumento
no orçamento ao receber quase 30 milhões de reais cedidos pelo TST.
A declaração foi comemorada pelo segmento das startups jurídicas, que tem um
público-alvo de mais de 1 milhão de advogados. O ministro Roberto Barroso disse
ter se reunido com as big techs, Google, Microsoft e Amazon, e feito encomendas
de pilotos de três propostas que possam ajudar o Jurídico do Brasil, “por enquanto
pro bono”.
Segundo o presidente do STF, as empresas prometeram entregar um programa de
inteligência artificial que seja capaz de, ao receber o processo, resumir o fato
relevante, a decisão de primeiro grau, a decisão de segundo grau e as razões de
recurso; um “ChatGPT”, uma inteligência artificial generativa estritamente jurídica,
alimentado com as jurisprudências do Supremo, do STJ e dos tribunais estaduais,
capaz de fazer um esboço de decisão com aquelas informações; e uma interface
única para todos tribunais que adotam diferentes sistemas.
A iniciativa foi vista por empreendedores e investidores de startups como uma porta
aberta para novos negócios e ampliação da carteira de clientes. “O uso da
inteligência artificial no setor jurídico já é uma realidade, mas essa iniciativa mostra
não apenas aos advogados, mas principalmente ao mercado investidor, que as
lawtechs são a bola da vez no setor de startups”, afirmou Priscila Spadinger,, CEO
da Aleve Legaltech Venture.
Já Caio Rosset, diretor-executivo da Cria.AI, empresa especializada na produção de
peças jurídicas com o uso da inteligência artificial, afirma ver com entusiasmo a
adesão do CNJ no uso da tecnologia. “Estamos convictos de que a chave para
aprimorar a eficácia do sistema jurídico brasileiro reside na adoção dessas
tecnologias sofisticadas. Essa inovação ampliará o acesso à justiça, conferindo
maior eficiência e acessibilidade ao aparato jurídico do Brasil”, destacou.

Trabalho feito por:


João Alves
Pedro Moura

Fonte :
https://veja.abril.com.br/coluna/radar/startups-juridicas-comemoram-fala-de-barroso-
sobre-inteligencia-artificial/

Você também pode gostar