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Física Computacional

Semestre letivo 2023.1

Prof. Dr. Eduardo Diniz

Universidade Federal do Maranhão

21/08/2023 a 24/12/2023
Sumário
7 - Interpolação
Sumário
7 - Interpolação
7.1 - Introdução
7.2 - Interpolação polinomial
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares
7.6 - Erros na interpolação
7.7 - Problemas com a interpolação de dados
7.8 - Interpolação por splines
7 - Interpolação

O que veremos neste capítulo


I Técnicas para interpolar um conjunto de dados utilizando funções elementares.
7.1 - Introdução

Considerações
I Em geral, os dados são fornecidos em um conjunto discreto de valores entre um contínuo
de possibilidades.
7.1 - Introdução

Considerações
I Em geral, os dados são fornecidos em um conjunto discreto de valores entre um contínuo
de possibilidades.
I Entretanto, pode ser necessário fazer estimativas em pontos que estão entre os valores
discretos ou mesmo fora do intervalo de obtenção dos dados.
7.1 - Introdução

Considerações
I Em geral, os dados são fornecidos em um conjunto discreto de valores entre um contínuo
de possibilidades.
I Entretanto, pode ser necessário fazer estimativas em pontos que estão entre os valores
discretos ou mesmo fora do intervalo de obtenção dos dados.
I Além disso, também é possível obter uma versão simplificada de uma função complicada.
7.1 - Introdução

Considerações
I Em geral, os dados são fornecidos em um conjunto discreto de valores entre um contínuo
de possibilidades.
I Entretanto, pode ser necessário fazer estimativas em pontos que estão entre os valores
discretos ou mesmo fora do intervalo de obtenção dos dados.
I Além disso, também é possível obter uma versão simplificada de uma função complicada.
I Ambos os casos podem ser realizados através de interpolações.
7.1 - Introdução

Significado
I Interpolar significa criar uma curva que passa por todos os pontos dados.
7.1 - Introdução

Características
I Essa função é chamada função interpoladora.
7.1 - Introdução

Características
I Essa função é chamada função interpoladora.
I É uma exigência sine qua non que a função interpoladora passe exatamente por todos
os pontos.
7.1 - Introdução

Características
I Essa função é chamada função interpoladora.
I É uma exigência sine qua non que a função interpoladora passe exatamente por todos
os pontos.
I Ao exigir a correspondência exata entre a função e os dados fornecidos, procedimentos
analíticos são demandados.
7.1 - Introdução

Características
I Essa função é chamada função interpoladora.
I É uma exigência sine qua non que a função interpoladora passe exatamente por todos
os pontos.
I Ao exigir a correspondência exata entre a função e os dados fornecidos, procedimentos
analíticos são demandados.
I A rigor, a função interpoladora pode ter qualquer natureza (polinomial, trigonométrica,
logarítmica, exponencial etc. ou uma combinação delas).
7.1 - Introdução

Características
I Essa função é chamada função interpoladora.
I É uma exigência sine qua non que a função interpoladora passe exatamente por todos
os pontos.
I Ao exigir a correspondência exata entre a função e os dados fornecidos, procedimentos
analíticos são demandados.
I A rigor, a função interpoladora pode ter qualquer natureza (polinomial, trigonométrica,
logarítmica, exponencial etc. ou uma combinação delas).
I Contudo, é mais comum realizar interpolações polinomiais dada a facilidade de trata-
mento analítico dessas funções.
7.2 - Interpolação polinomial

Características
I Interpolação polinomial é um caso particular do problema geral de interpolação, no qual
a família de funções é constituída de polinômios.
7.2 - Interpolação polinomial

Características
I Interpolação polinomial é um caso particular do problema geral de interpolação, no qual
a família de funções é constituída de polinômios.
I Para um dado conjunto de pontos, existe um único polinômio interpolador.
7.2 - Interpolação polinomial

Características
I Interpolação polinomial é um caso particular do problema geral de interpolação, no qual
a família de funções é constituída de polinômios.
I Para um dado conjunto de pontos, existe um único polinômio interpolador.
I Existem várias técnicas para se determinar o polinômio interpolador. Aqui veremos
três:
7.2 - Interpolação polinomial

Características
I Interpolação polinomial é um caso particular do problema geral de interpolação, no qual
a família de funções é constituída de polinômios.
I Para um dado conjunto de pontos, existe um único polinômio interpolador.
I Existem várias técnicas para se determinar o polinômio interpolador. Aqui veremos
três:
1. Polinômios interpoladores de Newton.
7.2 - Interpolação polinomial

Características
I Interpolação polinomial é um caso particular do problema geral de interpolação, no qual
a família de funções é constituída de polinômios.
I Para um dado conjunto de pontos, existe um único polinômio interpolador.
I Existem várias técnicas para se determinar o polinômio interpolador. Aqui veremos
três:
1. Polinômios interpoladores de Newton.
2. Polinômios interpoladores de Lagrange.
7.2 - Interpolação polinomial

Características
I Interpolação polinomial é um caso particular do problema geral de interpolação, no qual
a família de funções é constituída de polinômios.
I Para um dado conjunto de pontos, existe um único polinômio interpolador.
I Existem várias técnicas para se determinar o polinômio interpolador. Aqui veremos
três:
1. Polinômios interpoladores de Newton.
2. Polinômios interpoladores de Lagrange.
3. Determinação dos coeficientes por sistemas lineares.
7.2 - Interpolação polinomial

Interpolação linear
I A forma mais simples de interpolação é ligar dois pontos dados com uma reta.
7.2 - Interpolação polinomial

Interpolação linear
I A forma mais simples de interpolação é ligar dois pontos dados com uma reta.
I A técnica é chamada de interpolação linear.
7.2 - Interpolação polinomial
Interpolação linear
I Sua fórmula pode ser obtida a partir de semelhança de triângulos:
7.2 - Interpolação polinomial
Interpolação linear
I Sua fórmula pode ser obtida a partir de semelhança de triângulos:

I A partir dos triângulos

p1 (x) − f (x0 ) f (x1 ) − f (x0 )


=
x − x0 x1 − x0
7.2 - Interpolação polinomial

Fórmula de interpolação linear


I Após alguns cálculos simples, a reta p1 (x) que interpola a função f (x) pode ser obtida
a partir de
f (x1 ) − f (x0 )
p1 (x) = f (x0 ) + (x − x0 )
x1 − x0
7.2 - Interpolação polinomial

Fórmula de interpolação linear


I Após alguns cálculos simples, a reta p1 (x) que interpola a função f (x) pode ser obtida
a partir de
f (x1 ) − f (x0 )
p1 (x) = f (x0 ) + (x − x0 )
x1 − x0
I Onde o índice 1 de p1 (x) indica explicitamente o grau do polinômio.
7.2 - Interpolação polinomial

Exemplo
I Faça uma estimativa do logaritmo natural de 2 usando uma interpolação linear.
7.2 - Interpolação polinomial

Exemplo
I Faça uma estimativa do logaritmo natural de 2 usando uma interpolação linear.
I Primeiro, faça o cálculo interpolando entre ln(1) = 0 e ln(6) = 1,791759.
7.2 - Interpolação polinomial

Exemplo
I Faça uma estimativa do logaritmo natural de 2 usando uma interpolação linear.
I Primeiro, faça o cálculo interpolando entre ln(1) = 0 e ln(6) = 1,791759.
I Então, repita o procedimento, mas use o intervalo menor de ln(1) a ln(4) = 1,386294.
7.2 - Interpolação polinomial

Exemplo
I Faça uma estimativa do logaritmo natural de 2 usando uma interpolação linear.
I Primeiro, faça o cálculo interpolando entre ln(1) = 0 e ln(6) = 1,791759.
I Então, repita o procedimento, mas use o intervalo menor de ln(1) a ln(4) = 1,386294.
I Observe que o valor verdadeiro de ln(2) é 0,6931472.
7.2 - Interpolação polinomial

Exemplo
I A partir do enunciado:

x0 = 1 ⇒ f (x0 ) = 0, x1 = 4 ⇒ f (x1 ) = 1,386294, x1 = 6 ⇒ f (x1 ) = 1,791759


7.2 - Interpolação polinomial

Exemplo
I A partir do enunciado:

x0 = 1 ⇒ f (x0 ) = 0, x1 = 4 ⇒ f (x1 ) = 1,386294, x1 = 6 ⇒ f (x1 ) = 1,791759

I Para o primeiro par x0 = 1 e x1 = 6, a fórmula de interpolação linear resulta

1,791759 − 0
p1 (x) = 0 + (x − 1) ⇒ p1 (x) = 0,3583518(x − 1) ⇒ p1 (2) = 0,3583518
6−1
7.2 - Interpolação polinomial

Exemplo
I A partir do enunciado:

x0 = 1 ⇒ f (x0 ) = 0, x1 = 4 ⇒ f (x1 ) = 1,386294, x1 = 6 ⇒ f (x1 ) = 1,791759

I Para o primeiro par x0 = 1 e x1 = 6, a fórmula de interpolação linear resulta

1,791759 − 0
p1 (x) = 0 + (x − 1) ⇒ p1 (x) = 0,3583518(x − 1) ⇒ p1 (2) = 0,3583518
6−1
I Para o segundo par x0 = 1 e x1 = 4:

1,386294 − 0
p1 (x) = 0 + (x − 1) ⇒ p1 (x) = 0,462098(x − 1) ⇒ p1 (2) = 0,462098
4−1
7.2 - Interpolação polinomial
Exemplo
I Determinando os erros, a primeira interpolação erra em 48,3% e a segunda em 33,3%.
7.2 - Interpolação polinomial
Exemplo
I Determinando os erros, a primeira interpolação erra em 48,3% e a segunda em 33,3%.
I O motivo para essa redução no erro é que o segundo intervalo é menor, ou seja, os
pontos estão mais próximos do valor alvo x = 2, o que melhora a estimativa.
7.2 - Interpolação polinomial
Exemplo
I Determinando os erros, a primeira interpolação erra em 48,3% e a segunda em 33,3%.
I O motivo para essa redução no erro é que o segundo intervalo é menor, ou seja, os
pontos estão mais próximos do valor alvo x = 2, o que melhora a estimativa.
I Abaixo uma representação gráfica dessa análise.
7.2 - Interpolação polinomial

Interpolação quadrática
I Uma outra estratégia para melhorar a estimativa é introduzir alguma curvatura na
curva ligando os pontos.
7.2 - Interpolação polinomial

Interpolação quadrática
I Uma outra estratégia para melhorar a estimativa é introduzir alguma curvatura na
curva ligando os pontos.
I Se estiverem disponíveis três pontos, isso pode ser conseguido com um polinômio de
segundo grau (parábola).
7.2 - Interpolação polinomial

Interpolação quadrática
I Uma outra estratégia para melhorar a estimativa é introduzir alguma curvatura na
curva ligando os pontos.
I Se estiverem disponíveis três pontos, isso pode ser conseguido com um polinômio de
segundo grau (parábola).
I Uma fórmula particularmente conveniente para esse propósito é

p2 (x) = b0 + b1 (x − x0 ) + b2 (x − x0 )(x − x1 )
7.2 - Interpolação polinomial

Interpolação quadrática
I Uma outra estratégia para melhorar a estimativa é introduzir alguma curvatura na
curva ligando os pontos.
I Se estiverem disponíveis três pontos, isso pode ser conseguido com um polinômio de
segundo grau (parábola).
I Uma fórmula particularmente conveniente para esse propósito é

p2 (x) = b0 + b1 (x − x0 ) + b2 (x − x0 )(x − x1 )

I Note que b1 ainda representa a inclinação da reta ligando os pontos x0 e x1 .


