Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Livro Geometria
Livro Geometria
CONSTRUÇÕES
GEOMÉTRICAS
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
SEJA BEM-VINDO(A)!
O livro Geometria com Construções Geométricas é destinado aos alunos do Curso de Li-
cenciatura em Matemática e visa ao ensino da Geometria com a utilização de materiais
tais como régua, compasso e transferidor.
O objetivo deste livro é criar condições para que você, estudante, possa compreender
as ideias básicas da Geometria atribuindo significado a elas, além de saber aplicá-las na
reso- lução de problemas do mundo real.
Todos os conceitos básicos foram explorados de maneira instituível e compreensível. As
re- ceitas prontas e o formalismo excessivo foram evitados, porém, foi mantido o rigor
coerente com o nível superior para o qual o livro está sendo proposto.
Dessa forma, este livro foi desenvolvido a fim de apresentar a Geometria de maneira a
atender aos seguintes aspectos:
• Definir a área de abrangência da Geometria.
• Apresentar os conceitos fundamentais de cada tema constante da área de
abrangên- cia da disciplina.
• Indicar como os temas devem ser inseridos no Ensino da Matemática fazendo
uso de materiais.
Para este fim, o livro foi organizado em 5 unidades e cada unidade composta por Intro-
du- ção, Conteúdos, Considerações Finais, Atividades de Autoestudo, Leitura Comple-
mentar e Material Complementar.
Antes de resolver as Atividades de Autoestudo, é necessário que você estude a teoria,
ana- lise e refaça os exemplos. Também é importante refletir sobre as considerações
propostas em cada unidade.
A Leitura Complementar está relacionada com a unidade e dá uma ideia do tema estu-
dado além de poder apresentar uma abordagem histórica sobre o assunto discutido.
O livro engloba todos os assuntos costumeiramente trabalhados no curso de Geome-
tria, além de auxiliá-lo(a) formação para o Ensino da Matemática fazendo uso dos mate-
riais. As sugestões e críticas que visem ao aprimoramento deste trabalho ser ao sempre
bem-vindas.
Os autores
09
SUMÁRIO
UNIDADE I
15 Introdução
16 Conceitos
17 Proposições
19 Retas
29 Ângulos
38 Considerações Finais
42 Gabarito
UNIDADE II
47 Introdução
48 Construção de Retas
51 Construção de Ângulos
54 Triângulos
62 Construção de Triângulos
64 Quadriláteros
67 Construção de Quadriláteros
68 Considerações Finais
73 Gabarito
10
SUMÁRIO
UNIDADE III
79 Introdução
80 Regiões Poligonais
84 Construção de Polígonos
87 Circunferências
91 Construção de Circunferências
93 Semelhança de Figuras
96 Considerações Finais
103 Gabarito
UNIDADE IV
111 Introdução
112 Poliedros
114 Prismas
117 Pirâmide
126 Gabarito
11
SUMÁRIO
UNIDADE V
133 Introdução
134 Cilindro
136 Cone
139 Esfera
148 Gabarito
151 Conclusão
152 Referências
Professora Me. Regiane Aparecida Nunes de Siqueira
Professor Esp. Fernando Marcussi
CONCEITOS ELEMENTARES
I
UNIDADE
DE GEOMETRIA ALIADOS A
CONSTRUÇÕES FUNDAMENTAIS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender os conceitos elementares da geometria: ponto, reta e plano
■■ Determinar posições relativas entre os elementos fundamentais
■■ Construir os elementos fundamentais
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Conceitos
■■ Proposições
■■ Retas
■■ Ângulos
15
INTRODUÇÃO
A palavra Geometria vem do grego: geo - terra, metria - medida e indica o ramo
da matemática destinado a resolver questões de forma, tamanho e posição rela-
tiva de figuras e ainda questões com propriedades do espaço.
A geometria teve início de forma independente em culturas antigas, como
sendo um con- junto de conhecimentos práticos sobre comprimento, área e
volume. Por volta do século III a.C., a geometria foi posta em uma forma axio-
mática por Euclides, cujo tratamento, cha- mado de geometria euclidiana,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
16 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONCEITOS
Notação gráfica:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PROPOSIÇÕES
Postulado da existência:
1. Numa reta, bem como fora dela, existem infinitos pontos.
2. Num plano existem infinitos pontos.
A expressão infinitos pontos tem significado de tantos pontos quanto se queira.
Proposições
18 UNIDADE I
Para a ideia de reta, costuma-se usar um fio esticado. E para a ideia de plano é
comum usar uma folha de papel.
POSTULADOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Dois pontos determinam uma única (uma, e só uma) reta que passa por eles.
Três pontos não colineares determinam um único plano que passa por eles.
POSTULADO DA INCLUSÃO
Se uma reta tem dois pontos distintos num plano, então essa reta está contida nesse
mesmo plano.
DEFINIÇÕES
■■ Pontos coplanares são pontos que pertencem ao mesmo plano.
■■ Figura é qualquer conjunto de pontos.
■■ Figura plana é qualquer figura que tem todos os seus pontos no mesmo plano.
■■ A geometria plana estuda as figuras planas.
■■ Duas retas são concorrentes, quando elas têm um único ponto comum.
■■ Duas retas distintas num plano são paralelas quando não têm ponto em
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
comum.
RETAS
Retas
20 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
E
D
Fonte: Souza (2013).
Os pontos A, D e E não são colineares (não existe reta que passa pelos três
simultaneamente).
Dois pontos são sempre colineares.
Retas
22 UNIDADE I
Uma transversal a duas retas r e s, é uma reta que as interceptam em dois pon-
tos distintos, mas as retas r e s não precisam ser necessariamente paralelas para
que uma reta seja transversal a outras duas retas, conforme é ilustrado abaixo,
onde temos t interceptando r e s nos pontos P e Q, respectivamente, e r e s se
interceptando no ponto R.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Franco (2006)
Fonte: o Autor.
SEGMENTO DE RETA
Dados dois pontos distintos, a reunião do conjunto desses dois pontos com o
conjunto dos pontos que estão entre eles é um segmento de reta.
A noção de “estar entre” é uma noção primitiva que obedece aos postula-
dos ou axiomas que seguem:
SEMIRRETA
SEGMENTOS CONSECUTIVOS
Dois segmentos de reta são consecutivos se, e somente se, uma extremidade de
um deles é também extremidade do outro (uma extremidade de um coincide
com uma extremidade do outro).
Retas
24 UNIDADE I
SEGMENTOS COLINEARES
Dois segmentos de reta são colineares se, e somente se, estão numa mesma reta.
SEGMENTOS ADJACENTES
Dois segmentos consecutivos e colineares são adjacentes se, e somente se, pos-
suem em comum apenas uma extremidade (não têm pontos internos comuns).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Dolce (1993).
CONGRUÊNCIA DE SEGMENTOS
Dados um segmento AB e uma semirreta de origem A´, existe sobre esta semir-
reta um único ponto B´ tal que A´B´ seja congruente a AB.
ADIÇÃO DE SEGMENTOS
RP ≡ AB e PT ≡ CD, (I.1)
COMPARAÇÃO DE SEGMENTOS
1ª) O ponto P está entre A e B. Neste caso, AB é maior que CD (AB > CD).
Retas
26 UNIDADE I
DISTÂNCIAS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS
Dados um ponto P e uma reta r, pode-se traçar uma reta que passa por P e é
perpendicular a r no ponto A. A distância do ponto P à reta r é a distância entre
os pontos P e A.
Segundo postulado de Euclides, por um ponto P fora de uma reta a, existe uma
e uma só reta paralela à reta a.
Dadas as retas r e s, distintas e paralelas, a distância entre r e s é a distância
de qualquer ponto de uma delas à outra reta.
Dados a reta r e o plano α tais que r//α, a distância da reta r ao plano α é a dis-
tância de qualquer ponto de r ao plano α.
Retas
28 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Dados dois planos distintos, α e β, tais que α//β, a distância entre esses dois pla-
nos é a distância de qualquer ponto de um deles ao outro plano.
OBSERVAÇÃO: Quando dois planos distintos não são paralelos (nem coinciden-
tes), então eles se interceptam segundo uma reta, e a distância entre eles é zero.
