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CONSTRUGUES DE CUNGRETO F.Leonhardt ¢ E.M&nnig CASOS ESPECIAIS DE DIMENSIONAMENTO. DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO ‘Vol. RITZ LEONHARDT Doutor Engenheiro Doutor Honoris Causa Professor do Instituto da Construgo da Universidade de Stuttgart EDUARD MONNIG Engenheiro Civil Professor do Instituto da Construgio da Universidade de Stuttgart TRADUGAO JOAO Luis ESCOSTEGUY MERINO Engenheiro Civil, UFRGS EDITORA INTERCIENCIA LTDA. Copyright © by Springer-Verlag Berlin/Heideiberg 1973 Published in Germany under the title "Vorlesungen aber Massivbau — Zweiter Teil Sonderfalle der Bemessung im Stahibetonbau” — Zweite Auflage Direitos Reservados em 1977 por Editora Interciéncia Ltda. Rio de Janeiro — Brasil Impresso no Brasil Programago Visual Interciéneia Arte Capa AG Comunicago Visual Composicao do Texto Interciéneia 12 EDIGAO/1978 — 18 REIMPRESSAO/1979 (Preparada pelo Centro de Catalogaco-na-fonte do SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, Ri) Leonhardt, Fritz. L61e —_Construgdes de concreto, volume 2: casos especiais de dimensionamento de estruturas de concreto armado | por | Fritz Leonhardt le | Eduard Ménnig; tradugio | de | Jofo Luts. Escosteguy Merino. Rio de Janeiro, Interciéncia, 1978. 174. 156 ilust. inal em alemSo: Vorlesungen iiber Massivbau Zweiter Teil-Zweite Auflage Bibliografia 1, Conereto armado — 2. Construgées de concreto ‘armado |, Ménnig, Eduard Il, Titulo Il. Titulo: Casos cde dimensionamento de estruturas de concrete armado coo — 620.137 624.1834 693.54 CDU — 624.012.45:624,043, 77-0586 693.55 € proibida reprodueio total ou parcial por qusisquer meios som autorizacSo por excrito da ecitora, EDITORA INTERCIENCIA LTDA. Fue Verna Magathdes, 65 ~ Tel, 281-7495 - 269-5809 EP 20710 — Rode Janeiro — Breit PRCA No primeiro volume das Construgdes de Concreto, tratou-se dos principios bésicos do dimensionamento de estruturas de concreto armado, apresentando-se uma visio geral sobre os mate- riais, 0 comportamento resistente e 0 dimensionamento das estruturas lineares 8 flexdo, 8 forca cortan- te @ 4 toreo — com e sem forea normal — bem como o dimensionamento de pecas comprimidas com a verificagSo da seguranca & flambagem. Neste segundo volume, so apresentados os casos especiais de dimensionamento. Na realida- de, tais caso s8o correntes na prética, mas, em sua maioria, ainda no foram inteiramente resolvides, j8 que os métodos de dimensionamento utilizéveis até esta data foram desenvolvidos somente nos Ultimos dez anos e, consegiientemente, nos livros-textos usuais so apresentados de maneira obsoleta ‘ou simplesmente inexistem, Os métodos modernas de dimensionamento encontram-se espalhados quase que exclusivamente em publicagées periddicas especializades e, portanto, sfio pouco conhecidos. Neste segundo volume, procurou-se apresentar, através da interpretaeo da bibliografia exis- tente, os mais recentes resultados das pesquisas efetuadas, assim coma alguns resultados de. ensaios sobre 0 estado atual de nossos conhecimentos, de forma adequada as aplicagées praticas. O Ultimo capitulo & dedicado aa cancreto leve, dando-se uma ligeira idéia dos tipos existen- tes, para depois tratar em detalhe do concreto leve estrutural, que ser, com certeza, cada vez mais utilizado. As propriedades do concreto ieve exigem um dimensioriamento diferente do estabelecido para @ concreto normal. Tal fato é apresentado nesta obra segunds as normas alemas. Neste volume, as indicac3es sobre a bibliogratia so particularmente importantes. Procu- rou-se mencionar apenas a bibliografia indispensével — a relativa aos tltimos desenvolvimentos alcan- cados e a necessaria a um posterior aprofundamento dos problemas tratados ~ 0 que é de importén- cia para a atividade profissional do engenheiro. Agradecemos as Sr |, Paechter, V. Zander e aos Engenheiros estagiérios H. Lenzi e A. Hoch, pelo cuidado e trabalho na redacdo e na revistio do texto, bem como aa etaboracéo de varios desenhos. Agradecemos mais uma vez, em especial, a0 Editor pelo seu esforco em manter 0 prego razodvel e acessivel aos estudantes, sem com isto prejudicar a qualidade do livro, Stuttgart, outono de 1974 F. Leonhardt e E. Ménnig Preticio da 29 Edigéo Na 22 edigdo foram feitas algumas corregSes e acréscimos. Os problemas tratados, entretan- to, permaneceram inalterados, Stuttgart, maio de 1975 F, Leonhardt e E. Ménnig LQADO da CLDA VOLUME 1: PRINCIPIO$ BASICOS DO DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 1 Imredueao 2 . Conereto 3. Acos para concreto 4 0 material de construgdo concrete armado 5 . Comportamento das estruturas de concreto armado 6. Principios basicos da verificacdo de seguranca 7 | Dimensionamento a tlexio composta 8 - Dimensionamento &forea cortante 9. Dimensionamento & torso 10. Dimensionamento de peas comprimidas de conereto armado VOLUME 2: CASOS ESPECIAIS DE DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO ‘Armadura obliqua a direggo da solicitagso Vigas-parede, eonsolos e chapas Introdueio de cargas ou forcas concentradas Articulagées de concreto Pungo em lajes Dimensionamento para cargas oscilamtes ou muito freqentemente repetidas - Conereto leve para estruturas VOLUME 3: PRINCIPIOS BASICOS SOBRE A ARMAGAO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO. 1. Generalidades sobre o projeto ea execucdo 2 . Estorcos sotcitantes 3 . Generalidades sobre armaduras 4. Ancoragem das barras da armadura 5 . Emendas das barras da armadura 6 7 8 9 - Forcas devidas & roudangas de diego de peas comprimidas etracionadas ‘Armadura de pecas fletidas Lajes Vigas-e vigas T 10. Lajes nervuradas em uma e duas direrdes, ajes 6cas 11, N6s de pérticos cchapas 14, Pecas comprimidas 15, Regiées de introducao de esforgos 16, Fundagdes VOLUME /ERIFICAGAO DA CAPACIDADE DE UTILIZAGAO Limitapdo da Fissuragdo, Deformagses, Redistibuigio de Momentos ¢ Teoria das Linhas de Ruptura em Extruturas de Conereto Armado Verificagdo da capacidade de utilizagdo LLimitacdo da fissuraedo, limites das aberturas das fissuras Deformagdes das estruturas de concreto — Generalidades Deformacées devidas 8 forca normal, rigidez & deformacdo longitudinal Deformacdes devidas flexdo, rigider a flexdo Deformagdes devidas & forca cortante, rigider & deformagio transversal Deformagses devidas & toredo, rigide2 & torefo Deformacdes no dominio plistico (Estédio 11!) “Teoria das linhas de ruptura para estruturas laminares, em especial para lajes VOLUME 5: CONCRETO PROTENDIDO ‘VOLUME 6: PRINCIPIOS BASICOS DA CONSTRUCAO DE PONTES vin GOoomceDo PREFACIO erect ts - PLANO DEOBRA...... : . cee vil 1, ARMADURA OBLIQUA A, piREGhO DASOUCITAGAO . 1 3.1 INTRODUGAO . ' 1.2. CHAPAS COM ARMADURA EM MALHA ORTOGONAL 2 1.2.1. Esforos e Equilibrio em um Elemento de Chapa... . 2 1.2.2 Inclinacdo das Fissuras no Caso de Solicitaco da Armadura no Regime Eldstico (0 Bg/E,) : 10 1.3 CHAPAS COM UMA UNICA DISPOSICAQ DE ARMADURAS. 10 1.4 LAJES COM ARMADURA EM MALHA ORTOGONAL. : " 1.8 CRITERIOS DE DIMENSIONAMENTO. : 2 1.5.1 Generalidades.... 1.5.2 Dimensionamento de Estruturas de Chapas com Armadura Obliqua em Relacio as Tensées, Principais. : 13 1.83 Dimensionamento de Lajes Solicitadas 8 Flexo, com Armadura Oblique em Relaglo & Direc dos Momentos Principais 16 2. VIGAS-PAREDE, CONSOLOS E CHAPAS : ee 19 2.1. DEFINIGOES, 19 2.2. METODOS PARA A DETERMINACAO DAS TENSOES NO ESTADIO! 