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fit Ministério da Saude Direcgao-Geral da Saude Circular Normativa Assunto: Protocolo Nacional para a abordagem dos Traumatismos Crneo-Encefélicos N* 5 /GaB/DG Data's 5/99 Para: Todos os Profissionais e Servicos Prestadores de Cuidados de Satide , c | a4 Gera DaSomisstio Técnica Nacional de Traumatismos Créneo-Encefdlicos FUNDAMENTAGAO O traumatismo craniano é a causa mais frequente de lesdo neurolégica ultrapassando em incidéncia 0 acidente vascular cerebral e constitui em todo o mundo a primeira causa de morte antes dos 40 anos. Estima-se que nos Estados Unidos os traumatismos cranianos ocorram em 10 milhées de individuos por ano com um milhdéo e meio necessitando de tratamento médico sendo meio milhdo em regime de internamento hospitalar. Nesse pais o némero de mortes atribuivel a traumatismo craniano é de cerca de 100,000/ano e a morbilidade com incapacidade permanente atinge os 75,000/aro. Os custos directos e indirectos com vitimas de TCE oscilam entre 08 75 € 0s 100 biliées de délares anuais. Um estudo retrospectivo recente no nosso Pals revelou 8.000 internamentos de TCE nos centros neurocirtrgicos dos Hospitais Centrais com uma mortalidade hospitalar entre 12% e 14%. Os acidentes de viagdo contribuiram com 30 a 50 % dos doentes, Estes foram na sua maioria jovens com menos.de 25 anos e tiveram igualmente a maior taxa de incapacidede. A falta de dados néo permitiu avaliar a mortalidade global nem 0 ndmero aproximado do total de traumatizados de crénio. Verificou-se que 70 a 80% dos doentes internados néo foram objecto de avaliagiio médica no local do acidente, nem receberam qualquer tratamento antes de dar entrada num estabelecimento hospitalar. Em nenhum centro neurocirtirgico do Pais se notou uma coordenacéo util e efectiva entre @ actuacéo no local do acidente, 0 transporte, 0 hospital intermédio e 0 hospital central. ‘Alameda D. Afonso Henriques, 45, 1049-005 Lisboa ~ Tel. 43 05 00 ~ Fax 843.05 30/1 ~ http:/mww.dgsaude.min_saude.pt Circular Normativa Tem sido demonstrado, em estudos europeus ¢ americanos, que a actuacdo concertada dos diversos grupos de intervengio e a adopgdio de medidas simples para proteger o cérebro dos doentes baixou drasticamente a mortalidade e a morbilidade hospitalares, bem como a mortalidade global. OBJECTIVOS O protocolo definido nesta NORMA tem como objectivos: 1- Redugdio da morbilidade e da mortalidade nos traumatizados de crénio. 2- Estudo epidemiolégico dos traumatismos cranianos com definigéo geogréfica das causas, incidéncia nos diversos grupos etdrios e custos directos e indirectos. 3- Uniformizagdio de protocolos de registo clinico, estudo imagiolégico e tratamento quer médico quer cirirgico em todos os centro neurociniirgicos do territério nacional. 4- Criagto de uma base de dados clinicos e de meios complementares de diagndstico informatizada. 5- Reformulagdéo e reapetrechamento das Unidades de Cuidados Intensives de Neurotraumatologia. 