Dizemos que duas retas são reversas entre si se não existe plano que as contenha.
Dadas duas retas reversas, r e s, considerando um ponto qualquer de r e o
plano que contém s e é paralelo a r. A distância entre r e s é a distância desse
ponto a esse plano.
ÂNGULOS
DEFINIÇÃO
Um ângulo é a reunião de duas semirretas que têm a mesma origem, mas estão con-
tidas numa mesma reta. Se um ângulo é formado pelas semirretas e então as
semirretas são chamadas lados do ângulo, e o ponto A é chamado vértice do ângulo.
Tal ângulo é denominado ângulo BAC ou ângulo CAB e representado por
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ÂNGULOS CONSECUTIVOS
Dois ângulos são consecutivos se, e somente se, um lado de um deles é também
lado do outro (um lado de um deles coincide com um lado do outro). Assim,
temos que os ângulos AÔB e AÔC são consecutivos.
Ângulos
30 UNIDADE I
Fonte: o Autor.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ÂNGULOS ADJACENTES
Dois ângulos consecutivos são adjacentes se, e somente se, não têm pontos inter-
nos comuns. Assim, os ângulos AÔC e CÔB são ângulos adjacentes.
Fonte: o Autor.
Dois ângulos são opostos pelo vértice se, e somente se, os lados de um deles são
as respectivas semirretas opostas aos lados do outro.
Temos que os ângulos AÔB e CÔD são opostos pelo vértice, assim como
AÔD e BÔC.
Fonte: o Autor.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Note que duas retas concorrentes determinam dois pares de ângulos opostos
pelo vértice.
Ângulos
32 UNIDADE I
CONGRUÊNCIA E COMPARAÇÃO
2. Simétrica: Se  ≡ , então ≡ Â.
3. Transitiva: Se  ≡ e ≡ , então  ≡ .
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
POSTULADOS DO TRANSPORTE DE ÂNGULOS
COMPARAÇÃO DE ÂNGULOS
ADIÇÃO DE ÂNGULOS
o
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: o Autor.
Dados dois ângulos AÔB e CÔD, se existem RÛS ≡ AÔB e SÛT ≡ CÔD tais que
US é interna a RÛT, diz-se que o ângulo RÛT é a soma de AÔB e CÔD.
O ângulo RÛS que é a soma de n ângulos AÔB, se existir, é chamado múlti-
plo de AÔB segundo n (RÛS = n.AÔB).
Se AÔB = n · CÔD, se diz que CÔD é submúltiplo de AÔB segundo n.
BISSETRIZ DE UM ÂNGULO
Ângulos
34 UNIDADE I
Por outro lado, BÔD também é um ângulo raso, então BÔA e AÔD são
suplementares.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Obtendo assim o desejado.
ângulo reto
ângulo de um grau = 90
Fonte: o Autor.
Ângulos
36 UNIDADE I
1´
1´´ = 60
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ o centígrado (0,01gr), também chamado minuto de grado, e
■■ o decimiligrado (0,0001gr), também chamado segundo de grado.
Dois ângulos são complementares se, e somente se, a soma de suas medidas
for 90º. Um deles é o complemento do outro.
Dois ângulos são suplementares se, e somente se, a soma de suas medidas for
180º. Um deles é o suplemento do outro.
Pode-se estender o conceito de ângulo para se ter o ângulo nulo (cujos lados são
coincidentes) ou o ângulo raso (cujos lados são semirretas opostas).
Fonte: o Autor.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ângulos
38 UNIDADE I
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
identificado as posições relativas entre os elementos fundamentais sendo eles o
ponto, a reta e o plano. E finalmente foi abordado sobre ângulos.
Foram apresentadas proposições, que são aceitas mediante demonstrações e;
proposições primitivas, também denominadas postulados, aceitas sem demons-
trações. Na sequência foi apresentado a geometria de posição o plano, sendo
apresentada a relação entre um ponto e uma reta, a relação entre pontos, a rela-
ção entre duas retas e um plano.
Ainda foi definido segmento de reta e semirreta e apresentado os segmentos
consecutivos, colineares e adjacentes. Também foi definido segmentos congruen-
tes, adição e compara- ção de segmentos. No estudo de distâncias foi abordado
sobre distância entre dois pontos, distância de um ponto a uma reta, distância de
um ponto a um plano, distância ente duas retas distintas paralelas, distância de
uma reta a um plano quando a reta é paralela ao plano e não está contida nele, dis-
tância entre dois planos distintos e paralelos e distância entre duas retas reversas.
Ao tratar de ângulos foi abordado ângulos consecutivos, adjacentes e opos-
tos pelo vértice. Além de congruência e comparação de ângulos foi visto adição
de ângulos, bissetriz de um ângulo. Também foi tratado de ângulos reto, agudo
e obtuso; as unidades de medida de ângulos; ângulos complementares e ângu-
los suplementares e por fim ângulos nulo e ângulo raso.
No capítulo seguinte será discutido sobre a construção de retas e ângulos, além
de ser definido triângulos e quadriláteros e apresentado exemplos de construção
de triângulos e quadriláteros fazendo uso de materiais como régua e compasso.
A Geometria, ao longo de toda a sua história, acompanhou o ser humano na busca pelo
co- nhecimento da natureza que o cerca. Quando a civilização grega chegou ao ápice,
os gre- gos assumiram o desenvolvimento da Geometria. Passaram a privilegiar o co-
nhecimento dedutivo e não o empírico, como ocorria até então. E questões que sempre
intrigaram a humanidade, como o tamanho do raio da Terra, a distância entre a Terra e
a Lua ou entre Terra e o Sol, já estimadas em outras épocas por outros sábios, passaram, a
partir de então, a ser tratadas com o auxílio dos conhecimentos geométricos.
Com o fim da hegemonia grega, o mundo passou por quase 15 séculos de trevas. Ape-
nas com a queda de Constantinopla e o início do Renascimento, os textos gregos vol-
taram à Europa, trazidos pelos que fugiam da invasão turca. E com o seu ressurgimento
também voltaram as contribuições da Geometria aos outros campos do conhecimento
científico.
O grego Aristarco de Samos (310 a.C. - 230 a. C.) foi brilhante em perceber como compa-
rar as distâncias entre a Terra e a Lua e entre a Terra e o Sol usando triângulos retângulos,
semelhança de triângulos e proporções. Eratóstenes (276 a.C. - 196 a. C.) não era grego,
mas estudou em Atenas e viveu em Alexandria, importante centro cultural da época. Fi-
cou conhecido por sua versatilidade e por uma engenhosa ideia para calcular o raio da
Terra, baseado na proporcionalidade entre medida e comprimento de arcos, nos ângulos
correspondentes em paralelas cortadas por transversais e na razão entre comprimento
da circunferência e seu diâmetro.
O polonês Nicolau Copérnico (1473 - 1543) retomou as hipóteses heliocêntricas de Aris-
tarco (que na época não vingaram) e elaborou toda uma teoria em que os planetas te-
riam órbitas circulares em torno do Sol, calculando os períodos de revolução dos plane-
tas e suas distâncias até o Sol, com base na proporcionalidade de arcos e semelhança
de triângulos (já na forma de Trigonometria). O alemão Johannes Kepler (1571 - 1630)
aperfeiçoou as ideias de Copérnico ao afirmar que as órbitas planetárias são na verdade
elípticas e apre- sentou as três leis conhecidas hoje como “leis de Kepler”, repletas de
proporcionalidades, áreas e elípses.
A Geometria estudada hoje é essencialmente a mesma que serviu de alicerce para que
os estudiosos do passado conseguissem cada vez mais adquirir conhecimento e enten-
der melhor a natureza que nos cerca. Se hoje sabe-se muito sobre ela e seus fenômenos,
isso é resultado do esforço e da dedicação de muitos sábios da Antiguidade, alguns dos
quais considerados os maiores astrônomos, geômetras ou matemáticos de suas épocas.
