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Direito Da Uniao Europeia
Direito Da Uniao Europeia
DA GEOGRAFIA Á CULTURA
A pequeneza territorial e demográfica da Europa leva a que a geografia contemporânea a caracterize como uma
Macro-Unidade Geografica (MUG) do continente Euroásia. Isto leva a que se afaste a sua caracterização como
verdadeiro continente.
É, por isso, que a noção de Europa não seja referente á sua dimensão geográfica mas sim á sua dimensão cultural,
alicerçada com a partilha de tradições comuns filosóficas, axiológicas, jurídicas, etc. Esta experiência, fundada no
contributo filosófico da antiguidade clássica é o produto de uma riquíssima historia partilhada de migrações e
conflitos, uniões e processos de integração que interessa conhecer melhor como introdução ao atual processo de
integração europeia.
(documento na qual se disciplina a organização do poder politico segundo o principio da separação dos poderes e
garante um catalogo de proteção dos Direitos Fundamentais).
Um dos traços marcantes do período que vai desde o seculo XIX até ao inicio da primeira guerra mundial é
precisamente a validade do Direito Internacional na relação entre os estados soberanos. Este traço de civilização é
documentado pelo surgimentos das primeiras organizações internacionais, percursoras do que veio a ser génese
da integração europeia sob a forma de uma organização de Direito Internacional, fundada em tratados. Desta
forma, os Estados soberanos procuravam alcançar objetivos e interesses comuns.
dos Estados. Mesmo na primeira corrente, ainda se discutia entre aqueles que pretendiam, acentuando as
solidariedades politicas entre os Estados europeus, avançar, rapidamente, no sentido de uma integração politica
plena e aqueloutros que, tendo por objetivo esta união politica, defendiam ser necessário previamente
aprofundar os laços de interdependência económica para daí construir solidas solidariedades politicas, numa
logica funcionalista (do falhanço da CED ao Plano Schumann) da integração económica.
Assim foram avançando os esforços no sentido da Integração Europeia, que fizesse face ás ameaças que pendiam
sobre a Europa Ocidental no final da Segunda Guerra Mundial. Daí que Churchill reforçasse que a integração
europeia é uma “questão de guerra ou paz”
COOPERAÇÃO INTERGOVERNAMENTAL
A Cooperação Intergovernamental, caracteriza-se pela cooperação entre os Estados Europeus nos fóruns criados
pelas tradicionais Organizações de Direito Internacional. Estas organizações caracterizam-se pela salvaguarda da
soberania Estadual, alicerçada dominantemente no método de deliberação inter-governamental, pelo qual cada
um dos Estados participa de igual forma na formação da vontade da Organização.
COOPERAÇÃO ECONÓMICA
Acentua aqui, no plano económico, a cooperação no âmbito da Organização Europeia de Cooperação Económica
(OECE), orientada, originalmente, em especial à execução do Plano Marshall, no sentido de prestar auxilio
económico ás nações Europeias. O seu objetivo mais amplo encontrava-se enunciado na doutrina Trumann, que
dirigia a politica externa norte-americana à época, propondo-se auxiliar os Estados mais débeis do sistema
capitalista, de forma a confrontar a ambição expansionista do bloco soviético. Ainda assim, os Estados que
integravam este bloco politico, económico e militar, de Leste, foram convidados a participar neste plano, o que,
naturalmente, recusaram.
Os Estados Europeus debateram sobre a proposta norte-americana e, tendo chegado a acordo, constituíram a
OECE. Cumpridos os objetivos propostos pelo plano Marshall, e pela OECE, os Estados membros desta,
juntamente com os Estados Unidos e o Canada constituíram a OCDE com o propósito agora destinado a “realizar a
mais ampla expansão possível da economia e do emprego e a melhoria do nível de vida dos países membros”.
COOPERAÇÃO POLITICA
No plano politico, a principal referência de cooperação innter-governamental na Europa é a ação do Conselho da
Europa. O Conselho da Europa é atualmente constituído por 46 paises. Os objetivos propostos são ainda os de
realização de “uma união mais estreita entre os seus membros a fim de salvaguardar e promover os ideais e
princípios que são o seu património comum e de favorecer o respetivo progresso económico e social” (Esta
organização funciona segundo o método inter-governamental de cooperação)
O seu mais relevante marco foi a aprovação da Convenção Europeia para a proteção dos direitos do Homem e das
Liberdades Fundamentais. Esta Convenção é um dos mais importantes instrumentos na defesa dos direitos
fundamentais na Europa. A possibilidade que se abre aos cidadãos de diferentes Estados Europeus de recorrerem
para uma instância judicial supra-nacional, com jurisdição obrigatória, é um dos mais marcantes traços da
integração jurídica europeia.