19 23 ESFORGOS SOLICITANTES E TENSOES EM VIGAS-PAREDE, 7 20 23.1 Generalidades. 20 23.2. Tensdes em Vigas-Parede de Um S6 Vio : 2 2.3.2.1 Carga Uniformemente Distribuide a 2.3.2.2. Cargas Concentradas 24 23.23 influéncis do Enrijecimento dos Apoiox, 26 2.3.3 Tenses em Vigas-Parede Continuas . 30 2.3.3.1 Carga Uniformemente Distribuida . . 30 2.3.3.2 Cargas Concentradas : : ad 2.3.33 Influéncia do Enrijecimento dos Apoios. ... .- : 32 2.3.3.4. Determinagéo dos Esforcos Solicitantes em Vigas Parede Continues 33 2.3.4 Oeterminagdo das TensBes de Acordo com W. Schleeh . 36 24 VIGAS-PAREDE NO ESTADIO I! DO PONTO DE VISTA DO DIMENSIONAMENTO 39 2.4.1 Vigas-Paredo Diretamente Apoiadas 39 24.2 Vigas-Parede Apoiadas ou Carregadas Indiretamente, : 42 2.8 CRITERIOS DE DIMENSIONAMENTO DE VIGAS-PAREDE. ...... f 46 2.8.1 Determinago dos Esforgos no Banzo Tracionado . . 45 2.5.2 Limitagdo das Tensdes Principais de Compressio. 48 26 27 28.3 Armadura de SuspensSo para Cargas Atuantes na Par 2.5.4 Armadura em Matha na Parede, a 255. Concepcdo do Modelo Resstente e Dimensionamento de Acordo com Nylander TENSOES EM CONSOLOS E CHAPAS EM BALANGO CRITERIOS PARA 0 DIMENSIONAMENTO DE CONSOLOS E DE CHAPAS EM BALANCO. Inferior 3. INTRODUGAO DE CARGAS OU FORGAS CONCENTRADAS . 34 32 33 34 35 36 DESCRIGAO DO DESENVOLVIMENTO DAS TENSOES . METODOS PARA A DETERMINAGAO DAS TENSOES 32.1 Resolugdo Teérica 3.2.2 Resolucdo Através de Elementos Finitos 3.2.3. Determinagio das Tensdes Através da Fotoeiasticidade 3.2.4 Determinagio das Tensdes Através da Medicio das Deformagdes em Modelos 325 Medicoes Feitas em Pecas de Concreto. 3.2.6 Solucdes Aproximadas Simples DIMENSIONAMENTO AO ESFORGO DE FENDILHAMENTO NO CASO DA INTRODUGAO DE CARGAS OU FORGAS CONCENTRADAS EM UM SISTEMA BIDIMENSIONAL 23.1 Carga Concentrada Axial 3.3.1.1 Esforgo de Fendilamento no Caso de um Carregamento Uniformemente Distrituido p. 3.3.1.2 Influéneis de um Carregamento Ndo Uniformemente Distribuido p. 3.3.1.3. Tenses nas Zonas de Bardo (RegiSes de Canto) 3.3.2 Carga Concentrada Excéntrica ns Diregdo x 3.3.3. Carga Concentrada Excéntrica Inclinada em Relacio ac Eixo dos x 3.3.4 Vérias Cargas ou Forcas Concentradas. 3.3.5 Aco Conjunta da Forca de Protensio e da Reacio de Apoio nas Ex\remidades de Vigas de Concrete Protendido 3.3.6 Aco Conjunta da Introducdo de um Esforco © da Fle Vigas Continuas 3.3.7 Carga Concentrada Atuante no Interior da Chapa : 3.3.8 Esforcos Introduzidos pela Aderéncia das Barras da Armadura 3.3.9 Introdugo de Uma Carga Concentrada em Uma Viga T ‘em Apoios Inte VALORES DE CALCULO DO ESFORGO DE FENDILHAMENTO, NO CASO DA INTRODUGAO DE CARGAS OU FORGAS CONCENTRADAS EM UM SISTEMA TRIDIMENSIONAL 3.4.1 Carga Concentrada Axial, 3.4.1.1. TensGes de Fendilhamento e Esforco de Fendilhamento 3.4.1.2. Esforcos de Tracio nos Bordos. 342 Carga Concentrad Excéntica : LIMITAGKO DAS PRESSOES NA AREA CARREGADA INTRODUGAO DE ESFORGOS PARALELAMENTE A FACE DE UMA PECA DE CONCRETO 3.6.1 Introduedo de Esforeos por Meio de Pinos 3.6.2. Transmisséo de Esforcos por Meio de Pressfo de Contato (Protensfo) 4, ARTICULAGOES DE CONCRETO 4a 42 DESCRIGAO, CRITERIOS DE DIMENSIONAMENTO DE ACORDO COM MONNIG_NETZEL edidrios de 2888 55 88 92 4 94 7 7 101 103 103 105 4.2.1. Apoio em Linha com Movimento de Rotacio em Torno de Um Eiko... 02.22.02 105 4.2.2 Apoio Pontual com Movimento de Rotago em Qualquer Direcfo........ 0. -02.2.e0e. 1M 5. PUNGAO EM LAJES. ..... : eae cit 5.1 OBSERVAGAO INICIAL. . . 7 7 ee esoeaia 5.2 ESTADO ATUAL DOS CONHECIMENTOS. ....... 118 5.3 MODELOS DO PROCESSO DE PUNCAO SEM ARMADURA DE CISALHAMENTO, NO CASO DE PILARES INTERNOS CARREGADOS AXIALMENTE eee 13 5.3.1 Generalidades 11a 5.3.2 Carga de Puncdo de Acordo com Kinnunen Nylander (Sem Armadura de Csalhamento} ue 5.4 PUNGAG NO CASO DE PILARES DE BORO E DE CANTO ng. 5.5. CRITERIOS DE DIMENSIONAMENTO DA DIN 1045 : faa t20, 5.5.1 Caso Normal de Pilares Interns 120 55.2. Sobre a Armadura de Cisalhamento. 123, 5.5.3. Pilares de Bordo e de Canto : : 123 5.5.4 Aberturas em Lajes e Rebaixos para Instelades 7 123 5.5.5 Reforco do Topo de Pilares, Lajes-Cogumelo, Quadros Metélicos 124 6, DIMENSIONAMENTO PARA CARGAS OSCILANTES OU MUITO FREQUENTEMENTE REPETIDAS 129 6.1 CRITERIOS BASICOS. 129 6.2 CRITERIOS DE DIMENSIONAMENTO, 130, 63 DETERMINAGAO DE TENSOES NO ESTADO DE UTILIZACAO 131 6.4 VERIFICAGOES PARA CARREGAMENTOS OSCILANTES DE ACORDO COM A DIN 1045 133, 7. CONCRETO LEVE PARA ESTRUTURAS 137 7.1 OBSERVACAO PRELIMINAR ~ TIPOS DE CONCRETO LEVE 137 7.2 AGREGADOS £ PROPORCIONAMENTO DOS CONCRETOS LEVES PARA ESTRUTURAS 138 7.2.1 Agregados Porosos: ‘ 138 7.2.2 ComposicSo Granulométrica e Fabricando de Concretos Leves..... 140 7.3 FLUXO DE ESFORGOS NO CONCRETO LEVE ro 7.4 CLASSES DE CONCRETO LEVE 102 7.8 PRINCIPAIS DIFERENGAS ENTRE AS PROPRIEDADES DO CONCRETO LEVE E DO CONCRETO NORMAL 144 2.5.1 Resisténcia 3 Tracio, : ie 7.5.2 Resistencia a Carregamento em Area Parcial . . 144 7.5.3. Resistencia de Aderéncia 144 7.8.4 Detormagbes, Diagramas 0 ¢ ¢ Modula de Elasticidade para Carges de Curte DuracSo 145 7.8.5 Expansio, Retracdo e Deformacio Lenta 148 7.5.6 Comportamento Térmico do Concreto Leve 149, 75.7 Provectods Armadura Contra a Corrosia. 150 7.6 CONCLUSOES SOBRE © DIMENSIONAMENTO DE CONCRETO LEVE ARMADO E DE CONCRETO LEVE PROTENDIDO Hl 151 7.7 SOBRE A ECONOMIA DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO LEVE ae - 183 7.8 UTILIZAGAO Se 3 7 154 BIBLIOGRAFIA ae . Se eeeeeaaa | 1. Armadura obliqua a diregao da solicitagao | 1.1 INTRODUGAO No Vol.1, Cap. 5 [1], mastrou-se que a melhor colocar3o da armadura é aquela em que as barras so dispostas segundo a trajet6ria das tensGes principais de tragio ou a dos momentos principais. Dessa maneira elas interceptam as fissuras perpendicularmente e podem, assim, absorver diretamente os esforgos de trago no concreto. Em quase todas as estruturas, porém, existem trechos nos quais esta disposi¢go ideal da armadura no pode ser adotada. Quanto 20 dimensionamento da armadura da alma de vigas, cuja dirego no coincide com a das tensdes principais de trapao nos casos de forga cortante e tore, o assunto jé havia sido tratado nas Caps. 8 e 9 do Vol.1. Neste capitula, sero indicados, no caso de estruturas laminares (chapas, lajes, cascas), 08 critérios de dimensionamento adequados a armaduras dispostes obliquamente 2 diregdo da solicitaro. Nos primeiros trabalhos sobre este assunto, feitos por E, Suenson{ 2 ] e, particularmente, por H. Leitz [ 3,4] , foi admitido que as fissuras eram perpendiculares 4 armadura, tendo-se conside- rado apenas as condi¢ées de equilibrio. Explicagées complementares forarn dadas por W. Fligge [5]e G. Scholz [6], entre outros, Através destes resultados verificou-se que, com a suposigao de que a forca de compresséo no concreto se localiza na bissetriz do Angulo entre as duas faixas da arma- dura, chega-se a uma contradiego, isto é, que apés a fissuracdo, em certos c3sas, a forga de compresso no conereto deve atuar através das fissuras. J. Peter {7 Je F.Ebner [ 8,9] indicaram por isso, de maneira correta, que para chapas € lajes as primeiras fissuras sd0 independentes da dire¢do da armadura mas s80 quase perpendiculares 2 dirego das