7.2 - Interpolação polinomial

Interpolação quadrática
I Uma outra estratégia para melhorar a estimativa é introduzir alguma curvatura na
curva ligando os pontos.
I Se estiverem disponíveis três pontos, isso pode ser conseguido com um polinômio de
segundo grau (parábola).
I Uma fórmula particularmente conveniente para esse propósito é

p2 (x) = b0 + b1 (x − x0 ) + b2 (x − x0 )(x − x1 )

I Note que b1 ainda representa a inclinação da reta ligando os pontos x0 e x1 .


I Os dois primeiros termos dessa equação são equivalentes à interpolação linear de x0 a
x1 .
7.2 - Interpolação polinomial

Interpolação quadrática
I Uma outra estratégia para melhorar a estimativa é introduzir alguma curvatura na
curva ligando os pontos.
I Se estiverem disponíveis três pontos, isso pode ser conseguido com um polinômio de
segundo grau (parábola).
I Uma fórmula particularmente conveniente para esse propósito é

p2 (x) = b0 + b1 (x − x0 ) + b2 (x − x0 )(x − x1 )

I Note que b1 ainda representa a inclinação da reta ligando os pontos x0 e x1 .


I Os dois primeiros termos dessa equação são equivalentes à interpolação linear de x0 a
x1 .
I O último termo, b2 (x − x0 )(x − x1 ) introduz a curvatura de segundo grau na fórmula.
7.2 - Interpolação polinomial

Coeficientes da interpolação quadrática


I Substituindo os pontos (x0 , f (x0 )), (x1 , f (x1 )) e (x2 , f (x2 )) na expressão anterior, após
alguma álgebra simples, chegamos à determinação dos coeficientes b0 , b1 e b2 na forma

b0 = f (x0 )

f (x1 ) − f (x0 )
b1 =
x1 − x0

f (x2 ) − f (x1 ) f (x1 ) − f (x0 )



x2 − x1 x1 − x0
b2 =
x2 − x0
7.2 - Interpolação polinomial

Exemplo
I Faça uma estimativa do logaritmo natural de 2 usando uma interpolação quadrática
dos pontos x0 = 1, x1 = 4 e x2 = 6. Calcule o erro relativo dessa estimativa.
7.2 - Interpolação polinomial

Exemplo
I Faça uma estimativa do logaritmo natural de 2 usando uma interpolação quadrática
dos pontos x0 = 1, x1 = 4 e x2 = 6. Calcule o erro relativo dessa estimativa.
I Os pontos:

x0 = 1, f (x0 ) = 0; x1 = 4, f (x1 ) = 1,386294; x1 = 6, f (x1 ) = 1,791759


7.2 - Interpolação polinomial

Exemplo
I Faça uma estimativa do logaritmo natural de 2 usando uma interpolação quadrática
dos pontos x0 = 1, x1 = 4 e x2 = 6. Calcule o erro relativo dessa estimativa.
I Os pontos:

x0 = 1, f (x0 ) = 0; x1 = 4, f (x1 ) = 1,386294; x1 = 6, f (x1 ) = 1,791759

I Determinam os coeficientes de forma que

b0 = 0; b1 = 0,462098; b2 = −0,0518731
7.2 - Interpolação polinomial

Exemplo
I Levando a uma estimativa para ln(2) como p2 (2) = 0,565844.
7.2 - Interpolação polinomial

Exemplo
I Levando a uma estimativa para ln(2) como p2 (2) = 0,565844.
I Para a interpolação quadrática, o erro relativo é de 18,4%.
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Introdução
I Os procedimentos usados na interpolação linear e quadrática podem ser generalizados
para um número qualquer de pontos.
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Introdução
I Os procedimentos usados na interpolação linear e quadrática podem ser generalizados
para um número qualquer de pontos.
I Assumindo que sejam dados n + 1 pontos (x0 , y0 ), (x1 , y1 ), ..., (xn , yn ) com yi = f (xi ),
o polinômio interpolador de grau n é

pn (x) = b0 + b1 (x − x0 ) + b2 (x − x0 )(x − x1 ) + . . . + bn (x − x0 )(x − x1 ) · · · (x − xn−1 )


7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Introdução
I Os procedimentos usados na interpolação linear e quadrática podem ser generalizados
para um número qualquer de pontos.
I Assumindo que sejam dados n + 1 pontos (x0 , y0 ), (x1 , y1 ), ..., (xn , yn ) com yi = f (xi ),
o polinômio interpolador de grau n é

pn (x) = b0 + b1 (x − x0 ) + b2 (x − x0 )(x − x1 ) + . . . + bn (x − x0 )(x − x1 ) · · · (x − xn−1 )

I Determinando os coeficientes bi , encontra-se o polinômio interpolador.


7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Introdução
I Os procedimentos usados na interpolação linear e quadrática podem ser generalizados
para um número qualquer de pontos.
I Assumindo que sejam dados n + 1 pontos (x0 , y0 ), (x1 , y1 ), ..., (xn , yn ) com yi = f (xi ),
o polinômio interpolador de grau n é

pn (x) = b0 + b1 (x − x0 ) + b2 (x − x0 )(x − x1 ) + . . . + bn (x − x0 )(x − x1 ) · · · (x − xn−1 )

I Determinando os coeficientes bi , encontra-se o polinômio interpolador.


I Os valores de x não precisam estar ordenados para se aplicar o método.
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Diferenças divididas de Newton


I De acordo com a forma anterior

pn (x) = b0 + b1 (x − x0 ) + b2 (x − x0 )(x − x1 ) + . . . + bn (x − x0 )(x − x1 ) · · · (x − xn−1 )


7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Diferenças divididas de Newton


I De acordo com a forma anterior

pn (x) = b0 + b1 (x − x0 ) + b2 (x − x0 )(x − x1 ) + . . . + bn (x − x0 )(x − x1 ) · · · (x − xn−1 )

I A substituição dos pontos (xi , yi ) gera o sistema triangular inferior:




 b0 = y0




 b0 + b1 (x1 − x0 ) = y1

b0 + b1 (x2 − x0 ) + b2 (x2 − x0 )(x2 − x1 ) = y2
...







b0 + b1 (xn − x0 ) + . . . + bn (xn − x0 )(xn − x1 ) · · · (xn − xn−1 ) = yn

7.3 - Polinômios interpoladores de Newton
Diferenças divididas de Newton
I Resolvendo para os coeficientes b



































7.3 - Polinômios interpoladores de Newton
Diferenças divididas de Newton
I Resolvendo para os coeficientes b

 b0 = y 0






y1 − b0


b1 =


x1 − x0








 y2 − b1 (x2 − x0 ) − b0
b2 =


(x2 − x0 )(x2 − x1 )








..



.
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton
Diferenças divididas de Newton
I Resolvendo para os coeficientes b

 b0 = y 0






y1 − b0 y1 − y0


b1 = =


x1 − x0 x1 − x0








 y2 − b1 (x2 − x0 ) − b0
b2 =


(x2 − x0 )(x2 − x1 )








..



.
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton
Diferenças divididas de Newton
I Resolvendo para os coeficientes b

 b0 = y 0






y1 − b0 y1 − y0


b1 = =


x1 − x0 x1 − x0






y2 − y1 y1 − y0
 −

 y2 − b (x
1 2 − x 0 ) − b 0 x − x1 x1 − x0
b2 = = 2


(x2 − x0 )(x2 − x1 ) x2 − x0








..



.
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton
Diferenças divididas de Newton
I Resolvendo para os coeficientes b

 b0 = y 0






y1 − b0 y1 − y0


b1 = =


x1 − x0 x1 − x0






y2 − y1 y1 − y0
 −

 y2 − b (x
1 2 − x 0 ) − b 0 x − x1 x1 − x0
b2 = = 2


(x2 − x0 )(x2 − x1 ) x2 − x0








..



.

I Nota-se que há um padrão na estrutura dos coeficientes.


7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Diferenças divididas de Newton


I Definindo-se as diferenças divididas finitas como:

f (xi ) − f (xj )


 f [xi , xj ] =
xi − xj








f [xi , xj ] − f [xj , xk ]



f [xi , xj , xk ] =



 xi − xk

 f [xi , xj , xk ] − f [xj , xk , xl ]

 f [xi , xj , xk , xl ] =
xi − xl



..