Fonte: Dante (2013).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
GABARITO
9. Note que, uma semi-reta SÔB divide um ângulo AÔC, então a medida do ângulo
AÔC é igual a soma das medidas dos ângulos AÔB e BÔC, ou seja, m(AÔC) =
m(AÔB)+ m(BÔC) 0 = 50º + 60º = 110º.
10. Temos que α = 60, 18º = 60º + 0, 18º, assim 0, 18º = 10, 8´ = 10´ + 0, 8´. Por outro
lado, 0, 8´ = 48´´. Reagrupando os termos temos: α = 60, 18º = 60º10´48´´.
Professora Me. Regiane Aparecida Nunes de Siqueira
Professor Esp. Fernando Marcussi
II
CONSTRUÇÃO DE RETAS,
UNIDADE
ÂNGULOS, TRIÂNGULOS,
QUADRILÁTEROS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer as propriedades geométricas das figuras planas e suas
representações grá- fica e algébrica.
■■ Construir figuras planas fazendo uso de régua, compasso e demais
ferramentas ma- temáticas.
■■ Compreender os conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas
para solucionar problemas.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Construção de retas.
■■ Construção de ângulos.
■■ Triângulos.
■■ Construção de triângulos.
■■ Quadriláteros.
■■ Construção de quadriláteros.
47
INTRODUÇÃO
Introdução
48 UNIDADE II
Para começar a desenhar, há dois problemas básicos que precisam ser aprendidos:
1- Traçar por um ponto dado uma reta perpendicular a uma reta dada.
2- Traçar por um ponto dado uma reta paralela a uma reta dada.
Será verificado como resolver estes problemas na sequência.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONSTRUÇÃO DE RETAS
Para traçar por um ponto P uma reta paralela a uma reta r, é necessário traçar
um círculo de centro em P cortando a reta r em A e B. Em seguida, traçar círcu-
los de mesmo raio com centros em A e B, obtendo, um dos pontos de interseção.
A reta é perpendicular à reta r.
Para traçar por um ponto P uma reta perpendicular a uma reta r, é necessário pro-
ceder da seguinte forma: Traçar três círculos, sempre com o mesmo raio: o primeiro
com centro em P , determinando um ponto A na reta r, o segundo com centro em
A, determinando um ponto B na mesma reta e o terceiro com centro em B, deter-
minando um ponto B sobre o primeiro círculo. A reta é paralela a reta r.
CONSTRUÇÃO DA MEDIATRIZ
Construção de Retas
50 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Revista do Professor de Matemática (2014).
QUARTA PROPORCIONAL
Portanto, quando se pede uma 4a proporcional deve-se especificar qual das três
seguintes se deseja, fornecendo a respectiva expressão.
Assim, dados a, b e c, a 4a proporcional x = a c. b é obtida após três passos.
Como há vários modos de se obter uma 4a proporcional, evitamos qualquer equi-
voco procedendo sempre como apresentado a seguir:
1. Transforma-se a expressão dada x = a c. b numa expressão do tipo ac = bx (*),
tomando o cuidado de deixar a incógnita no 2º membro da equação, pois quando
se usa esta regra, a incógnita não pode ficar adjacente ao vértice, como veremos
a seguir.
Fonte: o Autor.
4ª Proporcional
CONSTRUÇÃO DE ÂNGULOS
Construção de Ângulos
52 UNIDADE II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Revista do Professor de Matemática (2014)
TRANSPORTE DE ÂNGULOS
Fonte: o Autor
a) 60º e 120º
Dada uma reta r e uma circunferência com cento em O (sobre r) e raio arbitrário,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: o Autor
A justificativa que o ângulo formado seja de 60º é o fato do triângulo OAB ser
equilátero.
b) 30º e 150º
Essa construção pode ser realizada bissecando um ângulo de 60º ou com uma cir-
cunferência de centro H e raio arbitrário sobre r, obtemos o ponto J e o ponto O.
Agora dada outra circunferência de centro em J e raio HO, obtemos K.
Ligando-se O e K obtemos os ângulos procurados.
Construção de Ângulos
54 UNIDADE II
Fonte: o Autor.
Como o ângulo central J K = 60º, logo, o ângulo JÔK= 30º. Ou, basta notar que
o triângulo HKO é isósceles com base em OK e ÔH = KH, onde, K O = 120º.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
b) 45º e 135º
Essa construção pode ser realizada bissecando um ângulo de 90º ou construir
um triângulo retângulo isósceles.
Fonte: o Autor.
TRIÂNGULOS
Os triângulos podem ser classificados quanto aos seus ângulos e quanto aos
seus lados.
Quanto aos ângulos: um triângulo pode ser classificado em:
Triângulo retângulo: possuiu um ângulo interno reto.
Triângulo acutângulo: possui os três ângulos internos agudos.
Triângulo obtusângulo: possui um ângulo interno obtuso.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ELEMENTOS DE UM TRIÂNGULO
Triângulos
56 UNIDADE II
Altura relativa ao
A lado CB (ou relativa M Altura relativa
ao vértice A) ao lado PN
(ou relativa
ao vértice M)
C H B P N L
Fonte: Dante (2013).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
vértice A (ou relativa ao lado CB)
C I B
Fonte: Dante (2013).
C M B
(ponto médio)
Fonte: Dante (2013).
C M B
(ponto médio)
Fonte: Dante (2013).
ÂNGULOS EM UM TRIÂNGULO
A C A C
Fonte: Dante (2013).
Triângulos
58 UNIDADE II
B
Ângulo externo
relativo ao vértice A
C A D
Fonte: Dante (2013).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tivamente, e por e a medida
F
do Bângulo externo relativo ao vértice
r
A.
C A D
Fonte: Dante (2013).
m(BÂD) = m(A F ) ⇒ e = α + β
Triângulo isósceles: é todo triângulo que possui dois lados congruentes entre
si. O extremo comum a esses lados é chamado de vértice do triângulo isósceles,
e o lado oposto a esse vértice é a base do triângulo isósceles.
P1 - Se um triângulo apresenta dois lados com medidas iguais, os ângulos
B C
Fonte: Dante (2013).
B M C
Ponto médio
Triângulos
60 UNIDADE II
Fonte: o Autor.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: o Autor.
Fonte: o Autor.
P4 - O baricentro divide cada mediana em duas partes, tais que a que contém
o vértice é o dobro da outra (isto vale em qualquer triângulo).
Triângulo retângulo: é todo triângulo que possui um ângulo interno reto.
Os lados do triângulo que formam esse ângulo reto são chamados de catetos, e
o terceiro lado é a hipotenusa.
P1 - Os ângulos agudos de um triângulo retângulo são complementares.
+ = 90º
Fonte: Dante (2013).
M (ponto médio) BC
AM =
2
A C
Fonte: Dante (2013).
Triângulos
62 UNIDADE II
Fonte: o Autor.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
No triângulo equilátero, todos os lados são congruentes (l), todos os ângulos
internos são congruentes (60º) e toda altura é também mediana e bissetriz.
O triângulo AMC é retângulo em M e, portanto, vale a relação de Pitágoras
l 3
l = h + b 2 l , então h = 2 .
2 2 l 2
l 3
BC.h = l . 2 = l 3
2
CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS
TRIÂNGULO EQUILÁTERO
Com centro em A e raio AB construa o círculo C1. Com centro em B e raio BA,
construa o círculo C2. Seja X um dos pontos de interseção entre os dois círcu-
los. O triângulo ABX é equilátero.
TRIÂNGULO OBTUSÂNGULO
Fonte: o Autor.
Com centro em A e raio AB construa o círculo C1. Com centro em B e raio BA,
construa o círculo C2. Seja os pontos de interseção entre os dois círculos. O tri-
ângulo AXY é obtusângulo.
Construção de Triângulos
64 UNIDADE II
QUADRILÁTEROS
QUADRADO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É um quadrilátero regular, ou seja, uma figura geométrica
com quatro lados de mesma medida e quatro ângulos retos.
A área de uma região quadrada Q cujo lado mede l é dada
pelo quadrado de l, isto é, A = l2
Exemplo: Determine a área de um quadrado de lado 5 cm.
A = l2 = 52 = 25 cm2
Fonte: Dante (2013).