tensdes principais de trago (fig. 1.1). Das condigdes de compatibilidade, obtiveram as forgas cortantes ao longo das fissuras, as quais so transmitidas pelo engrenamento dos agregados ira 1.1 Desenvolvimento de tissuras em uma chapa solicitada por um esfargo de tragdo em uma Gnica diregSo, ‘¢ com armadura obliqua a direeo da traeéo principal, segundo J. Peter | 6 ] gratidos e pelo efeito de encavilhamento da armadura — nas chapas — e através da zona comprimida 1a tlexdo acima das fissuras, nas lajes, Estas forgas cortantes nas fissuras implicam em tensbes de trago secundérias no concreto e em fissuras posteriores, que possuem uma inclinagdo contréria & das primei- Ts eae eqbenvomentesugem ents fue nil, R, Lenschow e M. Sozen [ 10 ]¢, mais tarde, G. Wastiund e L. Hallbjérn [11] trataram em seus trabalhos apenas do estado de ruptura, para o que estabeleceram as condicdes de equil/brio e ‘Obtiveram a direodo das fissuras na ruptura, por meio do principio do trabalho minimo de deformacao. Somente Th. Baumann [ 12,13] conseguiu, em 1972, chegar a uma solugo satisfat6ria, adotando tanto as condi¢des de equil brio e de compatibilidade, como também o teorema do trabalho minimo de deformacdo, tendo distinguido v estado em que as tenses no aco permanecem no domi- nio eldstico (0, < fg ) @ 0 estado de ruptura com 0, > fig (0 limite de escoamento da armadura é ultrapassado), € obteve para estes dois estados diferentes inclinacées de fissuras. As explicagdes dadas a seguir so baseadas no trabalho de Th. Baumann. Em geral, a armadura pode ser disposta em uma, duas ou trés diregdes, para absorver os esforgos oblquos; nos casos de duas ou trés direr3es, o ngulo entre elas pode ser qualquer. Nos pardgrafos seguintes, tratar-se-é primeiramente do caso de armaduras em duas ditecSes ortogonais. Para 0 caso de trés diregdes oblquas uma em relapdo a outra, indica-se 0 trabalho de Th. Baumann (12, 13] 1.2 CHAPAS COM ARMADURA EM MALHA ORTOGONAL 1.2.1. Esforgos e Equilibrio em um Elemento de Chapa Considere-se um elemento de chapa com uma armadura em malha ortogonal localizada em seu plano médio (fig. 1.2). As arestas do elemento so paralelas as direc&es das tensbes principais 01 € O41 =k oy , enquanto que a armadura é disposta obliquamente 2quelas direcdes. Para caracterizar © ngulo, introduzem-se dois sistemas ortogonais de coordenadas: (2) 0 primeiro com os eixos (1) ¢ (2) segundo as diregdes das tensdes principals 0) € oy (trago positiva e compressdo negativa): (b) 0 segundo com os eixos x © y segundo as diregdes das armaduras fy © fey: 1 aqui é sempre uma tenséo de trapo e maior do que ay . de modo que k <1. © Angulo entre 0 eixo (1) e 0 eixo x € designado por a, ficando subentendido que o sistema de coordenadas x , y esté localizado de tal modo que a< 45°. 4s chapa apresenta ent&o fissuras paralelas, mais ou menos retilineas, espacadas entre si de qq Cuja diregdo faz um angulo y desconhecido com a dire¢3o y da armadura. Os esforcos que atuam em um comprimento unitario 1 so: oa © Nyt aya Lek Ny (ay 1. Armadura Obl/qua & Diregdo da Solicitagio RS bid HY f Figura 1.2 Goometria e esforcos em um elemento de chapa, com armadura em malha ortogonal Nas faixas de concreto entre as fissuras, admitem-se tenses de compressio 4 uniforme- mente distribu (das, que correspondem a uma forga de compresséo centrada Dy, tal que (1.2) Quando as fissuras e uma direcao da armadura no forem perpendiculares & diregdo (1) das tensdes oy ou seja, quando a e y no forem iguais a zero, podem surgir nas fissuras, sob certas condigites, forgas cortantes.H . Se a abertura das fissuras for pequena, estas forgas cortantes podem ser absorvidas pelo efeito de engrenamento dos gros dos agregados e, além disso, pelo efeito de encavilhamento das barras da armadura que atravessam a fissura (fig. 1.3). As forgas cortantes 11 significam que as foreas, de compresso Dy, entre duas faixas vizinhas de concreto so muito diferentes ou que Dy, ¢ ligeira- mente inclinada em relagio a fissura e, com isso, surge uma tenséo de traro transversal no concreto (fig.1.4). O efeito de engrenamento e os esforcos devidos ao encavilhamento causam tensées de trac3o no concreto que ndo devem ser levadas em conta na capacidade resistente. As forgas cortantes H diminuem com a abertura das fissuras e com a destrui¢o local do concreto na regido de encavithamen- to, @ podem desaparecer, com excs7d0 dos esforcos de encavilhamento. Por isso, nas deduces que sequem, far'se-4 H =O para um dimensionamento a favor da seguranga, Figura 1.3. A forga cortante na fissura 6 absorvida Figura 14 Os elementos de chape situados juntos pelo vfeito de engrenamento das bordas 8 fisura fo solcitados por uma forca de a fissura e polo efeito de encavithamento compressfo Dj, obliqua © por uma das barras da armadura correspondents fora de tragdo transver- sal 2, devidas a0 deslocamento A Designando-se por fog © fey 28 569648 transversais das armaduras por unidade de comprimen- to, os esforcos de traco que nelas atuam séo: ex’ fox * Sex’ eo 4 feo ied ey Fey” Sey’ Hy Se a5 tenses principals. «1 @ oy (UN, @N>), assim como as armadurastgy © fyy ,forem conhecidas, restam quatro grandezas desconhecidas: Ogx, Spy, Oy (OU Zx, Zy, Dy) € 0 angulo y da dire¢do das fissuras. Com as condicdes de equilfbrio, podem-se calcular trés grandezas. Como valor desconhecido, escolhe-se 0 4ngulo y, que pode ser determinado através das condigées de com- patibilidade, Admitindo-se 0 £ngulo y como inicialmente conhecido, considerem-se as condigies de equi- Ifprio em um corte paralelo a uma fissura, O poligono de forgas da fig. 1.5 permite estabelecer as sequintes equardes: Ny by = 2b, 08 a= 2b, sen a = 0 Ng by - Zyby con at Zb, sen a 1, Armadura Obliqua & Diregio da Solicitaeso As larguras .b, @ by sobre as quais atuam as forgas Ny @Ny podem ser igualmente expressas erm funglo de y © a (ver fig. 1.5). Obtém-se entdo dessas equactes 0s esforcos Z, © Zy 2 2.7 Ny cos a1 + a tg w+ Ny wn e(t -cotge tg g) i 1.3) 2 2, = Ny sen” o(1 +eotge cote) + No cos7a(1 - tg ceatge) Considere-se agora uma sep%o de comprimento unitério, perpendicular & fissura, como mostrada na fig. 1,6; obtém-se assim um poligono de forgas que contém a forga de compresséo Dy no concrete. Como agora Z_ © Zy j4 so conhecidos pelas Eqs. 1.3, pode-se entdo calcular Dy Dy =~ Nyby sen (= a) - Ny by 60s (gp - a)+Zy by sen H+ Zy by CO8 | = cos (P-0C) © sn (p= cc) a * 5 * Figura 1.5 Equilibrio de forgas em um comprimento unitério de fissura € respectivo poligono de forgas (a forga cor- tante H na fissure é admitida igual a zero) by = mn (Pec) bz = eo (P-o) by = ne Figura 1.6 Equilibrio de forcas, em uma largura wnitéria, de uma diagonal comprimida situada entre duas fissures, # poligono de forgas correspondente (a forga cortante na fissura 6 admitida igual a zero) Levando os valores de 2, © Zy e aslarguras by @ b, definidas na fig. 1.6 nas Eqs. 1.3, obtém-se, apés algumas transformacdes trigonométricas: sen 2a. D,* Oy = Ny) sep ze (1.4) Efetuando a soma das forcas internas dadas pelas Eqs. 1.3 e 1.4, obtém-se uma nova equacao que permite um fécil controle dos cétculos: a (18) 1.2.2 Inclinagdo yp das Fissuras no Caso de Solicitagdo da Armadura no Regime Eléstico (0, fa + e,eoe o}? = [U1 - 6) c0s7e)? Resolvendo esta equacdo em relagdo a ey/e, , obtém-se apés algumas transformacdes e desprezando os termos de segundo grau » 2 + eos 2a -cotg’s)] Substituindo as deformardes pelas tenses correspondentes, com ey/eq = Ogy/0qx OU exley = Z,/vDy_, obtém-se, como anteriormente Ye wg tyliry (tg) Os procedimentos de célculo sequidos nos pargrafos 1.2.2.1 e 1.2.2.2 conduzem a resul- tados iguais, isto ¢, 0 Angulo de inclinagae das fissuras, y,, obtido através do trabalho minimo de deformacao pela Eq. 1.11, satistaz também as condicées de compatibilidade. Em geral, temse ¥) #4, isto 6, as fissuras nBo so perpendiculares & dirego da maior tensio principal. Assim, provavelmente formam-se as primeiras fissuras, mas quando as solicitagdes crescem, as novas fissuras inclinam-se de yy . Este resultado é confirmado por ensaios. 