COOPERAÇÃO MILITAR
Em termos militares, a resposta das democracias da Europa Ocidental passou pela criação da União da Europa
Ocidental (UEO), pela qual se pretendia garantir a segurança externa da Europa Ocidental face á ameaça militar
sempre presente do bloco soviético. No entanto, foi a constituição, em 1949, pelo Tratado de Washington, que
marcou e marca verdadeiramente a defesa externa da Europa Ocidental, pela associação de maior poderio militar
Norte-Americano.
INTEGRAÇÃO EUROPEIA
TEORIA DA INTEGRAÇÃO
A Teoria da Integração tem construído momentos teóricos para efeitos de uma disciplina autonoma que, na
verdade, acabam por se reconduzir a momentos históricos identificáveis na da Integração Europeia.
Como primeiro momento de integração é, tradicionalmente, referida a criação de uma zona de Comercio Livre,
pela qual os Estados-Membros acordam em abolir as taxas alfandegarias nas transações intra-comunitárias,
facilitando e promovendo o acesso dos seus produtos a um mercado mais alargado (Nesta fase de integração
cada Estado-membro mantem a sua pauta aduaneira nas transações com Estados terceiros, decidindo livremente
as modalidades deste comercio)
No aprofundamento da integração económica, os Estados poderão decidir unificar os termos deste comercio com
Estados terceiros, pela criação de uma pauta aduaneira comum. Neste caso passar-se-á a um momento mais
aprofundado de integração, chamado de União Aduaneira. No sentido de evitar as distorções no comercio intra-
comunitário (que poderiam surgir pelo facto de os Estados membro manterem relações especiais com Estados
terceiros), decide-se, pois, a uniformização entre os Estados-membros dos termos do comercio extra-comunitario.
Revelando um maior grau de integração, formula-se, seguidamente, a figura do mercado comum como um espaço
de livre circulação de mercadorias, que estende esta liberdade de circulação a pessoas, serviços e capitais. Trata-se
aqui de garantir a integração dos mercados, com inevitáveis consequências económicas e sociais, pela plena livre
circulação dentro de um espaço geográfico. Foi este o propósito do Tratado de Roma, na criação da CEE, pelo qual
se previam já estas “Quatro Liberdades”. Na integração Europeia distingue-se ainda a criação do Mercado Único,
em particular referido ao Ato Único Europeu onde se pretendeu abolir todas as barreiras (“visíveis” ou “invisíveis”,
mediatas ou imediatas) ás transações intra-comunitárias. Se o ato único pretendia cumprir a criação de um
verdadeiro Mercado Único, também se verifica que ainda hoje restam passos por cumprir.
A harmonização da legislação dos Estados membros, que passa pela coordenação das politicas económicas e pela
substituição de certas politicas económicas nacionais por politicas comuns, representa um passo adicional na
integração gradual económica, designado por União Económica. Aqui pretende-se por esta
harmonização/unificação a verdadeira integração já não, meramente, comercial, mas verdadeiramente
económica.
Esta união pode impor a unificação monetária. A cunhagem de moeda é um dos redutos mais importantes da
soberania estadual da qual os Estados poderão prescindir no sentido de maior integração económica, com a
criação de uma União Monetária, com as vantagens na facilitação do comercio e da promoção do bem-estar
económico que lhe estão associados. Estas duas realidades poderão co-existir sob a forma de União Económica e
Monetária, caracterizada pela existência, entre vários Estados, de politicas económicas concertadas, de uma
moeda única e de um Banco Central, que detém o poder de emitir a moeda.
O ultimo passo na integração, que poderá, ou não, ser alcançada, desejado ou não ab inito, será a plena
integração politica, sob a forma de uma União Politica. Esta poderá assumir uma qualquer forma jurídico-politica:
estadual (federal ou unitária) ou qualquer outra não cogitada ainda, sendo certo que impõe uma convivência e
deliberação politica única entre os participantes.
Cada um dos processos de integração poderá adotar estas formulas de integração, poderá também adota-las na
sucessão aqui construída e com o sentido aqui atribuído. Nada impede, contudo, que historicamente, estas fases
se sucedam com ordem diferente, com diferentes instâncias e impulsos de avanços ou recuos integradores, como
aconteceu, inclusivamente, no processo de integração europeia. O que aqui se resenha é, tão só, uma construção
teórico-conceptual de uma experiência ideal de integração.
O TRATADO DE ROMA
No sentido de aprofundar a integração económica, segundo o plano funcionalista, os ministros dos Negocios
Estrangeiros dos Seis, reuniram-se na Conferência de Messina. Os acordos aqui alcançados conduziram á
assinatura dos Tratados de Roma, pelos quais, os mesmos Seis Estados, criaram a Comunidade Economica
Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica (CEEA – EURATOM).
