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RESUMO NUTRIÇÃO DE MONOGÁSTRICO – ZOO 442

Davi Pimentel Cardoso 97828

1. Fisiologia da digestão

Vai haver a degradação de moléculas


Catabolismo complexas em simples (Libera energia –
Metabolismo Calor)

Anabolismo Vai haver a síntese de moléculas simples em


composta (consome energia - ATP)

1. Sistema digestório dos monogástricos


Existem diferenças entre os monogástricos, ou seja, os cães, suínos,
equinos, frangos até mesmos nós humanos possuímos um sistema digestório
diferente. Uma curiosidade é que o sistema digestório dos suínos é bem parecido
com o nosso. (Para essa prova é importante saber a diferença entre as dos
suínos e frangos)
Outra diferença existe entre os onívoros (suíno) e os herbívoros (equino),
os onívoros possuem um estômago e ID mais desenvolvido, já os herbívoros
possem o ceco e cólon mais longos. Isso ocorre principalmente por conta da
dieta de cada um deles, pois os herbívoros se alimentam de muita fibra e com
isso é no ceco e no cólon que vai ter a fermentação de bactérias para quebrar
essas fibras. De modo que nos onívoros suas dietas possuem menos fibras, e
assim possuem o estomago e ID mais desenvolvidos. (herbívoros monogástricos
que eu digo).
1.1. Partes do sistema digestório e as diferenças entre aves e
Suínos

1.2. Boca
Tem função de triturar com auxilio dos dentes e umidificar com auxilio da
saliva. E é na saliva que vai ter a amilase salivar, que é uma enzima que vai
começar a quebrar o amido. Nas aves, elas possuem o bico e não possuem
dentes. Elas secretam saliva e a amilase quase não atua nas aves. Os dois
animais possuem língua que vão possuir papilas e vão auxiliar na deglutição. As
aves são menos sensíveis ao gosto em comparado aos suínos.
1.3. Esôfago
Função de levar os alimentos depois da deglutição para o estômago no
caso dos suínos e no caso das aves para o papo.
1.4. Papo (Aves)
O papo vai ter a função de armazenamento e amolecimento dos alimentos
e logo em seguida ele irá para o proventrículo.
1.5. Estômago (Suínos)
Dividido em 4 regiões: Região esofágica que se liga ao esôfago e é
aglandular. Região cárdia que possuem glândulas secretoras de muco, protease
e lipase. Região gástrica e possuem glândulas secretoras de muco, HCl e
proteases. E por ultimo a região pilórica, que se liga ao intestino e possuem
principalmente células secretoras de muco.
O estômago tem função de armazenar, misturar e dissolver o alimento, é
nele também que terá a quebra das proteínas.
O HCl ele tem função de ativar o pepsinogênio em pepsina, e que a
mesma fará a digestão da proteína. O muco vai proteger o estômago do HCl.
O Hormônio que vai estimular a liberação de HCL, pepsinogênio e
tripsinogênio é a GASTRINA.

Importância do colostro para suínos


Como o tipo de placenta dos suínos são do tipo epiteliocorial, faz com que
impeça a passagem de macromoléculas para os leitões durante a gestação e
isso mostra a importância da ingestão do colostro. No colostro há presença de
imunoglobulinas, FCE (Fator de Crescimento Epidermal) e IGF-1, que são
proteínas importantíssima para o desenvolvimento dos animais. A
imunoglobulina, como não é ganhada na gestação, ela precisa ser absorvida
pelos leitões a partir do colostro.
O estômago nos primeiros dias de vida libera a quimosina e tem a função
de coagular o leite e separar a fração de ácido solúvel com a fração da caseína
(proteína do leite) e assim esse ácido vai primeiro para o intestino delgado e inibir
a tripsina e a quimiotripsina e assim impedir que as proteínas sejam quebradas.
Em seguida, a caseína chega e assim as Imunoglobulinas, IGF-1 e a FCE serão
absorvidas sem problemas nenhum. Dando aos leitões uma imunidade e
melhorando o seu sistema digestivo.
Ácidos graxos de cadeia curta e média
Os suínos possuem lipase gástrica (Aves não possuem) e essa lipase
quebram os lipídeos e os transformam em AGCM. O AG não dissociado vai
entrar na célula bacteriana, se dissociar e liberar H+, reduzindo assim o PH do
citoplasma bacteriano. Com isso, a bactéria para eliminar essa quantidade
excessiva de H+ vai gastar energia e assim levando a morte. Os AGCM não
servem como melhorador, mas sim como potencial melhorador.
Granulometria e sua relação com ulceras gástricas
A alimentação dos suínos geralmente é farelada, porém a observação
dessa granulometria é muito importante tanto para a melhora do ganho de peso,
mas pode prejudicar os animais, causando ulceras. As ulceras são ferimentos
causados principalmente na região esofágica do estômago, onde não a secreção
de muco. Em uma alimentação com uma granulometria muito fina, o alimento
fica pouco no estômago e permite com que o ácido entre em contato com o
estômago.
Outra coisa a ser observada, é que em uma alimentação com uma
granulometria maior, diminui a digestibilidade do alimento, diminuindo assim o
ganho de peso e aumentando a CA. Com isso, não se deve ter uma alimentação
nem tão fina e nem muito grossa.
OBS: Nas aves geralmente é usado uma alimentação com uma
granulometria um pouco maior do que em suínos, pois isso ajudará a
desenvolver mais a moela, e isso é importante visto que as moelas são vendidas.
1.5.1. Estômago (Aves)
Proventrículo
É o estomago glandular das aves, e tem função de digestão e secreção
de muco, HCl e pepsinogênio. Não há secreção de tripsinogênio.
Moela
É o estômago mecânico das aves, suas paredes são revestidas por uma
membrana coilina (semelhante a queratina e que vai proteger do HCl e invasões
bacterianas) e tem a função de triturar o alimento. As enzimas provenientes do
proventrículo agem, na sua maior parte, na moela, mas também há um
movimento de antiperistaltismo que leva o bolo até o proventrículo e assim
melhorar a digestão.
1.6. Regulação do consumo
Centro da fome: É o núcleo lateral, e sua destruição vai causar anorexia
e assim pode ser fatal. (não da fome)
Centro da saciedade: É o núcleo ventromedial, e sua destruição vai causar
obesidade, podendo matar. (sempre com fome)
Leptina
É um hormônio que é liberado pelo tecido adiposo quando o animal está
em jejum, fazendo com que a quebra de lipídeos aconteça. Quando o animal se
alimenta ele inibe a leptina e assim o tecido adiposo para de liberá-la.
Insulina
É um hormônio contrário da leptina, quando o animal se alimenta ela vai
ser liberada. Vai ter função de estimular a quebra da glicose no sangue em
energia. Em jejum o animal está com pouca glicose e assim não a insulina. Vai
ser produzida pelo pâncreas.
1.7. Fermentação gástrica
No desmamem é importante dar produto lácteo para os leitões, pois os
ácidos láticos vão ajudar na fermentação e diminuir o PH estomacal. Isso é
importante pois o HCl é produzido a partir do 1 dia de idade, mas em níveis
significativos só depois dos 24 dias, ou seja, como os leitões são desmamados
com 21 dias é importante manter o PH do estomago baixo, e assim é usado uma
fonte de lactose para isso. Outra importância é que como mais ácido lático menor
o PH, ajuda a controla E. coli no estômago.
1.8. Intestino delgado
O ID é dividido em duodeno, jejuno e íleo. É nele que vai ocorrer a maior
parte da digestão e absorção dos alimentos. Sua superfície é coberta de
vilosidades e microvilosidades, aumentando assim a superfície de contato com
alimento favorecendo a digestão e absorção. As novas células são originadas
nas criptas.