6- Integragdo dos diferentes sectores de actuaciio - INEM, Bombeiros, Hospitais Regionais, Distritais e Centrais - por forma a conseguir uma linha de conduta uniforme. NORMA A presente NORMA define o conjunto de procedimentos a observar, em todos os niveis de prestactio de cuidados, na abordagem e tratamento dos traumatismos créneo-encefélicos, designadamente através de: Circular Normativa Ne 1- Critérios para observagtio dos TCE nas diferentes unidades de satide 2- Principios bdsicos de actuagtio nos diversos locais e niveis de prestagiio de cuidados. 3- Definigdio e normalizagéio do registo clinico no local do acidente, centro de satide, hospital distrital e no hospital central, bem como dos registos de observactio na alta hospitalar, aos 3 e aos 6 meses. 4- Definic&o dos critérios de investigagio. 5- Definicé&o dos critérios de internamento nas Unidades de Cuidados Intensivos de Neurotraumatologia e dos estudos aconselhados durante a estadia nestas Unidades. 6- Definic&o dos critérios de tratamento cirtirgico. AVALIAGAO Como A avaliagdéo do cumprimento da Norma serd feita pelos seguintes critérios e indicadores: N® de ambuldncias (e outros vefculos de assisténcia rdpida) com/sem folha de registo no local do acidente Existéncia de folhas de registo do protocolo dos TCE em todos os Servicos de Urgéncia, SAP, etc Avaliagdo do registo (processo clinico) para verificar o grau de cumprimento dos critérios de investigacdo, internamento, procedimentos médicos e cindrgicos N° de folhas de registo/n° de acidentes Quando A avaliaco serd trimestral Circular Normativa Ne Por quem A responsabilidade da colheita dos dados é dos diversos servicos e entidades prestadores, cabendo & Comisséo Técnica Nacional dos TCE a responsabilidade do tratamento da informactio e da sua divulgacdo para os servicos. NOTAS ADICIONATS A ficha de registo preenchida no hospital nivel 1, 2 e 3 deve acompanhar 0 doente transferido para outra unidade sempre que isso ocorrer. No caso em que o doente tenha alta dos unidades anteriores sem transferéncia, a ficha ficard nesse nivel de atendimento. Todas as folhas de registo deverdo ser introduzidas na base de dados e estas enviadas mensalmente por via electrénica para a Comisstio Técnica Nacional dos TCE. A Comissdo informard trimestralmente todos os centros (nivel 1,2, 3 @ 4) dos dados registados. A Direcgtio Clinica da instituig&io, de acordo com os condicionalismos locais, deve indicar a forma interna de esto do proceso e 0 responsdvel pelo envio dos dados. As unidedes de satide que néo tenham capacidade para a introducdo de dados, deverdio ser identificados nominalmente e enviar os suportes em papel dos registos para o seguinte endereco: Comisséo Técnica Nacional de Traumatismos Créneo-Encefélicos Direcgtio Geral de Satide - Coimbra Rua Luts de Camées, 150 3000 - 251 Coimbra Ste Geral Wolo (Constantino Sakellarides, Prof. Doutor) 1 - CRITERIOS PARA OBSERVACGAO DOS TCE NAS DIFERENTES UNIDADES DE SAUDE A abordagem do traumatismos crénio-encefdlicos baseia-se na sua classificactio em ligeiros, moderades e graves, bem como na classificagtio das unidades de satide de acordo com a sua capacidade de meios diagnésticos e técnicos especificos. A apreciagiio de um troumatismo cranio-encefdlico deverd ter