1.2.3 Inclinagéo y das Fissuras ao se Atingir o Limite de Escoamento (¢, > fg/E, ‘Ao se iniciar 0 escoamento da armadura em uma diregao, as deformagGes se modificam, de tal modo que as novas fissuras devem-se originar com uma inclina¢do , diferente de y, para sa- tisfazer 8s condigées de compatibilidade. Conforme o caso, pode acontecer que, de acordo com a deformagao plastica do aro, amibas as direcdes da armadura sejam solicitadas com o, = By Para o dimensionamento, no se deve ultrapassar 0 estado correspondente a &e > Bs/Ee de modo que @ nova inclinago das fissuras, 2 » que, segundo Baumann, é em muitos casos bastante diferente dey, , ndo interessa aqui. 1.3. CHAPAS COM UMA UNICA DISPOSIGAO DE ARMADURAS Quando a menor tensio principal oy for uma tenso de compressfo suficientemente elevada, pode-se dispensar a segunda camada da armadura. Este caso mostrado na fig. 1.8, onde 08 esforcos esto aplicados em um comprimento unitério ao longo de uma fissura, sendo a direedo considerada em relaco ao eixo (1). Yoy Do pol{gono de forgas da figura, obtém-se, devido as condigées de equil ‘brio: “Pek we, a= we. by + em (Yay =) by = mn (Py) by = 008 Soy : ee Ny Dy Figura 138 Esforgos no caso de armadura em uma diresfo (oy) © No = compressSo) @ determinarso de inclinago Poy 32 fissure 10 | | | 1, Armadura Obliqua a Diredo da Soli Desta relacdo obtém-se, apés algumas transformagées, a inclinago da fissura: _ Wet keotge ee My aera aria (1.12) Com este valor @ com as Eqs. 1.3 1.4, podem-se calcular as grandezas 2, © Dy. 1.4 LAJES COM ARMADURA EM MALHA ORTOGONAL No caso geral, um elemento de laje é solicitado por momentos principais m; € my = km, referidos 8 unidade de comprimento. No que segue, considerar-se-é sempre m, © maior dos dois momentos principais em valor absolut, Sem, no produzir, no mesmo lado da laje, trages e compresses como m , entéo ele serd considerado negativo (k <0). Um tal momento m, origina, nas zonas comprimidas por m , tenses de ‘tragdo e nas zonas tracionadas por mj, tensdes de compressao. A zona tracionada na flexao situa-se, pois, onde my produz trago e a zona comprimida (na flexo), onde m origina compressao, A zona tracionada na flexo pode ser tratada como chapa, como nos parégrafos 1.2 € 1.3, desde que os esforgos normais sejam calculados a partir dos momentos cansiderando um brago de ala- vanea médio (ver fig. 1.9): Pora 2,4 , pode-se considerar o sequinte valor aproximado noth, ieee Figura 1.9 SolicitagSes em uma le submetida a momentos fletores my @ mp; fissurapfo na zona tracionada na flex 12 Estas hip6teses permitem escrever, em analogia com as Eqs. 1.3 ¢ 1.4: 2 2 m, cosa (1+ tg a to) +m, sen a (1-cotga 8 ¢) m, sen”a (1 +eotgacotge) + m, cosa (1- tg acotge) (1.13) : sen 20 Pym © 1 = ™2) Sen 29 Para a ey vale a convengao estabelecida no pardgrafo 1.2. Sek for negativo (k <0}, ento na zona comprimida, além. da forca de compresséo Nop = ~my/z,_, . atua também uma forga de trapdO Nip = mg/2m , que exige uma armadura de tracéio nesta zona comprimida. As Eqs. 13 1.4 podem entdo ser empregadas, desde que se considere agora a forca N2 como de trago (em vez de Ny), € que se faga, nos célculos posteriores, kp = Wk. A verificagao da compatibilidade das deformagdes pode ser feita analogamente como nos parégrafos 1.2 € 1.3, devendo porém levar-se em consideragao os diferentes bragos de alavanca e espes- suras das zonas comprimidas, Para isso faé-se ft far aar oe Poor ey "y fey’ by € admitindo-se de maneira aproximada para a espessura da zona comprimida ~z,,/3 COM tm, ~ 0,9 hy, tem-se E, ve RSu pe Sau B, Para o emprego das relagdes entre estorcos e angulos, estabelecidas para chapas, estabele- ce-se, no caso de lajes, como Id indicado, que no seré considerada @ transferéncia de_forca cortante ras fissuras, nem na zona comprimida nem na zona tracionada, isto é, para o dimensionamento de lajes de acordo com este processo no sero consideradas no célculo tensbes secundérias de tra¢o no con- creto. Fica-se assim a favor da seguranca. 1.5 CRITERIOS DE DIMENSIONAMENTO 1.5.1 Generalidades dimensionamento seré limitado ao regime eléstico das tenses no aco (0, 0 (positive), deve-se considerar 0 coeficiente kp gxgt = Hyg). Em contraposicso, para momen- tos de sentidos contrérins, ou seja, para k = m/m, <0 (negativo) deve-se entrar com o valor h ‘eit ae bax | 75 iy pare Ay [hy = ty [hy = 2m/4m Psi lioren® ] [erase Tankea | onete [ass Eas el = PTs a Parak= mz /m; =O = 0,8 _ kp = hin) Vimy * eee cop | 2 | [a [ s ] ee an ae 2800 Br wy 65 62 — nm | ea | se | ae | ee mim 2 (no caso de vigas de um s6 vdole para /d > 3 (no caso de vos intermedidrios de vigas continuas); desse modo, as tensdes 0, podem ser calculadas com as hipdteses da Resisténcia dos Materiais (Bernoulli-Navier). De acordo com a DIN 1045, paré- Grafos 17.1.2 23,3, indica-se na fig. 2.1 0 dominio de esbeltezas convencionado para vigas-parede, Consolos (corbels, brackets) so vigas curtas em balango (cantilevers) com &/d < 1. Em, grandes estruturas (paredes estruturais de varios andares), surgem esbeltezas &/4 < 0,5 — diz-se, nesses casos, que se trata de “paredes estruturais tipo consolo". ! bes i ¢ Figura 2.1. Esbeltezasimite de vigas-parede 2.2 METODOS PARA A DETERMINACAO DAS TENSOES NO ESTADIO | A Resisténcia dos Materiais, com o, = M/W etc., ndo mais se aplica no caso de vigas-parede € consoles, porque, sob a ayo das cargas, as sees ndo permanecem planas (hipétese de Bernoulli, diagrama linear para as deformagdes e) e, por isso, mesmo para um material perfeitamente eldstico, as tenses 0, no variam linearmente Por outro lado , as componentes oy a5 tensdes tangenciais Tay devices 80s esforcos externas no so mais despreziveis, Por conseguinte, as tensbes em chapas @ vigas-parede devem ser determinadas levando-se em consideracdio as condicdes de equilibrio e de compatibilidade dos esforces internos, Dispbe-se, para isso, dos sequintes métodos 1, Teoria das Chapas, com as funcdes de Airy, descritaem [ 14, 15, 16 |: 2, Método dos Elementos Finitos, de preferéncia com elementos de chapa triangulares (17, 18}; 3. Andlise através de modelos! 