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MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA

GERENCIAMENTO DE F.O.D

F.O.D
Foreing Object Damage
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA GERENCIAMENTO DE F.O.D

Folha nº 2 de 6
SGSO – Sistema Gerenciamento Versão 01
Segurança Operacional - SBPO Data 16/10/2023
CONTROLE 7 . Man.Boas.Prat.F.O.D

ÍNDICE
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 03
1 OQUE É FOD? ................................................................................................................................... 03
2 QUE EFEITOS O FOD PODE TER? ................................................................................................. 05
3 A TAXONOMIA DO F.O.D.................................................................................................................. 05
4 QUAIS FATORES CONTRIBUEM PARA O F.O.D ............................................................................ 05
5 AEROPORTO DE PATO BRANCO CONTRA O F.O.D .................................................................... 05
6 PROGRAMA DE CONTROLE DE F.O.D ........................................................................................... 06

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Aeroporto Regional de Pato Branco – Professor Juvenal Loureiro Cardoso - SGSO – SBPO – Ilario Luiz Filho
MANUAL DE BOAS PRÁTICAS PARA GERENCIAMENTO DE F.O.D

Folha nº 3 de 6
SGSO – Sistema Gerenciamento Versão 01
Segurança Operacional - SBPO Data 16/10/2023
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APRESENTAÇÃO
Este manual é ferramenta auxiliar que descreve uma forma prática de realização das tarefas de
Gerenciamento de F.O.D no Aeroporto de Pato Branco.
Cada tarefa é uma parcela de um processo maior, por isso, para que todos os aspectos resultem
positivamente, cada passo deve ser executado de maneira adequada.

1- O QUE É FOD? (Foreing Object Damage)


Resíduos, detritos de objetos estranhos (FOD) em aeroportos , incluindo qualquer objeto em um local
inadequado que possa danificar equipamentos ou ferir COLABORADORES.
O FOD inclui uma ampla gama de materiais: ferramentas, peças de manutenção, fragmentos de
pavimento, suprimentos de comissaria, materiais de construção, pedras, areia, peças de malas e até
mesmo fauna.
O FOD está localizado nos portões do terminal, no pátio de aeronaves, nas áreas de manobras,
taxiways, pista de pouso etc.

As três principais áreas que requerem atenção especial são:


a. FOD na Pista de Pouso: Refere-se a vários objetos (lançados de aeronaves ou veículos,
equipamentos de terra quebrados, pássaros, etc.) que “estão” presentes em uma pista e que pode
interferir com o movimento da aeronave (durante a decolagem e pouso). FOD na pista tem o maior
potencial para causar danos.
b. FOD na Pista de táxi: Embora este tipo de FOD possa parecer menos prejudicial do que o
anterior, deve-se notar que a corrente gerada pelos reatores pode facilmente jogar pequenos objetos
no pista.
c. FOD na Manutenção: Isso diz respeito a vários objetos, como ferramentas, materiais ou
pequenas peças usadas em atividades de manutenção (por exemplo. manutenção de aeronaves,
obras, etc.) e podem causar danos às aeronaves.

2 - QUE EFEITOS O F.O.D PODE TER?


O FOD pode causar danos de várias maneiras, sendo o mais notável:
a. Danos aos motores das aeronaves se forem aspirados.
b. Danos ao pneus de avião rasgados.
c. Permanecer em mecanismos de aeronaves que os impedem de funcionar corretamente.
d. Ferimentos nas pessoas depois de serem impulsionados pela energia das turbinas.

Obs.: Estima-se que os danos causados à industria aeronáutica pode chegar a 4 bilhões de dolares
por ano.

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3 - A TAXONOMIA DO FOD
A natureza do FOD também é variada.
O FOD pode ser composto de qualquer material, e pode ser de qualquer cor e tamanho.
Com estudo efetuado no Aeroporto de São José do Rio Preto nos “CATA-FOD´s” semanais dos meses
de Maio, Junho e Julho de 2022, 55% dos elementos FOD coletados são feitos de metal, seguido por
17% de plástico, 11% de borracha, e 17% outros detritos como pedras, pedaços de cones etc.

Os FOD´s típicos incluem:


a. Peças e motores da aeronave ( porcas, parafusos, arruelas, cabos de segurança, etc.)
b. Peças de aeronaves (tampas de combustível, fragmentos de trem de pouso, barras hidráulicas,
chapas metálicas, escotilhas e fragmentos de pneus)
c. Ferramentas mecânicas
d. Suprimentos de manutenção
e. Elementos da companhia aérea (pregos, crachás de COLABORADORES, canetas, lápis,
etiquetas de bagagem, latas de refrigerante, etc.)
f. Elementos da plataforma logística (restos de papel e plástico de bufê e carregamento de paletes,
peças de bagagem e detritos)
g. Materiais de pista e taxiway (peças de concreto e asfalto, selos de borracha e lascas de tinta)
h. Resíduos de construção (pedaços de madeira, pedras, fixadores e outros objetos metálicos)
i. Materiais plásticos e/ou polietileno
j. Materiais naturais (pedras, pedriscos, fragmentos de plantas e fauna)
Obs.:
Segundo a ANAC Pedras e outros detritos ao longo do caminho de menor resistência depositados
nas pistas, táxis ou pátios são F.O.D
O jet blast, o sopro de hélice, o sopro de rotor e mesmo os gases dos motores de cauda de
aeronaves (aircraft power unit – APU) podem mover FOD da borda da pista e áreas de acostamento,
onde tende a se acumular, de volta para o centro da pista,taxi ou pátios.
Da mesma forma, o vento pode soprar vegetação ou grama recém cortados, detritos secos, como
areia ou sacos plásticos, de áreas relativamente não críticas para a pista, táxis ou pátios.