como prioridede a manutengéo de uma boa oxigenagéo e a manutencdo de uma boa fungto cardiovascular que assegure uma edequada presséo de perfusdo cerebral. Deverd incluir desde o primeiro contacto, uma avaliag&o do estado de consciéncia jd que este é um pardmetro fundamental para a decisdo das medidas imediatas e evoluctio do traumatizado e simultaneamente um elemento de prognéstico. Classificacto dos Traumatismos Crénio-Encefdlicos e das Unidades Prestadoras de Cuidados de Saude I-A classificagdio dos traumatismos decorre da avaliagto do estado de consciéncia e deve ser feita de acordo com a Escala de Glasgow, permitindo a sua ordenagdo em: TRAUMATISMOS CRANIO-ENCEFALICOS LIGEIROS Sto os traumatismos com estado de consciéncia de 14 ou 15 de acordo com a escala de Glasgow Excluem-se, contudo os traumatismos abertos e os doentes que apresentem défices focais. Sto factores de risco a considerer nestes traumatizados os seguintes: - Coagulopatias, Alcoolismo, Abuso de drogas, Epilepsia, Tratamento neurocirtirgico prévio, Tdosos (> 65 anos) € incapacitados. Nos troumatismos cranio-encefdlicos ligeiros devem considerar-se trés subgrupos: - Grupo 1 - EG 15, Sem perda de conscincia, Sem cefaleias ou vomitos. ~ Grupo 2 - EG 15, Perda transitdria de consciéncia e/ou amnésia, cefaleias, vémitos, - Grupo 3- EG 14, TRAUMATISMOS CRANIO-ENCEFALICOS MODERADOS Definem-se por uma portuacio total na Escala de Glasgow de 9 13. © estado de consciéncia varia entre a conversa desajustada num doente com abertura esponténea dos olhos e boa resposta motora, até aos sons incompreensiveis, com eventual abertura dos olhos aos estimulos dolorosos intensos. O agravamento minimo de 2 pontos na Escala de Glasgow é um sinal de alarme que impGe investigagto e medidas terapéuticas urgentes. TRAUMATISMOS CRANIO-ENCEFALICOS GRAVES Definem-se por uma pontuacdo total na Escala de Glasgow de 3a 8. O estado de consciéncia varia entre o coma profundo sem qualquer resposta aos estimulos e 0 coma superficial com resposta motora ajustada sem abertura dos olhos. II - Sendo evidente que hd diferentes niveis de capacidade de atendimento dos TCE nas unidades de sade por existéncia ou ndo de meios de diagndstico e técnicos especificos utilizeremos a seguinte classificagdo: - Unidade de Atendimento tipo 1 - Centro de Satide. - Unidade de Atendimento tipo 2 -Hospital intermédio sem TAC mas com RX. - Unidade de Atendimento tipo 3, - Hospital intermédio com TAC posstvel em situagdo de urgéncia. - Unidade de Atendimento tipo 4. - Hospital com valéncia neurocinirgica e TAC 24 horas, QS CRITERIOS PARA A OBSERVACAO DOS TCE NAS DIFERENTES UNIDADES, SAO: ‘TCE Ligeiro (EG 14 ou 15) A. Doentes conscientes, sem perda prévia de sentidos e sem factores de risco podem ser observados e vigiados por clinicos gerais das unidades de atendimento tipo 12,3 ou 4. B. Doentes conscientes com perda prévia de sentidos, podem ser observados em unidades de atendimento tipo 1,2,3, ou 4. + Sem fractura de crénio pode manter-se sob controle de qualquer hospital. * Se tiver fractura de crénio passa a atendimento nivel 3 ou 4. * Se TAC for normal o doente