1.8.1. Duodeno, jejuno e íleo


São órgãos multicelulares e multifuncionais, no qual há um alto gasto
metabólico. É onde também sempre vai haver um turnover(manutenção) das
suas células e consequentemente um grande gasto energético.
O TGI tem alta quantidade de células de defesa, visto que, é um órgão
que se liga diretamente com o ambiente, é necessária uma maior quantidade
de defesa.
Duodeno: É a parte do ID que tem maior capacidade digestiva, e é onde
desemboca os ductos biliares e pancreáticos, seus vilos são longos
Jejuno: Maior porção do ID, suas vilosidades são menores, e é onde terá
grande absorção dos nutrientes.
Íleo: Fica entre os cecos e também irá absorver nutrientes.
1.8.2. Alimentação in-ovo com l-arginina

Nesse estudo mostra que quando tem uma nutrição de arginina in-ovo
conseguimos um maior tamanho de vilos e menor tamanho de cripta. Isso é bom,
pois quando temos grandes vilos, mostra que o intestino está bem cuidado e
conseguiu desenvolver bem. As criptas possuem a função de gerar células para
os vilos, e como os vilos estão “bem”, não a necessidade de uma grande
renovação, com isso as criptas diminuem.
1.8.3. Vilosidades
Nas vilosidades como dito anteriormente tem várias células, e as mais
importantes são, os enterócitos que vão absorver, digerir e levar os nutrientes
para a corrente sanguínea. Existem também as células caliciformes produtoras
de muco e também células de defesa. Na Base desses vilos vai ter a cripta,
responsável por renovação celular.
1.8.4. Mucina
É um polímero de glicoproteína que é sintetizado e secretado pelas cel.
Caliciformes (Cel. De goblet). Esse muco é importante para cobrir o epitélio do
TGI.
Um aminoácido é essencial para a produção de mucina, que é a treonina.
Logo, como a função da mucina é proteger o TGI, animais que necessitam de
uma produção maior, ou seja, que possui algum desafio no TGI, necessitará de
muita treonina pra ajudar na defesa.
1.8.5. Glicocálix
Vai impedir que as enzimas do ID sejam hidrolisadas e sua função
prejudicada. Vão participar da digestão e absorção e também protegem as
enzimas da membrana celular de digestão pelas enzimas pancreáticas.
1.9. Secreções intestinais (glândulas anexas)
1.9.1. Secreções do pâncreas

O pâncreas vai ter a função de secretar enzimas e bicarbonatos e também


terá funções endócrinas. O bicarbonato terá função de neutralizar o HCl
proveniente do estômago.
Enzimas pancreáticas:
- Tripsina, quimiotripsina e carboxipeptidases → Vão atuar na digestão
das Proteínas;
- Lipase→ Vão atuar na digestão dos lipídeos;
- Amilase → Vão atuar na digestão dos polissacarídeos (Amido);
- Ribonuclease e desoxiribonuclease → Vão atuar na digestão dos ácidos
nucleicos (RNA e DNA).
OBS1: Soja mal processada possui inibidor de tripsina, ou seja, ela vai
impedir que seja ativada e assim prejudicando a digestão das proteínas.
OBS2: Enquanto o animal está mamando, a lipase está alta, depois do
desmame a lipase abaixa. Isso ocorre pois o leite tem alto teor de lipídeos.
1.9.2. Secreção hepática (Fígado)
Para a digestão o fígado produz os sais biliares, importantíssimo na
emulsificação dos lipídeos, facilitando assim a digestão das mesmas.
1.10. Intestino Grosso: Cólon, ceco e reto
Ceco e cólon: No ceco e cólon vai haver fermentação de microrganismos,
e apenas os cavalos, que possuem eles maiores que vão fazer tanta diferença
na dieta. E a fermentação liberará AGV’s usados como fonte de energia, e
quanto mais fibras na dieta maior será a produção de AGV’s
Reto: Defecação
1.11. Hormônios produzidos no TGI
• Gastrina: Produzida pelo estômago e sua liberação é induzida
pela chegada de AA no estômago e sua função é estimular a
liberação de HCl.
• CCK: Produzida no ID, e sua liberação é induzida pela presença
de AA e AG no ID. Tem função de aumentar ação da secretina e
estimular a secreção das ezimas pancreáticas e da contração da
vesícula biliar.
• Secretina: Produzida pelo ID, sua liberação é induzida pelo acído
que chega do estômago, ela vai inibir a secreção dos ácidos e
contração do antrum. E estimula a secreção de bicarbonato,
potencializa a cck também.
• Peptídeo inibidor gástrico: Produzido no ID, e sua liberação é
estimulada pela presença de gordura e glicose no ID. Sua função
é estimular a secreção de insulina.
2. ENERGIA
A energia não é um nutriente, mas é uma propriedade dos nutrientes, no
qual, ao serem oxidados vão ser transformado em energia tanto na forma de
calor ou também pode ser armazenado.
• Carboidratos (CHO) → 4,2 kcal/g
• Proteínas (Prt) → 5,7 kcal/g
• Lipídeos → 9,4 Kcal/g
2.1. Fluxo de energia

ENERGIA BRUTA (EB)


E. fezes (28%)

ENERGIA DIGESTÍVEL (ED)

E. urina e gases (5%)

ENERGIA METABOLIZÁVEL (EM)


E. do incremento calórico (9%)

ENERGIA LÍQUIDA (EL) É o calor gerado nos processos


metabólicos

EL de MANTENÇA (ELm) EL de PRODUÇÃO(ELp)

Energia para manter o corpo


Energia para a produção:
(60% da EL)
Carne, leite, lã (40% da EL)

2.2. Eficiência no uso de energia

Nesse trabalho mostrou que existe um ponto


ótimo de adição de energia. Ela vai aumentar
até certo ponto, porém quando aumenta demais
o animal passa a se alimentar menos, ou seja,
diminuindo o consumo e assim diminui seu
ganho de peso. Outro problema é a deposição
de gordura, no qual não queremos tanto.
Fibra solúvel vs Fibra insolúvel
A fibra solúvel, presente por exemplo na beterraba, vai diminuir a taxa
de passagem, pois ela agrega mais água e assim impede que as enzimas agem
diminuindo o coeficiente de digestibilidade.
Já a fibra insolúvel ela não absorve água, fazendo com que aumente a
taxa de passagem, e assim, diminuindo o tempo do alimento do TGI, como
consequência diminuindo o CD.
Efeito da granulometria na energia
Os alimentos com uma granulometria maior vão ter uma menor
superfície de contato, prejudicando a digestibilidade e assim diminuindo a
quantidade de energia que o animal absorve.