Pretendia-se, pois, aprofundar a integração económica, pela criação de um “Mercado Comum”, alicerçado em
“Quatro Liberdades”: livre circulação de pessoas, bens, capitais e serviços. Esta fase da integração caracteriza-se
pela criação de uma Zona de Comercio Livre, na qual todas as barreiras ao comercio intra-comunitário fossem
abolidas, acrescida da criação das condições efetivas á livre circulação. Essencialmente, a criação deste “Mercado
Comum” traduziu-se na criação das condições que assegurassem a livre circulação de mercadorias, uma vez que a
plena realização das restantes liberdades teve de aguardar um longo processo.
APROFUNDAMENTO DA INTEGRAÇÃO
INTEGRAÇÃO ECONÓMICA
Uma primeira fase deste processo de integração decorreu ate 1948 com o cumprimento do objetivo de criação de
uma União Aduaneira. Aqui se previa a eliminação de todos os direitos aduaneiros e de todas as restrições entre
os Estados-membros; a criação de uma pauta aduaneira comum (PAC), bem como uma politica comercial comum.
Novo impulso importante encontra-se no Ato Único Europeu que previu a realização do propósito de criação do
“Mercado Único” e, seguidamente, de uma “União Económica e Monetária”
Elemento essencial na promoção da integração Europeia, deu-se com o desenvolvimento das Politicas da
Comunidade , em part6icular, a adoção de uma Politica Agrícola Comum (PAC), pela qual se garantiu a liberdade
de circulação dos produtos agrícolas dentro da CEE. O Tratado de Roma, relativamente ás Politicas da
Comunidade, também estabeleceu a proibição de monopólios, algumas politicas comuns na área dos transportes
e a concessão de alguns privilégios comerciais aos territórios coloniais dos estados membros.
Segundo a logica funcionalista, o Tratado de Roma veio prever um quadro institucional muito próprio, alicerçado
na promoção da integração por parte das suas próprias instituições: a Comissão, o Conselho, a Assembleia
Europeia, o Tribunal Europeu e o Comité Económico e Social.
É normal, no tradicional Direito Internacional, que seja o “Secretariado” de uma Organização Internacional, a
promover os interesses daquela, num dialogo com os Estados-membros. No caso da integração Europeia, foi
precisamente o rico quadro institucional e a ação comprometida dos seus atores que promoveu o seu sucesso.
Ainda em termos do aprofundamento da integração económica, foi igualmente significativa a criação do Sistema
Monetário Europeu, cujas taxas de conversão fixavam-se numa estreita zona de flutuação do seu valor de câmbio
em 2.5%. Alem disto, os governos comprometiam-se a coordenar as suas politicas monetárias. Tratou-se do
primeiro passo significativo para a unidade monetária, objetivo desenvolvido com o ECU, antecedente direto do
Euro.
A segunda metade dos anos oitenta, foi marcada pela, muito bem sucedida, presidência da Comissão Europeia de
Jacques Delors . Uma das suas mais importantes medidas foi a aprovação do Ato Único Europeu, que constituiu
um fortíssimo impulso á integração. Em termos institucionais, passou a prever-se a reunião periódica dos Chefes
de Estado e de Governo dos Estados-membros, o atual Conselho Europeu, na negociação e decisão dos mais
importantes e estratégicos problemas da integração. O Parlamento Europeu viu os seus poderes também
largamente reforçados. Deu-se também a concretização da velha ambição do Tratado de Roma relativa ás “Quatro
Liberdades”, tendo-se proposto mais de duas centenas de medidas para esse efeito. Igualmente decisiva para o
futuro da integração europeia foi a previsão de um calendário para o estabelecimento de uma União Económica e
Monetária. Simultaneamente diversas medidas no âmbito da proteção dos direitos sociais, do ambiente e da
investigação foram previstas, bem como foram reforçados os mecanismos de apoio aos Estados menos
desenvolvidos, dos quais Portugal beneficiou.
ALARGAMENTOS SUBSQUENTES
Durante os primeiros anos de integração Europeia, a ausência do Reino Unido não deixava de ser significativa. Esta
era uma opção fundada na recusa do projeto federal da integração Europeia, mesmo que segundo a logica
funcionalista. Por isso, coube ao Reino Unido promover muitos dos esforços de Cooperação Intergovernamental,
como a criação do Conselho da Europa. Em termos económicos, esta mesma opção norteou a criação da
Associação Europeia do Comercio Livre (EFTA), á qual aderiram a Suécia, a Suiça, a Noruega, a Dinamarca, a
Austria e Portugal. Esta associação pretendia, única e exclusivamente a criação de uma zona de comercio livre,
essencialmente de produtos industriais, não reconhecendo, por isso, qualquer fronteira (comercial) comum, muito
longe, portanto, de qualquer projeto de integração politica.