fica internado 6 a 24 horas no hospital onde foi observado * Se TAC revela lestio intracraniana, sem critérios para cirurgia, pode ficar internado em nivel de atendimento tipo 3 com valéncia Neurolégica ou nivel de atendimento tipo 4. * Se TAC revela lest intracraniana potencialmente cirirgico 0 doente deve passer d unidade de atendimento tipo 4. C.Consciente, com factores de risco deve ser observado em unidodes de atendimento tipo 3 ou 4. * TAC normal o internamento poderd efectuar-se numa unidade tipo 2 * No caso de coagulopatia ou tratamento anticoagulante serd efectuado numa unidade tipo 3 ou 4 e repetird a TAC antes da alta D.Os TCE ligeiros sem patologia intracraniana poderdo ser transferidos das unidedes tipo 4 para os tipo 2 e 3 em vigilancia de 24 horas, sempre que possivel, ou permanecerem nessas unidades quando af fizerem a 1° observacéo. ‘TCE moderados e graves (EG < 13) Os doentes deste grupo que fizerem a 1° observacio numa unidade tipo 3, poderdo permanecer ai, se a TAC ndo revelar lesto intracraniana, © Sé as unidades do tipo 3 com neurologista, dever’o manter, sob internamento um doente deste grupo sem lestio operdvel. * Todos os restantes casos devem ser observados e orientados em unidades tipo 4, podendo num momento da sua evolugdo em que no necessite de cuidados neurocirurgicos ser transferido para um Hospital intermédio com atendimento tipo 3. © Nos traumatizados deve ser respeitado o critério das prioridades, devendo seguir-se o principio de adiar a cirurgia néo vital sempre que a lesto intracraniana € grave. * Em qualquer Hospital que se faca a 1° observacdo do TCE os cuidados respiratérios e circulatérios sto prioritdrios, qualquer que seja o grau de consciéncia do doente. 2 - TRAUMATISMOS CRANIO-ENCEFALICOS PROTOCOLO NACIONAL ORIENTAGOES PRINCIPIO BASICO de ACTUAGAO Orientagdo para o local do acidente, centro de satide, hospital intermédio ou urgéncia do hospital central Manutengéio de boa oxigenagiio: ~ Intubaciio e ventilag’io. —> comatosos - Tratamento urgente de hemo e pneumotérax Manutengdo da fungdo cardiovascular: - TA e pulso monitorizados - Tratamento prioritério da hemorragia grave ~ Manter volémia -TA> 90 mmHg Preenchimento de pretocolo clinico Registo hordrio pupilar e fungtio motora Evolugéio temporal Colar cervical em certas circunstancias Administragéio de Manitol em doentes desenvolvendo sinais de hérnia cerebral 3.1 - Abordagem do Traumatizado Craneo-Encefdlico PROTOCOLO NACIONAL REGISTO no LOCAL do ACIDENTE IDENTIFICAGAO. 1.NOME. 2. SEXO a el 3. IDADE Anos___— Mesess. 4,DATA__/__/___HORA da OCORRENCTA__horas__minutos, FREGUESIA, 5.HORA de Meio de SOCORRO no LOCAL: __horas__minutos 6.METO de SOCORRO: VMER__Helicéptero__Ambuldncia 112__Bombeiros__CVP__ 7.TIPO DE ACIDENTE: Viacdo 4 rodas___, Viagiio 2 rodas__, Quedo_, Agressto_ Outro (especificar) ABORDAGEM E TRATAMENTO A - Via Aérea: ~Via aérea livre: Sim___Néo___ Em caso negativo, especifique manobras efectuadas: -Oxigenioterapia: Sim___Néo__ -Com imobilizagdo cervical: Sim___Nao__ B - Ventilagi -Ventilagio espontéinea: Sim__Néo__ -Intubagiio orotraqueal: Sim__Néo. Em caso de ventilagio artificial, especifique meio utilizado: Boce-Boca___, Boca-Mdscara__, Insuflador Manual__, Ventilador mecfinico__ C = Circulagéo: -Pulso: _/min Presto arterial: ___/__mmHg ~Hemorragia externa evidente: Controlada__ -Paragem Cardio-pulmonar: Sim___Né&o___ Em coso afirmativo, manobras de Suporte Basico de Vida ?