Em Aves, uma maior granulometria é boa, pois aumenta o CCK na moela


e assim melhora a digestão.
Aproveitamento de energia
Animais adultos aproveitam mais a ELm, pois tem maior
desenvolvimento do TGI e assim maior capacidade de digestão. E também,
conseguem fermentar um pouco da fibra e assim absorver a energia que vem
delas.
Cálculo de energia pela tabela brasileira de aves e suínos
Kcal
EM ( Kg ) = 4,31PBd + 9,29EEd + 4,14ENNd

Cálculo para estimar a exigencia de aves (exemplo)


EM = (113𝑃0,75 ) + (2,182 + 1,091𝑃 − 0,1082𝑃2 )𝐺
Essa parte azul grifada siginifica a energia de mantença que essa ave
possue, já o resto é a energia para produção. O P0,75 é o peso metabólico do
animal.
2.3. Metabolismo de energia x Ambiente térmico
Os animais homeotérmico (Aves e mamíferos), ou seja, aqueles que
mantem sua temperatura corporal por sí só. E o Incremento calórico, é uma
energia que ajuda nessa regulagem. Com isso, em dias frios os animais tendem
a se alimentar mais para assim aumentar seu incremento calórico e o
metabolismo de fibras,PB e CHO são fundamentais para esse aumento, pois
geram mais IC, deixando o animal em conforto. Porém no calor, geralmente o
animal tende a comer menos, pois eles precisam dicipar mais calor e assim não
precisam de tanto IC, com isso, se adota dietas com mais lipídeos e AAs
industriais, pois são ingredientes que tem um metabolismo mais rápido e não
geram muito IC.
3. DIGESTÃO, ABSORÇÃO E METABOLISMO DE CARBOIDRATO

3.1. DEFINIÇÃO
Os carboidratos são aldeídos ou cetonas poli hidroxilados compostos
basicamente por carbono, hidrogênio e oxigênio. Entre as macromoléculas eles
são os mais abundantes e compõem cerca de 75% dos vegetais.
É uma macro com diversas funções, como: estrutural, energética (amido).
Podem ser classificados em MONO, OLIGO e POLIssacarídeos.
Monossacarídeos (1): Glicose, frutose, galactose
Oligossacarídeos (2-10): Sacarose, lactose, maltose e isomaltose
Polissacarídeos (>10): Amido, glicogênio e amilopctina
3.2. DIGESTÃO
A digestão dos carboidratos começa pela boca, pela ação da amilase
salivar e depois no intestino delgado, pela amilase pancreática. Os CHO serão
abs apenas na forma de monossacarídeos, com isso os oligo e poli precisam ser
hidrolisados.
Digestão de dissacarídeos
Vai ser feito pela ação das dissacaridases presentes no epitélio intestinal.
• Maltose (G+G) →maltase
• Sacarose (G+F) → Sacarase
• Lactose (G + Gal) → Lactase
Digestão de polissacarídeo→Amido
Existem dois tipos de amido e que vão ser diferenciados por ser ou não
ser ramificados, que são a amilose (linear) e amilopectina(ramificada). Alimentos
que possuem uma proporção de amilopectina em relação a amilose irão ter uma
maior digestibilidade, visto que, uma cadeia ramificada terá maior área de
contato para ação das enzimas do que a amilose.
Fitato
O fitato é uma molécula presente nos vegetais que ao entrar no ID se
complexa com o Ca2+ e diminuir a atv da amilase pancreática, ele também se
complexa com outros nutrientes impossibilitando a abs. A solução para anular a
ação do fitato é adição da enzima fitase na dieta.
3.3. ABSORÇÃO
Após a alimentação a [ ] de glicose irá aumentar fazendo com que a
SGLT1 sature. O aumento de sódio (Na+) no enterócito leva a despolarização da
membrana, permitindo o influxo de cálcio (Ca2+) e assim aumenta a proteína
GLUT 2, responsável pelo transporte passivo de glicose na membrana do
enterócito. O aumento da expressão gênica de transportadores de frutose
também aumentam.
A abs de carboidratos vai acontecer por meio de proteínas carreadoras. A
glicose e a galactose irão ser transportada pela SGLT-1 por meio de co-
transporte, juntamente com 2 moléculas de Na+. Já a frutose, por difusão simples
será carregada pela prt GLUT 5. A prt GLUT 2 transporta a glicose, galactose e
frutose para o sangue.
Quando a glicose chega no sangue, irá estimular a liberação da insulina
que assim vai estimular o recrutamento da proteína GLUT 4 presente no tecido
adiposo e musculo. A glicose no tec muscular vai virar glicogênio e no tec
adiposo, ácido graxo
3.4. METABOLISMO DE GLICOSE
Glicólise
Primeira etapa da respiração celular, que tem como objetivo transformar
1 mol de glicose em 2 de piruvato, é na glicólise que terá um consumo de 2 ATP’s
e produção de 4.
• 1° Etapa
Nessa etapa a transformação de glicose para glicose-6-fosfato, essa
reação é feita pela hexoquinase no músculo e pela glucoquinase no fígado. O
gasto de energia é essencial, pois é o fosfato que impede que a molécula de
glicose saia da célula.
Fígado gorduroso: O fígado gorduroso acontece devido que diferente da
hexoquinase que é inibida pela [ ] de G6P, a glucoquinase não é, e com isso a
G6P entrará na via de gliconeogênese e virar tecido adiposo.
• 3° Etapa
Transformação de Frutose-6-P em Frutose-1,6-BiP, essa reação
também um gasto de ATP, pois ela precisa ser mais simétrica para que na
próxima reação ela se dívida.
• 4° Etapa
É nessa etapa que a F-1,6-BiP irá se dividir em dihidroxiacetona e
gliceraldeído-3-P.
Glicerina:
A glicerina é usada como fonte de glicerol nas dietas, e ela na via
glicolítica vai virar dihidroxiacetona e depois vira G-3-P.
• 10° Etapa
Reação que vai formar o piruvato, ele depois vai se transformar em
acetil-coa e entrar no CK.
Reação sem O2
Algumas células do corpo que não possui mitocôndria ou como o animal
se exercitam além da sua capacidade aeróbica (cavalos e cães), o piruvato irá
se transformar em lactato, esse lactato entra no sangue e se converte em glicose
novamente. Isso acontece na carne pós – mortem também, e é importante para
uma carne macia. (+lactato +macia)
Ciclo de Krebs (CK)
Vai ocorrer dentro da mitocôndria.
Cadeia transportadora de elétrons
O NADH e FADH produzidos na glicólise e no CK doam seus prótons na
matriz mitocondrial. O H+ vai para a matriz a partir da ATPsintase, com isso
quando o H+ passa por essa proteína, faz com que ela gire e faz a síntese de
ATP.
Saldo final:
1 NADH = 3 ATP
1FADH = 2 ATP
Glicólise → 2 ATP + 2 NADH = 8 ATP
Piruvato em acetil-coa → 2 NADH = 6 ATP
CK: 2 ATP + 6 NADH + 2 FADH = 24ATP
TOTAL: 38 ATP

