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Penal Revisao PF
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PROCESSUAL PENAL
Professor Leonardo dos S. Arpini
prof.arpini lsarpinii@gmail.com
( ) Certo
( ) Errado
Anterioridade da Lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
DESDOBRAMENTOS MATERIAIS
LIMITES AO CONTEÚDO DOS TIPOS PENAIS.
INSIGNIFICÂNCIA: condutas consideradas insignificantes são indiferentes para o direito penal. Porém, é necessário
verificarmos (no caso concreto) a incidência do princípio e, para isso, o STF elencou alguns vetores para nortear a
verificação:
STJ, 589 – Não cabe o princípio da insignificância em infrações praticadas mediante violência doméstica ou familiar contra a
mulher.
STJ, 599 – Não cabe o princípio da insignificância em crimes contra a administração pública.
STJ, 606 – Não cabe a insignificância no crime de transmissão clandestina de sinal de internet via radiofrequência.
2) Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE
Tendo como referência a jurisprudência sumulada dos tribunais superiores, julgue o item a seguir, acerca de crimes, penas,
imputabilidade penal, aplicação da lei penal e institutos.
É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes contra a administração pública, desde que o prejuízo seja em
valor inferior a um salário mínimo.
( ) Certo
( ) Errado
ALTERIDADE: o direito penal visa incriminar condutas que atinjam bens jurídicos alheios.
ADEQUAÇÃO SOCIAL: condutas socialmente adequadas não podem ser objeto de criminalização, invocando-o por própria
leniência social.
Art. 5º [...]:
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Lei penal no tempo
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução
e os efeitos penais da sentença condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentença condenatória transitada em julgado – retroatividade penal benéfica.
Lei excepcional ou temporária
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
Tempo do crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
Irretroativa
( ) Certo
( ) Errado
Lex gravior Lex mitior
Novatio legis in pejus Abolitio criminis
Novatio legis incriminadora Novatio legis in melius
A Lei 12.663/12 (a Lei Geral da Copa) criada para vigorar somente durante o período de realização da Copa do Mundo no
Brasil. A referida lei criou figuras criminosas, mas fixou um contexto temporal para que houvesse a incidência desses crimes
caso a lei fosse violada. O marco temporal estipulado pela lei geral da copa foi dia 31/12/2014. Após essa data a Lei Geral da
Copa parou de produzir efeitos no mundo jurídico.
Art. 30. Reproduzir, imitar, falsificar ou modificar indevidamente quaisquer Símbolos Oficiais de titularidade da FIFA:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa.
( ) Certo
( ) Errado
TEMPO E LUGAR DO CRIME.
Tempo do crime
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
LU
6) Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE
LUGAR UBIQUIDADE
Com relação ao tempo e ao lugar do crime,
o Código Penal brasileiro adotou, respectivamente, as teorias do(a)
A) resultado e da ação.
B) consumação e do resultado.
TA
C) atividade e da ubiquidade. TEMPO ATIVIDADE
D) ubiquidade e da atividade.
E) ação e da consumação.
LUTA
Lembre-se desse mnemônico
LEI PENAL NO ESPAÇO
Territorialidade:
Espaço físico (geográfico) Espaço terrestre, marítimo ou aéreo, sujeito à
soberania do Estado (solo, rios, lagos, mares interiores,
baías, faixa do mar exterior ao longo da costa – 12
milhas marítimas de largura, medidas a partir da linha
de baixo-mar do litoral continente e insular – e espaço
aéreo correspondente.
Espaço físico por extensão ou ficção Para os efeitos penais, consideram-se como espaço físico
por ficção as embarcações e aeronaves brasileiras, de
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde
quer que se encontrem, bem como as embarcações e
aeronaves brasileiras (matriculadas no Brasil), mercantes
ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente em alto mar ou no espaço aéreo
correspondente (art. 5º, §1º, CP).
