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Legislação Empresarial Aplicada Os Direitos Dos Trabalhadores Na Atualidade e A Autonomia Privada Coletiva
Legislação Empresarial Aplicada Os Direitos Dos Trabalhadores Na Atualidade e A Autonomia Privada Coletiva
Empresarial
Aplicada
Os direitos dos trabalhadores
na atualidade e a autonomia
privada coletiva
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Bons estudos!
Nesta webaula serão apresentadas as noções gerais acerca das leis e normas aplicadas ao Direito do Trabalho, os princípios
do Direito do Trabalho, a autonomia privada coletiva, assim como conheceremos os principais instrumentos da negociação
coletiva: o Acordo Coletivo e a Convenção Coletiva de Trabalho.
Direito do Trabalho
A história do Direito do Trabalho tem como início o período da colonização em que a primeira característica do trabalho em
nossa terra foi de uma grande exploração, principalmente com os indígenas.
Outro importante contexto histórico foi a partir da segunda metade do século XIX e início do XX em que aconteceram as lutas
de classes, principalmente na Europa, e com as Revoluções Industriais a história do Direito do Trabalho também passou por
um longo processo de luta e de progressivo reconhecimento acerca da necessidade de proteção a tais direitos pelo Estado.
No âmbito da previsão de direitos sociais, doravante inscritos no art. 7º da Constituição, podemos destacar alguns dos
principais direitos que são alvos de regulamentação específica por parte da legislação infraconstitucional, que são:
Princípio da proteção
É a verdadeira base do Direito do Trabalho. É preciso proteger e garantir equilíbrio na relação laboral, que, não fosse o
sistema estatal, incorreria em grave desigualdade, principalmente em detrimento do trabalhador. Não podemos
esquecer que foi justamente essa desigualdade real, historicamente construída, que levou às grandes lutas de classe nos
séculos XIX e XX e até os nossos dias (CASSAR, 2018).
Princípio in dubio pro operário (na dúvida, para o operário e em prol do vínculo empregatício)
O que significa que, no caso concreto, havendo alguma dúvida relacionada ao emprego ou à condição de trabalho, bem
como dúvida quanto à interpretação de determinada norma, deve-se sempre privilegiar a interpretação e a aplicação
que favoreçam tanto o empregado (trabalhador) quanto a estabilidade e permanência da relação de emprego.
Princípio da prevalência da condição mais benéfica
É um princípio que faz com que as eventuais vantagens dadas aos trabalhadores, por mera vontade dos empregadores,
adiram ao contrato de trabalho, não podendo ser suprimidas posteriormente.
É o princípio segundo o qual o que ocorre na realidade, no mundo dos fatos, prevalece sobre aquilo que está previsto ou
não no contrato.
Neste princípio o trabalhador jamais poderá renunciar aos direitos que lhe assistem, decorrentes da relação laboral,
ainda que seja assinado contrato em sentido contrário. Há uma proteção estatal pública para garantir que as relações
laborais não voltem ao tempo da exploração desumana e degradante. É nesse sentido, aliás, o teor do art. 9º da CLT,
segundo o qual: “serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a
aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação” (BRASIL, 1943, [s.p.]).
Princípio da continuidade
Este princípio presume que os contratos de trabalho são por tempo indeterminado, que continuam no tempo.
A associação profissional ou sindical é livre, exceto para os militares. Ademais, como o trabalhador dispõe de tal liberdade, de
acordo com o art. 8º, V, da CRFB/88, “ninguém será obrigado a filiar-se ou manter-se filiado a sindicato” (BRASIL, 1988, [s.p.]).
Os sindicatos são autônomos, de modo que a legislação não poderá exigir qualquer tipo de autorização para que um
sindicato seja, por exemplo, criado, fundado, havendo uma única ressalva quanto ao registro no órgão competente apenas
para fins de regularização formal (que se dá mediante registro dos atos constitutivos no Cartório Civil de Pessoas Jurídicas).
Em situações em que uma empresa possui mais de 200 funcionários é assegurada a eleição de um representante para buscar
formas sobre as condições de trabalho aos empregados. Assim, é importante que principalmente o representante conheça
todos os instrumentos que contém o conteúdo das deliberações colocado nos seus devidos termos, tornando-se obrigatório
e vinculante para todos que delas fizeram parte. Tratam-se do Acordo Coletivo, da Convenção Coletiva e da Sentença
Normativa (CALVO, 2019).
Acordo Coletivo
É o instrumento que, em suas cláusulas, prevê o resultado da discussão sobre condições de trabalho debatidas e
aprovadas pelo Sindicato dos Trabalhadores (categoria profissional) e uma ou mais empresas.
Convenção Coletiva
É o resultado da negociação, também sobre condições de trabalho, entre o Sindicato dos Trabalhadores e o Sindicato
dos Empregadores (categoria econômica), também chamado de Sindicato Patronal. A Sentença Normativa é uma
decisão judicial proferida em um processo trabalhista decorrente da ausência de acordo entre o Sindicato dos
Trabalhadores e o Sindicato Patronal. Como essas duas entidades não chegaram a uma Convenção Coletiva, as questões
são submetidas à Justiça do Trabalho, que, então, irá produzir uma decisão (sentença) fixando as condições de trabalho
para aquela específica situação, que serão obrigatoriamente observadas (aspecto normativo) (JORGE NETO;
CAVALCANTI, 2019).
Sentença Normativa
A Sentença Normativa é uma decisão judicial proferida em um processo trabalhista decorrente da ausência de acordo
entre o Sindicato dos Trabalhadores e o Sindicato Patronal. Como essas duas entidades não chegaram a uma Convenção
Coletiva, as questões são submetidas à Justiça do Trabalho, que, então, irá produzir uma decisão (sentença) fixando as
condições de trabalho para aquela específica situação, que serão obrigatoriamente observadas (aspecto normativo)
(JORGE NETO; CAVALCANTI, 2019).
Nesta webaula conhecemos alguns aspectos relevantes para sua vida profissional sobre direito do trabalho, Acordo Coletivo e
Convenção Coletiva.