Glicogênese
Síntese de glicogênio devido a alta [ ] de glicose. Quando tem alta [ ] de
ATP no fígado ou no músculo faz com que a fosfofrutoquinase pare e assim
aumenta [ ] de G6P no citoplasma. Com isso há formação de glicogênio começa.
Glicogenólise
Quando o corpo está com baixa glicose sanguínea, ou seja, em
hipoglicemia, o glucagon vai estimular a quebra do glicogênio em glicose. Para
ele chegar a G6P é necessária uma enzima chamada glicose-6-fosfatase, e ela
só tem no fígado, então apenas o fígado consegue enviar glicose para o corpo
nessa situação. No músculo, como não tem essa enzima, a G6P será usada
como fonte de energia para o próprio tecido.
Gliconeogênese
É a síntese de glicose a partir de compostos não são carboidratos, vai
ocorrer no fígado. Isso é importante, pois as hemácias, cérebro precisam da
glicose como fonte de energia.
Compostos usados: Glicerol, lactato e AA (treonina e leucina)
Tec adiposo:
AG Acetil-Coa
Triglicerídeos
Glicerol Diihidroxiacetona fosfato

Fígado:

Gliconeogênese
Glicose Piruvato

Músculo:

Glicose Lactato
Proteína AA Alanina

Desvios da gliconeogênese
A transformação de piruvato não acontece apenas o inverso da glicose,
existem 3 desvios que são na 1°, 3° e 10° etapa.
3.5. METABOLISMO DE FRUTOSE
Após a absorção a frutose é fosforilada para frutose-1-fosfato, depois
disso ela tem 3 vias diferentes:
• 1°→ Pode ser transformada em glicerol para deposição de
lipídeos
• 2°→ “Descer” na via glicolítica e transformar em piruvato
• 3° → Ser convertida em F-1,6-BiP para formar glicogênio
A fosfofrutoquinase não inibe a frutose e assim a frutose é mais lipogênica
do que a glicose
Via do sorbitol
Embora a glicose seja o principal glicídio no metabolismo energético,
algumas células precisam de outros carboidratos para sua sobrevivência, como
os SPTZ que precisam da frutose para sua motilidade, e assim a via do sorbitol
transforma glicose em frutose (o sorbitol é um intermediário entre os dois)
Glicose------------→ sorbitol --------------→ Frutose
3.6. Metabolismo de galactose
A galactose vai ser usada como síntese de glicose ou síntese de lactose,
para depois sintetizar o leite.
Síntese do leite
A lactose além de servir como fonte de energia, ela também é um pré-
biótico em leitões recém desmamados, pois ao desmame a redução da atv da
lactase diminui, aumentando a chegada de lactose no IG, favorecendo as
bactérias benéficas. Melhorando a microbiota intestinal dos leitões.
4. Oligo e polissacarídeos
4.1. Fatores antinutricionais
Os F.A. vão prejudicar a utilização dos nutrientes, prejudicando a
absorção e digestão.
A soja, por exemplo possui a rafinose e estaquiose que são
oligossacarídeos, que ao chegarem no IG favorecem bactéria patogênicas. É um
alimento com vários fatores antinutricionais, no qual tem inibidores de tripsina,
contém o ácido físico que diminui a disponibilidade de minerais. Fatores
antivitamínicos e vários outros. Porém esses fatores são todos termolábeis, ou
seja, são inativados com o aquecimento da soja, fazendo com que a mesma seja
uma boa fonte de proteína
4.2. Polissacarídeos amiláceos
Representado pelo amido (amilose e amilopectina) e glicogênio, são
digeridos durante o TGI e são formados por ligações alfa 1,6 e alfa 1,4.
4.3. Polissacarídeos não amiláceos (PNA)
Fibra alimentar: São resíduos das células vegetais resistentes a hidrolise
pelas enzimas digestivas do homem. EX: celulose, hemicelulose, pectinas,
mucilagem, lignina.
São divididas em solúvel e insolúvel dependendo da sua afinidade com a
água.
PNA insolúvel
São fibras hidrofóbicas, ou seja, não absorvem água. Com isso, a tx de
passagem irá aumentar, diminuindo o tempo de contato com a enzima e
substrato, consequentemente diminui digestibilidade do alimento.
PNA solúvel
Possuem afinidade com a água, com isso elas absorvem mais água e
assim vão aumentar viscosidade, diminui taxa de passagem e também por causa
da viscosidade vai criar uma barreira física impedindo o contato
enzima/substrato. Logo diminui a digestibilidade também do alimento.