 .
f [xn , xn−1 , . . . , x1 ] − f [xn−1 , xn−2 , . . . , x0 ]



f [xn , xn−1 , . . . , x1 , x0 ] =

xn − x0
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Diferenças divididas de Newton


I As diferenças divididas são assim chamadas:
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Diferenças divididas de Newton


I As diferenças divididas são assim chamadas:
I f [xi , xj ]: primeira diferença dividida finita.
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Diferenças divididas de Newton


I As diferenças divididas são assim chamadas:
I f [xi , xj ]: primeira diferença dividida finita.
I f [xi , xj , xk ]: segunda diferença dividida finita (diferença das duas primeiras diferenças
divididas).
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Diferenças divididas de Newton


I As diferenças divididas são assim chamadas:
I f [xi , xj ]: primeira diferença dividida finita.
I f [xi , xj , xk ]: segunda diferença dividida finita (diferença das duas primeiras diferenças
divididas).
..
I .
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Diferenças divididas de Newton


I As diferenças divididas são assim chamadas:
I f [xi , xj ]: primeira diferença dividida finita.
I f [xi , xj , xk ]: segunda diferença dividida finita (diferença das duas primeiras diferenças
divididas).
..
I .
I f [xn , xn−1 , . . . , x1 , x0 ]: n-ésima diferença dividida finita.
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Diferenças divididas de Newton


I As diferenças divididas são assim chamadas:
I f [xi , xj ]: primeira diferença dividida finita.
I f [xi , xj , xk ]: segunda diferença dividida finita (diferença das duas primeiras diferenças
divididas).
..
I .
I f [xn , xn−1 , . . . , x1 , x0 ]: n-ésima diferença dividida finita.
I As diferenças divididas de Newton tem relação com as derivadas numéricas, que
serão vistas mais adiante.
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Coeficientes do polinômio de Newton


I Com a definição das diferenças finitas, os coeficientes do polinômio de Newton são dados
por:


 b0 = f [x0 ]

 b = f [x1 , x0 ]
 1


b2 = f [x2 , x1 , x0 ]
 .
..





bn = f [xn , xn−1 , . . . , x1 , x0 ]
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Polinômio interpolador de Newton


I O polinômio interpolador por diferenças divididas de Newton pode, então, ser
escrito como:
pn (x) = f (x0 ) + f [x1 , x0 ](x − x0 ) + f [x2 , x1 , x0 ](x − x0 )(x − x1 )+
. . . + f [xn , xn−1 , . . . , x1 , x0 ](x − x0 )(x − x1 ) · · · (x − xn−1 )
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Esquema de diferenças divididas de Newton - exemplo com três pontos


I Diferenças divididas de ordem superior dependem das imediatamente anteriores. As
quantidades em destaque são usadas no polinômio interpolador de Newton.
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ]

x0 f (x0 ) = y0
f (x1 ) − f (x0 )
f [x1 , x0 ] =
x1 − x0
f [x2 , x1 ] − f [x1 , x0 ]
x1 f (x1 ) = y1 f [x2 , x1 , x0 ] =
x 2 − x0
f (x2 ) − f (x1 )
f [x2 , x1 ] =
x2 − x1
x2 f (x2 ) = y2
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Faça uma nova estimativa de ln(2) com um polinômio interpolador de Newton de ter-
ceiro grau. Use os pontos dos exemplos anteriores x0 = 1, x1 = 4, x2 = 6 e adicione
um quarto ponto x3 = 5 ⇒ f (x3 ) = 1,609438. Determine o erro relativo da estimativa.
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Faça uma nova estimativa de ln(2) com um polinômio interpolador de Newton de ter-
ceiro grau. Use os pontos dos exemplos anteriores x0 = 1, x1 = 4, x2 = 6 e adicione
um quarto ponto x3 = 5 ⇒ f (x3 ) = 1,609438. Determine o erro relativo da estimativa.
I Os valores dados são:
i 0 1 2 3
xi 1 4 6 5
f (xi ) 0 1,386294 1,791759 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000

4 1,386294

6 1,791759

5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton
Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
1,386294 − 0,000000
4−1
4 1,386294

6 1,791759

5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294

6 1,791759

5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton
Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294
1,791759 − 1,386294
6−4
6 1,791759

5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294
0,2027325
6 1,791759

5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton
Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294
0,2027325
6 1,791759
1,609438 − 1,791759
5−6
5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294
0,2027325
6 1,791759
0,1823210
5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton
Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
0,4620980
0,2027325 − 0,4620980
4 1,386294
6−1
0,2027325
6 1,791759
0,1823210
5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294 −0,0518731
0,2027325
6 1,791759
0,1823210
5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton
Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294 −0,0518731
0,2027325
0,1823210 − 0,2027325
6 1,791759
5−4
0,1823210
5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294 −0,0518731
0,2027325
6 1,791759 −0,0204115
0,1823210
5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton
Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294 −0,0518731
−0,0204115 − (−0,0518731)
0,2027325
5−1
6 1,791759 −0,0204115
0,1823210
5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294 −0,0518731
0,2027325 0,0078654
6 1,791759 −0,0204115
0,1823210
5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294 -0,0518731
0,2027325 0,0078654
6 1,791759 −0,0204115
0,1823210
5 1,609438
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Construindo o esquema das diferenças divididas:
xi f (xi ) f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294 -0,0518731
0,2027325 0,0078654
6 1,791759 −0,0204115
0,1823210
5 1,609438
I Portanto, o polinômio interpolador do terceiro grau p3 (x) é

p3 (x) = 0,4620980(x − 1) − 0,0518731(x − 1)(x − 4) + 0,0078654(x − 1)(x − 4)(x − 6)


7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Calculando o valor p3 (2) = 0,6287674.
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Calculando o valor p3 (2) = 0,6287674.
I O erro associado a essa estimativa é de 9,3%.
7.3 - Polinômios interpoladores de Newton

Exemplo
I Calculando o valor p3 (2) = 0,6287674.
I O erro associado a essa estimativa é de 9,3%.
I A seguir uma representação gráfica da interpolação feita.
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Definição
I Outra maneira clássica de resolver o problema da interpolação polinomial é através dos
polinômios de Lagrange.
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Definição
I Outra maneira clássica de resolver o problema da interpolação polinomial é através dos
polinômios de Lagrange.
I O polinômio interpolador de Lagrange é simplesmente uma reformulação do polinômio
de Newton que evita o cálculo de diferenças divididas.
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Definição
I Outra maneira clássica de resolver o problema da interpolação polinomial é através dos
polinômios de Lagrange.
I O polinômio interpolador de Lagrange é simplesmente uma reformulação do polinômio
de Newton que evita o cálculo de diferenças divididas.
I Ele pode ser representado concisamente por:
n n n
X X Y x − xj
pn (x) = f (xi )Li (x) = yi Li (x); Li (x) =
i=0 i=0
x − xj
j=0 i
j6=i
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Determine as formas polinomiais de Lagrange para uma interpolação linear e quadrática.
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Para uma interpolação linear, necessariamente n = 1:









n
Y x − xj 

Li (x) = ⇒
j=0 i
x − xj 


j6=i







7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Para uma interpolação linear, necessariamente n = 1:
1

 Y x − xj

 L0 (x) =
x − xj

j=0 0




n
Y x − xj 
 j6 = 0
Li (x) = ⇒
j=0 i
x − xj  1
x − xj

 Y
j6=i

L1 (x) =


x − xj

j=0 1


j6=1
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Para uma interpolação linear, necessariamente n = 1:
1

 Y x − xj x − x1

 L0 (x) = =
x − xj x0 − x1

j=0 0




n
Y x − xj 
 j6 = 0
Li (x) = ⇒
j=0 i
x − xj  1
x − xj

 Y
j6=i

L1 (x) =


x − xj

j=0 1


j6=1
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Para uma interpolação linear, necessariamente n = 1:
1

 Y x − xj x − x1

 L0 (x) = =
x − xj x0 − x1

j=0 0




n
Y x − xj 
 j6 = 0
Li (x) = ⇒
j=0 i
x − xj  1
x − xj x − x0

 Y
j6=i

L1 (x) = =


x − x x 1 − x0


 j=0 1 j
j6=1
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Para uma interpolação linear, necessariamente n = 1:
1

 Y x − xj x − x1

 L0 (x) = =
x − xj x0 − x1

j=0 0




n
Y x − xj 
 j6 = 0
Li (x) = ⇒
j=0 i
x − xj  1
x − xj x − x0

 Y
j6=i

L1 (x) = =


x − x x 1 − x0


 j=0 1 j
j6=1

I Portanto:
x − x1 x − x0
p1 (x) = f (x0 ) + f (x1 )
x0 − x1 x1 − x0
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange
Exemplo
I Para uma interpolação quadrática, n = 2:

















n


Y x − xj 
Li (x) = ⇒
j=0 i
x − xj 


j6=i
















7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange
Exemplo
I Para uma interpolação quadrática, n = 2:
2

 Y x − xj

 L 0 (x) =
x − xj

j=0 0





 j6=0





2

x − xj
n


x − xj  Y
L (x) =
Y
Li (x) = ⇒ 1
x − xj j=0 1
x − xj
j=0 i


 j6=1
j6=i






2

x − xj

 Y


 L 2 (x) =
x − xj

j=0 2



j6=2
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange
Exemplo
I Para uma interpolação quadrática, n = 2:
2

 Y x − xj x − x1 x − x2

 L 0 (x) = =
x − x x 0 − x1 x0 − x2

0 j

j=0




 j6=0





2

x − xj
n


x − xj  Y
L (x) =
Y
Li (x) = ⇒ 1
x − xj j=0 1
x − xj
j=0 i


 j6=1
j6=i






2

x − xj

 Y


 L 2 (x) =
x − xj

j=0 2



j6=2
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange
Exemplo
I Para uma interpolação quadrática, n = 2:
2

 Y x − xj x − x1 x − x2

 L 0 (x) = =
x − x x 0 − x1 x0 − x2

0 j

j=0




 j6=0





2

x − xj x − x0 x − x2
n


x − xj  Y
L (x) = =
Y
Li (x) = ⇒ 1
x − xj j=0 1
x − xj x1 − x0 x1 − x2
j=0 i


 j6=1
j6=i






2

x − xj

 Y


 L 2 (x) =
x − xj

j=0 2



j6=2
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange
Exemplo
I Para uma interpolação quadrática, n = 2:
2

 Y x − xj x − x1 x − x2

 L 0 (x) = =
x − x x 0 − x1 x0 − x2

0 j

j=0




 j6=0





2

x − xj x − x0 x − x2
n


x − xj  Y
L (x) = =
Y
Li (x) = ⇒ 1
x − xj j=0 1
x − xj x1 − x0 x1 − x2
j=0 i


 j6=1
j6=i






2

x − xj x − x0 x − x1

 Y


 L 2 (x) = =
x − x x 2 − x0 x2 − x1

2 j

j=0


j6=2
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Portanto:
(x − x1 )(x − x2 ) (x − x0 )(x − x2 ) (x − x0 )(x − x1 )
p2 (x) = f (x0 ) + f (x1 ) + f (x2 )
(x0 − x1 )(x0 − x2 ) (x1 − x0 )(x1 − x2 ) (x2 − x0 )(x2 − x1 )
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Estime o valor de ln(2) usando o polinômio de Lagrange. Use interpolação linear e
quadrática usando os pontos

x0 = 1, f (x0 ) = 0; x1 = 4, f (x1 ) = 1,86294; x2 = 6, f (x2 ) = 1,91760


7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Estime o valor de ln(2) usando o polinômio de Lagrange. Use interpolação linear e
quadrática usando os pontos

x0 = 1, f (x0 ) = 0; x1 = 4, f (x1 ) = 1,86294; x2 = 6, f (x2 ) = 1,91760

I Para a interpolação linear, usando x0 e x1 , obtemos diretamente:

x − x1 x − x0 2−4 2−1
p1 (x) = f (x0 ) + f (x1 ) ⇒ p1 (2) = 0 · + 1,86294 ·
x0 − x1 x1 − x0 1−4 4−1
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Estime o valor de ln(2) usando o polinômio de Lagrange. Use interpolação linear e
quadrática usando os pontos

x0 = 1, f (x0 ) = 0; x1 = 4, f (x1 ) = 1,86294; x2 = 6, f (x2 ) = 1,91760

I Para a interpolação linear, usando x0 e x1 , obtemos diretamente:

x − x1 x − x0 2−4 2−1
p1 (x) = f (x0 ) + f (x1 ) ⇒ p1 (2) = 0 · + 1,86294 ·
x0 − x1 x1 − x0 1−4 4−1
I Retornando p1 (2) = 0,462098, o mesmo valor obtido pelo polinômio de Newton.
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Para a interpolação quadrática, vamos usar todos os pontos:

x0 = 1, f (x0 ) = 0; x1 = 4, f (x1 ) = 1,86294; x2 = 6, f (x2 ) = 1,91760


7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Para a interpolação quadrática, vamos usar todos os pontos:

x0 = 1, f (x0 ) = 0; x1 = 4, f (x1 ) = 1,86294; x2 = 6, f (x2 ) = 1,91760

I Do polinômio de Lagrange:

