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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

EXPERIMENTO 02 – Cinemática
Movimentos Retilíneos - FIS 212

Cristine Bacelar Ribeiro Oliveira - 2022009552


Giovani Brandão Souza - 2022010938
Lucas Pereira Da Silva - 2022012128
RESUMO

Este relatório abordará o estudo da cinemática com foco em movimentos retilíneos.


Utilizamos um carrinho deslizando sobre um trilho de ar horizontal para analisar
diferentes aspectos desse tipo de movimento. Realizamos experimentos para
determinar a relação entre tempo e posição, estudando a velocidade média e a
aceleração constante. Os dados coletados foram plotados em gráficos para melhor
compreensão e análise.

OBJETIVO

O objetivo deste relatório é apresentar os resultados obtidos a partir da medição de


alguns cilindros de metal. Para isso, foram realizadas medidas primárias de
dimensão e massa, seguidas do cálculo de medidas secundárias de volume e
massa específica. Adicionalmente, buscou-se obter uma avaliação estatística
precisa da massa específica. Foram abordados conceitos cruciais como algarismos
significativos, erros e unidades de medida, visando aprimorar a precisão e a
confiabilidade dos resultados. Por fim, este relatório inclui uma análise estatística
detalhada das medidas realizadas, fornecendo uma visão aprofundada do
desempenho e da consistência dos dados obtidos.

MATERIAIS UTILIZADOS
● Trilho de ar metálico triangular, de 2 m, com impulsionador;
● Compressor-Soprador de ar com mangueira de acoplamento;
● Carrinho metálico para o trilho (elemento de movimento);
● Duas massas de 50g para lastro do carrinho;
● Calço de madeira;
● Paquímetro;
● Celular (de responsabilidade dos integrantes do grupo);
● Cabo para descarregar os filmes do celular no PC (grupo);
● Suporte para celular;
● PC, com os programas Tracker e SciDAVis instalados (ver tutoriais)

DESENVOLVIMENTO
Símbolos e abreviações:

● L = Comprimento (mm);
● ⌀ = Diâmetro (mm);
ETAPA I – CALIBRAÇÃO E AJUSTES DOS MATERIAIS

Para realizar o experimento, foi necessário calibrar e ajustar os materiais para


que os dados fossem coletados com confiança. Foi utilizado um trilho de ar de 2
metros de comprimento para obter e analisar os dados. Para conseguir obter os
dados através do aplicativo de análise de vídeo Tracker foi utilizado um celular para
gravar o vídeo. Com os dados já obtidos pelo tracker, chegou-se a vez de plotar os
gráficos utilizando o software SciDavis.

Figura 1 - Medição com paquímetro

Figura 2 e 3 - Materiais utilizados e compressor de ar


Após ajustar tudo e deixar tudo pronto para gravar, foram feitos dois experimentos.
O primeiro com o trilho de ar na horizontal e o segundo com o trilho de ar inclinado
com um calço de madeira em baixo de um dos seus apoios.

Figura 4 - Experimento 1, com trilho na horizontal

Figura 5 - Experimento 2, com o trilho inclinado


Para o experimento com o trilho inclinado foi necessário calcular uma relação
para encontrar o ângulo de inclinação do trilho e seu respectivo erro. Foi utilizado as
seguintes medidas e fórmulas.

𝑠𝑒𝑛 (𝑖) = ℎ/𝐿


𝑒𝑟𝑟𝑜 [ 𝑠𝑒𝑛 (𝑖)] = ℎ/𝐿 ⋅ √(𝑒𝑟𝑟𝑜( ℎ)ℎ )2 + (𝑒𝑟𝑟𝑜 ( 𝐿)𝐿 )2
h = altura do bloco (mm)
L= comprimento do trilho (mm)
i= ângulo de inclinação (º)
Calculando:
𝑠𝑒𝑛 (𝑖) = 24, 42/1000
(𝑖) = 1,4 º
Calculando o erro:
𝑒𝑟𝑟𝑜 [ 𝑠𝑒𝑛 (𝑖)] = 24, 42/1000 ⋅ √(0, 01 * 24, 42 )² + (0, 02 * 1000 )²
𝑒𝑟𝑟𝑜 (𝑖) = 0,4885º
Medida final (1,40º +- 0,49º)

ETAPA II – UTILIZAÇÃO DOS SOFTWARES PARA OBTENÇÃO DOS DADOS

Primeiramente, os vídeos gravados com o celular foram exportados para o


computador e abertos no Tracker. Nesse aplicativo é possível analisar o carrinho que
gera pontos a partir dos eixos x e y, sendo esses pontos os dados em uma tabela e
com isso é possível plotar os gráficos.