19 ] 3.1 Determinacdo de tensbes através da fotoelasticidade, particularmente indicada para os problemas relativos a chapas; 3.2. Modelos de araldite com extensémetros em roseta; 3,3. Modelos em microconcreto; 4, Para vigas-parede, W. Schleeh verificou que as tensdes podem ser obtidas através da superposicéio das tensdes puras de chapa — devidas as cargas - com as tensdes de fle- xo e de cisalhamento, calculadas pela Resisténcia dos Materiais ~ devidas aos esforcos solicitantesM eQ | 20, 21, 22, 23} Todos estes métodos pressupdem, via de regra, um material homogéneo, is6tropo e pertei- tamente eléstico. Com elementos. finitos podem-se adotar diagramas ndo-lineares para 0 © € © pode-se, em prine{pio, levar em conta a fissuragdo. Ne prética, para 0 dimensionamento de chapas de concreto armado, é suficiente conhecer aproximadamente as tensdes no Estadio | e, em especial, a diregdo e 0 valor das tensdes principais. Para o dimensionamento da armadura bastam, na realidade, formulas emplricas @ certos critérios relativos & distribuico da armadura, ¢ que foram obtides a partir de numerosos ensaios em corpos de prova levados até a ruptura [ 24 ]. 2.3 ESFORGOS SOLICITANTES E TENSOES EM VIGAS-PAREDE 2.3.1 Generalidades Os esforgos solicitantes em vigas-parede so calculados da mesma maneira que os de outros elementos estruturais, Em vigas hiperestéticas, deve-se observar que pequenas deformacées verticais (mesmo eldsticas\) dos apoios alteram profundamente as reages de apoio por causa da grande rigidez estas pecas; por isso, no dimensionamento, recomenda-se adotar um acréscimo nos esforcos soli: citantes calculados. Também se deve observar que os momentos no vo so maiores (e menores nos apoias} do que no caso de vigas esbeltas com rigidez a flexdo constante, 0 ponto de aplicagao da carga @ o tipo de apoio tém uma grande influéncia sobre as tensbes; assim, por exemplo, para o dimensionamento e para a disposig&o da armadura, devem ser distinguidos: carregamento na parte superior ou na parte inferior, apoio direto ou indireto etc. 2. Vigas-Parede, Consolos e Chapas Tem-se melhor idéia do desenvolvimento das tensdes, dos esforcos internos e da capacidade resistente de vigas-parede através da apresentagdo de exemplos, através dos quais sero estudadas as Componentes dy, Oy @Tyy das tensdes, bem como as trajetérias das tensbes principais a, e oy, com 08 respectivos esforgos de tragdo resultantes, 2.3.2 Tensdes em Vigas-Parede de Um Sé Vio 2.3.2.1 Carga Uniformemente Distribuida A fig, 2.2 mostra a dependéncia entre acomponente o, @aesbeltez g/d para uma viga- Ti parede sobre apoios diretos. As resultantes, na di- rego x, dos esforgos de tragdo e de compresso Z, @ Dy, designadas abreviadamente por Ze D so caracterizades por seu valor e por sua localiza- $0; a variagio de Z e D em relacdo 8 Od esté re- presentada na fig. 2.3. Para fins de comparago, mostram-se também os valores obtidos pela Resis- ‘téncia dos Materiais (Navier) em linha fina. As di- ferengas entre os valores do braco de alavanca z tommam-se perceptiveis a partir de 4 = 2. Para {Jd < 1, apesar_ do brago de alavanca diminuir ainda mais, 0s valores de Z variam pouco; isto significa que apenas a parte inferior de parede, com uma altura ~ £,colabora na resisténcia e que a parte superior atua como uma carga uniformemente distribusda. fark lose tide2 Gy +30 ph Dever! Para vigas-parede com 4 = 1,afig 2.4 mostra a influéncia de diferentes modos de ir ‘trodug3o da carga sobre as tensGes e suas trajetorias. As tensies 0, © Tey S80 iguais para ambos os Pos de carregamento, e apenas as tensdes oy ‘sS0 1 diferentes; estas alteram 0 desenvolvimento das tensbes principais 9, @ oy, 9 que modifica radi- g : calmente 9 comportamento resistente. sum El E a Figura 22 Tenses 04, valor e posicio dos esforgos 72 3 beste) sultantes no meio do vio, em vigas de um 36 vo, com carregamento uniforme na parte su- caer C ‘a ' perior (Estédio 1) para diversos valores e para e/ = 0,1 (c= largura da apoio) Zhi b xls, 218 op. o7 08 08; % 034 02 a 22 Sanion aca ee sae 075 Os "tra Figura 2.3. Valores relativos do esforgo de trago Z/p - &, do brago de alavanca z/d ¢ da dis 20 bordo inferior, x,/d, em chapas de um 36 vo com segdo transversal retangula fina) segundo a teoria das chapas (linha forte) — em funcéo da esbettez £/d Carrogamento Sy ne pare intior - S* com fd = 1 ¢ e/% = 0,1, para carregamento na parte superior @ na parte inferior 22 cia da linha neutra ‘segundo Navier (linha Figura 2.4 Variagio das componentes o,, 0, @ Tyy @ trajetbrias das tenses principais em vigas-parede de um s6 vo 2. Vigas-Parede, Consolos e Chapas Figura 2.5 A configuracdo fissurada, préxime & ruptura, confirma a hipétese admitida sobre as trajetbrias das tenses principais para o comportamento resistente A configuragao fissurada (fig. 2.5) confirma o desenvolvimento das tensdes principais. Para carregamento na parte superior, surgem tenses de traco apenas na parte inferior, com uma diregzo praticamente horizontal, Para cargas penduradas, as tenses de trago tm uma dirego “abrupta” e atingem quase toda a altura da parede. A carga deve ser suspensa através de uma armadura vertical até a zona comprimida em forma de abébada, o que vale para todas as vigas com cargas penduradas nna parte inferior. Figura 2.6 O peso préprio da chaps incluido dentro do semic{reulo ou da pardbota deve ser suspenso na parte superior 24 O peso préprio da parede origina uma distribuigdo de tensdes que se situa entre os dois casos da fig. 24, isto é, produzindo tensbes de tracdo a, verticais na regido inferior. O trecho da parede entre os apoios, situado aproximadamente no interior de uma parabola, com uma flecha y = 1,5xy (1,5 + altura da linha neutra a partir de baixo) deve par isso ser suspenso na parte superior, de modo que uma armadura vertical é sempre necesséria (fig. 2.6) Nas figs, 2.2 a 2.4, 0 carregamento p atuava sobre 0 vao tedrico &. Se todo o comprimento da viga, L, estiver carregado, entdo o valor de Z aumentae a tenso de compressdo no bordo superior diminui, porque as parcelas de carga nos bordos produzem esforgos de tracdo (fig.2.7). tet + frexrseevayerin | Figura 2.7 Influéncia de cargas p diretamente nos apoios, sobre os esforcos solicitantes no meio do véo (para W/d=1 ec/2=0,1) 2.3.2.2 Cargas Concentradas Para uma carga concentrada no bordo superior da viga, obtém-se, de acordo com H. Bay [ 16 }, para a seco do meio do vo, no caso de S/d = 1,uma distribuicdo das tensdes o,, como a mostrada na fig. 2.8. Sob a carga surgem tensdes de fendithamento, conforme se vers no Cap. 3, que trata da introdugio de cargas, Para /d > 1,2, a5 tenses de fendithamento so ultrapassadas pelas tensbes de compressGo, tanto mais quanto maior fora esbeltez. Para vigas-parede muito altas, por exemplo, Yd = 0,5, surge, devida & introdugo da carga concentrada, uma regido de distribuigo uniforme de carga com a, constante. A partir de d = £, 0 diagrama de tenstes se assemelha a0 de uma viga-parede com carga uniformemente distribu{da atuando na face superior. No caso de uma carga concentrada no centro da chapa, obtém-se o desenvolvimento das ‘tensdes principais, representado na fig. 29a (segundo S.. EI - Behairy [ 25] ). Embaixo da carga, surgem de inicio diagonais comprimidas muito abruptas que, depois, se curvam na diregzo do apoio, Acima da carga surge uma “viga armada’ radial que se apdia nas “abébadas” de compressio. As 2. Vigas Parede, Consolos ¢ Chapas tensdes oy, na linha de aplicagdo da carga so, imediatamente acima de carga (tra¢3o), quase tio grandes como sob a carga (compressdo) (fig. 2.9b). As tensdes o,, na linha de aplicacdo da carga € abaixo desta, evidenciam as tenses de fendilhamento tipicas (fig. 2.9¢) (ver Cap. 3). Cabe