(x − x1 )(x − x2 ) (x − x0 )(x − x2 ) (x − x0 )(x − x1 )


p2 (x) = f (x0 ) + f (x1 ) + f (x2 )
(x0 − x1 )(x0 − x2 ) (x1 − x0 )(x1 − x2 ) (x2 − x0 )(x2 − x1 )
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Para a interpolação quadrática, vamos usar todos os pontos:

x0 = 1, f (x0 ) = 0; x1 = 4, f (x1 ) = 1,86294; x2 = 6, f (x2 ) = 1,91760

I Do polinômio de Lagrange:

(x − x1 )(x − x2 ) (x − x0 )(x − x2 ) (x − x0 )(x − x1 )


p2 (x) = f (x0 ) + f (x1 ) + f (x2 )
(x0 − x1 )(x0 − x2 ) (x1 − x0 )(x1 − x2 ) (x2 − x0 )(x2 − x1 )
I Obtemos diretamente para x = 2:

(2 − 4)(2 − 6) (2 − 1)(2 − 6) (2 − 1)(2 − 4)


p2 (2) = 0 · + 1,86294 · + 1,91760 ·
(1 − 4)(1 − 6) (4 − 1)(4 − 6) (6 − 1)(6 − 4)
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Exemplo
I Para a interpolação quadrática, vamos usar todos os pontos:

x0 = 1, f (x0 ) = 0; x1 = 4, f (x1 ) = 1,86294; x2 = 6, f (x2 ) = 1,91760

I Do polinômio de Lagrange:

(x − x1 )(x − x2 ) (x − x0 )(x − x2 ) (x − x0 )(x − x1 )


p2 (x) = f (x0 ) + f (x1 ) + f (x2 )
(x0 − x1 )(x0 − x2 ) (x1 − x0 )(x1 − x2 ) (x2 − x0 )(x2 − x1 )
I Obtemos diretamente para x = 2:

(2 − 4)(2 − 6) (2 − 1)(2 − 6) (2 − 1)(2 − 4)


p2 (2) = 0 · + 1,86294 · + 1,91760 ·
(1 − 4)(1 − 6) (4 − 1)(4 − 6) (6 − 1)(6 − 4)
I Retornando p2 (2) = 0,565844, como antes.
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Interpretação geométrica
I O raciocínio por trás da formulação de Lagrange pode ser entendido diretamente
percebendo-se que cada termo Li (x) será 1 em x = xi e 0 em todos os outros pon-
tos da amostra:
n
(
Y x − xj 1, i = k
Li (x) = ⇒ Li (xk ) =
x
j=0 i
− x j 0, i 6= k
j6=i
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Interpretação geométrica
I O raciocínio por trás da formulação de Lagrange pode ser entendido diretamente
percebendo-se que cada termo Li (x) será 1 em x = xi e 0 em todos os outros pon-
tos da amostra:
n
(
Y x − xj 1, i = k
Li (x) = ⇒ Li (xk ) =
x
j=0 i
− x j 0, i 6= k
j6=i

I Logo, cada produto f (xi )Li (x) assume o valor f (xi ) no ponto xi da amostra.
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Interpretação geométrica
I O raciocínio por trás da formulação de Lagrange pode ser entendido diretamente
percebendo-se que cada termo Li (x) será 1 em x = xi e 0 em todos os outros pon-
tos da amostra:
n
(
Y x − xj 1, i = k
Li (x) = ⇒ Li (xk ) =
x
j=0 i
− x j 0, i 6= k
j6=i

I Logo, cada produto f (xi )Li (x) assume o valor f (xi ) no ponto xi da amostra.
I Consequentemente, o somatório de todos os produtos indicados no polinômio de La-
grange é o único polinômio de grau n que passa exatamente por todos os n + 1 pontos
dados.
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Interpretação geométrica
I A seguir uma figura para ilustrar essa ideia:
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Comandos Maxima
I A interpolação polinomial no Maxima é feita com a função lagrange() invocada do
pacote interpol.
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Comandos Maxima
I A interpolação polinomial no Maxima é feita com a função lagrange() invocada do
pacote interpol.
I Como exemplo, para interpolar um conjunto de três pontos (x0 , y0 ), (x1 , y1 ), (x2 , y2 ):
load(interpol);
lagrange(
[
[x0,y0],[x1,y1],[x2,y2]
]
);
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Comandos Maxima
I A interpolação polinomial no Maxima é feita com a função lagrange() invocada do
pacote interpol.
I Como exemplo, para interpolar um conjunto de três pontos (x0 , y0 ), (x1 , y1 ), (x2 , y2 ):
load(interpol);
lagrange(
[
[x0,y0],[x1,y1],[x2,y2]
]
);
Pn
I A saída retorna um polinômio na forma de Lagrange i=0 yi Li (x).
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Comandos Maxima
I Opcionalmente, para expandir o resultado:
load(interpol);
expand(
lagrange(
[
[x0,y0],[x1,y1],[x2,y2]
]
)
);
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Comandos Maxima
I Opcionalmente, para expandir o resultado:
load(interpol);
expand(
lagrange(
[
[x0,y0],[x1,y1],[x2,y2]
]
)
);
I Isso deixa a saída na forma ni=0 ai xi .
P
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Comandos Maxima
I Quando se deseja mudar o símbolo da variável para, por exemplo, t, basta adicionar a
opção varname=t após a lista de pontos:
load(interpol);
lagrange(
[
[x0,y0],[x1,y1],[x2,y2]
],
varname=t
);
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Comandos Maxima
I Para criar uma função p(x) com o resultado da interpolação:
load(interpol);
p(x):=”(
lagrange(
[
[x0,y0],[x1,y1],[x2,y2]
]
)
)
7.4 - Polinômios interpoladores de Lagrange

Comandos Maxima
I É possível criar uma variável para armazenar os dados de entrada e realizar a interpo-
lação dessa variável:
dados:[
[x0,y0],[x1,y1],[x2,y2]
];
load(interpol);
lagrange(
dados
)
)
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Considerações
I Embora ambos os polinômios, de Newton e de Lagrange, sejam adequados para a deter-
minação de valores intermediários entre pontos, não fornecem um polinômio conveniente
na forma convencional

p(x) = a0 + a1 x + a2 x2 + . . . + an xn
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Considerações
I Embora ambos os polinômios, de Newton e de Lagrange, sejam adequados para a deter-
minação de valores intermediários entre pontos, não fornecem um polinômio conveniente
na forma convencional

p(x) = a0 + a1 x + a2 x2 + . . . + an xn

I Um método direto para calcular os coeficientes desses polinômios é baseado no fato de


que são necessários n + 1 pontos dados para determinar os n + 1 coeficientes.
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Considerações
I Logo, equações algébricas lineares simultâneas podem ser usadas para calcular os ai :

2 n

a0 + a1 x0 + a2 x0 + . . . + an x0 = y0

 2 n
a0 + a1 x1 + a2 x1 + . . . + an x1 = y1



a0 + a1 x2 + a2 x22 + . . . + an xn2 = y2

 ..



 .
a0 + a1 xn + a2 x2n + . . . + an xnn = yn

7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Considerações
I Logo, equações algébricas lineares simultâneas podem ser usadas para calcular os ai :

2 n

a0 + a1 x0 + a2 x0 + . . . + an x0 = y0

 2 n
a0 + a1 x1 + a2 x1 + . . . + an x1 = y1



a0 + a1 x2 + a2 x22 + . . . + an xn2 = y2

 ..



 .
a0 + a1 xn + a2 x2n + . . . + an xnn = yn

I Lembrando que todos os xi e yi são conhecidos.


7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Considerações
I Logo, equações algébricas lineares simultâneas podem ser usadas para calcular os ai :

2 n

a0 + a1 x0 + a2 x0 + . . . + an x0 = y0

 2 n
a0 + a1 x1 + a2 x1 + . . . + an x1 = y1



a0 + a1 x2 + a2 x22 + . . . + an xn2 = y2

 ..



 .
a0 + a1 xn + a2 x2n + . . . + an xnn = yn

I Lembrando que todos os xi e yi são conhecidos.


I Dessa forma, basta aplicar qualquer uma das técnicas usadas para resolução de sistemas
lineares para se encontrar os valores dos coeficientes e assim determinar o polinômio
interpolador.
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Encontre o polinômio interpolador que passa pelos pontos {(0, 1), (1, 6), (2, 5), (3, −8)}.
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Encontre o polinômio interpolador que passa pelos pontos {(0, 1), (1, 6), (2, 5), (3, −8)}.
I Como são dados 4 pontos, devemos encontrar um polinômio interpolador de grau 3:
p(x) = a0 + a1 x + a2 x2 + a3 x3 . Assim:


 a0 + a1 x0 + a2 x20 + a3 x30 = y0
a + a x + a x2 + a x3

= y1
0 1 1 2 1 3 1


 a0 + a1 x2 + a2 x2 + a3 x32
2
= y2
a0 + a1 x3 + a2 x23 + a3 x33 = y3

7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares
Exemplo
I Montando o sistema de acordo com os dados fornecidos


 a0 + a1 · (0) + a2 · (0)2 + a3 · (0)3 = 1
a + a · (1) + a · (1)2 + a · (1)3 = 6

0 1 2 3
2 3


 a0 + a1 · (2) + a2 · (2) + a3 · (2) = 5
2 3
a0 + a1 · (3) + a2 · (3) + a3 · (3) = −8

7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares
Exemplo
I Montando o sistema de acordo com os dados fornecidos
 

 a0 + a1 · (0) + a2 · (0)2 + a3 · (0)3 = 1 
 a0 =1
a + a · (1) + a · (1)2 + a · (1)3 = 6
 
a + a + a + a =6
0 1 2 3 0 1 2 3
2 3



 a0 + a1 · (2) + a2 · (2) + a3 · (2) = 5 

 a0 + 2a 1 + 4a2 + 8a3 =5
2 3
a0 + a1 · (3) + a2 · (3) + a3 · (3) = −8 a0 + 3a1 + 9a2 + 27a3 = −8
 