PARALELOGRAMO
A = 5·3 = 15 cm2
RETÂNGULO
É um paralelogramo, cujos lados formam ângulos retos entre si e que, por isso,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: o Autor.
TRAPÉZIO
É um quadrilátero com dois lados paralelos entre si, que são chamados de base
maior e base menor.
Quadriláteros
66 UNIDADE II
A área de uma região trapezoidal é igual à semissoma das medidas das bases
vezes a medida da altura, ou seja, A = (B +2h) . h .
(8 + 3) . 4
A= 2
= 22 cm 2
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Exemplo: Determine a área de um trapézio de base maior 8 cm, base menor 3
cm e altura 4 cm.
LOSANGO
CONSTRUÇÃO DE QUADRILÁTEROS
a . b . sen (a)
Sabendo que a área de um triângulo pode ser expressa por A = 2
onde α é o ângulo formado pelos lados a e b do triângulo, o que se pode
concluir quanto ao seno de 90º em um triângulo retângulo?
Construção de Quadriláteros
68 UNIDADE II
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
do ângulo.
No estudo de triângulos, foi vista a classificação dos triângulos quanto aos
ângulos em retângulo, acutângulo e obtusângulo e também quanto aos lados em
equilátero, isósceles e escaleno. Foi possível conhecer os elementos de um triân-
gulo, sendo eles: altura, bissetriz interna, mediana e mediatriz.
Também no estudo de triângulos foram abordados os ângulos de um tri-
ângulo, em que foi possível verificar que a soma dos ângulos internos de um
triângulo é sempre 180º. E quanto a um ângulo externo qualquer de um triân-
gulo é sempre igual à soma das medidas dos ângulos internos não adjacentes a ele.
Ainda sobre triângulos foi possível estudar as propriedades dos triângulos
e calcular a área de uma região triangular, com o caso especial da área de um
triângulo equilátero.
Na sequência, foram verificados métodos para construção de triângulos
fazendo uso de régua e compasso. Também foram abordados quadriláteros bem
como a construção de quadriláteros fazendo uso de régua e compasso.
No estudo de quadriláteros, foi verificada a área de alguns quadriláteros
sendo eles: qua- drado, paralelogramo, retângulo, trapézio e losango.
Sendo assim, nesta unidade foi possível conhecer as propriedades geométri-
cas das figuras planas e suas representações gráfica e algébrica. Também foram
construídas figuras planas fazendo uso de régua e compasso. E, dessa forma, foi
possível compreender os conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas
para solucionar problemas.
1. De uma placa de alumínio foi recortada uma região triangular equilátera de lado
20 cm. Qual é a área dessa região que foi recortada?
2. Um tetraedro regular é um sólido formado por quatro triângulos equiláteros.
Qual é a área total da superfície do tetraedro regular abaixo?
3. Qual é a área de toda a parte escura da figura? Qual é a área da região clara?
l 2 3 20 2 3 400 3
1) A = = = . Assim A = 100 3cm
2
4 4 4
l 2 3 6 2 3 36 3
2) Área de um triângulo equilátero: A = 4
=
4
=
4
=9 3
Como a área total é igual à área de quatro triângulos: AT = 4 . 9 3 = 36 3 cm 2
3)
Parte Escura Parte Clara
Área de um triângulo Seja X o lado da figura não colorida:
b .h a2 = b2 + c2
A= 2
2.2
A= 2 x2 = 22 + 22
4 x2 = 4 + 4 = 8
A= 2
A=2 x2 = 8 =2 2
Área Total Área Total
AT = 2 · 4 A = l2 = ( 2 2 )
AT = 8 cm2 A = 4 . 2 = 8 cm2
4)
4.1) •A •B
4.2)
4.3)
GABARITO
4.4)
Note que, m(CÂB) = m(A B), pois o triângulo ABC é isósceles com AB = BC. E
m(CÂD) = m(A D) porque o triângulo ADC é isósceles com AD = DC.
Como AC é comum aos triângulos ABC e ABC, e ainda, AB = BC = CB = CD.
Os triângulos ABC e ADC são congruentes, assim m(DÂC) = m(A B). Pelo
teorema de Tales temos que a reta que passa pelos pontos A e D é paralela a reta
que passa pelos pontos B e C. Logo, AB é paralelo à BC.
Pelo mesmo raciocínio, temos que AB é paralelo à BC.Assim, ABCD é um losango.
5)
Área do Trapézio Área retangular Restante do terreno
]B + bg . h A=B·ℎ Área do Trapézio - Área do retângulo
A= 2
(20 + 14) . 11
A= 2 A=8.5 187 m2 - 40 m2
374
A= 2 A = 40 m2 147 m2
A = 187 m2
75
GABARITO
6) Como cada metro quadrado é ocupado por 4 pessoas, em um total de 4000 m2,
então:
4 x 4000 = 16.000 pessoas
ou
4 1
x 4000
x = 4 . 4000
x = 16.000 pessoas
7) Tome um triângulo ABC quaisquer e trace uma reta paralela r a um dos lados
passando pelo vértice oposto a esse lado, ou seja, dado o lado AB, uma reta pa-
ralela passando por C. Tome os pontos C’ (a esquerda de C) e C” (a direita de C)
que pertencem a r.
Como os lados AC e AB são transversais dessas retas paralelas, os ângulos BÂC ≡
A C´ e A C, pois são alternos internos.
Veja que o angulo C´´ CC´´´ é raso, ou seja, mede 180º, assim C´´ A + A B + B
C´´ = 180º, ou melhor, Â + + = 180º.
10) Basta construir um triangulo retângulo com catetos medindo m, assim a hipote-
nusa terá medida m 2 . Agora utilizando a medida m 2 como um dos catetos
do triângulo retângulo e m a medida do outro cateto, teremos m 3 . Por fim,
utilizando a medida m 3 como um dos catetos do triângulo retângulo e m a
medida do outro cateto, teremos m 4 .
Professora Me. Regiane Aparecida Nunes de Siqueira
Professor Esp. Fernando Marcussi
III
REGIÕES POLIGONAIS,
UNIDADE
CIRCUNFERÊNCIAS E
SEMELHANÇA DE FIGURAS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer as características de figuras planas.
■■ Identificar um polígono e reconhecer seus elementos.
■■ Reconhecer figuras planas semelhantes.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Polígonos.
■■ Construção de polígonos.
■■ Circunferências.
■■ Construção de circunferências.
■■ Semelhança de figuras.
■■ Construção de figuras semelhantes.
79
INTRODUÇÃO
Introdução
80 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
REGIÕES POLIGONAIS
a região plana determinada pelo triângulo e pelo conjunto dos pontos do plano
formado por todos os segmentos cujas extremidades estão sobre os lados do tri-
ângulo. O triângulo é chamado fronteira da região triangular. O conjunto de
pontos de uma região triangular que não pertencem a sua fronteira é chamado
de interior da região triangular.
Desta forma, um triângulo divide o plano em duas regiões: os pontos que
pertencem à região triangular e os pontos que não pertencem.
Você deve estar se perguntando: “onde estão os polígonos?”. De fato, todo
polígono com n lados determina n-2 triângulos, onde nenhum desses triângulos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Sendo assim, com a definição de polígono, o conjunto de pontos de uma região poli-
gonal que não pertencem a sua fronteira é chamado de interior da região poligonal.
POLÍGONO CONVEXO
Um polígono é convexo quando para todo lado deste, o polígono está con-
tido num dos semiplanos determinado por este lado. Qualquer triângulo é um
polígono convexo. O primeiro bloco de quatro polígonos do desenho a seguir
não são convexos e o segundo bloco são convexos.
Regiões Poligonais
82 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ÂNGULO INTERNO E EXTERNO DE UM POLÍGONO
NOTAÇÃO:
NOMENCLATURA
Os polígonos que têm de três a vinte lados possuem os nomes apresentados na Tabela 1:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Regiões Poligonais
84 UNIDADE III
CONSTRUÇÃO DE POLÍGONOS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ciadas a números, passaram a ser associadas a segmentos de reta e a álgebra era
completamente geométrica, onde a palavra resolver era sinônimo de construir.