No entanto, o sucesso da integração económica Europeia, com taxas de crescimento bem superiores Àquelas do
Reino Unido, levou a que o primeiro ministro Britânico solicitasse o inicio das negociações para a entrada do Reino
Unido. No entanto, só com a demissão de De Gaulle (pr francês) é que se abriram as portas ás negociações com o
Reino Unido. Com o Reino Unido aderiram também á CEE a Dinamarca e a Irlanda.
O crescimento económico que marcou os primeiros anos do processo de integração europeia, chegou ao fim com
a crise energética no inicio da decdada de 70. No entanto, sucederam-se os pedidos de adesão á CEE , em
particular dos estados saídos de ditaduras autoritárias , aderindo , então, a Grecia, Portugal e Espanha, no
alargamento para 12 Estados-membros. Não se pode dizer que á data existissem requisitos específicos para a
adesão á União Europeia, o que levou a que os limites previstos nos tratados fossem desenvolvidos pelo Conselho
Europeu de Copenhaga e, mais tarde, reformulados no Conselho Europeu de Madrid. Assim, para aderir á UE, um
Estado deve cumprir três critérios: 1) em termos políticos o Estado candidato deve manter instituições
democráticas estáveis, sujeitas ao princípio dos Estados de Direito, bem como ao respeito pelos Direitos do
Homem e, em especial, das minorias; 2) em termos económicos, o Estado candidato deve observar o principio da
economia de mercado, sujeito ás regras do mercado e á concorrência da União ; 3) em termos da relação com o
agregado da UE, o Estado deve assumir que, entre as obrigações decorrentes da adesão, se inclui a adesão aos
objetivos de união politica, económica e monetária.
Qualquer um dos alargamentos subsequentes, esteve, por isso, sujeito aos critérios de Copenhaga, como por
exemplo a adesão da Austria, FinlÂndia e Suécia.
projeto de integração europeia deveu-se, em larga medida, À leitura da aplicabilidade direta, aos cidadãos da UE,
das obrigações emergentes dos tratados, bem como de alguns atos de Direito derivado.
Uma das principais propostas, no sentido de incrementar os pressupostos de legitimação da ação das
Comunidades surgiu com as primeiras eleições, por sufrágio universal, para o Parlamento Europeu. Assim,
pretendia-se garantir uma ligação direta com os cidadãos da Europa, independente da intermediação parlamentar
nacional, como acontecia, até então, na Assembleia Parlamentar.
Na tentativa de aprofundar o projeto politico, revelou-se a apresentação ao Parlamento Europeu de um “Projeto
do Tratado da União Europeia” da autoria de um grupo de parlamentares italianos. Aqui propunha-se a aprovação
de um novo Tratado que substituísse o Tratado de Roma, aprofundando a integração politica europeia. Apesar de
não ter sido aprovado levou a que houvesse um debate em torno da integração europeia.
No final da década de 1980, o crescente sucesso da aprovação do Ato Único Europeu, criou um ambiente de
grande otimismo quanto ao futuro da integração europeia.
Havia já sido bastante significativa a assinatura entre a Bélgica, Holanda, Luxemburgo, França e Alemanha do
chamado “Acordo de Schengen”, pelo qual se procurou promover a livre circulação das pessoas e a crescente
eliminação das fronteiras entre os estados da UE.
Neste quadro, duas importantes iniciativas da comissão Delors apresentaram-se como decisivas na integração
europeia. Propôs a convocação de uma Conferência Inter-Governamental, com vista a determinar a data para a
adoção definitiva da UEM; deu-se também a convocação da nova CIG para estudar a possibilidade de constituição
de uma União Politica. Esta ultima proposta veio a resultar no Tratado da União Europeia, um passo importante no
aprofundamento da integração politica entre os Estados-membros.
A UNIÃO EUROPEIA
A UNIÃO EUROPEIA
É caracterizada como a zona onde as mercadorias circulam livremente.
A designação de União Europeia é, neste Tratado, usada pela primeira vez, oficialmente, no processo de
integração. Assim, se marca o cumprimento de um objetivo histórico anunciado no art.º 2 do original TUE: “O
presente Tratado constitui uma nova etapa no processo criador de uma União cada vez mais estreita entre os
povos da Europa”.
Logo no artigo 1.o do TUE se estabelecia que “A União funda-se nas Comunidades Europeias, completadas pelas
políticas e formas de cooperação instituídas pelo presente Tratado”.
O primeiro pilar referia-se, pois, ao funda- mento da União Europeia no labor integracionista das Comunidades
Europeias e na sua longa e profícua história. Esta ideia de “funda-se” não é um conceito jurídico de fácil
explanação, apontando em sentido contrário face ao preconizado por SPINELLI, no Tratado da União Europeia.