Nesse estudo percebesse que, com o aumento da viscosidade,


conseguimos diminuir a profundidade de cripta e largura de vilosidade, e
aumento altura dos vilos. Isso é bom, pois mostra que com criptas menores e
vilosidades mais altas não está havendo tantas trocas de célula, e a vilosidade
não precisa ser tão grossa para a proteção. Mostrando o poder pré-biótico
dessas fibras. Mas existe um limite, e quando passa afeta a digestibilidade.
PNA solúvel e a digestão lipídica
O aumento da população bacteriana proveniente da fermentação das
PNA’s prejudica a digestão lipídica por:
I. Desconjugam sais biliares
II. A barreira física vai dificultar a abs das micelas
PNA solúvel: Carga microbiana
Como dito antes, a PNA vai favorecer o aumento de carga microbiana,
com isso vai haver um aumento de produção de muco para a proteção da
colonização microbiana e isso vai acarretar um maior estimulo do sistema
imunológico e desestruturação das vilosidades (aumento de cripta, diminuição
de altura de vilo) aumentando a permeabilidade. Isso faz com que perca também
a capacidade digestiva.
Em suma, dietas ricas em PNA’s aumenta micro, diminui vilosidade,
diminui capacidade digestiva, logo reduz o desempenho animal.
Como o muco ou mucina é feito de treonina, dietas com alto PNA tem que
possui uma relação treo/ lisina maior.
PNA’s e o metabolismo
A fermentação das fibras pelas bactérias ocorre no ceco e leva a produção
de AGV’s como acetato, propionato e butirato. Porém, os monogástricos não os
usam como fonte de energia (exceto equinos), então o fornecimento de energia
não é sua principal vantagem.
Os AGV’s alteram a sinalização metabólica, pois eles colocam diferentes
respostas nos tec como: fígado, músculos e tec adiposo.
PNA’s: Morfometria intestinal
Outra função importante dos AGV’s produzidos a partir da fermentação de
PNA’s é o seu reconhecimento pelas células L presentes no íleo e no cólon. Ao
serem reconhecidos por estas células ocorre o estimulo à produção de GLP-2
(Glucagon-like-peptide 2) que inibe a apoptose celular.
5. ENZIMA EXÓGENAS
Com o melhoramento genético dos animais monogástricos resultou
animais com alto potencial de digestibilidade. Assim o uso de enzimas exógenas
visa, principalmente, a capacidade de digestão dos alimentos por esses animais.
Definição: “Proteínas globulares de estrutura terciária ou quaternária que
agem como catalisadores das reações nos sistemas biológicos, apresentam alto
grau de especificidade por seus substratos e funcionam sob condições ideais de
temperatura e pH.” Essas enzimas devem ter algumas características para
serem usadas como:
I. Devem apresentar estabilidade quando armazenadas;
II. Termo estabilidade durante o processamento das rações;
III. Resistentes as oscilações do PH no TGI e a atv proteolítica.
5.1. Origem
Fúngica (fungos): Possui uma atv superior aos das bactérias, porém
possuem menores termoestabilidade. Agem em PH entre 2 e 6.
Bacterianas (Bactéria): Maior termoestabilidade, porém tem uma faixa de
PH mais estreita que é de 5,5 a 7.
5.2. Atuação na digestão
Fase ileal: Redução da viscosidade da digesta facilitando assim a
digestão e absorção de nutrientes no ID.
Fase cecal: Fermentação dos produtos da hidrólise ocorrida na fase ileal.
Produção de AGVs e poliaminas.
5.3. Carboidrase exógena
As principais carboidrases usadas vão atuar principalmente nas PNA’s,
com a α-galactosidase, β- glucanase, xilanase e β- manase.
a) α-galactosidase: Vai atuar nos oligossacarídeos, como rafinose e
estaquiose da soja que são fatores anti-nutricionais. A hidrólise
dessas moléculas resultará em açucares menores, como glicose,
frutose e galactose, sendo absorvidos e evitando a fermentação.
b) β- glucanase: Atuam na degradação dos β-glucanos (PNA solúvel)
presentes em cereais e aveia. Diminuem a viscosidade,
melhorando a taxa de passagem e absorção dos nutrientes.
c) Xilanase: Vai atuar na quebra dos xilanos e arabinoxilanos
presentes na parede celular de trigo e centeio. Ao clivar esses
produtos, vai ser liberado proteína e amido, que antes estavam
protegidos por esses produtos. Ela também vai diminuir a
viscosidade assim como a β- glucanase.
d) Β- manase: despolimeriza mananas, galactomananas e galacto-
glicomananas. Ela reduz a viscosidade da digesta.
6. Carboidratos funcionais
Quando um animal tem sua saúde intestinal é essencial para uma boa
produção, com isso os carboidratos funcionais são muito importantes para isso.
Esses CHO possuem um efeito benéfico para os organismos e muitas vezes não
chegam a ser digeridos, mas seu uso visa garantir uma adequada digestão e
absorção dos nutrientes.
6.1. Prebióticos
São substancias alimentares que nutrem um grupo seleto de
microrganismos benéficos aumentando-os e diminuindo os maléficos. Esse
benéficos diminuem a população dos maléficos através de 3 mecanismos:
a) Acidificação do meio e produção de compostos antimicrobianos,
prejudicando o crescimento de patógenos.
b) Competição por substrato e por sítio de ligação
c) Estimula produção de anticorpos e macrófagos
Os Prebióticos mais usados em dietas de suínos e aves são inulina,
frutoligossacarídeos (FOS), Lactose, Galactoligossacarídeos (GOS) que são
produtos fermentativos. Também tem os produtos ligantes como o
monoglicossacarídeo.
Inulina e FOS
A inulina é extraída da raiz da chicória e cebola. Já a FOS é proveniente
da hidrólise da inulina. Ambos vão estimular a produção de lactobacillus e
bifidobacterium, sendo que este usa a frutose e transforma em ácido lático. O
lactato é um substrato para os lactobacillus.
β- Glucano
É um PNA solúvel que constitui a parede celular de leveduras, fungos e
alguns cereais.
Esse prebiótico vai se ligar a células imunes.
Lactose
A lactose é um carboidrato presente no leite e é dado principalmente em
leitões pós- desmame. Contudo, após o desmame a produção de lactase cai e
esse CHO é dado com função prebiotica.
No desmame os leitões passam por um período estressante e assim ficam
mais vulneráveis a bactérias patogênicas como E. coli
O estresse faz com que o hipotálamo libere muito CRF e esse hormônio
vai atuar na alteração da mucosa intestinal, mas especificamente na
degranulação dos mastócitos presente na parede, com isso torna o intestino um
lugar vulnerável para a entrada de patógenos. Juntando tudo isso (estresse +
vulnerabilidade) os leitões ficam sujeitos a diarreia e queda de produção, com
isso a lactose tem papel importante na diminuição desses casos, pois como ela
não será digerida pelas enzimas, ela terá papel de aumentar a quantidade de
bactérias benéficas e diminuir as maléficas melhorando a qualidade intestinal do
leitão.
Galactoligossacarídeos (GOS)
É uma molécula formada por 7 und de galactose e 1 de glicose. Estão
muito presentes no leite. O GOS assim como a lactose não é hidrolisada no
estomago ou intestino, chegando de forma intacta no IG. Terá os mesmos efeitos
da lactose, que é melhorar a flora intestinal do animal modulando a microbiota.
Mananoligossacarídeos (MOS)
O MOS é uma fonte de manose, que está presente na membrana do
enterócito. As bactérias patogênicas se ligam a manose do enterócito e
desencadeiam uma resposta inflamatória do hospedeiro. O que o MOS faz, ele
simula essa manose presente no enterócito e essas bactérias se ligam nele e
por arraste são eliminadas pelas fezes. O MOS está presente na parede celular
de leveduras.
Apesar de carregar os microrganismos, o MOS aumenta a expressão
genica de citocinas pró-inflamatórias e esse aumento apesar dos efeitos
indesejáveis, visa aumentar a defesa imunológica do animal. Além disso ele atua
na expressão de TLRs responsável pelo reconhecimento de bactérias
patogênicas