___ Suporte Avancado de Vida ?___Eficaz__ Nio eficaz__ D - Disfungdio neurolégica: -Perda de conscincia: Sim__Ndo__ -Escala Coma Glasgow: O__ V__M__=__ -Pupilas: Direita Esquerda -Lateralizagdio da resposta motora: Sim__Néo__ -ConvulsBes: Sim__N&o__ E - Hipotermia: Sim__Néo__ Nota explicativa da informagiio (registo) no local do acidente 1, - A informacio pré hospitalar deverd ser fornecida pelo elemento credenciado da cambulancia ou médico do INEM. 2. Entende-se por perda de consciéncia a nao resposta verbal do acidentado, Yemporéria ou permanente, devendo nos doentes acordados ser considerada também a perda da meméria para o acidente. Escala de Glasgow (EG) € Abertura dos olhos espontGnea a voz ador ndio He rwe orientado confuso inapropriada incompreensivel nenhuma V_— Melhor resposta verbal ey wra obedece a ordens localiza retireda flexdo anémala extensdo anémala nenhuma M_ Melhor resposta motora Be NwRae 3. Na auséncia da determinagtio dos gases sanguineos, a suspeita de hipoxia deve ser feita nos casos de dificuldade respiratéria. 4. A paragem cardiaca refere-se explicitamente & auséncia de batimentos cardiacos avaliados por pulso periférico e/ou corotideo. 5. Devem considerar-se convulsées as situagdes em que se verifiquem movimentos bruscos e repetides dos membros da face, acomparhados eventualmente de mordedura da lingua, espuma na boca e emissdo de urinas. 3.2 - TRAUMATISMOS CRANEO-ENCEFALICOS __PROTOCOLO NACIONAL NiVEL DE ATENDIMENTO 1, 2. 0U 3 NOME, PROCESSO. IDADE DATA DE NASCIMENTO. ‘SEXO: MoO FO TIPO DE ACIDENTE AC DE TRABALHO ACIDENTE DEVIAGAO = QUEDA 5 SUICIDIO. a Atropelamentol) AGRESSAO qa Motociclo OO Desnivel___m ACDESPORTVO = Automével AC DOMESTICO 9 Tractor 1 PROJECTIL{arma fogo) 0 ouTRos o Bicicleta | OBJ CONTUNDENTE DESCONHECIDO «= Outros 1 IGNORADO a CONSEQUENCIAS GERAIS Perda de Sentidos o Deterioracdo Progressiva ( —Vomitos a Convulsées a Cofaleias a DATA DO ACIDENTE oe HORA. OBSERVACAO DE ENTRADA DATA L HORA, EG SINAIS VITAIS: TA__/__mmHg Pulso___ppm F. Respiratéria__iminPupilas. OBSERVACAO DESAIDA = DATA L L HORA. EG=. SINAIS VITAIS:TA__/__mmHg Pulso. LATERALIZAGAO MOTORA: Sim Nao ppm F. Respiratéria__/min Pupilas. TRAUMATISMO ABERTO 1 ‘TRAUMATISMO FECHADO O TRAUMATISMOS ASSOCIADOS: —_ Face (ITérax 0 Abdomen Membros 1 Raquis 7 EXAMES COMPLEMENTARES: = TACO] Rxo OUTROS 0. aa Resultado, MEDIDAS TERAPEUTICAS INTUBAGAO O oO. REANIMAGA0 CARDIO-RESPIRATORIA = OUTRA oO. DESTINO Domiciio © —Internamento GQ Outro Hospital) ~—Falecido 5 ‘COMENTARIOS. DATA L NOME DO MEDICO ASSINATURA 3.3 - TRAUMATISMOS CRANEO-ENCEF ALICOS PROTOCOLO NACIONAL Unidade de Atendimento Tipo 4 NOME. TDADE, DATA DE NASCIMENTO 7 7 SEXO: MOF PROVENIENCIA pRocESsO. Le DATA EE HoRA AGIDENTE, AC DE TRABALHO 0 ACIDENTE DE vIAcho 0 QUEDA Q surcipIo a Atropelomento a AGressio 