Este defendia a que a União se substituísse às Comunidades Europeias, o que apenas veio a acontecer, muito
recentemente, com o Tratado de Lisboa. Pelo contrário, em 1992, pelo Tratado de Maastricht, em especial pela
previsão dos artigos 8.o, 9.o e 10.o TUE, a União Europeia absorveu a experiência da integração comunitária, tal
como plasmada nos seus Tratados, que mantiveram a sua autonomia, no Tratado da Comunidade Europeia.
Ainda assim, o Tratado de Maastricht trouxe diversas novidades na ação das comunidades, entretanto primeiro
pilar da União Europeia.
Uma das mais relevantes trata-se da introdução da cidadania Europeia que se estudará adiante. Outra importante
novidade está relacionada com a UEM, marcada pela decisão de criação da moeda única, com o nome de Euro,
em 1 de Novembro de 1999, segundo um plano faseado, que previa, de 1990 a 31 de Dezembro de 1993, a plena
liberalização da circulação de capitais, de 1 de Janeiro de 1994 a 1 de Janeiro de 1999, a coordenação das políticas
económicas e monetárias entre os Estados-membros no sentido de cumprir os “critérios de convergência” de
redução da inflação, das flutuações do câmbio entre as moedas europeias, de controlo do deficit e da dívida
pública e, finalmente, após 1 de Janeiro de 1999, a definitiva criação do Euro, com a fixação irreversível da sua
equivalência com as moedas participantes, e o estabelecimento de um Banco Central Europeu (BCE). Em 1999,
onze países acederam à “Zona Euro”: Espanha, Portugal, Itália, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, França, Alemanha,
Áustria, Irlanda e Finlândia.
O segundo pilar referia-se à Política Externa e de Segurança Comum (PESC), de algum modo retomando, passados
35 anos, o projecto de uma Comunidade Europeia de Defesa, ainda que com competências que incluem a política
externa da União. Esta matéria encontra-se alicerçada na cooperação entre os governos, permitindo empreender
acções comuns em matéria de política externa, cabendo ao Conselho Europeu, deliberando por unanimidade,
definir os princípios e orientações gerais da PESC. Numa declaração anexa ao Tratado, os Estados membros da
União Europeia Ocidental (UEO) reafirmaram este objectivo, construindo esta organização por etapas, atribuir-
-lhe, a longo prazo, o papel de se converter na componente defensiva da União.
O terceiro pilar referia-se a questões relativas à cooperação na área da Justiça e Assuntos Internos [JAI], agora
prevista como Cooperação Policial e Judicial em Matéria Penal, matérias com interesse partilhado por todos os
Estados-membros: terrorismo, imigração clandestina, política de asilo, tráfico de drogas, a delinquência
internacional, as alfândegas e a cooperação judicial. A criação da Europol, possível semente de uma futura polícia
europeia, é uma das novidades mais destacadas neste âmbito. Do mesmo modo a assinatura do “Convénio de
Shengen”, em 1990, significou um passo mais na criação de uma verdadeira Europa comunitária sem fronteiras.
Podia-se, pois, dizer que, em ambos estes pilares, vigoravam processos de deliberação segundo o método inter-
governamental, pelo qual os mecanismos de decisão se alicerçam na deliberação e decisão unânime dos Estados-
membros. Estas matérias encontravam-se, pois, na disponibilidade dos Esta- dos-membros, uma vez que operam
aqui, essencialmente, as regras de decisão gerais do Direito Internacional Público
DEPOIS DE MAASTRICHT
A ratificação do Tratado de Mastricht não foi fácil. A situação económica nos diferentes Estado não se encontrava
fácil, fruto dos constrangimentos orçamentais impostos no cumprimento dos “critérios de convergência” na
adesão á UEM, lançando duvidas sobre o processo de integração europeia nomeadamente devido ás dificuldades
encontradas na politica externa – casos dos Balcãs
O TRATADO DE NICE
Algumas questões pendentes no Tratado de Amesterdão “impuseram nova revisão dos Tratados, considerando
também a adesão a novos Estados-membros, no alargamento a 27 Estados.
As grandes alterações introduzidas pelo tratado de Nice referiam-se á necessidade de adequar os procedimentos
de decisão numa União alargada. Isto levou a que se desse a redefinição da maioria qualificada. Foram também
alterados os procedimentos de decisão, o papel do Presidente. No que diz respeito á orgânica judicial, foi
redefinida a compartição de competências entre o Tribunal de Justiça e o Tribunal de primeira instância.
O tratado de Nice introduziu a votação por maioria qualificada em cerca de trinta disposições.
A declaração final do Conselho Europeu de Laeken, de 14-15 de Dezembro de 2001, que veio definir a agenda do
debate e o método adotado para a reforma, convocando nova CIG para 2004.