Em 1796, Gauss construiu, segundo as regras euclidianas, o polígono regular
de dezessete lados. Os gregos antigos os geômetras sabiam construir, com régua
e compasso, o triângulo equilátero e o pentágono regular, assim como outros
polígonos, cujo número de lados fosse múltiplo de dois, três e cinco.
Como exemplo de construção de polígonos, será apresentada a construção
de um hexá- gono regular:
Comece com um círculo e marque o centro como O:
Trace uma reta passando pela origem O e marque as intersecções com a circun-
ferência como A e D:
POLÍGONOS REGULARES
Construção de Polígonos
86 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
todos os seus lados são tangentes à circunferência. Neste caso a circunferência
é então, inscrita no polígono.
Com ajuda desse artificio, podemos construir polígonos de n lados, mas
conforme o número de lados, o problema não tem solução exata com régua e com-
passo. Sendo assim, estudaremos apenas alguns casos onde o processo é exato.
INSCRIÇÃO DE UM QUADRADO
INSCRIÇÃO DE UM OCTÓGONO
CIRCUNFERÊNCIAS
Circunferências
88 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
obtem-se a equação geral ou equação normal da circunferência dada por:
x2 − 2ax + a2 + y2 − 2by + b2 − r2 = 0
ou ainda,
x2 + y2 − 2ax − 2by + (a2 + b2 − r2) = 0
Exemplo: Obter as equações reduzida e geral da circunferência de centro O(4,
5) e raio 3. Equação reduzida: (x − a)2 + (y − b)2 = r2 então (x − 4)2 + (y − 5)2 = 9.
Equação geral: (x − 4)2 + (y − 5)2 = 9 então x2 − 8x + 16 + y2 − 10y + 25 =
9, ou ainda,
x2 + y2 − 8x − 10y + 32 = 0.
3º) Nenhum ponto comum: Neste caso as circunferências são ditas externas ou
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
internas.
Fonte: o Autor.
Uma reta que toca a circunferência em um único ponto é denominada reta tan-
gente a essa circunferência.
Circunferências
90 UNIDADE III
Fonte: o Autor.
Uma reta que toca a circunferência em dois pontos é denominada reta secante
a essa circunferência.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: o Autor.
ÁREA DE UM CIRCULO
CONSTRUÇÃO DE CIRCUNFERÊNCIAS
CONGRUÊNCIA DE TRIÂNGULOS
Dois triângulos ABC e DEF, são ditos congruentes, se existir uma função bije-
tora {A, B, C} → {D, E, F }, que leva os vértices de um, nos vértices do outro, de
tal modo que lados e ângulos correspondentes sejam congruentes, ou seja,
Construção de Circunferências
92 UNIDADE III
Escreveremos ABC ≡ DEF , para dizer que os triângulos ABC e DEF são
congruentes.
Suponha que ABC seja congruente a DEF, então existe uma função bije-
tora f: {A, B, C} → {D, E, F} que mantém inalteradas as medidas dos ângulos e
lados correspondentes. Em outras palavras, digamos que f: (A) = D, f: (B) = E e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Franco (2006).
Para se ter congruência de triângulos, não é necessário ter, de inicio, os seis ele-
mentos correspondentemente congruentes. O axioma apresentado a seguir,
introduz esse conceito:
Axioma 1: Dados dois triângulos ABC e DE, se AB ≡ DE, AC ≡ DF e  ≡
então ≡ Ê.
A partir dessa informação, podemos apresentar casos de congruência, ou
seja, caso Lado-Ângulo-Lado, Ângulo-Lado-Ângulo, Lado-Lado-Lado e Lado-
Ângulo-Ângulo Oposto.
CASO LAL
Dados dois triângulos ABC e DEF, se AB ≡ DE, AC ≡ DF e  ≡ , então ABC ≡ DEF.
Este caso é conhecido como primeiro caso de congruência de triângulos e
denotado por LAL (Lado-Ângulo-Lado). A vantagem deste resultado é que para
concluir a congruência entre dois triângulos não é necessário comparar os três
lados e os três ângulos, basta comparar dois lados e o ângulo determinado por eles.
CASO ALA
O segundo caso de congruência, denotado por ALA (ângulo, lado e ângulo)
CASO LLL
Vamos apresentar agora o terceiro caso de congruência, onde apenas a congru-
ência dos lados dos triângulos permite a conclusão da congruência entre eles e
chamamos de LLL (lado, lado e lado), assim: se dois triângulos têm três lados
correspondentes congruentes, então os triângulos são congruentes.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CASO LAAo
Vamos apresentar agora, nosso último caso de congruência, quando temos a con-
gruência de um lado e de dois ângulos dos triângulos. Este é o quarto caso de
congruência de um lado e de dois ângulos dos triângulos. Este é quarto caso de
congruência de triângulos que é chamado de LAAo (lado, ângulo e ângulo oposto):
dados dois triângulos ABC e DEF, se AB ≡ DE, Â ≡ e = , então ABC ≡ DEF.
SEMELHANÇA DE FIGURAS
Intuitivamente, duas figuras planas são semelhantes quando têm a mesma forma,
não importando se têm ou não o mesmo tamanho.
Dois quadrados quaisquer são figuras semelhantes.
Se os quadrados têm o mesmo tamanho, então eles são congruentes. A con-
gruência é um caso particular da semelhança. Indica-se a semelhança de duas
figuras A e B por A ~ B e congruência entre duas figuras C e D por C ≅ D.
Duas circunferências quaisquer são figuras semelhantes.
Dois retângulos são semelhantes somente quando os lados de um deles são
proporcionais aos lados do outro.
As telas dos aparelhos televisores widescreen são semelhantes, pois todas as
telas tem dimensões que obedecem a razão 16 : 9.
Semelhança de Figuras
94 UNIDADE III
Para construir figuras semelhantes é possível utilizar uma técnica conhecida como
homo- tetia. A homotetia consiste em um tipo de transformação geométrica que
altera o tamanho de uma figura, mas mantém as características principais, como
a forma e os ângulos, man- tendo a semelhança das figuras.
Diversos aspectos podem ser analisados para definir se uma figura é seme-
lhante à outra. Por exemplo, em triângulos, há os 3 casos de semelhança:
■■ Caso AA (Ângulo, Ângulo): Se dois ângulos de um triângulo são con-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
gruentes a dois ângulos de outro, os dois triângulos são semelhantes.
■■ Caso LLL (Lado, Lado, Lado): Se todos os lados de um triângulo forem
proporcionais aos lados de outro, os dois triângulos são semelhantes.
■■ Caso LAL (Lado, Ângulo, Lado): Se dois triângulos possuírem um ângulo
congruente formado entre dois lados de medidas proporcionais, os dois
triângulos são semelhantes.
Semelhança e Congruência
Mas, em geral, é possível afirmar que duas ou mais figuras são semelhantes se elas
possuem os mesmos ângulos, a mesma quantidade de lados e alguma propor-
ção entre as medidas dos lados. Uma alternativa apresentada para a construção
de figuras semelhantes é a homotetia.
A homotetia é um tipo de transformação geométrica que ficou em segundo
plano quando o assunto era semelhança de figuras. Contudo, ela é uma forte aliada
para a ampliação ou redução de figuras geométricas. Em geral, quando se aplica a
Dados três pontos, qual a condição para que exista uma circunferência que
passe pelos trêspontos? Seria somente que os três pontos devem ser distin-
tos e não colineares ou deve haver alguma outra condição?
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aqui foi tratado a respeito dos polígonos, de sua definição e de alguns de seus
elementos tais como vértices, diagonal e ângulos. Foi possível conhecer a nomen-
clatura dos polígonos de três a vinte lados.
Na sequência, foram apresentados métodos para construção de polígonos.
Verificou-se que, em 1796, Gauss construiu, segundo as regras euclidianas, o
polígono regular de dezessete lados. Os gregos antigos, os geômetras, sabiam cons-
truir, com régua e compasso, o triângulo equilátero e o pentágono regular, assim
como outros polígonos cujo número de lados fosse múltiplo de dois, três e cinco.