I Que pode ser resolvido usando uma das técnicas diretas aprendidas anteriormente.
Vamos resolver por escalonamento.
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares
Exemplo
I Montando o sistema de acordo com os dados fornecidos
 

 a0 + a1 · (0) + a2 · (0)2 + a3 · (0)3 = 1 
 a0 =1
a + a · (1) + a · (1)2 + a · (1)3 = 6
 
a + a + a + a =6
0 1 2 3 0 1 2 3
2 3



 a0 + a1 · (2) + a2 · (2) + a3 · (2) = 5 

 a0 + 2a 1 + 4a2 + 8a3 =5
2 3
a0 + a1 · (3) + a2 · (3) + a3 · (3) = −8 a0 + 3a1 + 9a2 + 27a3 = −8
 

I Que pode ser resolvido usando uma das técnicas diretas aprendidas anteriormente.
Vamos resolver por escalonamento.
I A matriz estendida fica  
1 0 0 0 1
1 1 1 1 6
[A|b] = 
1 2 4 8

5
1 3 9 27 −8
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Aplicando a técnica para anular os elementos abaixo do pivô a11 = 1:
 
1 0 0 0 1
1 1 1 1 6
[A|b] =  ∼
1 2 4 8 5
1 3 9 27 −8
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Aplicando a técnica para anular os elementos abaixo do pivô a11 = 1:
   
1 0 0 0 1 1 0 0 0 1
1 1 1 1 6 0 1 1 1 5
[A|b] =  ∼  
1 2 4 8 5 0 2 4 8 4
1 3 9 27 −8 0 3 9 27 −9
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Aplicando a técnica para anular os elementos abaixo do pivô a11 = 1:
   
1 0 0 0 1 1 0 0 0 1
1 1 1 1 6 0 1 1 1 5
[A|b] =  ∼  
1 2 4 8 5 0 2 4 8 4
1 3 9 27 −8 0 3 9 27 −9

I Anulando os elementos abaixo do pivô a022 = 1:


 
1 0 0 0 1
0 1 1 1 5
[A|b] ∼ 
0 2
∼
4 8 4
0 3 9 27 −9
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Aplicando a técnica para anular os elementos abaixo do pivô a11 = 1:
   
1 0 0 0 1 1 0 0 0 1
1 1 1 1 6 0 1 1 1 5
[A|b] =  ∼  
1 2 4 8 5 0 2 4 8 4
1 3 9 27 −8 0 3 9 27 −9

I Anulando os elementos abaixo do pivô a022 = 1:


   
1 0 0 0 1 1 0 0 0 1
0 1 1 1 5 0 1 1 1 5 
[A|b] ∼  ∼  
0 2 4 8 4 0 0 2 6 −6 
0 3 9 27 −9 0 0 6 24 −24
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Anulando os elementos abaixo do pivô a0033 = 2:
 
1 0 0 0 1
0 1 1 1 5 
[A|b] ∼  ∼
0 0 2 6 −6 
0 0 6 24 −24
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Anulando os elementos abaixo do pivô a0033 = 2:
   
1 0 0 0 1 1 0 0 0 1
0 1 1 1 5  0 1 1 1 5
[A|b] ∼  ∼  
0 0 2 6 −6  0 0 2 6 −6
0 0 6 24 −24 0 0 0 6 −6
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Anulando os elementos abaixo do pivô a0033 = 2:
   
1 0 0 0 1 1 0 0 0 1
0 1 1 1 5  0 1 1 1 5
[A|b] ∼  ∼  
0 0 2 6 −6  0 0 2 6 −6
0 0 6 24 −24 0 0 0 6 −6

I Anulando os elementos acima do pivô a000


44 = 6:
 
1 0 0 0 1
0 1 1 1 5
[A|b] ∼  ∼
0 0 2 6 −6
0 0 0 6 −6
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Anulando os elementos abaixo do pivô a0033 = 2:
   
1 0 0 0 1 1 0 0 0 1
0 1 1 1 5  0 1 1 1 5
[A|b] ∼  ∼  
0 0 2 6 −6  0 0 2 6 −6
0 0 6 24 −24 0 0 0 6 −6

I Anulando os elementos acima do pivô a000


44 = 6:
   
1 0 0 0 1 1 0 0 0 1
0 1 1 1 5 0 1 1 0 6
[A|b] ∼  ∼  
0 0 2 6 −6 0 0 2 0 0
0 0 0 6 −6 0 0 0 6 −6
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Finalmente anulando os elementos acima do pivô a0000
33 = 2:
 
1 0 0 0 1
0 1 1 0 6 
[A|b] ∼ 
0 0 2 0 0  ∼

0 0 0 6 −6
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Finalmente anulando os elementos acima do pivô a0000
33 = 2:
   
1 0 0 0 1 1 0 0 0 1
0 1 1 0 6  0 1 0 0 6
[A|b] ∼ 
0 0 2 0 0  ∼ 0 0 2
  
0 0
0 0 0 6 −6 0 0 0 6 −6
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Reescalando os elementos da diagonal principal:
 
1 0 0 0 1
0 1 0 0 6
[A|b] ∼ 
0
∼
0 2 0 0
0 0 0 6 −6
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Reescalando os elementos da diagonal principal:
   
1 0 0 0 1 1 0 0 0 1
0 1 0 0 6 0 1 0 0 6
[A|b] ∼ 
0
∼  
0 2 0 0 0 0 1 0 0
0 0 0 6 −6 0 0 0 1 −1
7.5 - Determinação dos coeficientes por sistemas lineares

Exemplo
I Reescalando os elementos da diagonal principal:
   
1 0 0 0 1 1 0 0 0 1
0 1 0 0 6 0 1 0 0 6
[A|b] ∼ 
0
∼  
0 2 0 0 0 0 1 0 0
0 0 0 6 −6 0 0 0 1 −1

I Solução: a0 = 1, a1 = 6, a2 = 0, a3 = −1, produzindo o polinômio interpolador


p(x) = 1 + 6x − x3 .
7.6 - Erros na interpolação

Considerações
I A interpolação polinomial de uma função obviamente é uma aproximação. Portanto,
erros estão associados a esta operação.
7.6 - Erros na interpolação

Considerações
I A interpolação polinomial de uma função obviamente é uma aproximação. Portanto,
erros estão associados a esta operação.
I Dada a natureza da interpolação polinomial, esses erros são exemplos de erros de
truncamento.
7.6 - Erros na interpolação

Considerações
I A interpolação polinomial de uma função obviamente é uma aproximação. Portanto,
erros estão associados a esta operação.
I Dada a natureza da interpolação polinomial, esses erros são exemplos de erros de
truncamento.
I A avaliação dos erros na interpolação polinomial é feita a partir do polinômio inter-
polador de Newton e da estimativa dos erros na série de Taylor.
7.6 - Erros na interpolação

Erros na série de Taylor


I Considere uma função f (x) de forma que ela e suas n + 1 derivadas são contínuas em
torno de um ponto x = x0 .
7.6 - Erros na interpolação

Erros na série de Taylor


I Considere uma função f (x) de forma que ela e suas n + 1 derivadas são contínuas em
torno de um ponto x = x0 .
I A série de Taylor dessa função em torno de x = x0 é dada por

f 00 (x0 )
f (x) = f (x0 ) + f 0 (x0 )(x − x0 ) + (x − x0 )2
2!
f 000 (x0 ) f (n) (x0 )
+ (x − x0 )3 + . . . + (x − x0 )n + Rn
3! n!
7.6 - Erros na interpolação

Erros na série de Taylor


I Considere uma função f (x) de forma que ela e suas n + 1 derivadas são contínuas em
torno de um ponto x = x0 .
I A série de Taylor dessa função em torno de x = x0 é dada por

f 00 (x0 )
f (x) = f (x0 ) + f 0 (x0 )(x − x0 ) + (x − x0 )2
2!
f 000 (x0 ) f (n) (x0 )
+ (x − x0 )3 + . . . + (x − x0 )n + Rn
3! n!
I O termo Rn é chamado resto da série, sendo o erro de truncamento associado à subs-
tituição da função f (x) pela aproximação em série de Taylor até ordem n.
7.6 - Erros na interpolação

Erros na série de Taylor


I O valor de Rn é dado por
x
(x − t)n
Z
Rn = f (n+1) (t) dt
x0 n!
7.6 - Erros na interpolação

Erros na série de Taylor


I O valor de Rn é dado por
x
(x − t)n
Z
Rn = f (n+1) (t) dt
x0 n!
I Esse resultado pode ser simplificado usando o teorema do valor médio para integrais:

f (n+1) (ξ)
Rn = (x − x0 )n+1
(n + 1)!
7.6 - Erros na interpolação

Erros na série de Taylor


I O valor de Rn é dado por
x
(x − t)n
Z
Rn = f (n+1) (t) dt
x0 n!
I Esse resultado pode ser simplificado usando o teorema do valor médio para integrais:

f (n+1) (ξ)
Rn = (x − x0 )n+1
(n + 1)!
I Onde ξ é um ponto entre x0 e x.
7.6 - Erros na interpolação

Erros na série de Taylor


I O valor de Rn é dado por
x
(x − t)n
Z
Rn = f (n+1) (t) dt
x0 n!
I Esse resultado pode ser simplificado usando o teorema do valor médio para integrais:

f (n+1) (ξ)
Rn = (x − x0 )n+1
(n + 1)!
I Onde ξ é um ponto entre x0 e x.
I A última expressão para o resto é chamada de forma derivada ou forma de Lagrange.
7.6 - Erros na interpolação

Erro de truncamento na interpolação polinomial


I Dado o erro de truncamento da série de Taylor, uma forma análoga para o erro na
interpolação polinomial é dada por

f (n+1) (ξ)
Rn = (x − x0 )(x − x1 )(x − x2 ) · · · (x − xn )
(n + 1)!
7.6 - Erros na interpolação

Erro de truncamento na interpolação polinomial


I Dado o erro de truncamento da série de Taylor, uma forma análoga para o erro na
interpolação polinomial é dada por

f (n+1) (ξ)
Rn = (x − x0 )(x − x1 )(x − x2 ) · · · (x − xn )
(n + 1)!
I Onde {x0 , x1 , . . . , xn } são os pontos interpolados e ξ é um ponto dentro do intervalo de
dados.
7.6 - Erros na interpolação

Erro de truncamento na interpolação polinomial


I Para que a fórmula anterior seja calculável, é necessário derivar a função (n + 1) vezes.
7.6 - Erros na interpolação