Depois, o software utilizado para plotar os gráficos foi o SciDavis. Um


aplicativo de análises estatísticas, montagem de gráficos, cálculo de erro, entre
outros.

Com esses dois softwares obteve-se os seguintes gráficos:

Gráfico 1 - Análise trilho na horizontal

Observando o gráfico 1 é possível perceber que a função no gráfico é linear,


portanto, mostra-se que é o movimento retilíneo uniforme.

Para calcularmos velocidade, usaremos a equação obtida no SciDAVis

-0,0061+-0,2643*t e atribuímos valores a t para obtermos a velocidade:


No instante t=(1) temos que a velocidade:

-0,0061+-0,2643*(1) = 0,2704 m/s

No instante t=(2) temos que a velocidade:

-0,0061+-0,2643*(2) = 0,5347 m/s

Para se obter a aceleração teórica no trilho na posição horizontal usaremos duas


fórmulas:

Usando a fórmula ateo = g⋅sen(i) obtemos que a aceleração:

ateo: 9,78520 . sen0° = 0 m/s

Usando a fórmula erro (ateo) = g⋅erro[ sen(i) ]

erro (ateo) = 9,78520 . sen0°= 0 m/s

Para o experimento inclinado, respeitando a seguinte equação, foram encontrados


os seguintes coeficientes e seus respectivos erros:

a0+a1*x

Para x = 0 até x = 6,467

a0 = -0,0061 +/- 0,0007

a1 = -0,2643 +/- 0,0001

Gráfico 2 - Análise trilho inclinado


Observando o gráfico 2 é possível perceber que a função no gráfico é exponencial,
portanto, mostra-se que é o movimento retilíneo uniformemente variado.

Para calcularmos velocidade, usaremos a equação obtida no SciDAVis

–0,8602+0,0566*t+0,1681*t2 e atribuímos valores a t para obtermos a velocidade:

No instante t=(1) temos que a velocidade:

–0,8602+0,0566*1+0,1681*12 = -0,6355. m/s

No instante t=(2) temos que a velocidade:

–0,8602+0,0566*1+0,1681*22 = −0,1312

No instante t=(3) temos que a velocidade:

–0,8602+0,0566*1+0,1681*32 = 0,7093

Para se obter a aceleração teórica no trilho na posição inclinada usaremos duas


fórmulas:

Usando a fórmula ateo = g⋅sen(i) obtemos que a aceleração:

ateo: 9,78520 . sen1,4° = 0,23907 m/s

Usando a fórmula erro (ateo) = g⋅erro[ sen(i) ]

erro (ateo) = 9,78520 . sen0,49°= 0,08368m/s

Para o experimento inclinado, respeitando a seguinte equação, foram encontrados


os seguintes coeficientes e seus respectivos erros:

a0+a1*x+a2*x^2

Para x = 0 até x = 3,033

a0 = -0,8602 +/- 0,0004

a1 = 0,0566 +/- 0,0006

a2 = 0,1681 +/- 0,0002


CONCLUSÃO

Com base nos experimentos realizados, conseguimos analisar e compreender de


forma prática os movimentos na física (MRU e MRUV).

Utilizando a prática juntamente ao conhecimento teórico, conseguimos interpretar a


aceleração, posição, velocidade, inclinação do trilho e outros conceitos fundamentais
utilizados na física e, consequentemente, na engenharia. Além disso, com base nos
dados obtidos, foi possível fazer a representação gráfica dos movimentos,
enriquecendo ainda mais o conhecimento, e alinhar a teoria vista em livros e salas
de aula, com a experiência prática.

Visto que o movimento sempre esteve presente no dia a dia do ser humano, foi de
grande importância a análise de algumas propriedades e fundamentos do mesmo,
possibilitando ampliar os conhecimentos acerca de algo que é fundamental para o
nosso crescimento profissional dentro da Engenharia.

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