É também aplicável a lei brasileira aos crimes cometidos a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de
propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no
território nacional ou voo no espaço aéreo corresponde, e
estas em porto ou mar territorial do Brasil (art. 5º, §2º, CP).
CONCLUSÃO
A) Quando navios ou aeronaves forem
públicos ou estiverem a serviço do governo
brasileiro, quer se encontrem em território
nacional ou estrangeiro, são considerados
parte do nosso território.
A lei penal brasileira será aplicada a crime cometido contra a administração pública por servidor público em serviço, ainda
que seja praticado no estrangeiro.
( ) Certo
( ) Errado
FATO TÍPICO.
Teoria
Teoria Bipartida/Dicotômica
Tripartida/Tricotômica
Crime = Fato Típico + Ilícito
Crime = Fato Típico + Ilícito
(antijurídico)
(antijurídico) + Culpável.
No Código Penal brasileiro, adota-se, em relação ao conceito de crime, o sistema tricotômico, de acordo com o qual as
infrações penais são separadas em crimes, delitos e contravenções.
( ) Certo
( ) Errado
11) Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE
A respeito do direito penal, julgue os itens que se seguem.
Em relação ao crime doloso, o Código Penal adota a teoria da vontade para o dolo direto e a teoria do assentimento para o dolo
eventual.
( ) Certo
( ) Errado
.
CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA
15) Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE
O único tipo de crime que admite tentativa
éo
A) culposo.
B) permanente.
C) preterdoloso.
D) unissubsistente.
E) habitual.
( ) Certo
( ) Errado
CRIME IMPOSSÍVEL
Crime impossível
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é
impossível consumar-se o crime.
STF, 145 - Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.
STJ, 567 - Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior de
estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto. (Súmula 567, TERCEIRA
SEÇÃO, julgado em 24/02/2016, DJe 29/02/2016).
Exclusão de ilicitude
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
O “EXCESSO PUNÍVEL” (art. 23, p.ú., CP), é a desnecessária intensificação de uma conduta inicialmente legítima. O excesso
pode se dar de duas maneiras:
• Voluntário (consciente): ocorre quando o indivíduo se da conta do exagero. Nesse caso, o agente responderá por crime
doloso, pois aqui, o excesso é doloso.
• Involuntário (inconsciente): a pessoa não se da conta que foi além do necessário. O excesso involuntário deriva de um
erro (pode ser evitável – responder por crime culposo quando previsto em lei; ou inevitável – não há dolo ou culpa).
EXCLUDENTES DE ILICITUDE
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua
vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável
exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
Para que haja a ocorrência da legitima defesa especial é necessário que estejam presentes todos os requisitos previstos no
caput do art. 25, ocasião em que os agentes de segurança pública repelem uma agressão ou perigo de agressão a uma
vítima em perigo na pratica de crime.
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL E EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO
São excludentes de ilicitude em branco, ou seja, razão pela qual, seu conteúdo decorre de normas extrapenais.
Potencial
consciência
da ilicitude
Culpabilidade
Exigibilidad
Imputabil e de
idade conduta
diversa
IMPUTABILIDADE
Trata-se da capacidade mental do indivíduo de compreender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse
entendimento (ou seja, de conter-se).
POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE
Erro sobre a ilicitude do fato
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável,
poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando
lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.
A potencial consciência da ilicitude está ligada ao aspecto cultural de saber o que é certo ou errado.
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA
Coação irresistível e obediência hierárquica
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Se, em virtude de perturbação de saúde mental, Pedro não for inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do seu ato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento, a pena imposta a ele poderá ser reduzida.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
DIREITO PROCESSUAL PENAL
1. Princípio do devido processo legal: art. 5º, LIV, CF – ninguém será privado da liberdade ou de seu bens sem o devido
processo legal.