Erro de truncamento na interpolação polinomial


I Para que a fórmula anterior seja calculável, é necessário derivar a função (n + 1) vezes.
I Em geral isso não é possível, seja pela natureza da função, seja porque temos apenas
dados (pontos discretos).
7.6 - Erros na interpolação

Erro de truncamento na interpolação polinomial


I Para que a fórmula anterior seja calculável, é necessário derivar a função (n + 1) vezes.
I Em geral isso não é possível, seja pela natureza da função, seja porque temos apenas
dados (pontos discretos).
I Felizmente há uma alternativa, que é usar a diferença dividida finita para aproximar a
avaliação analítica da derivada:

Rn = f [x, xn , xn−1 , . . . , x1 , x0 ](x − x0 )(x − x1 )(x − x2 ) · · · (x − xn )


7.6 - Erros na interpolação

Erro de truncamento na interpolação polinomial


I Como a variável x está presente na expressão anterior, ela não serve para determinar o
valor do erro.
7.6 - Erros na interpolação

Erro de truncamento na interpolação polinomial


I Como a variável x está presente na expressão anterior, ela não serve para determinar o
valor do erro.
I Contudo, se estiver disponível mais um dado adicional xn+1 , então o erro Rn pode ser
estimado a partir de

Rn ≈ f [xn+1 , xn , xn−1 , . . . , x1 , x0 ](x − x0 )(x − x1 )(x − x2 ) · · · (x − xn )


7.6 - Erros na interpolação

Exemplo
I Revisite o problema de estimar ln(2) usando interpolação quadrática, avaliando o erro
pela fórmula recém-deduzida.
7.6 - Erros na interpolação

Exemplo
I Revisite o problema de estimar ln(2) usando interpolação quadrática, avaliando o erro
pela fórmula recém-deduzida.
I Os pontos dados eram x = {1, 4, 6} com um ponto adicional x = 5.
7.6 - Erros na interpolação

Exemplo
I Revisite o problema de estimar ln(2) usando interpolação quadrática, avaliando o erro
pela fórmula recém-deduzida.
I Os pontos dados eram x = {1, 4, 6} com um ponto adicional x = 5.
I Pela fórmula do erro de truncamento:

Rn ≈ f [xn+1 , xn , xn−1 , . . . , x1 , x0 ](x − x0 )(x − x1 )(x − x2 ) · · · (x − xn )


7.6 - Erros na interpolação

Exemplo
I Revisite o problema de estimar ln(2) usando interpolação quadrática, avaliando o erro
pela fórmula recém-deduzida.
I Os pontos dados eram x = {1, 4, 6} com um ponto adicional x = 5.
I Pela fórmula do erro de truncamento:

Rn ≈ f [xn+1 , xn , xn−1 , . . . , x1 , x0 ](x − x0 )(x − x1 )(x − x2 ) · · · (x − xn )

I Para a situação do exemplo:

R2 ≈ f [5, 6, 4, 1](x − 1)(x − 4)(x − 6)


7.6 - Erros na interpolação

Exemplo
I Revisite o problema de estimar ln(2) usando interpolação quadrática, avaliando o erro
pela fórmula recém-deduzida.
I Os pontos dados eram x = {1, 4, 6} com um ponto adicional x = 5.
I Pela fórmula do erro de truncamento:

Rn ≈ f [xn+1 , xn , xn−1 , . . . , x1 , x0 ](x − x0 )(x − x1 )(x − x2 ) · · · (x − xn )

I Para a situação do exemplo:

R2 ≈ f [5, 6, 4, 1](x − 1)(x − 4)(x − 6)

I Precisamos avaliar f [5, 6, 4, 1], o que foi feito antes.


7.6 - Erros na interpolação

Exemplo
I Resgatando o quadro das diferenças divididas:
xi f [xi ] f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 , ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294 -0,0518731
0,2027325 0,0078654
6 1,791759 -0,0204115
0,1823210
5 1,609438
7.6 - Erros na interpolação

Exemplo
I Resgatando o quadro das diferenças divididas:
xi f [xi ] f [xi , xi−1 ] f [xi , xi−1 , xi−2 ] f [xi , xi−1 , xi−2 , xi−3 , ]
1 0,000000
0,4620980
4 1,386294 -0,0518731
0,2027325 0,0078654
6 1,791759 -0,0204115
0,1823210
5 1,609438
I O número que nos interessa é o mais à direita: f [5, 6, 4, 1] ≈ 0,0078654.
7.6 - Erros na interpolação

Exemplo
I Assim, o erro R2 avaliado para o ponto x = 2 retorna

R2 ≈ 0,0078654(2 − 1)(2 − 4)(2 − 6) ≈ 0,0629232


7.6 - Erros na interpolação

Exemplo
I Assim, o erro R2 avaliado para o ponto x = 2 retorna

R2 ≈ 0,0078654(2 − 1)(2 − 4)(2 − 6) ≈ 0,0629232

I A interpolação polinomial quadrática produz

ln(6) ln(4)
p2 (x) = (x − 1)(x − 4) − (x − 1)(x − 6)
10 6
7.6 - Erros na interpolação

Exemplo
I Assim, o erro R2 avaliado para o ponto x = 2 retorna

R2 ≈ 0,0078654(2 − 1)(2 − 4)(2 − 6) ≈ 0,0629232

I A interpolação polinomial quadrática produz

ln(6) ln(4)
p2 (x) = (x − 1)(x − 4) − (x − 1)(x − 6)
10 6
I O erro verdadeiro, calculado a partir da diferença entre o valor exato e a interpolação
quadrática, é
ln(2) − p2 (2) ≈ 0,127303
7.6 - Erros na interpolação

Exemplo
I Assim, o erro R2 avaliado para o ponto x = 2 retorna

R2 ≈ 0,0078654(2 − 1)(2 − 4)(2 − 6) ≈ 0,0629232

I A interpolação polinomial quadrática produz

ln(6) ln(4)
p2 (x) = (x − 1)(x − 4) − (x − 1)(x − 6)
10 6
I O erro verdadeiro, calculado a partir da diferença entre o valor exato e a interpolação
quadrática, é
ln(2) − p2 (2) ≈ 0,127303
I O erro estimado em R2 é da mesma ordem de grandeza do erro verdadeiro.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Considerações
I A interpolação polinomial pode ser uma técnica para estimar valores desconhecidos a
partir de um conjunto de pontos conhecidos.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Considerações
I A interpolação polinomial pode ser uma técnica para estimar valores desconhecidos a
partir de um conjunto de pontos conhecidos.
I Contudo, duas situações podem gerar grandes problemas de precisão que podem levar
a interpretações incorretas do fenômeno:
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Considerações
I A interpolação polinomial pode ser uma técnica para estimar valores desconhecidos a
partir de um conjunto de pontos conhecidos.
I Contudo, duas situações podem gerar grandes problemas de precisão que podem levar
a interpretações incorretas do fenômeno:
1. Extrapolação.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Considerações
I A interpolação polinomial pode ser uma técnica para estimar valores desconhecidos a
partir de um conjunto de pontos conhecidos.
I Contudo, duas situações podem gerar grandes problemas de precisão que podem levar
a interpretações incorretas do fenômeno:
1. Extrapolação.
2. Interpolação com um número muito grande de pontos (polinômio interpolador de alto
grau).
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Considerações
I A interpolação polinomial pode ser uma técnica para estimar valores desconhecidos a
partir de um conjunto de pontos conhecidos.
I Contudo, duas situações podem gerar grandes problemas de precisão que podem levar
a interpretações incorretas do fenômeno:
1. Extrapolação.
2. Interpolação com um número muito grande de pontos (polinômio interpolador de alto
grau).
I Vamos discutir cada uma delas.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Extrapolação
I A extrapolação é o processo de fazer uma estimativa de um valor de f (x) que está fora
do intervalo dos pontos base conhecidos, x0 , x1 , . . . , xn .
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Extrapolação
I A extrapolação é o processo de fazer uma estimativa de um valor de f (x) que está fora
do intervalo dos pontos base conhecidos, x0 , x1 , . . . , xn .
I A interpolação mais acurada é geralmente obtida quando a incógnita está perto do
centro dos pontos base.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Extrapolação
I A extrapolação é o processo de fazer uma estimativa de um valor de f (x) que está fora
do intervalo dos pontos base conhecidos, x0 , x1 , . . . , xn .
I A interpolação mais acurada é geralmente obtida quando a incógnita está perto do
centro dos pontos base.
I Obviamente, isso é violado quando a incógnita está fora do intervalo, já que, para
qualquer polinômio vale
lim |px (x)| = ∞
x→±∞
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Extrapolação
I A extrapolação é o processo de fazer uma estimativa de um valor de f (x) que está fora
do intervalo dos pontos base conhecidos, x0 , x1 , . . . , xn .
I A interpolação mais acurada é geralmente obtida quando a incógnita está perto do
centro dos pontos base.
I Obviamente, isso é violado quando a incógnita está fora do intervalo, já que, para
qualquer polinômio vale
lim |px (x)| = ∞
x→±∞

I Consequentemente, o erro na extrapolação pode ser muito alto.


7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Exemplo
I Obtenha o polinômio interpolador da curva exp(−x) usando x0 = −1, x1 = 0 e x2 = 1.
Estime o valor de exp(2) usando o polinômio obtido e compare com o valor exato.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Exemplo
I Obtenha o polinômio interpolador da curva exp(−x) usando x0 = −1, x1 = 0 e x2 = 1.
Estime o valor de exp(2) usando o polinômio obtido e compare com o valor exato.
I O polinômio interpolador exato é:
   
e 1 2 e 1
p2 (x) = + −1 x − − x+1
2 2e 2 2e
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Exemplo
I Obtenha o polinômio interpolador da curva exp(−x) usando x0 = −1, x1 = 0 e x2 = 1.
Estime o valor de exp(2) usando o polinômio obtido e compare com o valor exato.
I O polinômio interpolador exato é:
   
e 1 2 e 1
p2 (x) = + −1 x − − x+1
2 2e 2 2e
I Onde e = 2,7182818 . . . é o conhecido número de Euler.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Exemplo
I O gráfico abaixo ilustra a situação:
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Exemplo
I O gráfico abaixo ilustra a situação:

I O resultado da estimativa da extrapolação é p2 (2) = e + 3/e − 3 ≈ 0,821920 . . ., que


representa um erro de 507% em comparação com o valor exato 1/e2 .
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Extrapolação
I Como descrito no exemplo anterior, a natureza de extremidade aberta da extrapolação
representa um passo no desconhecido, pois o processo estende a curva além da região
conhecida.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Extrapolação
I Como descrito no exemplo anterior, a natureza de extremidade aberta da extrapolação
representa um passo no desconhecido, pois o processo estende a curva além da região
conhecida.
I Dessa forma, a curva verdadeira poderia facilmente divergir da previsão.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Extrapolação
I Como descrito no exemplo anterior, a natureza de extremidade aberta da extrapolação
representa um passo no desconhecido, pois o processo estende a curva além da região
conhecida.
I Dessa forma, a curva verdadeira poderia facilmente divergir da previsão.
I Portanto, deve-se tomar extremo cuidado quando ocorrer um caso no qual seja preciso
extrapolar.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Polinômio interpolador de alto grau