aqui salientar navamente que estes diagramas de tensdes valem somente quando a rigidez & deformacao € a resisténcia da chapa & tracdo e & compresso: forem iguais em todas as diregées, 0 que nao é 0 caso quando se trata do concreto. Apgs a primeira fissure transversal.atrés da carga, a reparti¢do entre a diagonal comprimida dirigida para baixo e a viga armada depende inteiramente da rigidez desta ultima, a qual, via de regra, mesmo no caso de uma boa armadura de suspensio, sera menor que a rigidez da diagonal comprimida, Em vigas de concreto armado deve-se dar atengdo a esta relaco entre rigidezes, que pode ser influenciada pelo dimensionamento, Figura 2.8 Variagio das tenses 0, (no meio do vio) ¢ oy (em diversas segdes horizanta ‘concentrada atuando na parte superior de uma chapa com &/d= 1 ¢ R/d= 0,5 le/2 = 0,1) 26 2) Drerseade 1, © 04, b) 9, €) agem 2 ’ Figura 2.9 Trojetérias das tensies principais @ componentes 0, € 0 ‘de uma carga concentrada atuando no seu interior ("25 | das tenses em uma chapa quadrada, sob a ago v 2.3.2.3 Influéncia do Enrijecimento dos Apoios © enrijecimento dos apoios, a existéncia de pilares nas extremidades ou engrossamentos locais, que ocorrem quando uma vige-parede esté ligada a pilares ou a vigas transversais, influenciam fortemente, conforme a rigidez da viga-parede, o desenvolvimento das tenses na transmissio 20s pilares do carregamento que nela atua. A fig. 2.10 mostra o desenvolvimento das tensées e os esforcos de tragdo resultantes, no caso de pilares de extremidade ndo muito rigidos, para &/d = 1 com carrega- mento nas partes superior e inferior. A linha neutraem x = &/26 consideravelmente alta e 0s esfor- 08 Nos banzos repartem-se em uma altura maior; em compensardo, as tensbes maximas de wacda sso menores. Nas proximidades dos epaios (x = 0,1 g), as tensdes de cisalhamento embaixo, so menores do que no caso de no existirem pilares nas extremidades, estendendo-se porém neste caso mais para cima, isto 6, as tenses principais, nos bordos, inclinam-se sobre uma altura maior; isto porque os pilares de extremidade devem absorver as cargas da parede jé na sua parte superior (devido & compa- tibilidade des deformaces ,). A fig, 2.11 mostra o mesmo, porém para pilares de extremidade reforgados e k/a = 0,67. A regio de tragdo das tensbes 6, & ainda maior e 0 esforco de tragdo resultante é apenas um pouco menor, Em toda a altura deve-se Considerar uma tragio transversal entre a parede e o pilar. Na caso de cargas penduradas na parte inferior, os pilares de extremidade causam um deslo- camento para cima da abdbada de compressdo e a5 tenses oy positivas chegam até mais em cima, As figuras baseiam-se nos trabalhos de H. Linse [ 26 ], S. Rosenhaupt (27 Je H. Bay [ 28 }. 2. Vigas-Parede, Consolos e Chapas ex Gy a zade%r¢ j Tarr f eer TET vere F capt art arp . e+ 9] Qtr) i : 4 LTT VY Figura 2.10 Desenvolvimento das componentes 0,, Gy © Tyy & trajetorias das tensées principais em vigas-parede de um 36 véo, reforcadas com pilares de axtremidade com 6, = 33b,para Lid = 1ecit = O,1e ‘com carga na parte superior e inferior (cf. fig. 2.4) = ogra Spf “1 78 a0 oT ast ( ob 7 rary it Troetériasde G, 0° Gy 1 Figura 2.11. TensBes e trajetbrias das tones principais, como na fig. 2.10, porém para vigas com Wd = 0,67¢ pilares de extremidade com b,=3,3 be e/2= 0,102 28 2. VigasParede, Consolos e Chapas ‘SaeBes no meio do vio Navier /d=10 zg Sh 2,-0)20¢ 2 250p/> Tape Pu’ ® = Be aaa Momento no vio = Me 2 eam ‘SopBes na face do apcia (valores entre [] valem para o contro do apele; valores entre) sfo, de acorn com Navier, para © contro do spoio). U5p/ +f 17s) h, 7089p" q {108] Momantornos spain 5 4? Ihe tace do apoio gs 2 canto do meio PL BE) Ne care do apie ELBE) (ita porau p tua spnns em el) Tyy_ Para sede na face do apoio 275 I> Figura 2.12a Componentes 0, € fy, valor € porieio dos estorgos internos, no meio do vio ena face dos apoios, para tum vo intermediério'de vige-parede continua, com carga uniformemente distribuida stuando na parte superior, pa diferentes esbeltzas Wd (e/=0,1) 30 Gy para corroartonto na pare superior CCarrogamento na parte inferior ce, * 60 — Cc 4 uth CERT] Bu Figura 2.12b Tensies oy da fig. 2.120, em vigas-parede continuas, com {dl inferior 115, com carregamento superior e 2.3.3 Tensées em VigasParede Continuas 2.3.3.1 Carga Uniformemente Distribuida No caso de vigas-parede continuas (admitindo-se apoios rigidos), tem-se nos véos a 8/2, uma distribuigo de tenses semethante & de vigas de um s6 vo. Sobre os apoios aparece uma con- centrago da zona de compressio (tanto maior quanto menor for a esbeltez) com elevadas tensbes de compresso 0, € ay. As tensbes de cisalhamento comprimem-se na zona dos apoios, de modo que as tensbes principais af possuem maior inclinago (para carregamento superior 4 traegq 30°). A fig. 2.12 mostra 0s valores de o,, T xy: Oy © das resultantes Z, € Dy com seus respectivos bragos de alavanca, em um vo intermedirio de uma viga-parede cont(nua, para diversos valores de /d. A fig. 2.13 mostra o desenvolvimento das tensdes principais para %/d = 1, no caso de carga distribu(da, tanto em cima como embaixo. As figuras baseiam-se principalmente na trabalho de R. Thon [ 29}. Nos apoios intermediérios de vigas-parede continuas, surgem as tensdes méximas de com- press, as quais atingem seu maior valor yy m4x * Gy = S*p/eb no €ixo do apoio. A largura e do apoio e a espessura b da viga-parede devem por isso ser escolhidas de tal modo que o concreto tenha uma seguranca suficiente 3 compresso, As zonas de trac sobre 0s apoios estendem-se sobre uma grande parte da altura da viga e o valor maximo da tensdo de tracdo ocorre abaixa de d/2 quando Jd < 1,5. Este fato deve ser levado em consideracao na distribuicgo da armadura de flexdo. 2.3.3.2 Cargas Concentradas Para cargas concentradas no meio do vo, F. Dischinger [ 15 ] determinou os diagramas de 0, para a seco do meio do vdo, para diversas relapSes de 2/4, representados na fig. 2.14. Os diagra- mas valem, com sinal contrério, para a sego no eixo do apoio, quando ¢ = ¢’ 2. Vigas-Parede, Consoles @ Chapas rrr t t rt ase. t a4 1 Ce ee et mrt T Na WW oe cat TASIN << Oy io. 7 cam Lo B05 Figura 2.13 Trajetorias das tenses principais em um vlo intermedisrio de uma viga-parede continua com Y/d = 1 e cl? = 0,1, para os casos de carga distribu/da em cima e embaixo | 29 } ae2 vas 18] ues" | “282m “62m 7 Pee omg SEm 9 Wom mt HE Me \ feu ors os. 75 + HEP 3 3 ae os os a, gous pope Figura 2.14 Componentes oy, localizaglo @ valor de forga de tragéo Z, no meio do vlo, para com diversas relagéex /d, sob a agio de cargas concentradas na parte superior do meio do vlo. ( Tn o28P 27 028 is-parede continuas distrbuigdo das tens6es no centro do apoio, os diagramas devem ser invertidos) { 15 ] Um carregamento constitu/do por cargas con- ; centradas de sentidos opostos ocorre quando as reacdes de apoio so transmitidas através da parede Poe ete (fig. 2.15). Com isto surgem tenses de tragdio g f i transversal, que podem ser determinadas como ten- ses de fendilhamento devidas & introducao de car- 988, como se veré no Cap. 3, F. Dischinger [ 15] determinou 0 desenvolvimento das tensées de tre a 80 transversal 0, para e/ = 0,05 ¢ para diversos Figura 2.15 eee eee son valores de g/d, com 0 que se pode obter a