Também foram estudados as circunferências. Sua equação geral e reduzida,
bem como a definição de raio e centro. Foram tratados das posições relativas de
duas circunferências, sendo elas: com dois pontos comuns, ditas secantes, com
um ponto comum, ditas tangentes exteriormente ou tangentes interiormente e
com nenhum ponto em comum, ditas externas ou internas.
Ainda no estudo das circunferências, foi visto o cálculo do comprimento da
circunferência e o cálculo da área do círculo. Após o estudo das circunferências,
foi vista a construção de uma circunferência fazendo uso do compasso, sendo esta
uma construção elementar.
Nesta unidade também foram abordadas figuras semelhantes, que numa ideia
intuitiva pode-se dizer que duas figuras planas são semelhantes quando têm a
mesma forma, não importando se têm ou não o mesmo tamanho.
Para construção de figuras semelhantes, foi apresentada uma técnica conhe-
cida como homotetia. A homotetia consiste em um tipo de transformação
geométrica que altera o tamanho de uma figura, mas mantém as característi-
cas principais, como a forma e os ângulos, mantendo a semelhança das figuras.
No estudo de semelhança de figuras, foram lembrados os três casos de seme-
lhança de triângulos, sendo eles: caso AA (ângulo, ângulo), caso LLL (lado, lado,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Considerações Finais
98
b)
9. Na figura a seguir, temos DA ≡ BC, AB ≡ CD. Prove que os triângulos ABC e CDA
são congruentes.
1. Equação reduzida:
(x − a)2 + (y − b)2 = r2
(x − 1)2 + (y − 4)2 = 72
2.
a) A = π · r2
A = 3, 14 · (25)2
A = 3, 14 · 625
A = 1962, 5 m2
a) Equação reduzida:
(x − a)2 + (y − b)2 = r2
(x − 5)2 + (y − 2)2 = 252
3.
a) A circunferência tem centro C(3,1) e raio r = 2. Portanto a equação reduzida é:
(x − 3)2 + (y − 1)2 = 22
Raio:
a2 = b2 + c2
x2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
x2 = 25
Equação reduzida:
(x − a)2 + (y − b)2 = r2
GABARITO
(x − 0)2 + (y + 3)2 = 52
x2 + (y + 3)2 = 52
4.
A = π · r2
A = 3, 14 · 202
A = 3, 14 · 400
A = 1256
Número total de pessoas = 1256 · 5 = 6280
5.
a) Equação reduzida da circunferência de cor vermelha:
(x − a)2 + (y − b)2 = r2
(x-5)²+(y-8)²=1²
(x-5)²+(y-8)²=3²
(x − 5)2 + (y − 8)2 = 62
6.
i) Marque um ponto e construa uma circunferência de centro O e raio 2 cm.
Para isso utilize a régua para medir a abertura do compasso.
ii) Trace uma reta que passa pela origem e marque as intersecções com a cir-
cunferência como A e D.
v) Assim, temos que os pontos ABCDE definem um hexágono regular de lado 2 cm.
7.
i) Construa um hexágono e marque os pontos A, B, C, D, E e F em seus vértices.
iv) Marque o ponto médio do segmento GA. Para isso utilize o compasso com
uma abertura maior que m (GA
2
)
m(GA) com centro em G faça um arco aci-
ma do segmento GA e 2 outro abaixo do segmento GA. Agora, sem alterar
a abertura do compasso coloque a ponta seca do compasso em A e faça
um arco acima de GA e outro abaixo de GA de tal forma que esses arcos se
interceptem com os anteriores formando os pontos P e Q. A reta que passa
pelos pontos P e Q é a mediatriz do segmento GA. Depois, marque o ponto
R no cruzamento entre a mediatriz e o segmento GA. O ponto R marca o
ponto médio de GA.
8. Note que os triângulo ABD e CBD possuem dois lados e o ângulo que une
esses lados congruentes (lado BD é comum a ambos). Assim pelo caso
LAL (Lado, Ângulo e Lado) temos ABD ≡ CBD
9. Note que os triângulo ADC e ABC possuem os três lados congruentes
(lado AC é comum a ambos). Assim pelo caso LLL (Lado, Lado e Lado)
temos ADC ≡ ABC
10. Não é possível afirmar que os triângulos são congruentes, pois não temos
congruência do tipo LLA (pois A B ≡ E D).
Professora Me. Regiane Aparecida Nunes de Siqueira
Professor Esp. Fernando Marcussi
POLIEDROS, PRISMA,
IV
UNIDADE
PIRÂMIDE
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer as propriedades geométricas dos sólidos.
■■ Reconhecer regularidades nos sólidos.
■■ Estabelecer relações entre os sólidos geométricos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Poliedros.
■■ Prisma.
■■ Pirâmides.
111
INTRODUÇÃO
O mundo que nos rodeia é repleto de objetos que têm três dimensões (3-D): altura,
largura e profundidade. O ramo da matemática que estuda essas três dimensões
é a Geometria Espacial, com os poliedros e corpos redondos.
Quando estuda-se a Geometria Plana, com duas dimensões (2-D); alura e
largura, qualquer tentativa de materializar seus elementos ocorre apenas para ter-
mos uma ideia do que esta sendo estudado. Por exemplo, dizer que “uma folha de
papel é uma região retangular” é didaticamente adequado, mas é necessário des-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
considerar a espessura do papel que, por mínima que seja, existe. A verdadeira
representação geométrica de uma folha de papel seria um tipo de poliedro cha-
mado prisma, com suas três dimensões, e não uma região retangular, com duas.
Ao estudar os sólidos geométricos, se têm condições de fazer representações
do mundo de uma forma mais realista.
Aqui será abordado o Princípio de Cavalieri. O italiano Bonaventura Francesco
Cavalieri (1598-1647), que foi discípulo de Galileu, publicou em 1635 sua teoria
do indivisível, contendo o que hoje é conhecido como “princípio de Cavalieri”.
Em 1647, Cavalieri publicou a obra Exercitationes geometricae sex, na qual apre-
sentou de maneira mais clara sua teoria.
Nesta unidade será tratado dos poliedros, prismas e pirâmides.
Introdução
112 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Souza (2013).
POLIEDROS
RELAÇÃO DE EULER
Exemplos:
c) No poliedro convexo representado a seguir, V = 8, A = 12 e F = 6. Assim:
V − A + F = 8 − 12 + 6 = 2.
d) No poliedro convexo representado a seguir, V = 9, A = 16 e F = 9. Assim:
V − A + F = 9 − 16 + 9 = 2.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
POLIEDROS REGULARES
POLIEDROS DE PLATÃO
Poliedros
114 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Paiva (2013).
PRISMAS
ÁREA DE UM PRISMA
Prismas
116 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Al = 3 · Af: = 3 · 32 = 96 cm2.
Portanto, a área total é dada por:
AT = Al + 2B = (96 + 2 · 4 3 ) cm2 = 8(12 + 3 ) cm2.
VOLUME DE UM PRISMA
PRINCIPIO DE CAVALIERI
As fotos abaixo mostram as mesmas moedas empilhadas de duas maneiras dife-
rentes. Que relação existe entre o volume da primeira pilha de moedas e o volume
da segunda pilha?
É claro que as pilhas têm volumes iguais, pois o volume de cada pilha é a soma
dos volumes das moedas que compõem, e as duas pilhas são formadas pelas
mesmas moedas.
PIRÂMIDE
Pirâmide
118 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e An os vértices da base;
■■ as demais faces, exceto a base, são chamadas de faces laterais;
■■ os lados da base são chamados de arestas da base;
■■ as demais arestas, exceto as da base, são chamadas de arestas laterais;
■■ a distância entre o vértice V e o plano da base é chamada de altura da
pirâmide.
Pirâmide
120 UNIDADE IV
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aqui foi tratado das formas geométricas que estão presentes no dia-a-dia. O
mundo que nos rodeia é repleto de objetos que têm três dimensões (3-D): altura,
largura e profundidade. O ramo da matemática que estuda essas três dimensões
é a Geometria Espacial, com os poliedros e corpos redondos.