O método escolhido para proceder à redação do texto do Tratado foi o modelo de Convenção, assim, procurando
garantir uma maior virtualidade participativa identificado como o défice democrático da integração europeia. A
intenção seria “assegurar uma preparação tão ampla e transparente quanto possível da próxima Conferência
Intergovernamental”, pelo que o “Conselho Europeu decidiu convocar uma Convenção composta pelos principais
participantes no debate sobre o futuro da União”, que teria por missão “debater os problemas essenciais
colocados pelo futuro desenvolvimento da União e analisar as diferentes soluções possíveis”.
A convocação de uma Convenção para a Reforma dos Tratados constitui uma importante inovação institucional,
apesar do precedente da Convenção que elaborou a Carta dos Direitos Fundamentais.
A Convenção teve a sua reunião inaugural a 28 de Fevereiro de 2002. Os trabalhos da Convenção organizaram-se
em três etapas. A primeira fase de auscultação foi caracterizada pela tentativa de alargar o âmbito do debate a
diversos níveis: a recolha, através da internet da participação direta dos cidadãos, conferências a nível dos
Estados-Membros e dos países candidatos que permitissem o debate à escala nacional, a presença de observa-
dores do Comité Económico e Social, do Comité das Regiões, dos parceiros sociais e de organizações não
governamentais.
O texto do Tratado Constitucional apresentava um renovado quadro para o funcionamento da União Europeia,
enunciando soluções que não podem aqui ser estudadas em detalhe.
Uma das principais novidades, referia-se, logo, aos princípios fundamentais da União:
O TRATADO DE LISBOA
O Tratado de Lisboa pretende alterar, sem substituir, os Tratados da União Europeia e da Comunidade Europeia,
agora renomeado por “Tratado sobre o Funcionamento da União”
O MERCADO INTERNO
É um mercado sem fronteiras de mercadorias, pessoas, serviços e capitais (artigo 26º TFUE).
O actual art. 3º , nº 3 do Tratado da União consagra que “A União estabelece um mercado interno”. Esta é a
herança do artº 2 do Tratado da Comunidade Europeia que, desde o Tratado de Roma (TCEE), acometia à
Comunidade a missão de promover a realização dos objetivos económicos e sociais aí enunciados, mediante a
“criação de um mercado comum”, parte da integração económica, ainda que funcionalizada aos objetivos políticos
originais.
Já se viu a noção de Mercado Comum e o seu papel na Teoria da Integração. No caso da União Europeia, o
Mercado Comum, também referido como Mercado Interno, encontra-se previsto, no art.º 26, nº 2 do Tratado
sobre o Funcionamento da União Europeia, como: “(...) 2. O mercado interno compreende um espaço sem
fronteiras internas no qual a livre circulação das mercadorias, das pessoas, dos serviços e dos capitais é
assegurada de acordo com as disposições dos Tratados.”. Pode-se dizer que se caracteriza pela livre circulação dos
fatores de produção, aqui referidos a pessoas (enquanto trabalhadores, mas também consumidores como se verá
a propósito da política da concorrência), capitais, estabelecimento e serviços.
A ideia que fundamenta a livre circulação dos fatores de produção, no espaço da UE, é de que a plena realização
do mercado comum europeu não se bastaria com eliminação dos entraves à livre circulação das mercadorias. A
liberalização das trocas intracomunitárias, desacompanhada de outras medi- das de fundo, não seria suficiente
para alcançar os objetivos mais ambiciosos, enunciados no artº 3 nº 3 do TUE, de uma União Europa que
“Empenha- -se no desenvolvimento sustentável da Europa, assente num crescimento económico equilibrado e na
estabilidade dos preços, numa economia social de mercado altamente competitiva que tenha como meta o pleno
emprego e o progresso social, e num elevado nível de proteção e de melhoramento da qualidade do ambiente. A
União fomenta o progresso científico e tecnológico.”. Por isso, além da livre circulação de mercadorias, típica de
uma Zona de Comércio Livre, a ideia de Mercado Comum pressupõe ainda uma coordenação/harmonização das
algumas políticas nacionais, que implica, desde logo, a adoção de políticas comuns aos diversos Estados-membros.
29º)
A liberdade de circulação consiste na proibição dos direitos aduaneiros e medidas de efeitos equivalente e nas
restrições quantitativas e medidas de efeito equivalente (medidas de efeitos equivalente são medidas que têm um
efeito equivalente a um aduaneiro independentemente da sua natureza) .
A LIBERDADE É UMA PROIBIÇÃO PORQUE EXISTEM LIMITAÇÕES:
* não há proibições absolutas, existem sempre excessões (art 36º) Para uma restrição ser admitida:
- não pode ser discriminatória
- tem de ser proporcional
- tem de cumprir um fim de ordem pública (um dos seguintes) (art 45º TFUE)
- ordem pública
- saúde pública
- segurança pública
As limitações à livre circulação de pessoas são especialmente referidas às noções de “saúde pública”, de “ordem
pública” e de “segurança pública”, nos termos do art. 45.o, n.o 3 do TFUE.