quanti- dade e a disposicéo da armadura transversal neces- séria (fig. ¢ tab. 2.16). Tem RTT mal O TO TOTS Toa] 7600] = 3000] 16,00] 9.98 asi af 0.72 |- a3] + 066 [-0.07 a7s af ace] « cao] ose] -0.s6 |r osase]-a0i] + 0,4] 04e] +051 08 af 000] gorl-ceol-0,ce Figura 2.16 Desenvolvimento des tenses de treeio transversal 0 em vigesparede com carges concentradas de semtidos oposta, para dversos valores de £/d e e/2 = 0,08 15] 2.3.3.3 Influéncia do Enrijecimento dos Apoios O enrijecimento dos apoios através de pilares ou de engrossamertos locais também, no caso | de vigas-parede continuas, diminuem a carga dentro da altura da parede, tanto mais quanto malor for a segfo transversal relativa do apoio. G. Pfeiffer [ 30] elaborou gréficos muito Geis, nos quais se pode obter as variacdes da parcela de carga do pilar Py 8 partir da carga total P = p*f a0 longo de toda a altura da viga, para diversas relacdes de 4/@ (fig. 2.17). Com estes valores pode-se obter 4 reduco das tenses principais de compressio inclinadas sobre 0 bordo inferior da parede, que podem ser crfticas se nao houver tal enrijecimento. Para cargas penduradas, a absorgdo da carga se dé em uma regio menor. A fig. 2.18 mostra claramente, através das trajet6rias das tensdes principais, a grande influéncia das sees transversais dos apoios. 32 2. Vigas Parede, Consolos ¢ Chapas 2.3.3.4 Determinaeéo dos Esforcos Solicitantes em Vigas-Parede Continuas Uma pesquisa efetuada por H. Bay [ 16 ] em vigas de dois vdos proporciona valiosas indice- Ges sobre a repartigdo dos esforgos solieitantes Os momentos nos apaios, para £/4 <1 e para carga distribuida, so apenas a metade do que no caso de vigas esbeltas com EJ constante. Os momentos no vo, devido 8s condiges de equil forio, devem ser correspondentemente maiores, Para as foreas cortantes, a diferenga menor. | As causas s40 as deformagBes devidas @ oy € Tx das Zonas comprimidas sobre os apoios intermediérios, que s80 menores e mais solicitadas, e que portanto deformam-se mais do que &s zonas correspondentes no vio. No caso de vigas de concreto armado, esta diminuiggo dos momentos nos apoies ¢ 0 correspondente aumento dos momentos no vo, pode ser ainda maicr, de acordo com 0 dimensionamento e 0 tipo de armadura sobre apoios. Este aspecto deve ser considerado no dimensionamento de vigas-parede continuas. Em especial deve ser observado que 0s apoios extremos de chapas continuas sto mais solicitados que os de vigas continuas esbeltas (ver fig. 2.19). (Carga na parte de cima Avis 1 Re WAP Figura 2.17 Parcela de carga P; absorvida pelo apoios enrijecidos, a partir da carga total P = p ° £, em fungéo da esbeltez Ud © da relagio = bab (relapio entre a largura do apoio ¢ a espessura da parede) [ 30 ] 22 para diferentes valo- bg# MD para Ud 205 = 8b par Ud Ao, 05 e S/d 7 114205 t ea ee sence Figura 2.18 Trajetérias das tensées principais em vigas-parede continuas com 2/d ‘bg[b © para carga uniformemente distribuids em cima e embaixo resde 6 2. Vigas-Parede, Consolos e Chapas 9960p? Kc Vige-parede = Viga esbeta |) igura 2.19 Diagramas de momentos e de forgas cortantes para vigas sboltas e vigas-parede sobre 3 apoios com Yd<1[ 16] W. Schleeh determinou mais exatamente a influéncia de 74, @ o, no Estédio | { 22 }. Com isso, as vigas continuas so calouladas de acordo com os critérios usuais da Resisténcia dos Materiais, como viga continua sobre apoios eldsticas fequaro dos § momentos baseada nas equagBes de Clapeyron). A tangente do angulo de rotaedo deve por isso levar em consideragdo a influéncia do mo- mento e da forga cortante. As constantes de mola dos apoios so obtidas da compressao eldstica do trecho da chapa situado entre 0 apoia fixo e 0 eixo da pega, devido as detormaries verticais af locali- zadas: Bly ~ uo). O Angulos de rotacSo das extremidades da barra, y, multiplicados por EI, paraM = 1¢Q = 1/2 atuando no apoio A, sao: gees) Ba, - §0-8) onde 1 e-nQtu Sine t a Os valores de & e x podem ser obtidos da tab. | de [ 22 }, para diversos valores do coefi- ciente de Poisson ge da esbeltez 2/4 devendo ser observado que é preciso distinguir entre apoios extremos e apoios intermedidrios As constantes de mola E », desprezando-se o coeficiente de Poisson 4 ,iependem apenas deoy: ° y Eve/ada. ’ py y e podem ser calculadas com os valores tabelados de o, dados em [ 8 }. Para relacdes usuais.a integral ja est calculada, de modo que os valores de E » podem ser obtidos em grdficos (como os da fig.2.20, tirados de [ 22 ]). intermedirios (vj } Cay ol, TT I a \ | | . 7 2 10 ee aL. a a once * Okage Figura 2.20 Constantes de mola E » para apoios extremos ¢ intermediérios em fungo da largura do apoio c/d { 22 ] 2.3.4 Determinagao das Tensdes de Acordo com W. Schleeh £m 1964, W. Schieeh { 21 ] apresentou um método pelo qual podem-se calcular facilmente as tensbes em vigas-parede ou em chapas. O proceso baseia-se na nogdo de que o estado de tensdes na chapal 0,, By, Ty IpOde ser composto por Um estado de tens6es de viga — de acorda com Navier ~ mais um estado de tensées adicionals (oy, dy » Atgy } O estado de tensdes de viga satistaz todas as condicBes de contorno e de equilibrio e é deter- minado, independentemente da esbeltez 2/d, através dos principios usuiais da teoria das barras fletidas, isto 6, bascia-se em um diagrama retilineo de distribuiggo das tenses of , na no considerago das tensdes ay © em um diagrama parabblico para as tensbes de cisalhamento Ty, ‘As tenstes adicionais, como tensdes proprias, esto por si sé em equil~orio, dependem apenas da distribuigdo da carga nos bordos € no sao influenciadas pela esbeltez @/d. De acordo com principio de St. Venant, estas tenses diminuem até zero a partir do ponto de aplicaeao da carga, em uma distancia de aproximadamente 1,5 Indicagées sobre os valores tabelados de Schleeh W. Schleeh fornece valores tabelados das tensdes adicionais para 3 casos importantes de carga (ver fig. 2.21): Consolos ¢ Chapas (a) para uma carga p atuante em uma chapa, com um comprimento no minimo igual a 1,5 d para cada Jado ds carga (tab. | para cjd = 0,1 e tab. II parac/d = 0,2em [21 }); (b) carga na extremidade de uma chapa (canto) com um comprimento de no minimo 1,5 4 (tab, Hem [21] ); (c)_ carga uniforme total p em uma regio de extremidade de uma chapa com um compri- mento > 4 (tab, Vem {21} Figura 2.21 Regides de chapas nas qusis as tenses adicionais devidas & carga p_ podem sor determinadas com as tabe- lasde Schleeh [ 21 ] Os valorés de Ao,, 0, © At,y so dados por pontos de uma malha cujo espagamento é de 0,1 d. Na fig, 2.22, dé-se um exemplo da sobreposi¢go das tensbes, Se entretanto a chapa se estender de um lado do apoio menos do que 1,6 4 (fig. 2.23), entio surgem no bordo vertical tensdes residuais, que precisam ser corrigidas pelos processos indicados em {20} e [21] ‘Tensbes adicionais devides & reas0 do apoio: Serle aa (x=024) | Swfo_b-b (x= 064) aty % ron AG aty s \ _ (an | + | : : | , € PAG + + Figura 2.22 Exemplo de sobreposi¢o em uma viva, das tenses segundo Navier, com as tensBes adicionsis segundo leeh, oy Bty =ty Tenses isin ng p80 1-1 =H By 3H | {4 | ot { Caregen de coreio Figura 2.23. Neste caso, a chapa nfo tem o comprimento minimo dado na fig, 2.21, de modo que é preciso eliminar as ‘onsses 3s residuais na extremidade da chapa (na seqéo II, por