. Oliveira et.al
7. Digestão, absorção e metabolismo de proteínas
7.1. Classificação das prts
São moléculas que são a principal constituição do organismo animal,
estão presentes em todas as células vivas e são indispensáveis para o
crescimento, reprodução e produção.
As prts são macromoléculas unidas por até 20 ligações de Aas, e podem
ser classificadas por:
Quanto ao nível de organização molecular
I. Primária
II. Secundária
III. Terciária
IV. Quaternária
Quanto ao tipo:
• Simples:
I. Albumina: São moléculas com menor peso molecular e são
encontradas tanto em vegetais quanto em animais e são
solúveis em água (clara do ovo);
II. Globulinas: Possuem um peso molecular mais elevado,
encontradas em animais ou plantas e são solúveis em água
(Anticorpos);
III. Esclereoproteinas: Peso molecular mais elevado e
encontradas apenas nos animais e são insolúveis na maioria
dos solventes orgânicos (Colágeno, elastina e queratina)
• Conjugadas: Além de Aas, existem outros que se ligam (CHOs
entre outros)

• Derivadas: Formadas a partir de outras desnaturações ou hidrólise


(EX: peptonas)
Peptona: São moléculas produzidas pela hidrólise de enzimática
de proteínas pela pepsina e tripsina. São muito usados em indústrias de
alimentos e como fonte de nitrogênio em bioprocessos industriais.
7.2. Proteína bruta (PB)
A análise de proteína é feita pela mensuração de nitrogênio, por isso
proteína bruta, visto que nessa analise não da pra quantificar certamente que
todo nitrogênio presente é de fato proveniente da proteína. Depois, como a
nitrogênio faz parte de 16% da proteína, é multiplicado por 6,25 a quantidade de
nitrogênio (O 6,25 é variado de acordo com a origem)
7.3. Funções da prt
a. Estrutural, enzimática, hormonal, energética;
b. Transporte e armazenamento de gordura e minerais;
c. agente tamponante e auxilia na pressão osmótica.
d. Função na reprodução, pois participa da formação de SPTZ e ovos
e. transporte de oxigênio (hemoglobina é uma prt).
7.4. Qualidade da prt
A qualidade da fonte proteica é dependente da sua origem, fontes
proteicas animais possuem melhores qualidades do que vegetais, além disso os
vegetais possuem fatores antinutricionais e possuem deficiência em alguns Aas.
Fatores influenciam na qualidade da prt:
I. Composição
II. Digestibilidade
III. Disponibilidade de Aas
IV. Fonte
V. Efeito no processo
VI. Presença de fatores antinutricionais ou toxidades
Metodologia para ver a qualidade
I. Solubilidade em KOH
II. Teste de urease
III. Avaliação de inibidor de tripsina

7.5. DIGESTÃO
A digestão das proteínas se inicia no estômago, quando o alimento chega
os peptídeos e aminoácidos estimulam a célula G para liberar gastrina e a
gastrina estimula a liberação de HCl. O HCl tem função importante, pois ele que
vai ativar o pepsinogênio em pepsina e então a pepsina começa a digestão das
proteínas. Ao ir para o ID, a acidez vai estimular a liberação de CCK e secretina,
a secretina estimula o pâncreas a liberar bicarbonato e a cck estimula lliberação
das enzimas (tripsinogênio, quimiotripsinogenio e procaboxipeptidase).
Na borda em escova tem presente a enteropeptidadese que vai ativar o
tripsinogênio em tripsina e a tripsina vai ativa o tripsinogênio e a
carboxipeptidase. Existem outras enzimas na borda em escova, como a
aminopeptidase que vai clivar a região amina-terminal do AA e as dipeptadeses
que cliva os dipeptideos.
.

7.6. ABSORÇÃO
Após a prt ser digerida ela será absorvida na forma de AA simples, di e
tripeptídeo e de três mecanismos diferentes: Transferência passiva por difusão
simples ou facilitada e ativa por co-transporte. O principal logal de absorção
dessas proteínas será no duodeno e jejuno.
Difusão simples
A abs dessa maneira vai acontecer com os aa simples e por diferença de
concentração, entrará no enterócito. Alanina, Valina, Leucina, Isoleucina,
Prolina, Fenilalanina, Triptofano, Metionina.
Difusão facilitada
Também vai ser os aa simples, porém é uma absorção mais rápida pois
é mediante a proteínas carreadoras dependentes de Na +.
Co-transporte
Nesse transporte será feito tanto pra aa livres, quanto para di e
tripeptídeos, porém haverá gasto de energia. Uso de uma proteína carreadora
que usa a diferença eletroquímica.
AA livres irão gastar mais energia para ser absorvidos do que os di e
tripeptídeos, pois há o mesmo custo de energia para qualquer um. Outro fator é
que os aa Livres são facilmente saturáveis, diminuindo a velocidade de abs.
7.7. METABOLISMO DOS AA E PRTs
Como os Aas não são armazenados, eles vão ser anabolizados, em
síntese proteica ou catabolizados e ir para o ciclo da ureia.
Os aminoácidos irão sofrer degradação oxidativas em 3 circunstâncias:
I. Em situação normal, no qual quando a célula for fazer síntese ou
degradação proteica, alguns aas não necessariamente vão
participar de outra síntese.
II. Dietas ricas em proteínas, o corpo não armazena o excedente
então ela vai ser oxidada
III. Em jejuns prolongados e sem carboidratos, vai usar a proteína
como ultimo caso para a formação de energia.
Transaminação