4 - QUAIS FATORES CONTRIBUEM PARA FOD?


a. Má manutenção de prédios, equipamentos e aeronaves.
b. Treinamento inadequado da equipe.
c. Pressão sobre o pessoal que resulta em má inspeção (CATA-FOD).
d. O clima (por exemplo, fod pode ser gerado por ventos fortes; ou sua detecção pode ser dificultada
por condições climáticas adversas).

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5 – AEROPORTO DE PATO BRANCO CONTRA O F.O.D!


O Aeródromo está desenvolvendo um programa de Melhoria Contínua para um gerenciamento de
F.O.D bem-sucedido. Esse programa contém quatro áreas principais, cada uma das quais contém
elementos importantes, conforme descrito abaixo:
Prevenção
• Conscientização (existência do programa DE FOD e apoio gerencial)
• Formação e educação (implementação do programa FOD)
• Manutenção
Detecção
• Operações de “CATA-FOD)” (inspeções de detecção)
Eliminação
• Operação coordenada de eliminação dos FOD
Avaliação
• Coleta e análise de dados
• Melhoria contínua (tendências, comentários, investigação de incidentes)

Os meios para combater o FOD incluem as seguintes atividades:


• Inspeção regular e frequente do aeródromo, com o apoio da comunidade Aeroportuária incluindo
áreas de manobra de aeronaves e espaços abertos adjacentes .
• Inspeção regular e frequente de edifícios e equipamentos de aeródromo e reparo imediato ou
recall de itens que possam criar FOD.

6 - PROGRAMA DE CONTROLE FOD

a. CONSCIÊNCIA COM A EXISTÊNCIA E STATUS DO PROGRAMA


Um primeiro passo na implementação de um programa de gestão FOD bem-sucedido é garantir que
os todos os COLABORADORES estejam cientes da existência do programa.
O sistema de gestão FOD de um aeródromo deve ser visível em todos os aspectos da operação do
aeroporto. Melhorias na segurança do FOD ocorrerão de forma mais eficaz se todos os
COLABORADORES do aeroporto forem ativamente encorajados a identificar potenciais riscos de
FOD, agir para eliminá-los e propor soluções para mitigar esses perigos.
Exemplos de comunicação organizacional incluem:
• Vídeos sobre FOD
• Seminários sobre FOD.
• Boletins, alertas, avisos e informativos de FOD.
• Discussão FOD nas reuniões das CSO´s do aeródromo.

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b. SUPORTE À POLÍTICA E GESTÃO DA FOD


Um programa FOD eficaz também deve ter o total apoio da *AAL. O compromisso da gestão com a
prevenção da FOD deve ser formalmente articulado em uma declaração da política da organização a
esse respeito. A declaração será usada para estabelecer formalmente o programa de gestão do FOD.

c. FORMAÇÃO DE UM GRUPO DE GESTÃO DE FOD

Um GRUPO pode ser formado para que alguns colaboradores fiquem focados na gestão dos
programas e problemas de FOD do aeroporto. As pessoas designadas podem ser um Titular e um
Suplente de cada seção ou empresa para fazer parte desse Grupo.
a. As responsabilidades do grupo devem ser claramente definidas de acordo com as linhas de
comunicação identificadas dentro do Aeródromo. Além disso, o grupo deve ser autorizado a informar
aos mais altos níveis de gestão (por exemplo, SGSO, OPERAÇÕES, GERÊNCIA, etc.) para garantir
a consideração adequada de todos os relatórios, recomendações e problemas.
b. O secretário do Run Way Safety Team deve comunicar periodicamente o status do programa
de FOD para os COLABORADORES do aeroporto e garantir que as lições aprendidas com
investigações ou experiências de casos perigosos sejam amplamente divulgadas , tanto internamente
quanto por outras organizações.
Cultura de Segurança contra o F.O.D
Um programa de gestão F.O.D eficaz requer mais do que a implementação das regras e
procedimentos a serem seguidos. O apoio das gestões das empresas prestadoras de serviços é
fundamental para estabelecer a atitude, as decisões e os métodos operacionais das políticas que
demonstrem a prioridade de segurança para a organização.
Em culturas de segurança eficazes, há linhas de relatórios claras, funções claramente definidas e
procedimentos compreensíveis.
Os COLABORADORES precisam entender que dentro da cultura de Segurança Operacional existe
Responsabilidades e eles devem saber o que, quem e quando denunciar algo.
Todas as pessoas que exercem funções na área operacional deve receber treinamento,
principalmente os do (PISOA) Programa de Instrução da Segurança Operacional Aeroportuária,
nesses treinamentos o Instrutor deve incluir na grade a Identificação e descarte de FOD, e
essencialmente as consequências do EU IGNORO O FOD

Inspeções diárias
A OACI exige uma inspeção diária das áreas de manobras de aeronaves, sendo assim o fiscal de pátio
poderá realizar as inspeções do dia em seu turno. Quando tiver em Obras os canteiros exigem
inspeções mais frequentes e detalhadas, para isso o GSO deve designar colaboradores para
inspecionar continuamente as obras.

O desenvolvimento de um processo contínuo da segurança operacional é a faculdade de exercer atos onde


pessoas e bens não sofram lesões ou danos.
(Ilario Luiz Filho-GSO-SBPO)

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