0 Motociclo 0 Desnivel, m AC DESPORTIVO =O ‘Automével a ; AC DOMESTICO = 0 Tractor 0 PROTECTILarma foge) 0 ‘ouTROS a Bicicleta 0 OBJ CONTUNDENTE 1 DESCONHECIDO = Outros 0 —_TeNORADO 0 Dados CLINICOS DATA ee HORA APESSOAIS: — Etilismo 0 Anticoagulantes 1 Outros SINATS VITAIS: TA_/____tmmHg__Pulso. ppm —F. Respiratéria_/min EG= =__ iV. PUPILAS: iguais desiguais. LATERALIZACAO MOTORA: Sim 0 Nao 9 TRAUMATISMOS ASSOCIADOS: Face 0 ‘Térax 1 Abdémen 0 ‘Membros 0 Raquis 0 Descrigéio_ Caracterizagao lesional TRAUMATISMO ABERTO 0 = TRAUMATISMO FECHADO 0 Couro Cabeludo a Crénio - #lineor a - #afundamento Dura ~H. Extradural 0 Cérebro - Laceragdo a - H, Subdural a - Hemorragia o ~ H, Subaracnoideia a ~~ Contusio o ~ Edema o Ventriculos - Hemerragia. o ~ Hidrocefalia 0 DADOS IMASTOLOGICOS Re 0 Tac oo IRM 0 Lestio difusa ipoT Hematoma Extradural, a tipo TE 0 ‘Subdural 0 ‘tipo IETO Intracerebral 0 tipo 1v0 Lestio do tronco cerebral = DESTINO Alta Hospitalor 0 Transferido para outro Servigo 0 Interramento em Serv. Neurocirurgia Transferido para outro Hospital 0 (UCID EnfermariaNC 0) —-UCIP. oO Felecidot (@ preencher somente em caso de internamento no Serv. Neurocirurgia) MONTTORIZAC, Nio 0 sim Pica DopplerO = PVC. TAINVD Met. Cerebral Pot. evocados 0 Pr.Perf. Cerebral Outros o EXAMES COMPLEMENTARES: TAC 0 IRM 0 ANGLOGRAFIAD SPECT 1 ‘TRATAMENTO MEDICO: 0 TRATAMENTO CIRURGICO: 0 Vent.mecénical COMPLICAGOES: SNC Nao sim 0 Tnfecg#o0 Fistula de LCR 0 Hidrocefalia D Outras créreo-encefélicas 0 GERAIS Inf. Broncopulmonar 0 Outras. o 8 oe 2 + EVOLUGAD DAES . L 7 + t ska E coms 7 4 ALTA Zep: Exame neurelégico (E6):0_M_V. DESTINO — Alta Hospitalar 0 Outro Servico 0 Outro Hospital 0 Falecidolld AVALIAGAO Alta 3 meses 6 meses GOS (Glasgow Outcome Secle) a 0 a DRS (Disability Rating Scale) a 0 a 10 4 - CRITERIOS PARA INVESTIGAGAO TCE ligeiros Doentes de grupo 1 6 fardo Rx crénio no caso de divida. Doentes de grupo 2 devem fazer Rx crénio Doentes de grupo f ou 2 com factores de risco devem fazer TAC Todos os doentes do grupo 2 com fractura de crénio devem fazer TAC Doentes do grupo 1, 2 ou 3 com coagulopatias ou a tomar anticoagulantes com TAC normal & entrada, deve repetir TAC antes da alta. Doentes do grupo 3 devem fazer sempre TAC e ficar em regime de observagdo sob internamento um minimo de 24 horas, Doentes do grupo 3 poderdo repetin o TAC antes da alta, segundo critérios clinicos. REGRA UNICA * Todos os doentes com sinais focais devem fazer TAC. * Todos os doentes com TCE aberto devem fazer TAC. * Oagravamento clinico dos doentes sem lesio visivel no Rx ou TAC e sem resposta ao tratamento médico, implica a realizagtio de novo TAC. TCE moderados e graves * Todos os doentes devem fazer TAC apés observacdo hospitalar © Arepetigtio de TAC nestes doentes serd feita segundo critérios clinicos + Adeterioragio de 2 pontos na escala de Glasgow, sem resposta ao trata- mento médico, implica a realizago imediata de TAC nos Hospitais tipo 3 ou 4. CRITERIOS PARA INVESTIGAGAO Principio: Todos os doentes com sinais focais devem fazer TAC Grupo 1 TCE Ligeiros Consciente, orientado. EG=15 ‘Sem perda de consciéneia ou Sem cefaleias difusas + vomitos ou Sem depressio dssea 8 inspeceao Obs. Clinica Alta ! Vigil. Resid. 