O aminoácido perdera seu NH3 para o cetoglutarato que vai virar glumato,
com isso o mesmo terá dois destinos diferentes.
1→ será transaminado também virando cetoglutarato e o amônio ficará
solto, NH3 se juntará com o CO2 e virar carbamoil fosfato e entrar no ciclo
da uréia.
2→ o Glutamato também pode se juntar com o oxalacetato proveniente
do CK virando aspartato, que irá entrar no ciclo da ureia.
PEIXES, AVES e MAMÍFEROS
Nos peixes e aves a excreção da amônia é direta e indireta
respectivamente. Os peixes secretam a amônio e as aves ácido úrico. Já
os mamíferos em geral secretam urina.
Ala, Gln e Glu: Carreadores de NH3
O NH3 é toxico e no fígado ele tem que ser convertido em NH 4, porém
quando ele é produzido em outros tecidos ele é incorporado em compostos não
tóxicos para poderem entrar na corrente sanguínea.
No hepatócito o NH3 é convertido em glutamato quando se junto com α-
cetoglutarato. Nos outros tecidos, como NH3 é convertido em NH4. Ou seja, o
NH3 presente no glutamato vira NH4 e aí fica Gln e assim é carregado para o
fígado.
Alanina atua como um transportador da NH3 e piruvato do músculo (em
atividade anaeróbica) até o fígado.
Interconexão do Ciclo da ureia e de Krebs
O fumarato é o metabólico comum. Para que ocorra toda formação da
ureia em mamíferos correta a entrada de malato dentro da mitocôndria.
Fumarato + malato forma oxaloacetato. Em determinada fase do animal se o
sistema enzimático estiver prejudicado ou não ocorrer em quantidades
suficientes é necessário um fornecimento de AA, pois o metabolismo do animal
não consegue fazer a síntese do intermediário que é necessário.
Em leitões há uma necessidade de fornecimento de arginina para que o
animal consiga “trabalhar” os intermediários do ciclo da ureia de maneira
adequada. Já em aves, não há regeneração do malato, logo é necessário
fornecer malato.
Excreção de nitrogênio
Em mamíferos como visto no ciclo da ureia, o NH3 se junta com CO2
(proveniente de um bicarbonato) e vira um carbamoil fosfato e a enzima que faz
isso é a carbamoil fosfato sintetase l. Porém aves não possui essa enzima, logo
é necessária uma demanda maior de arginina em toda a sua vida. Em leitões
essa demanda é apenas na fase inicial da vida, pois eles possuem muita arginina
e assim hidrolisam rapidamente a arginina em ureia e ornitina, não havendo,
portanto, síntese desse AA.
Classificação dos aminoácidos
Os AA são classificados como não essenciais, ou seja, aquele que o seu
corpo já sintetiza. E também tem os essenciais que não são sintetizados no
corpo e são adquiridos na dieta.
7.8. Aminoácidos industriais

7.9. PROTEINA IDEAL


O termo proteína ideal é o fornecimento de aminoácidos na dieta sem
deficiência ou excesso. Com isso, quando formulamos uma dieta nós “ajeitamos”
a dieta com os aa industriais. O aa de referencia é a lisina.
Outro fator de usar a proteína ideal é que os alimentos que são fonte de
proteína, como soja, farinha de carne, etc. são as mais caras do mercado, com
isso como a proteína em excesso é excretada e não aproveitada é importante
até economicamente dar a quantidade certa de proteína ao animal.
Antagonismo
Alguns aminoácidos quando fornecidos em excesso prejudicam outros,
pois ambos podem usar o mesmo carreador.
7.10. Nucleotídeos
Nutricionalmente, os nucleotídeos não são considerados como
essenciais, pois são sintetizados pelo organismo utilizando aminoácidos como
precursores ou a partir da degradação de aminoácidos e nucleotídeos da dieta.
Porém, quando ocorre crescimento rápido, doença e consumo limitado de
nutrientes ou distúrbio endógeno os nucleotídeos dietéticos são considerados de
grande importância para o organismo:
• Participam da divisão celular
• Crescimento celular
• Modulação do sistema imunológico
• Manutenção da saúde intestinal (reduzindo a incidência de
doenças entéricas)
Importância dos nucleotídeos na dieta
Importante para os tecidos e órgãos cuja síntese de nucleotídeos é
deficiente, mas que apresentam uma rápida divisão mitótica, como:
• Cérebro
• Eritrócitos
• Medula óssea
• Mucosa intestinal
• Linfócitos,
Pois, nestes tecidos há uma grande demanda de ácidos nucléicos para
atender a rápida divisão mitótica.
Importância dos nucleotídeos para o intestino
Favorecer o desenvolvimento da microbiota com predominância de
bifidobacterias
Potencial benéfico:
• Diminuem o pH intestinal (ácido lático), que por sua vez suprime a
proliferação de bactérias patogênicas;
• Inibem o crescimento de enterobactérias responsáveis por
doenças que causam diarreia.
Importância dos nucleotídeos para o sistema imune
• A ativação dos linfonodos é acompanhada pelo aumento da síntese dos
ácidos nucléicos;
• Os linfócitos apresentam capacidade limitada para a síntese dos
nucleotídeos;
• Há um turnover massivo de ácidos nucléicos para atender a rápida divisão
mitótica que ocorre em resposta à estimulação pelo antígeno. Os
aminoácidos que seriam utilizados na síntese proteica são destinados à
síntese de nucleotídeos.
7.11. Peptídeos bioativos
Peptídeos biologicamente ativos (bioativos) ou biofuncionais:
• Definidos inicialmente como componentes (genuínos ou liberados)
de alimentos, capazes de exercer uma atividade reguladora no
organismo, independentemente de seu valor nutritivo;
• Posteriormente foram descritos como fragmentos específicos de
proteínas com um impacto positivo nas funções ou condições
corpóreas, podendo influenciar a saúde.
• Sua atividade é similar a uma droga ou hormônio, que
eventualmente modula a função fisiológica ao se ligarema
receptores específicos da célula alvo, levando a indução de
respostas fisiológicas.
• Os PBAs contêm de 3 a 20 resíduos de aminoácidos por molécula
e normalmente são inativos dentro da sequência da molécula;
A soja é uma fonte rica em proteína de origem vegetal, que contém fatores
anti-nutricionais. A fermentação não só reduz as toxinas, mas leva à produção
de vários compostos benéficos tais como peptídeos.
Esses peptídeos apresentam propriedades bioativas:
• ACE inibitória (Enzima conversora da angiotensina)
• Antioxidante
• Anti-tumoral
• Antidiabética
• Antimicrobiana
Os peptídeos bioativos produzidos durante a fermentação são produzidos
por cultura de partida ou por hidrólise da proteína da soja.
8. DIGESTÃO, ABSORÇÃO E METABOLISMO DE LIPÍDEOS
8.1. Composição e função
Os lipídeos são compostos por ácidos graxos (AG) e possuem diversas
funções como: armazenamento de energia, isolante térmico, estrutural,
hormonal, etc.
8.2. Classificação
Quanto ao tipo de ligação:
Saturados: Só ligações simples (gordura)
Insaturados: Com dupla ligação (óleo de soja)
De acordo com sua composição
Lipídeo simples: ésteres de AG com vários álcoois. Ex: gordura, óleo
Lipídeo composto: Além do AG simples ele tem outros grupos. Ex.:
Fosfolipídios.
Lipídeos derivados: são derivados dos AG, mas eles perdem a sua
característica de lipídeo estrutural. Ex: corpos cetônicos, vitaminas lipossolúveis,
hormônios.
Lipídeos neutros: Não possuem cargas. Ex.: Colesterol
8.3. Funções
Glicerofosfolipídeos:
São moléculas presentes na bicamada da membrana plasmática, vão ter
função de selecionar o que entra ou sai da célula. A entrada de íons é feita por
prt carreadoras presentes na membrana.
Colesterol
Vai ser precursor de diversos esteróis que apresentam diferentes funções
no organismo, como: hormônios, vitamina D. E também ajuda na lubrificação da
pele e pelos.
8.4. Digestão
Estômago
A digestão dos lipídeos em suínos começa no estômago pela lipase
gástrica.
A formação dos AGCM no estomago dos suínos é de extrema
importância, visto que ele é usado contra bactérias patogênica.