I Para a estimativa de um valor dentro do intervalo dos dados, a interpolação oferece
valores razoáveis, contudo, algumas ressalvas devem ser feitas.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Polinômio interpolador de alto grau


I Para a estimativa de um valor dentro do intervalo dos dados, a interpolação oferece
valores razoáveis, contudo, algumas ressalvas devem ser feitas.
I Se a quantidade de pontos for muito grande, a curva da interpolação capturaria todas
as oscilações sugeridas por esses pontos.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Polinômio interpolador de alto grau


I Para a estimativa de um valor dentro do intervalo dos dados, a interpolação oferece
valores razoáveis, contudo, algumas ressalvas devem ser feitas.
I Se a quantidade de pontos for muito grande, a curva da interpolação capturaria todas
as oscilações sugeridas por esses pontos.
I Essas oscilações podem ser indesejadas ou refletir um comportamento inadequado do
fenômeno.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Polinômio interpolador de alto grau


I Para a estimativa de um valor dentro do intervalo dos dados, a interpolação oferece
valores razoáveis, contudo, algumas ressalvas devem ser feitas.
I Se a quantidade de pontos for muito grande, a curva da interpolação capturaria todas
as oscilações sugeridas por esses pontos.
I Essas oscilações podem ser indesejadas ou refletir um comportamento inadequado do
fenômeno.
I Normalmente ocorrem próximo às fronteiras dos dados fornecidos, o que está associado
com o problema da extrapolação.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Exemplo
I Faça a interpolação polinomial dos seguintes pontos:
x y
−5 −1,000
−4 −1,000
−3 −0,995
−2 −0,964
−1 −0,762
0 0,000
1 0,762
2 0,964
3 0,995
4 1,000
5 1,000
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Exemplo
I A situação é ilustrada abaixo.
7.7 - Problemas com a interpolação de dados

Exemplo
I A situação é ilustrada abaixo.

I Note o comportamento destoante da curva próximo aos extremos dos dados.


7.8 - Interpolação por splines

Considerações
I Quando o polinômio interpolador possui um alto grau, vimos que principalmente pró-
ximo às fronteiras podem ocorrer comportamentos destoantes da curva relativamente
aos dados.
7.8 - Interpolação por splines

Considerações
I Quando o polinômio interpolador possui um alto grau, vimos que principalmente pró-
ximo às fronteiras podem ocorrer comportamentos destoantes da curva relativamente
aos dados.
I Tais comportamentos podem levar a análises totalmente equivocadas do fenômeno.
7.8 - Interpolação por splines

Considerações
I Quando o polinômio interpolador possui um alto grau, vimos que principalmente pró-
ximo às fronteiras podem ocorrer comportamentos destoantes da curva relativamente
aos dados.
I Tais comportamentos podem levar a análises totalmente equivocadas do fenômeno.
I Uma abordagem alternativa é aplicar polinômios de grau mais baixo a subconjuntos
dos pontos dados.
7.8 - Interpolação por splines

Considerações
I Quando o polinômio interpolador possui um alto grau, vimos que principalmente pró-
ximo às fronteiras podem ocorrer comportamentos destoantes da curva relativamente
aos dados.
I Tais comportamentos podem levar a análises totalmente equivocadas do fenômeno.
I Uma abordagem alternativa é aplicar polinômios de grau mais baixo a subconjuntos
dos pontos dados.
I Normalmente se faz essa aplicação a pares de pontos. Portanto, é importante ordenar
os valores de x antes de se realizar tal procedimento.
7.8 - Interpolação por splines

Considerações
I Quando o polinômio interpolador possui um alto grau, vimos que principalmente pró-
ximo às fronteiras podem ocorrer comportamentos destoantes da curva relativamente
aos dados.
I Tais comportamentos podem levar a análises totalmente equivocadas do fenômeno.
I Uma abordagem alternativa é aplicar polinômios de grau mais baixo a subconjuntos
dos pontos dados.
I Normalmente se faz essa aplicação a pares de pontos. Portanto, é importante ordenar
os valores de x antes de se realizar tal procedimento.
I Por ter um grau mais baixo, esses polinômios possuem menos “liberdade”, ou seja, estão
menos sujeitos àquelas oscilações indesejadas mostradas anteriormente.
7.8 - Interpolação por splines

Considerações
I Quando o polinômio interpolador possui um alto grau, vimos que principalmente pró-
ximo às fronteiras podem ocorrer comportamentos destoantes da curva relativamente
aos dados.
I Tais comportamentos podem levar a análises totalmente equivocadas do fenômeno.
I Uma abordagem alternativa é aplicar polinômios de grau mais baixo a subconjuntos
dos pontos dados.
I Normalmente se faz essa aplicação a pares de pontos. Portanto, é importante ordenar
os valores de x antes de se realizar tal procedimento.
I Por ter um grau mais baixo, esses polinômios possuem menos “liberdade”, ou seja, estão
menos sujeitos àquelas oscilações indesejadas mostradas anteriormente.
I Tais polinômios conectadores são chamados funções splines.
7.8 - Interpolação por splines

Considerações
I Quando o polinômio interpolador possui um alto grau, vimos que principalmente pró-
ximo às fronteiras podem ocorrer comportamentos destoantes da curva relativamente
aos dados.
I Tais comportamentos podem levar a análises totalmente equivocadas do fenômeno.
I Uma abordagem alternativa é aplicar polinômios de grau mais baixo a subconjuntos
dos pontos dados.
I Normalmente se faz essa aplicação a pares de pontos. Portanto, é importante ordenar
os valores de x antes de se realizar tal procedimento.
I Por ter um grau mais baixo, esses polinômios possuem menos “liberdade”, ou seja, estão
menos sujeitos àquelas oscilações indesejadas mostradas anteriormente.
I Tais polinômios conectadores são chamados funções splines.
I Os tipos principais de splines são o linear e cúbico.
7.8 - Interpolação por splines
Splines lineares
I A ligação mais simples entre dois pontos é uma reta.
7.8 - Interpolação por splines
Splines lineares
I A ligação mais simples entre dois pontos é uma reta.
I Os splines de primeiro grau para um grupo de pontos ordenados podem ser definidos
como um conjunto de funções lineares

p(x) = y0 + m0 (x − x0 ),


x0 6 x 6 x1
p(x) = y1 + m1 (x − x1 ),

x1 6 x 6 x2
 .
..



p(x) = yn−1 + mn−1 (x − xn−1 ), xn−1 6 x 6 xn

onde mi é a inclinação da reta ligando os pontos:


yi+1 − yi
mi =
xi+1 − xi
7.8 - Interpolação por splines
Splines lineares
I A ligação mais simples entre dois pontos é uma reta.
I Os splines de primeiro grau para um grupo de pontos ordenados podem ser definidos
como um conjunto de funções lineares

p(x) = y0 + m0 (x − x0 ),


x0 6 x 6 x1
p(x) = y1 + m1 (x − x1 ),

x1 6 x 6 x2
 .
..



p(x) = yn−1 + mn−1 (x − xn−1 ), xn−1 6 x 6 xn

onde mi é a inclinação da reta ligando os pontos:


yi+1 − yi
mi =
xi+1 − xi
I A única exigência do spline linear é que a função interpoladora deva ser contínua.
7.8 - Interpolação por splines

Splines lineares
I Essas equações podem ser usadas para calcular a função em qualquer ponto entre x0 e
xn , primeiro localizando-se o intervalo no qual o ponto se encontra.
7.8 - Interpolação por splines

Splines lineares
I Essas equações podem ser usadas para calcular a função em qualquer ponto entre x0 e
xn , primeiro localizando-se o intervalo no qual o ponto se encontra.
I A seguir, a equação apropriada é usada para determinar o valor da função dentro do
intervalo.
7.8 - Interpolação por splines

Splines lineares
I Essas equações podem ser usadas para calcular a função em qualquer ponto entre x0 e
xn , primeiro localizando-se o intervalo no qual o ponto se encontra.
I A seguir, a equação apropriada é usada para determinar o valor da função dentro do
intervalo.
I O método é obviamente idêntico à interpolação linear.
7.8 - Interpolação por splines

Comandos Maxima
I Splines lineares fazem parte do pacote interpol. São invocados pela função
linearinterpol().
7.8 - Interpolação por splines

Comandos Maxima
I Splines lineares fazem parte do pacote interpol. São invocados pela função
linearinterpol().
I Como exemplo, para interpolar um conjunto de três pontos (x0 , y0 ), (x1 , y1 ), (x2 , y2 ):
load(interpol);
linearinterpol(
[
[x0,y0],[x1,y1],[x2,y2]
]
);
7.8 - Interpolação por splines

Comandos Maxima
I Splines lineares fazem parte do pacote interpol. São invocados pela função
linearinterpol().
I Como exemplo, para interpolar um conjunto de três pontos (x0 , y0 ), (x1 , y1 ), (x2 , y2 ):
load(interpol);
linearinterpol(
[
[x0,y0],[x1,y1],[x2,y2]
]
);
I Os comentários e opções feitos para a função lagrange() servem para a
linearinterpol().
7.8 - Interpolação por splines

Exemplo
I Faça o spline linear dos pontos
x 0 1 2 3 4 5
y 0 4 3 0 2 0
7.8 - Interpolação por splines
Exemplo
I A função desejada possui a forma

y1 − y0


 p(x) = y0 + (x − x0 ), x0 6 x 6 x1
x 1 − x0








 y2 − y1
p(x) = y1 + (x − x1 ), x1 6 x 6 x2


2 − x1



 x




 y3 − y2
p(x) = y2 + (x − x2 ), x2 6 x 6 x3

 x3 − x2



y4 − y3




 p(x) = y3 + (x − x3 ), x3 6 x 6 x4
x4 − x3







y − y4


p(x) = y4 + 5 (x − x4 ),

 x4 6 x 6 x5
x5 − x4
7.8 - Interpolação por splines
Exemplo
I A função desejada possui a forma

4−0


 p(x) = 0 + (x − 0), 06x61
1−0







3−4


(x − 1),


 p(x) = 4 + 16x62



 2−1



 0−3
p(x) = 3 + (x − 2), 26x63

 3−2



2−0




 p(x) = 0 + (x − 3), 36x64
4−3







0−2


(x − 4),

p(x) = 2 +
 46x65
5−4
7.8 - Interpolação por splines

Exemplo
I A função desejada possui a forma


 p(x) = 4x, 06x61





p(x) = −x + 5,




 16x62




p(x) = −3x + 9, 26x63









 p(x) = 2x − 6, 36x64





p(x) = −2x + 10, 46x65

7.8 - Interpolação por splines
Exemplo
I A figura abaixo ilustra a solução:
7.8 - Interpolação por splines