24 h | Se agravamento RX Cranio e / ou TAC Sem fract, Consciente, orientado. EG=15 Vigil. 6 h Hospital Vigil. Resid. 24h Grupo 2 TCE Ligeiros | Perda de consciéncia ou Cefaleias difuusas + vomitos ou Depressdo éssea a inspecgao RX Cranio Frat. Cranio TAC Sem lesio Lesio Intrac, | | | Int, 6a 24 Neurol./N O agravamento clinico dos doentes sem lesdo visivel no Rx ou na TAC implica a realizagdio de nova TAC. Grupo 1 ou 2 TCE Ligeiros Consciente, orientado. EG=15 + Factores de risco Obs. Clinica Geral TAC a Sia Lenazucd Lesio Intracraniana : | Int. 24h Neurol./NC Grupo 3 TCE Ligeiros Confuso. EG=14 Cir, Neurol, Ou NC TAC ! | Int, minimo 24h | Ne TAC antes da alta Segundo critério clinico * Telemedicina ou telefone NC Grupo 4 PERE Ee | | TCE moderado ou grave EG<13 | Hosp. 2,3 ou 4 Cuidados primarios ! peeeeeeeCee j TAC Hosp. 3 ou 4 ‘Sem lesfio operavel Lesiio Intrac. operavel Hosp. 3 0u4 Cir./Neurol./NC “Ii NC UCI Outra especial | 5 - CRITERIOS PARA INTERNAMENTO Neurotraumatologia ou observagdo neurocirtirgica «Todos os doentes com EG < 14 + Doentes conscientes EG 15 com fractura de crénio ou fistula de LCR * Todos os restantes casos duvidosos Unidade de Cuidados Intensivos * Doentes em coma EG 3-8 (excluem-se os casos com alta probabilidade de morte a curto prazo) + TCE moderados com significativa deterioracdo do estado de consciéncia e/ou do estado neurolégico + Politraumatizados com TCE ligeiro ou moderado, mas com outras lesdes que possam agravar 0 TCE RECOMENDAGOES: 1. Qalvo fundamental da monitorizagtio é a presstio de perfustio 2. Monitorizagio aconselhével: TA ECG PIC 3. Estudo desejével: DTC (Doppler) $)02 4, Adiar a cirurgia no vital em politroumatizados até estabilizar a condicdo clinica 5. Manter a estabilidade hemodinémica opcées Elevagiio da cabeca a 30 Sedagiio / Analgésicos Manitol / Glicerol / Diuréticos Barbit cos, Hipertensdo induzida (Vasopressores / Hipervolémia) Hiperventilagtio. Tratamento HSA (nimodipina/lazardides) Anticonvulsivantes Drenagem ventricular Craniotomia descompressiva 7 6 - CRITERIOS PARA CIRURGIA INTRACRANIANA 1. HED, HSD ou HIC sempre que haja perspectivas de beneficio para o doente 2. A maioria das fracturas-afundamento, se abertas e as fechadas causando efeito de massa 3. A maioria das feridas penetrantes quando o doente estiver em boas condiges clinicas 4. Fracturas frontobasais com fistula de LCR RECOMENDAGOES: HED > 1 om SD com desvio linha média > 0,5 cm HIC > 25 cm3 Outra lesdo que agrava + —- Colapso das cisternas - Hérnia cerebral CLASSIFICACAO IMAGIOLOGICA Modificada de MARSHALL, LF et al LESAO DIFUSA TIPO ~ Sem lestio vistvel na TAC LESAO DIFUSA TIPO II: - Cisternas presentes com desvio da linha média 0-5 mm e/ou Lesées hiperdensas Mas sem lesBes de densidade alta ou mista > 25 ce LESAO DIFUSA TIPO IIT: - Cisternas comprimidas ou ausentes com desvio da linha média 0-5 mm. sem lesies de densidade alta ou mista > 25 ce LESAO DIFUSA TIPO IV: - Desvio da linha média > 5 mm, sem lesées de densidade alta ou mista» 25 cc HEMATOMA