Intestino delgado
É no ID que vai ser o principal local de digestão dos lipídeos. Quando o
bolo alimentar chega ao ID, vai haver o estímulo para liberar a CCK. Esse
hormônio vai estimular a contração da vesícula biliar e a liberação de enzimas
pancreáticas e vai diminuir o esvaziamento gástrico.
A bile terá papel de emulsificante, ou seja, ela vai separar as gotas de
lipídeos e formar as micelas e com isso facilitará a ação da lipase pancreática,
pois aumentará a superfície de contato das gotículas.
Uso de emulsificante sintético
No mercado conseguimos comprar um emulsificante sintético, como a
lecitina, para melhorar a digestibilidade dos lipídeos e assim melhorando os
índices zootécnico dos animais, como GP e CA.
Óleo de soja como melhorador de desempenho
Como dito anteriormente, a CCK vai diminuir o esvaziamento gástrico,
com isso se aumentarmos a quantidade de óleo na dieta, a taxa de passagem
vai ser menor e assim vai melhorar a ação das enzimas e consequentemente a
digestibilidade. Porem, tem que tomar um cuidado, doses maiores prejudicarão
o animal, visto que lipídeo forma grandes gotículas e não sendo digeridas sairão
nas vezes e causarão diarreia no animal.
8.5. Absorção
A absorção dos AGCM é feita por difusão passiva e ao entrarem no
enterócito vão direto para o fígado. Porém os monoacilglicerol ao entrarem nos
enterócitos se juntam formando os triglicerídeos novamente e formam os
quilomícrons ou portomícrons(aves), e assim essas moléculas vão para o fígado
através do sistema linfático para ser metabolizado.

8.6. Metabolismo dos lipídeos


8.6.1. Lipólise
Os lipídeos são armazenados como triglicerídeos, que é uma molécula
composta de 3 AG mais glicerol. Quando o corpo necessita de energia, uma
cascata de hormônios irá ativar a lipase hormônio sensível, essa enzima vai
separar os AG do glicerol e assim cada um terá um destino diferente.
Destino do glicerol
O glicerol irá para o fígado, onde será fosforilado para a produção de
outros TAG ou participar da glicose ou gliconeogênese.
Destino dos AG
Os AG serão ligados a albumina no sangue e transportados até o tec alvo,
e assim usados para a formação de acetil-coa e consequentemente energia
(ATP).
8.6.2. Lipogênese
A lipogênese é a síntese de lipídeos e vai ocorrer quando há um excesso
de lipídeos ou carboidratos e essa síntese ocorrem no fígado no caso de aves
ou no tec adiposo, no caso de suínos.
A insulina vai captar a glicose presente no sangue e assim levado para a
síntese de lipídeos. Quando o animal está em jejum, a insulina cai e a captação
de glicose também.

8.7. AG essenciais (ω6 e ω3)


Os animais conseguem sintetizar os AG da família ω9 (oleicos), porem os
AG ω6 (linoleico) e ω3 (linolênico) são necessários serem adquiridos de forma
nutricional, pois a partir deles são sintetizados os outra AGs da família ω6 e ω3.
ω6 → vai sintetizar o ácido araquidônico (AAr)
ω3→ Vai sintetizar tanto ácido docosahexaenóico (DHA), quanto o ácido
eicosapentanóico (EPA)
Lipídeos no sistema imune
Os ácidos graxos essenciais participam de reações inflamatórias e estão
diretamente relacionados à resistência imunológica do animal.
Como dito anteriormente o ω6 e ω3 serão usados para a síntese de outros
AG. E esses dois ácidos competem por uma mesma via metabólica e como o ω6
tem preferência, em um excesso de ω6 irá reduzi o metabolismo de ω3, levando
um possível déficit.
O AAr é usado para síntese de células do sistema imune como
tromboxanos A2 e Leucotrienos B4 que são moléculas inflamatórias. Já o DHA e
EPA, que são provenientes do ω3 serão usados para a síntese de tromboxanos
A3 e Leucotrienos B5 que são moléculas anti-inflamatórias, melhorando o estado
do animal.
9. Água na nutrição animal
A água é o nutriente mais essencial para os animais, no qual ela é o maior
constituinte do corpo.
9.1. Propriedades e funções
• Constituinte ativo e estrutural
• Veiculo dos nutrientes na digestão, absorção, transporte
para as células e excreção
• Dispersante ideal
• Alto calor específico, absorve muito calor
• Ajuda na manutenção das articulações
• Solvente universal
• Ela participa das reações enzimáticas
• Manutenção da pressão osmótica
• Equilíbrio acidobásico
• Principal constituinte dos líquidos orgânicos
9.2. Metabolismo da água
Do ponto de vista econômico, a água representa o nutriente de mais baixo
custo, no entanto, fisiologicamente é essencial no metabolismo orgânico.
9.3. Distribuição da água corpórea
Ela está distribuída de forma heterogênea, no qual vai manter o equilíbrio
dinâmico entre os compartimentos do organismo
9.4. Fonte de água
Além da água bebida, que é a principal fonte de água, existem outras
fontes, como: a água metabólica que está contida em CHO, lipídeos e prts e tem
também a água coloidal que representa a água presa nos alimentos.
9.5. Sede
Em conjunto com o hormônio antidiurético, a sede exerce um papel muito
importante na homeostase da água. A sede tem sido definida como um desejo
consciente de beber e deve ser distinguida do ato de beber em si, pois este pode
ocorrer por outras razões que não a sede - tais como hábitos sociais e
associação com as refeições. A função do mecanismo da sede é assegurar que
a água seja reposta prontamente, quando ocorre uma deficiência. Outro aspecto
de regulação da sede é o da saciedade.
9.6. Relação temperatura ambiente e ingestão da água
O aumento da temperatura ambiente leva a um incremento no consumo
de água. As perdas de calor corporal pelos suínos e aves é um processo
dificultoso, já que estes não possuem glândulas sudoríparas. Em clima quente
há a necessidade de auxiliar a perda de calor destes animais através de
ambientes adequados e água fresca. Com o aumento da temperatura estes
animais podem dobrar o consumo de água.

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