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REFORMA PROTESTANTE

O justo viverá
pela sua fé“

O texto de Romanos 1:17


foi fundamental para que surgisse
a Reforma Protestante no Século XVI
A Reforma Protestante foi apenas uma
das inúmeras Reformas Religiosas
ocorridas após a Idade Média e que
tinham como base, além do cunho
religioso, a insatisfação com as atitudes
da Igreja Católica e seu distanciamento
com relação aos princípios primordiais.
• Durante a Idade Média a Igreja Católica se
tornou muito mais poderosa, interferindo nas
decisões políticas e juntando altas somas em
dinheiro e terras apoiada pelo sistema
feudalista. Desta forma, ela se distanciava de
seus ensinamentos e caía em contradição,
chegando mesmo a vender indulgências (o
que seria o motivo direto da contestação de
Martinho Lutero, que deflagrou a Reforma
Protestante propriamente dita), ou seja, a
Igreja pregava que qualquer cristão poderia
comprar o perdão por seus pecados.
• Outros fatores que contribuíram para a
ocorrência das Reformas foi o fato de
que a Igreja condenava abertamente a
acumulação de capitais (embora ela
mesma o fizesse). Logo, a burguesia
ascendente necessitava de uma
religião que a redimisse dos pecados
da acumulação de dinheiro.
• Lutero, que foi completamente contra a
venda de indulgências, protestou com 95
proposições que afixou na porta da igreja
onde era mestre e pregador. Em suas
proposições condenava a prática
vergonhosa do pagamento de indulgências,
o que fez com que Leão X exigisse dele uma
retratação pelo ato. O que nunca foi
conseguido. Leão X então, excomungou
Lutero que em mais uma manifestação de
protesto, rasgou a Bula Papal (documento
da excomunhão), queimando-a em público.
Então, enquanto Lutero era acolhido por
seu protetor, o príncipe Frederico da
Saxônia, diversos nobres alemães se
aproveitaram da situação como uma
oportunidade para tomar os inúmeros bens
que a igreja possuía na região. Assim, três
revoltas eclodiram: uma em 1522 quando
os cavaleiros do império atacaram diversos
principados eclesiásticos afim de ganhar
terras e poder; outra em 1523, quando a
nobreza católica reagiu; e, uma em 1524,
quando os camponeses aproveitando-se da
situação começaram a lutar pelo fim da
servidão e pelas igualdades de condições..
Mas esta última também foi rechaçada
por uma união entre os católicos,
protestantes, burgueses e padres que
se sentiram ameaçados e exterminaram
mais de 100 mil camponeses. O maior
destaque da revolta camponesa na
rebelião de 1524 foi Thomas Münzer,
suas ideias dariam início ao movimento
“anabatista”, uma nova igreja ainda
mais radical que a luterana.
95 teses
.
ALGUMAS TESE DE LUTERO

•24ª Tese - Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas
do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.
•25ª Tese - Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório,
qualquer bispo e cura d'almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo
especial e quer para com os seus em particular.
•26ª Tese - O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do
poder das chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.
•27ª Tese - Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a
moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.
•28ª Tese - Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o
amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só
correspondem à vontade e ao agrado de Deus.
•29ª Tese - E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas,
quando há quem diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal.
•30ª Tese - Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar
verdadeiros; muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus
pecados.
•31ª Tese - Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar
verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência,
sendo bem poucos os que se encontram.
•32ª Tese - Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter
certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.
REFORMA CALVINISTA
CALVINISMO
• “A fé é uma graça especial que Deus outorga aos
eleitos desde a eternidade... O lucro não é um
pecado resultante da usura, pelo contrário, é o
fruto do esforço do cristão que quer agradar a
Deus por meio do trabalho”.
DOUTRINA
• a) predestinação a salvação dependia
exclusivamente da escolha de Deus. A salvação
não depende da fé e nem das boas obras, pois os
homens já têm seus destinos traçados desde o
nascimento. seriam marcados com a prosperidade.
A riqueza passou a ser um sinal da benção de
Deus.
• b) Os “escolhidos” seriam marcados com a
prosperidade. A riqueza passou a ser um sinal da
benção de Deus.
• c) valorização do trabalho e da poupança;
• d) reprovação de qualquer idolatria;
• e) a bíblia como única fonte da verdade;
• f) batismo e a eucaristia como únicos sacramentos;
• g) os fiéis eram proibidos de jogar, dançar e se
divertir em festas.
• EXPANSÃO: As ideias de Calvino (1509-1564) foram
expostas em seu livro “As Instituições da Religião
Cristã” em 1536. Em 1538 foi para Genebra (Suíça) .
Expulso em 1538, retorna em 1541, permanecendo
lá até a sua morte, em 1564. A igreja ficou ligada ao
Estado, porém independente. Os O calvinismo foi
adotado também na Inglaterra (puritanos), na
escócia (presbiterianos - 1560), na Holanda e na
própria França (huguenotes).
• ANGLICANISMO “O Rei é o chefe supremo da Igreja da
Inglaterra.Nesta qualidade, pode examinar, reprimir e
corrigir qualquer abuso ou heresia que venha afetar a
paz, a unidade e a tranquilidade do Reino, bem como toda
a autoridade e costumes estrangeiros”.
• A reforma teve origem no conflito entre o rei Henrique
VIII(1506-1547) da Inglaterra e o papa Clemente VII. O
papa se negou a conceder o divórcio ao Rei. Esta reforma
não se deu por motivos doutrinários e sim por questões
meramente políticas. Por isso, inicialmente,a religião
anglicana pouco diferia da católica. Diferenciava-se
apenas pelo uso do inglês em lugar do latim e pela
obediência ao rei e não ao papa.
• ROMPIMENTO COM ROMA:Em 1534 a igreja da Inglaterra
rompeu definitivamente com Roma. O parlamento inglês
aprovava o Ato de Supremacia que criava os
fundamentos de uma Igreja nacional e transformava
Henrique VIII no chefe supremo da Igreja na Inglaterra.
CONTRARREFORMA
• Reação da Igreja Católica à Reforma Protestante e às
pressões internas pela renovação das práticas e da atuação
política do clero durante os séculos XVI e XVII. Em 1545, o
papa Paulo III (1468-1549) convoca o Concílio de Trento e
torna-se o primeiro papa da Contrarreforma.
• Concílio de Trento: Conselho que se reúne várias vezes,
entre 1545 e 1563, para assegurar a disciplina eclesiástica e a
unidade da fé. Confirma a presença de Cristo na eucaristia e
combate a doutrina protestante a respeito dos sacramentos.
Regula as obrigações do clero, a contratação de parentes para
a Igreja e o excesso de luxo na vida dos religiosos. É instituído
o índice de livros proibidos (Índex Librorum Prohibitorum) com
as obras que os católicos não poderiam ler, sob pena de
excomunhão (expulsão da Igreja). O órgão encarregado pela
repressão às heresias e aplicação das medidas da
Contrarreforma é a Inquisição. Para efetivar as mudanças, a
Igreja cria ou reorganiza ordens religiosas, como a Companhia
de Jesus.

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