Foi tratado dos poliedros, onde verificou-se que cada poliedro é formado
pela reunião de um número finito de regiões poligonais planas chamadas faces
e a região do espaço é limitada por elas.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ainda no estudo de poliedros foi verificado a relação de Euler que afirma
que em todo poliedro convexo vale a relação V − A + F = 2 em que V , A e F
representam os números de vértices, arestas e faces do poliedro, respectivamente.
Também foi apresentado os poliedros regulares e os poliedros de Platão.
Em relação aos poliedros regulares, tem-se a seguinte propriedade: Existem 5, e
somente 5, poliedros regulares.
Em relação aos poliedros de Platão verificou-se que os cinco poliedros regu-
lares são de Platão, contudo, nem todo poliedro de Platão é regular, pois pela
definição não é necessário que as arestas das faces tenham a mesma medida, ou
seja, não é necessário que as faces sejam polígonos regulares.
Na sequência foi abordado sobre prismas, onde foi verificado que um prisma
é classificado de acordo com o número de arestas de sua base. Também foi veri-
ficado como calcular a área de um prisma.
O cálculo do volume de um prisma foi obtido fazendo uso do Princípio de
Cavalieri, a partir do qual verificou-se que o volume de um prisma qualquer é
igual ao produto da área de sua base por sua altura.
Ao abordar sobre pirâmides foi possível conhecer os elementos da pirâ-
mide sendo eles: vértice da pirâmide, vértices da base, faces laterais, arestas da
base, arestas laterais e altura da pirâmide. Também verificou-se como calcular
o volume de uma pirâmide.
Sendo assim, neste capítulo foi possível conhecer os poliedros, prismas e
pirâmides. Também foi possível compreender os conceitos, procedimentos e
estratégias matemáticas para solucionar problemas.
Platão foi discípulo de Sócrates. Nasceu em Atenas em 427 a. C. e morreu em 347 a. C.,
com 80 anos de idade. Fundou uma escola em Atenas no ano de 386 a. C., a “Academia”
onde transmitia seus ensinamentos aos seus discípulos. Via nos filósofos-governantes
a solução para problemas políticos. Suas obras são conhecidas como Diálogos, pois re-
tratavam diálogos (reais e imaginários) entre Sócrates e outras pessoas, que focavam
principalmente a política e a moral. Os Diálogos de Platão estão entre as maiores obras
literárias do mundo, sendo considerados por muitos verdadeiras obras de arte.
Os poliedros de Arquimedes
Entre seus incontáveis trabalhos, Arquimedes de Siracusa (cerca de 287 a.C. 212 a.C.)
estudou os poliedros convexos, não regulares, que possuem todas as faces regulares e
todos os ângulos poliédricos congruentes; esses poliedros são chamados de poliedros
arquimedianos.
Existem treze tipos de poliedros arquimedianos. Um deles é obtido a partir de um cubo, re-
tirando-se de cada vértice uma pirâmide triângular regular, de modo que todas as arestas
do sólido remanescente tenham a mesma medida, conforme mostram as figuras a seguir.
Esse poliedro arquimediano teve um papel de destaque no século XX: em 1970, no Cam-
peonato Mundial de Futebol, usou-se pela primeira vez uma bola de futebol costruída
com base nesses poliedros; e em 1985 foi descoberta uma nova forma de carbono, o
buckminsterfullereno, cujos 60 átomos localizam-se nos vértices desse poliedro arqui-
mediano e as arestas representam as ligações químicas, conforme a figura a seguir.
Material Complementar
GABARITO
1) A = 25, F = 15 e V =?
V−A+F=2
V+F=2+A
V + 15 = 2 + 25
V + 15 = 27
V = 27 − 15
V = 12
2) A = 20, F = V e F =?
V−A+F=2
F − 20 + F = 2
F + F = 2 + 20
2 F = 22
22
F= 2
F=11
4) Área da base:
6 . l 2 . 3 6 . 8 2 . 3 6 . 64 . 3 384 . 3
Ab = 4
=
4
=
4
=
4
= 96 . 3 dm 2
Área lateral:
Al = 8 · 12 · 6 = 96 · 6 = 576 dm2
Área total:
At = 2 · Ab + Al
At = 2 · 96 3 + 576
At = 2 · 96 3 + 6 · 96
At = 96(2 · 3 + 6)
At = 96(2 · 3 + 2 · 3)
At = 2 · 96( 3 + 3) dm2
5) Al = 6 · AFace
Al = 6 · 3 · 6
Al = 6 · 18
Al = 108 dm2
6) Convertendo as medidas em metros teremos: 0,14 m, 0,2 m e 0,4 m. A área total da
caixa é dada por:
AT = 2 · 0, 14 · 0, 2 + 2 · 0, 14 · 0, 4 + 2 · 0, 2 · 0, 4
AT = 0, 056 + 0, 112 + 0, 16
AT = 0, 328
Multiplicando pela quantidade de caixas obtemos: 10000 · 0, 328 = 3280 m2.
GABARITO
7) Para calcular a área da base vamos determinar primeiro a altura do triângulo equi-
látero:
132 = ℎ2 + 52
169 = ℎ2 + 25
ℎ2 = 169 − 25
ℎ2 = 144
ℎ =144
ℎ = 12 cm
Área da base:
10 . 12 = 120 =
Ab = 2 2 60 cm 2
Volume da pirâmide:
A . h 60 . 6
V = b3 = 3 = 20 . 6 = 120 cm3
8) Para calcular a altura do tetraedro fazemos:
2
a2 = h2 + c
a. 3 m
3
a2 . 3
a2 = h2 + 9
a a2
a2 = h2 + 3
h
a2
a2 - 3 = h2
2 . a2 = 2
3 h
2 2a 3 a 3 a. 2 . 3 a. 6
3 .h = 6 = 3 h= = 3
3. 3
a2 . 3 a . 3
A .h
V = b3 = 4 . 3 =
a2 . 3 a . 6 1 a3 . 3 . 2
. . = =
a3 . 2
3 4 4 3 4.3.3 12
129
GABARITO
9) Área da base:
Ab = 42 = 16 cm2
Volume:
1 1 112
. Ab.h .16.7 37,33 cm 2
3 3 3
10) Vamos calcular o volume de uma pirâmide quadrada regular de aresta 5 cm2
Área da base:
Ab = 52 = 25 cm2
Para calcular a altura da pirâmide, fazemos:
2
a2 = h2 + c
a. 3 m
3
2
52 = h2 + c
5. 2 m
2
25
25 = h 2 + 2
25
h 2 = 25 - 2
25
h2 = 2
25 = 5
h= 2
d 5 2 2
2= 2
5. 2
h=
2
2 . 125 . 2 125 . 2
V = 2 . Vp = 6
=
3 c 58, 9 cm3
Professora Me. Regiane Aparecida Nunes de Siqueira
Professor Esp. Fernando Marcussi
V
UNIDADE
CILINDRO, CONE E ESFERA
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer as propriedades geométricas dos corpos redondos.
■■ Representar gráfica e algebricamente os corpos redondos.
■■ Reconhecer regularidades nos corpos redondos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Cilindro.
■■ Cone.
■■ Esfera.
133
INTRODUÇÃO
face superior arredondada e a face inferior quase plana. Assim, quando o avião
avança, a parte dianteira da asa divide o ar, de modo que o ar que passa sobre a
superfície superior se expande (se rarefaz) reduzindo a pressão. Em consequ-
ência, a pressão exercida no lado de baixo da asa produz a força que empurra o
avião para cima.
Nesta unidade serão estudadas algumas formas arredondadas, também
denominadas cor-pos redondos: a esfera, o cilindro e o cone.
Introdução
134 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CILINDRO
DEFINIÇÃO: Sejam α e β dois planos paralelos distintos, uma reta s secante a esses
planos e um círculo C de centro O contido em α. Considere todos os segmentos de
reta, paralelos a s, de modo que cada um deles tenha um extremo pertencente ao
círculo C e o outro extremo pertencente a β. A reunião de todos esses segmentos
de reta é um sólido chamado cilindro circular limitado ou, simplesmente, cilindro.
o
Fonte: o Autor
Fonte: o Autor
Assim, a área lateral (AL) do cilindro reto cuja altura é h e os raios dos círculos
das bases são r é um retângulo de dimensões 2πr e h: AL = 2πrh.