Extradural Subdural Intracerebral LESAO DO TRONCO CEREBRAL 19 TCE PROTOCOLO NACIONAL AVALIAGAO (ANEXO 2) GOS (Glasgow Outcome Scale) 0 MORTE ESTADO VEGETATIVO PERSISTENTE Nao verbaliza durante semanas ou mesmo até & morte; pode readquirir vitmos de sono/vigitia. SEVERAMENTE INCAPACITADO (Consciente mas incopacitado) Dependente para as actividades diérias por razées de ordem fisica, mental ou ambas. MODERADAMENTE INCAPACITADO (Incapacitado mas independente) Independente para as actividades didri € capaz de trabalhes domésticos. pode usar transportes piblicos BOA EVOLUGAO Vida normal Poderd ter pequenas alteragées neurolégicas ou pequeno défice psicolégico 20 DRS (Disability Rating Scale) Abertura dos olhos Melhor resposta verbal Melhor resposta motora Capacidade cognitiva para: Alimentagiio Higiene pessoal Cuidar de oparéncia eno anenso Reno espontnea voz ador ndo rientado confuso inapropriada incompreensivel nenhuma obedece a ordens localiza retirada flexéo anémala extenstio anémala nenhuma completa parcial minima nenhuma 21 Capacidade funcional Emprego wnso completamente independente independente num circulo restrito medianamente dependente moderadamente dependente marcadamente. dependente totalmente dependente sem restrigtio seleccionado rio competitive no empregével 2 DRS 1 Estado de Consciéncia 2 Capacidade cognitiva para as actividades dos cuidados pessoais Saber como e quando executar as fungées cognitivas Completa: O doente sabe continuamente quando e come executar as actividades Parcial: intermitentemente tem conhecimento de quando e como Minima: infrequente e vagamente 3 Dependéncia de outros Niveis de Funcionalidade 0 Sem resirigdo fisica, mental, emocional ou social 1 Independente em circulo restrito; independente com ajuda mecénica 2 Medianamente dependente; capa de cuidar de si parcialmente: 3° pessoa em casa 3 Moderadamente dependente; ossisténcia em praticamente todas as actividades; 3° pessoa em casa 4 Marcadamente dependente; assisténcia em todas as actividades; assisténcia médica e de enfermagem disponivel 5 Totalmente dependente; cuidados de enfermagem 24 h por dia 23 4 Adaptabilidade_psicossocial Emprego Copacidade fisica e cognitiva para ser empregado, trabalho doméstico e estudante ou normal/aposentado. Capacidade para: Olcompreender, recordar e seguir instrugdes Ddplanear e lever a cabo tarefas simples manter-se orientado e apropriado na situactio de emprego Oli para e vir do emprego e fazer compras sem dificuldade Ollsaber fazer contas Olltrabalhar com dinheiro sem dificuldades 0 Sem restric Trabalho competitive Estudante a tempo inteiro Doméstica a tempo inteiro Normal / Aposentado 1 Emprego selectivo Pode competir num ndmero limitado de empregos Pode assumir muitas mas niio todas as responsabilidades associadas com as torefas domésticas Pode assumir algumas actividades escolares mas néio todas 2 Néo competitivo Devido a moderada ou severa limitagdo cognitiva ou Fisica niéo pode competir em qualquer emprego Niio pode fazer as tarefas domésticas Ou trabalho escolar sem ajuda 3 N&o empregével 24

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