DIREITOS ADUANEIROS
São os encargos pecuniários que incidem sobre os produtos importados, no momento do desalfandegamento ou
em momento posterior, aquando da apresentação, pelo importador, da declaração desse produto com vista a
poderem colocar esses produtos em livre prática.
Existem três circunstâncias, nas quais os encargos pecuniários não são considerados de efeito equivalentes a
direitos aduaneiros, e, nessa medi- da, não são proibidos pelo Direito da UE. São os casos de esse encargo: a) fazer
parte de um sistema geral de imposições internas que se aplica quer a produtos nacionais ou estrangeiros; b) no
caso de se traduzir na contraprestação de um serviço prestado por um operador económico num montante
proporcional ao serviço prestado; ou c) de se tratar de controlos efectuados para cumprimento das obrigações
impostas pela legislação comunitária.
O conteúdo da liberdade de circulação dos trabalhadores, prevista no artº 45 nº 3 do TFUE, integra diversas
dimensões: “a) Responder a ofertas de emprego efetivamente feitas; b) Deslocar-se livremente, para o efeito, no
território dos Estados-Membros; c) Residir num dos Estados-Membros a fim de nele exercer uma atividade
laboral, em conformidade com as disposições legislativas, regulamentares e administrativas que regem o emprego
dos trabalhadores nacionais; d) Permanecer no território de um Estado-Membro depois de nele ter exercido uma
atividade laboral, nas condições que serão objeto de regulamentos a estabelecer pela Comissão”.
No entanto, os Direitos dos trabalhadores na União Europeia não se limitam a uma igualdade negativa de circular
e procurar emprego. Além disso, outros direitos são mais detalhadamente densificados em legislação ordinária,
como é o caso da igualdade de tratamento nas condições de emprego e de trabalho
Figura próxima, da liberdade de circulação dos trabalhadores, será a liberdade de circulação de serviços, e
quando for caso, de estabelecimento, que se verão adiante.
A LIBERDADE DE ESTABELECIMENTO
A liberdade de circulação de pessoas não se refere apenas ao desempenho de atividades de trabalho subordinado,
previstas anteriormente. São também proibidas “as restrições à liberdade de estabelecimento dos nacionais de
um Estado-Membro no território de outro Estado-Membro”, nos termos do artº 49 do TFUE. Todo o capítulo 2, do
Título IV, que se refere às quatro liberdades, consagra expressamente a liberdade de estabelecimento, como
permitindo o exercício de uma atividade não assalariada, que apresente características de “estabilidade e
permanência”.
DISPOSIÇÕES COMUNS
A distinção, entre a liberdade de estabelecimento e de prestação de serviços, em sentido estrito, não afasta as
duas figuras, em larga medida referidas à livre prestação de serviços, em sentido amplo, não assalariados: de for-
ma permanente (liberdade de estabelecimento) ou temporária (liberdade de prestação de serviços, em sentido
estrito). O regime respetivo é, por isso, aproximado pela remissão do artº 62 TFUE
Esta proibição de criação de entraves à livre circulação, não se limita à liberdade de estabelecimento de pessoas
singulares, mas proíbe também “restrições à constituição de agências, sucursais ou filiais pelos nacionais de um
Estado-Membro estabelecidos no território de outro Estado-Membro”. Os principais beneficiários desta liberdade
serão sempre pessoas singulares. No entanto, estende-se este regime também a pessoas coletivas que pretendam
exercer uma atividade dentro do espaço do Mercado Interno. Para este efeito, nos termos do § 2 do artº 54
entende-se por “sociedades”: “as sociedades de direito civil ou comercial, incluindo as sociedades cooperativas, e
as outras pessoas coletivas de direito público ou privado, com exceção das que não prossigam fins lucrativos”. Na
criação de um Mercado Interno proíbe-se, então, qualquer discriminação de sociedades constituídas de acordo
com a legislação de um Estados-membro e que, na União, tenham a sua sede social, administração central ou
estabelecimento principal.
Numa das mais decisivas medidas para a concretização da liberdade de estabelecimento, por facilitar o acesso e
exercício de atividades não assalariadas, o artº 53, deverão ser adotadas Diretivas relativas ao “reconhecimento
mútuo de diplomas, certificados e outros títulos, bem como a coordenação das disposições legislativas,
regulamentares e administrativas dos Estados-Membros respeitantes ao acesso às atividades não assalariadas e
ao seu exercício”, incluindo a eliminação progressiva das restrições de acesso e exercício de certas profissões,
como as profissões médicas, paramédicas e farmacêuticas. Merecem especial referência as Diretivas já adotadas
relativamente ao reconhecimento mútuo de graus académicos de ensino superior de duração igual ou superior a
três anos.