2. Princípio do contraditório e da ampla defesa: art. 5º, LV, CF - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
3. Princípio da presunção de inocência/não culpabilidade: art. 5º, LVII, CF - ninguém será considerado culpado até o
trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
4. Princípio do “favor rei”/”in dubio pro reo”/”favor libertatis”: tem por fundamento a presunção de inocência – Sua
antítese é o princípio do “in dubio pro societate”.
5. Princípio da vedação das provas ilícitas: art. 5º, LVI, CF - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios
ilícitos;
6. Princípio da persuasão racional ou do livre convencimento motivado: art. 155, do CPP - O juiz formará sua convicção
pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.
7. Princípio da identidade física do juiz: art. 399, §2º, CPP - Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para
a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e
do assistente. § 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.
8. Princípio da não autoincriminação/nemo tenetur se detegere: art. 5º, LXIII - o preso será informado de seus direitos,
entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado
28) Ano: 2004 Banca: CESPE / CEBRASPE
O item subsequente, é apresentada uma situação hipotética em relação a prova testemunhal e provas ilícitas no processo penal, seguida
de uma assertiva a ser julgada.
Um empresário gravou conversa telefônica que teve com um auditor fiscal, sem a sua ciência, na qual foi exigido o pagamento da
importância de R$ 10 mil para que a empresa de que era proprietário não fosse submetida a ação de fiscalização. Nessa situação, a prova
obtida foi ilícita por se tratar de interceptação telefônica sem autorização judicial, assim como por violar o direito à privacidade.
( ) Certo
( ) Errado
( ) Certo
( ) Errado
31) Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE
Acerca do inquérito policial, da ação penal e da competência, julgue os próximos itens.
Em virtude do princípio in dubio pro societate, o juiz não está autorizado a rejeitar denúncia por falta de lastro probatório
mínimo que demonstre a idoneidade e a verossimilhança da acusação.
( ) Certo
( ) Errado
32) Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE
Julgue os itens seguintes, conforme o entendimento dominante dos tribunais superiores acerca da Lei Maria da Penha, dos
princípios do processo penal, do inquérito, da ação penal, das nulidades e da prisão.
Conforme o STF, viola o princípio da presunção de inocência a exclusão de certame público de candidato que responda a
inquérito policial ou a ação penal sem trânsito em julgado de sentença condenatória.
( ) Certo
( ) Errado
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES DO CPP
Art. 1º a 3º do CPP.
Teoria do isolamento dos atos processuais/teoria do efeito imediato/”tempus regit actum”: a lei processual nova não
retroage. Ela aplica imediatamente. Os atos anteriores são válidos. É o sistema adotado no Brasil (art. 2º, CPP), e não
confundir com a lei penal material mais benéfica que retroage em favor do réu.
Exceções ao “tempus regit actum”: a) norma mista: é aquela que possui ao mesmo tempo elementos de direito
material e de direito processual. Neste caso, aplica-se a regra do direito material, ou seja, se for mais benéfico para o réu,
retroage.
Lei processual penal no espaço (art. 1º do CPP): “locus regit actum”. A palavra “todo” vem para encerrar a fase
pluralista do CPP (quando cada Estado tinha o seu). Para SP, MP, AL, PA, GO, que não tinham CPP próprio, se aplicava o
Código Imperial de 1832.
Interpretação do art. 3º do CPP: interpretação extensiva, aplicação analógico e princípios gerais do direito.
33) Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE
No que concerne às disposições preliminares do Código de Processo Penal (CPP), ao inquérito policial e à ação penal,
julgue o próximo item.
Tratando-se de lei processual penal, não se admite, salvo para beneficiar o réu, a aplicação analógica.
( ) Certo
( ) Errado
34) Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE
Com base na aplicação e interpretação da lei processual, bem como do inquérito policial, julgue os itens a seguir.
A lei processual penal não admite interpretação extensiva ou aplicação analógica, mas pode ser suplementada pelos
princípios gerais de direito.
( ) Certo
( ) Errado