Mais ainda, a área da base (AB) corresponde a área de um círculo de raio: AB = πr2.
Portanto, a área da base (AT) do cilindro reto, corresponde a soma das áreas
lateral e das bases, ou seja:
AT = AL + 2AB = 2πrh + 2(πr2) = 2π r (h + r)
Exemplo 1: Quantos centímetros quadrados de mate-
rial são usados, aproximadamente, para fabricar a lata de
óleo indicada abaixo?
Temos que o diâmetro da lata de óleo é d = 8 cm, seu
raio é r = 4 cm e sua altura h = 19 cm.
Resolvendo em função de π:
At= 2πrh = 2π · 4 . 9 = 152π
2Ab = 2πr2 = 2π . 42 = 32π
At = 152π + 32π = 184π
Cilindro
136 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
V = AB · h = πr2 h
V = π 42 . 19
V = 304π
Assim, temos que o volume da lata de óleo é igual 304π cm3.
CONE
Fonte: http://www.matematicadidatica.com.br
2.r.g r.g 2
2.r.r ALateral ALateral & r.r.g
=
Assim, a área lateral (AL) do cone cuja altura é h e base de raio R é πrg, onde
g = R 2 + h2 = também conhecida como a geratriz do cone.
Dessa forma, a área total do cone (AT) é dada por:
AT (cone) = πRg + πR2 = πR(R + g)
Cone
138 UNIDADE V
Exemplo 3: Um cone reto tem 8 cm de altura e raio da base igual a 6 cm. Calcule
a medida da sua geratriz, a área lateral, a área total e a medida do ângulo do
setor circular.
A representação desse cone é apresentada a seguir:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Dante (2013)
a 12r
360º = 2r .10
12r . 360º
a = 2r . 10 = 216º
ESFERA
Esfera
140 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Portal MEC (2013)
exterior da esfera.
Dessa forma, para diferenciarmos cada item, tratamos a esfera como sendo um
objeto maciço, enquanto que a superfície esférica é apenas a “casca” dessa esfera.
A área da superfície esférica é dada por A = 4πR2.
Exemplo 1: Se o raio de uma esfera é 9 cm, determine a área da superfície esférica;
A = 4πR2 = 4 . π . 92, então A = 144π cm2
O triângulo A’B’V é semelhante a ABV. Como ABV é isósceles temos que A’B’V
também é isósceles, ou seja, A´B´ = A´V. Logo, a área da “rosquinha“ é π(R2 -
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a2) e a círculo é π(LM)2. Mas LM2 = R2 - a2. Logo, as seções possuem áreas iguais,
para qualquer plano Λ secante. Pelo Princípio de Cavalieri, o volune da esfera E
é igual ao volume do cilindro C menos os volumes dos cones ou seja,
1 1 4
V (S) = V (C) - V (C1) - V (C2) = 2rR3 - 3 rR3 - 3 rR3 = 3 rR3
Esfera
142 UNIDADE V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
construídos ao longo da História apresentam torres cilíndricas, próprias do es-
tilo gótico, além das coberturas em for- mato cônico, úteis em países sujeitos a
nevascas por favorecerem o escoamento da neve. Cilindro, cone e esfera com-
põem o conjunto de corpos redondos que foram estudadas nesta unidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
3. Qual o volume de uma bola de basquete cujo diâmetro mede 26 cm? Use π = 3.
4. Identifique quais das figuras abaixo nunca poderão ser a sombra de um cilindro?
7. Duas latas têm forma cilíndrica. A lata mais alta tem o dobro da altura da outra,
mas seu diâmetro é a metade do diâmetro da lata mais baixa. Em qual das latas
se utilizou menos material?
Para fazer o chapéu, ela usou uma folha de cartolina e desenhou a planificação
do cone para depois cortar, montar e colar. Qual dos itens abaixo foi o desenho
que Mariana fez para montar seu chapéu?
145
10. Quantos centímetros quadrados de cartolina serão gastos para fazer o chapéu
de palhaço cujas medidas estão na figura a seguir?
Eudoxo não era apenas um matemático e na história da ciência é conhecido como o pai
da Astronomia científica. Diz-se que Platão propôs a seus associados que tentassem dar
uma representação geométrica dos movimentos do Sol, da Lua e dos cinco planetas
conhe- cidos. É claro, era aceito tacitamente que tais movimentos se comporiam de mo-
vimentos circulares uniformes. Apesar de tal restrição, Eudoxo conseguiu dar para cada
um dos sete corpos celestiais uma representação satisfatória por meio de uma compo-
sição de esferas concêntricas com a Terra, como centro, e com raios variáveis, cada uma
girando uniforme- mente em torno de um eixo fixo em relação à superfície da esfera
seguinte, em ordem de grandeza crescente. Para cada planeta portanto, Eudoxo deu um
sistema conhecido por seus sucessores como “esféricas concêntricas”; esses esquemas
geométricos foram com- binados por Aristóteles na bem conhecida cosmologia peripa-
tética, das esferas cristalinas, que prevaleceu durante quase 2000 anos.
Eudoxo foi sem dúvida o melhor matemático da Idade Helênica, mas todas as suas obras
se perderam. É possível que a estimativa aristotélica para a circunferência da Terra - cer-
ca de 400 000 estados ou 60 000 quilômetros - seja devida a Eudoxo, pois Arquimedes
refere que Eudoxo tinha calculado que o diâmetro do Sol era nove vezes o da Terra. Em
seu esquema astronômico Eudoxo tinha visto que por uma combinação de movimentos
circulares ele podia descrever os movimentos dos planetas em órbitas que se enrolavam
ao longo de uma curva chamada de hippopede. Essa curva, que se assemelha a um oito,
traçado sobre uma esfera, é obtida como interseção de uma esfera com um cilindro tan-
gente internamente à esfera - uma das poucas curvas novas reconhecidas pelos gregos.
Fonte: Boyer (1974).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
GABARITO
1) A = 4 · π · R2
A = 4 · π · 62
A = 4 · π · 36
A = 144 · π cm2
8
2) R = 2 = 4. Substituindo o valor do raio na fórmula da área, temos:
A = 4 · π · R2
A = 4 · π · 42
A = 4 · π · 16
3) Temos que, R = 26 = 13 e π = 3, para calcular o volume fazemos:
4 . r . R2
V= 3
4 . 3 . 133
V= 3
b) Área lateral:
Al = 2 · π · r · h
Al = 2 · π · 2 · 4
149
GABARITO
c) Área total:
At = Al + 2 · Ab
At = 16 · π + 2 · 4 · π
At = 16 · π + 8 · π
At = 24 · π cm2
6) Área lateral:
Al = 2 · π · r · ℎ
Al = 2 · π · 4 · 15
Al = 120 · π cm2
Área da base:
Ab = π · r2
Ab = π · 42
Ab = π · 16
Ab = 16 · π cm2
Área total:
At = 120 · π + 2 · 16 · π
At = 144 · π cm2
7) Lata mais baixa: seja a altura h e o raio 2r, temos que a área da lata é dada por:
Ab1 = π · R2 = π · (2r)2 = 4πr2
Al1 = 2 · π · R · h = 2 · π · 2r · h = 4πrh
At1 = 2 · 4 · π · r2 + 4 · π · r · h = 8πr2 + 4πrh
Lata mais alta: seja a altura 2h e o raio r, temos:
Ab2 = πr2
Al2 = 2 · π · r · 2 · h = 4πrh
At2 = 2πr2 + 4πrh
GABARITO
Assim, a lata mais alta utiliza menos material, pois At1 > At2.
8) h = 24 cm e r = 18 cm
k) g2 = h2 + r2
g2 = (24)2 + (18)2
g2 = 576 + 324
g2 = 900
g= 900 cm
g = 30 cm
l) Al = π · r · g
Al = π · 18 · 30
g = 30 cm
m) Ab = πr2 = π(18)2 = 324π
At = Al + Ab = 540π + 324π = 864 cm2
9) Basta notar que a planificação da superfície lateral de um cone é um setor circular.
Logo, o desenho que Mariana fez é representado pela alternativa A) .
a)