Compreensivamente, exceciona-se, nos termos do art. 51 TFUE, as atividades que, num determinado Estado-
Membro, estejam ligadas, mesmo que ocasionalmente, ao exercício da autoridade pública. Outras exceções à
liberdade de estabelecimento, nos termos do artº 52, referem-se à adoção, por parte dos Estados- membros, de
disposições legislativas, regulamentares ou administrativas, que contemplem regime especial de estabelecimento
para estrangeiros, justificadas sempre por razões de ordem pública, segurança pública e saúde pública.
É importante que as restrições à liberdade de estabelecimento, obedeçam aos três requisitos típicos: não
discriminatórias, no interesse geral, proporcionais.
DIREITO DA CONCORRÊNCIA
Uma das decorrências da necessidade de criação, na Europa, de um mercado interno é a imposição de regras
específicas relativamente á garantia da liberdade de sã concorrência dentro desse espaço sem fronteiras. Esta é
também uma das marcas que revela a raiz económica liberal/social na génese da integração europeia, assente no
direito de propriedade privada, na liberdade de iniciativa privada e no reconhecimento do respeito pelos direitos
fundamentais. O que aqui se pretende é garantir o bom funcionamento da economia integrada num Mercado
Interno. Assim melhor se garante a proteção dos cidadãos europeus, em especial na defesa da sua liberdade de
circulação, originarias na sua qualidade de consumidores.
Distinguem-se duas modalidades de intervenção dos Tratados em matéria de concorrência: 1)regras aplicáveis ás
empresas e 2) a Estados e auxílios Estatais.
A sanção para qualquer uma destas práticas é a nulidade, nos termos do artº 101 , nº2.
São, no entanto, admitidas derrogações a estas proibições, nos termos do artº 101 nº 3 do TFUE, em especial
dirigidas a qualquer acordo, ou categoria de acordos, entre empresas, a qualquer decisão, ou categoria de
decisões, de associações de empresas, e a qualquer prática concertada, ou categoria de práticas concertadas,
desde “que contribuam para melhorar a produção ou a distribuição dos produtos ou para promover o progresso
técnico ou económico, contanto que aos utilizadores se reserve uma parte equitativa do lucro daí resultante, e
que: a) Não imponham às empresas em causa quaisquer restrições que não sejam indispensáveis à consecução
desses objetivos; b) Nem dêem a essas empresas a possibilidade de eliminar a concorrência relativamente a uma
parte substancial dos produtos em causa”.
Foi esta pretensão que conduziu á aprovação do Tratado da União Europeia. O sistema de pilares aí proposto
projetava a União Europeia numa dimensão politica. Muito mudou desde Maastricht, cojm a “comunitarização” de
certas competências, inicialmente previstas nos pilares, alterando a própria configuração de União Europeia. No
entanto, as alterações mais profundas sentem-se com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, na qual se enuncia
a abolição do sistema de pilares, bem como alterações significativas nas politicas da União na criação de um
Espaço de Justiça, Liberdade e Segurança, bem como na Politica Externa e de Segurança Comum.
CLAUSULA DE SOLIDARIEDADE
Aqui se garante que a União e os seus Estados-Membros atuarão em conjunto, “num espírito de solidariedade”,
em especial referido a situações limite de ataque terrorista dirigido a um Estado-membro ou uma catástrofe de
origem natural ou humana. Para prevenir estas ameaças, na medida do possível, bem como uma ação eficaz em
caso de ocorrência, o Conselho Europeu procede a uma avaliação periódica das ameaças com as quais a União se
confronta.
Em qualquer destes casos, a União mobilizará todos os instrumentos ao seu dispor, incluindo os meios militares
dos Estados-Membros, para “a) Prevenir a ameaça terrorista no território dos Estados-Membros, proteger as
instituições democráticas e a população civil de um eventual ataque terrorista, prestar assistência a um Estado-
Membro no seu território, a pedido das suas autoridades políticas, em caso de ataque terrorista; b) Prestar
assistência a um Estado- -Membro no seu território, a pedido das suas autoridades políticas, em caso de catástrofe
natural ou de origem humana.”.
A assistência pedida pelas das autoridades políticas do Estado-Membro afetado, será coordenada no Conselho, ao
qual cabe, de igual forma a definição das regras de execução da cláusula de solidariedade, por uma decisão,
adotada sob proposta conjunta da Comissão e do Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a
Política de Segurança, que segue o processo especial do art. 31º, nº 1 TUE, caso tenha implicações no domínio da
defesa. O Parlamento Europeu é sempre informado acerca da adoção desta Decisão.
O Conselho é assistido pelo Comité Político e de Segurança, sem prejuízo do artigo 240º TFUE, com o apoio das
estruturas desenvolvidas no âmbito da política comum de segurança e defesa, e pelo Comité referido no artigo
71º, que lhe apresentam, se for caso disso, pareceres conjuntos.