Splines lineares
I A principal desvantagem dos splines lineares é que eles não são lisos.
7.8 - Interpolação por splines

Splines lineares
I A principal desvantagem dos splines lineares é que eles não são lisos.
I Essencialmente, nos pontos dados nos quais dois splines se encontram (chamados nós),
a inclinação varia abruptamente.
7.8 - Interpolação por splines

Splines lineares
I A principal desvantagem dos splines lineares é que eles não são lisos.
I Essencialmente, nos pontos dados nos quais dois splines se encontram (chamados nós),
a inclinação varia abruptamente.
I Fisicamente, a primeira derivada da função é descontínua nesses pontos.
7.8 - Interpolação por splines

Splines lineares
I A principal desvantagem dos splines lineares é que eles não são lisos.
I Essencialmente, nos pontos dados nos quais dois splines se encontram (chamados nós),
a inclinação varia abruptamente.
I Fisicamente, a primeira derivada da função é descontínua nesses pontos.
I Essa descontinuidade torna-se um problema em inúmeras situações onde precisa-se ava-
liar a taxa de variação de alguma grandeza (velocidade, aceleração, corrente elétrica,
potência, gradientes etc.).
7.8 - Interpolação por splines

Splines lineares
I A principal desvantagem dos splines lineares é que eles não são lisos.
I Essencialmente, nos pontos dados nos quais dois splines se encontram (chamados nós),
a inclinação varia abruptamente.
I Fisicamente, a primeira derivada da função é descontínua nesses pontos.
I Essa descontinuidade torna-se um problema em inúmeras situações onde precisa-se ava-
liar a taxa de variação de alguma grandeza (velocidade, aceleração, corrente elétrica,
potência, gradientes etc.).
I Tal deficiência é superada usando-se splines polinomiais de grau mais alto, que garantem
que eles sejam lisos nos nós, igualando as derivadas em tais pontos.
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I Polinômios de terceiro grau ou splines cúbicos que garantam continuidade das deri-
vadas primeira e segunda são usados mais frequentemente na prática.
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I Polinômios de terceiro grau ou splines cúbicos que garantam continuidade das deri-
vadas primeira e segunda são usados mais frequentemente na prática.
I Embora derivadas de terceira ordem ou superior possam ser descontínuas
quando usando splines cúbicos, elas não podem ser detectadas visualmente e,
consequentemente, são ignoradas.
7.8 - Interpolação por splines
Splines cúbicos
I A razão física para adotar splines cúbicos, vem do comportamento físico de réguas
delgadas com estrutura elástica homogênea e perfil uniforme sujeitas aos vínculos re-
presentados pelos pontos do conjunto dado.
7.8 - Interpolação por splines
Splines cúbicos
I A razão física para adotar splines cúbicos, vem do comportamento físico de réguas
delgadas com estrutura elástica homogênea e perfil uniforme sujeitas aos vínculos re-
presentados pelos pontos do conjunto dado.
I A equação diferencial que rege o comportamento do perfil dessas réguas é um caso
particular da equação da viga de Euler-Bernoulli, que para essa situação tem a forma

d4 y
=0
dx4
7.8 - Interpolação por splines
Splines cúbicos
I A razão física para adotar splines cúbicos, vem do comportamento físico de réguas
delgadas com estrutura elástica homogênea e perfil uniforme sujeitas aos vínculos re-
presentados pelos pontos do conjunto dado.
I A equação diferencial que rege o comportamento do perfil dessas réguas é um caso
particular da equação da viga de Euler-Bernoulli, que para essa situação tem a forma

d4 y
=0
dx4
I Cuja solução geral é um polinômio de grau 3.
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I O objetivo nos splines cúbicos é determinar um polinômio de grau 3 para cada intervalo
entre os nós, como em
p(x) = ai x3 + bi x2 + ci x + di
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I O objetivo nos splines cúbicos é determinar um polinômio de grau 3 para cada intervalo
entre os nós, como em
p(x) = ai x3 + bi x2 + ci x + di
I Logo, para n + 1 pontos dados (i = 0, 1, 2, . . . , n), existem n intervalos e, consequente-
mente, 4n constantes indeterminadas para calcular.
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I O objetivo nos splines cúbicos é determinar um polinômio de grau 3 para cada intervalo
entre os nós, como em
p(x) = ai x3 + bi x2 + ci x + di
I Logo, para n + 1 pontos dados (i = 0, 1, 2, . . . , n), existem n intervalos e, consequente-
mente, 4n constantes indeterminadas para calcular.
I Precisamos de 4n condições ou equações para resolver as incógnitas.
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I As 4n condições são as seguinte:
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I As 4n condições são as seguinte:
1. Interpolação: dados e polinômios devem ser iguais em todos os nós (n + 1 condições).
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I As 4n condições são as seguinte:
1. Interpolação: dados e polinômios devem ser iguais em todos os nós (n + 1 condições).
2. Continuidade da função: polinômios adjacentes devem ser iguais nos nós interiores
(n − 1 condições).
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I As 4n condições são as seguinte:
1. Interpolação: dados e polinômios devem ser iguais em todos os nós (n + 1 condições).
2. Continuidade da função: polinômios adjacentes devem ser iguais nos nós interiores
(n − 1 condições).
3. Continuidade da derivada primeira: as derivadas primeiras nos nós interiores devem ser
iguais (n − 1 condições).
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I As 4n condições são as seguinte:
1. Interpolação: dados e polinômios devem ser iguais em todos os nós (n + 1 condições).
2. Continuidade da função: polinômios adjacentes devem ser iguais nos nós interiores
(n − 1 condições).
3. Continuidade da derivada primeira: as derivadas primeiras nos nós interiores devem ser
iguais (n − 1 condições).
4. Continuidade da derivada segunda: as derivadas segundas nos nós interiores devem ser
iguais (n − 1 condições).
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I As 4n condições são as seguinte:
1. Interpolação: dados e polinômios devem ser iguais em todos os nós (n + 1 condições).
2. Continuidade da função: polinômios adjacentes devem ser iguais nos nós interiores
(n − 1 condições).
3. Continuidade da derivada primeira: as derivadas primeiras nos nós interiores devem ser
iguais (n − 1 condições).
4. Continuidade da derivada segunda: as derivadas segundas nos nós interiores devem ser
iguais (n − 1 condições).
5. Extremos retos: as derivadas segundas nos nós extremos são nulas (2 condições)
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I As 4n condições são as seguinte:
1. Interpolação: dados e polinômios devem ser iguais em todos os nós (n + 1 condições).
2. Continuidade da função: polinômios adjacentes devem ser iguais nos nós interiores
(n − 1 condições).
3. Continuidade da derivada primeira: as derivadas primeiras nos nós interiores devem ser
iguais (n − 1 condições).
4. Continuidade da derivada segunda: as derivadas segundas nos nós interiores devem ser
iguais (n − 1 condições).
5. Extremos retos: as derivadas segundas nos nós extremos são nulas (2 condições)
I As condições envolvendo derivadas tornam o spline liso.
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I As 4n condições são as seguinte:
1. Interpolação: dados e polinômios devem ser iguais em todos os nós (n + 1 condições).
2. Continuidade da função: polinômios adjacentes devem ser iguais nos nós interiores
(n − 1 condições).
3. Continuidade da derivada primeira: as derivadas primeiras nos nós interiores devem ser
iguais (n − 1 condições).
4. Continuidade da derivada segunda: as derivadas segundas nos nós interiores devem ser
iguais (n − 1 condições).
5. Extremos retos: as derivadas segundas nos nós extremos são nulas (2 condições)
I As condições envolvendo derivadas tornam o spline liso.
I A interpretação visual da condição 5 é que a função se torna uma reta nos nós extremos.
7.8 - Interpolação por splines

Splines cúbicos
I As 4n condições são as seguinte:
1. Interpolação: dados e polinômios devem ser iguais em todos os nós (n + 1 condições).
2. Continuidade da função: polinômios adjacentes devem ser iguais nos nós interiores
(n − 1 condições).
3. Continuidade da derivada primeira: as derivadas primeiras nos nós interiores devem ser
iguais (n − 1 condições).
4. Continuidade da derivada segunda: as derivadas segundas nos nós interiores devem ser
iguais (n − 1 condições).
5. Extremos retos: as derivadas segundas nos nós extremos são nulas (2 condições)
I As condições envolvendo derivadas tornam o spline liso.
I A interpretação visual da condição 5 é que a função se torna uma reta nos nós extremos.
I Tais condições nas extremidades leva ao que é chamado de spline “natural”.
7.8 - Interpolação por splines
Splines cúbicos
I Colocando de outra maneira:
1. Dados e polinômios devem ser iguais (n + 1 condições).
2. Nós internos: polinômios, derivadas primeiras e segundas são iguais (3n − 3 condições).
3. Nós externos: derivadas segundas são nulas (2 condições).
7.8 - Interpolação por splines

Comandos Maxima
I Splines cúbicos também fazem parte do pacote interpol. São invocados pela função
cspline().
7.8 - Interpolação por splines

Comandos Maxima
I Splines cúbicos também fazem parte do pacote interpol. São invocados pela função
cspline().
I Como exemplo, para interpolar um conjunto de três pontos (x0 , y0 ), (x1 , y1 ), (x2 , y2 ):
load(interpol);
cspline(
[
[x0,y0],[x1,y1],[x2,y2]
]
);
7.8 - Interpolação por splines

Comandos Maxima
I Splines cúbicos também fazem parte do pacote interpol. São invocados pela função
cspline().
I Como exemplo, para interpolar um conjunto de três pontos (x0 , y0 ), (x1 , y1 ), (x2 , y2 ):
load(interpol);
cspline(
[
[x0,y0],[x1,y1],[x2,y2]
]
);
I Os comentários e opções feitos para a função lagrange() e linearinterpol() servem
para a cspline().
7.8 - Interpolação por splines

Exemplo
I Faça o spline cúbico dos pontos e compare com o resultado obtido para o spline linear.
x 0 1 2 3 4 5
y 0 4 3 0 2 0
7.8 - Interpolação por splines
Exemplo
I A figura abaixo ilustra a solução:
7.8 - Interpolação por splines

Exemplo
I Usando o mesmo conjunto de pontos anterior {(0, 0), (1, 4), (2, 3), (3, 0), (4, 2), (5, 0)},
faça uma interpolação polinomial e compare com os splines linear e cúbico.
7.8 - Interpolação por splines
Exemplo
I A figura abaixo ilustra a solução:

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