Prestamos hoje homenagem a todos os Santos e esse é o desejo de Deus: que cada um
de nós, que seja santo.
Nesta solenidade comemoramos a comunhão com Deus e com os Santos e Santas reconhecidos pela Igreja. Expressamos a nossa gratidão por quantos foram oficialmente designados pela Igreja e também para honrar todos os Santos, desde os mais conhecidos, com um dia próprio e calendário, até aos mais desconhecidos. Agradeçamos a Deus esta oportunidade dada pelo Senhor. Pois, nos Santos encontramos modelos de virtude e de inspiração para enfrentarmos os desafios da vida quotidiana e pedirmos ajuda para seguirmos os seus exemplos com fidelidade e devoção. A santidade é um dom e uma tarefa. É dom de Deus oferecido à humanidade, mas uma tarefa para todos nós que, todos os dias, somos convidados a esforçarmo-nos por alcançá-la. Os jovens devem empenhar-se também nesta tarefa de se estimularem por discernir a vontade de Deus a seu respeito e crescer nesta busca do bem, da felicidade, através do dom que Deus lhes oferece. A leitura da Palavra de Deus, a oração e a penitência, como aqui, em Cabeceiras, referiu o cardeal Jean-Claude Hollerich, ajudam-nos a conhecer melhor a Jesus, a sairmos de nós mesmos e a abrirmos o coração à vontade de Deus. A celebração dos sacramentos é o alimento que fortalece a nossa fé e nos ajuda a sentir a presença de Jesus vivo e ressuscitado nas nossas vidas. Escutar a Palavra de Deus, a oração, a penitência e o exercício da caridade são os meios fundamentais para descobrirmos a grandeza de Deus e avançarmos na santidade. Estamos todos aqui, irmanados pelos mesmos sentimentos de grata memória, por quem nos morreu. Que aqui todos nos sintamos acolhidos e envolvidos e, a partir dos desafios deixados pelo Papa Francisco na JMJ 2023, assumamos o compromisso de partilhar a alegria, o tempo, a disponibilidade, a energia, a coragem e o entusiasmo na vida das comunidades. Por graça de Deus, os Santos, já alcançaram a meta do Paraíso e querem-nos atrair para aí, para o coração de Deus. Entre “Todos os Santos” estarão muitos que viveram e conviveram connosco: santos de “ao pé da porta”, que foram nossos familiares, amigos, conterrâneos, da nossa idade e profissão. Esta comunhão dos santos e de santos, faz-nos rezar e celebrar a Eucaristia, para apressar e intensificar o caminho de purificação que nos conduz ao Céu. Rezamos juntos, vivos e defuntos, uns com os outros e uns pelos outros. Rezemos pelos que partiram antes de nós, confiantes de que também eles intercedem por nós junto de Deus. É agora o dia e a oportunidade de proclamar a última bem- aventurança: «bem-aventurados os que morrem no Senhor» (Ap 14,13).