exemplo) { 21 plo processa indicado por iI W.Schlech om 20 ] 2. Vigas-Parede, Consolos ¢ Chapas 2.4 VIGAS-PAREDE NO ESTADIO II DO PONTO DE VISTA DO DIMENSIONAMENTO 2.4.1 Vigas-Parede Diretamente Apoiadas A configuracao fissurada em vigas-parede de concreto armado, causada pela modificarzo dos esforgos internos e, conseqiientemente, a seguranga, somente podem ser esclarecidas através de ensaios. Tais ensaios foram relatados no Caderno 178 da DAfSth [ 24 J, em especial os numerasos ensaios de Stuttgart. Os resultacos mais importantes so descritos a seguir. As primeiras fissuras sdo geralmente fissuras de flex&o, que partem do bordo no ponto de maior momento no vo, e com uma direrdo que corresponde 4 das tensbes principais (fig. 25). Para carregamento de cima e com armadura inferior bem ancorada e bem distribu(da, as fissuras pratica- mente ng apresentam uma inclinagSo, isto 6, nao surgem fissuras de cisalhamento e nao hd perigo de ruptura por forga cortante, de modo que barras dobradas ou outro tipo de armadura de cisalhamento, como era usual antigamente, ndo tém sentido, As fissuras de corte entre a parede e o pilar de apoio observadas em alguns ensaids (fig. 2.24) devem-se & armadura transversal insuficiente e no convenientemente ancorada; estas fissuras so faceis de evitar, porque 0 esforgo de tragdo transversal af atuante é pequeno e pouco inclinado. Figura 2.24 Contiguragéo fissurada e de ruptura caracteristicas dos modelos de ensaio de Schlitt, com armadure ‘transversal insuficiente [ 54 ] Também no caso de carga na parte inferior, surgem, em primeiro lugar, fissuras de flexdo; seguemse as fissuras correspondentes as tensées principais, de inicio na regido inferior e, em seguida, devido 2 deformacgo da armadura de suspensio, penetram também na regido superior, Tais fissuras dirigem-se para os bordos cam uma inclinagao bastante ingreme. No caso de vigas-parede continuas, surgem, em primeiro lugar, fissuras de flexdo no véo. As fissuras sobre os apoios intermediérios comegam quase embaixo da parede e apresentam — para cargas concentradas na parte superior — uma inclinagdo dirigida para a carga, especialmente quando os apoios intermedidrios so reforcados em toda sua altura (fig. 2.25). Tipos de ruptura ‘As causas de ru(na de vigas-parede so as que seguem. 1. Ultrapassagem do limite de escoamento da armadura do banzo tracionado (ermadura longitudinal). As tenses medidas so menores do que as calculadas para o Estadio 1, porque jé com as primeiras fissuras de flexdo a linha neutra sobe e © braco de alavanca z dos esforgos internos aumenta. Apesar disso, via de regra, a armadura do banzo na rea- lidade sempre rompe antes do concreto do banzo comprimido, desde que nao se aumente o valor de u= F,/bd, © que se obtém no dimensionamento com €, = 5%/,.¢ € < 3.5%. A armadura pode ser distribuida em uma altura de até 0,1 d; entretanto, para a carga de ruptura, todas as camadas tém sua capacidade esgotada (fig. 2.26). PoP PoP Dwre [aPs1oMp Figura 2.25 Configuragao fissurada (4 P = 140 Mp) e configuragio de ruptura (4 P = 220 Mp) da viga DWT 2, de dois vos, com apoio intermedi Figura 2.26 Tensies og na armadura do banzo da viga WT 4 (carga distribuida na parte super a enrijecido [ 24 ] = 5000 site te ecient ¥ ste de mad pai § coo © 3006 j 2000 & $00 0 Ya = 1) com 0,268% [24] 2, Vigas-Parede, Consolos e Chapas 2. Ruptura da ancoragem da armadura do banzo. Neste caso, deve-se observar que 0 esfor- 0 no banzo tracionado é praticamente constante até as proximidades do apoio, no caso de solicitagdes elevadss, ou seja, no ha praticamente diminuigdo de acordo com o dia- grama de momentos (fig. 2.26). A ancoragem deve por isso ser suficiente para absorver, toda a solicitasio na armadura no trecho entre apoios. Comprimentos de ancoragem Pequenos exigem entdo, em geral, um parcelamento da armadura do banzo em barras de pequeno didmetro e em um maior ntimero de camadas ou o emprego de places de ancoragem. 3. Ultrapassagem da resisténcia & compress3o do concreto nas diagonais comprimidas pro- ximas a0 apoio, Este tipo de ruptura pode ocorrer também no caso dos apoios serem enrijecidos por pilares ou por engrossamentos locais. Os ensaios demonstram que estas tensdes de compresso no Estddio Il podem ser até o dobro das tensbes principais de ‘compressio calculadas no Estédio |. As tensdes ayy calculadas deve portanto sofrer um aeréscimo. 4. Ruptura da armadura necesséria para absorver » introducao de cargas, em especial a armadura de suspensdo (estribos) para cargas penduradas, quando esta no for suficiente- mente dimensionada ou quando no for ancorada na parte superior. As tenses medidas nos estribos so sempre em torno das calculadas. 5. Redistribui¢éo de estorges devida & diferente deformabilidade dos apoios, no caso de apoios hiperestaticos. Do comportamento ruptura de vigas-parede, podem-se deduzir os eritérios qualitativos para o dimensionamento descritas a seguir. 1. A armadura do banzo tracionado € relativamente fraca para esbeltezas pequenas — ndo tem sentido, por isso, adotar um brago de alavanca no Estédio I), que ¢ maior e que conduz a uma armadura ainda menor; com isso, apenas aumentar-se-ia a abertura das fissuras e torna-se-iam piores as condig®es de ancoragem. Para o dimensionamento, portanto, é suficiente adotar formulas empéricas, onde o brago de alavanca z dos esfor- G08 Ze D &adotado aproximadamente como no Estédio # 2, A armadura do banzo deve ser adotada sem diminuiggo, ser dimensionada para o esforgo total de trapdo na regio entre apoios e deve ser ancorada além dos apoios. 3. As tenses principais de compresso, inclinadas, devern ser cuidadosamente limitadas, em particular mas proximidades do apoio. As tensées de compressa devidas 8 flexdo, 0, via de regra no so criticas, desde que se tenha b > £/20, Se b for menor que 2/20, ento, em geral, é necessério uma mesa de compressdo com by > £/20, para impe- dir uma flambagem lateral ou uma flambagem de chapa do bordo comprimido, 4. A armadura de suspenséo, para cargas penduradas na parte inferior, deve ser dimensio- nada para a carga total e inteiramente ancorada na parte superior da vige-parede, 5, Para vigas-parede hiperestaticas, deve-se levar em considerago a deformabilidade dos apoios, bem como possiveis esforcos de coapdo e suas conseqiiéncias sobre os esforgos solicitantes. Em geral, deve-se adotar um acréscimo sobre os esforcos calculados para cobrir uma possivel redistribuigso de estorcos. Para uma coletanea completa de recomendacdes sobre a armadura de vigas-parede, ver Vol.3, Cap, 12, 2.4.2 Vigas-Parede Apoiadas ou Carregadas Indiretamente Em estruturas com paredes portantes ocorre muitas vezes que uma parede se apdia, em toda sua altura, sobre uma outta (apoio indireto), ou entdo é carregada em toda a sua altura por esta outra parede, O comportamento estrutural destas vigas-parede foi examinado através de ensaios (ver [ 24 ], pag. 113). O modelo adotado nos ensaios esté representado na fig. 2.27. Figura 2.27 Dimensées e arranjo do modelo de entaio de viga-parede com apoio indireto e carregada indiretamente No caso da viga WT 1, a armadura era ortogonal (nas diregdes x ey) com uma grande quantidade de barras dobradas suplementares a~, 60° como parte da armadura de suspensdo necesséria para absorver os estorgos no cruzamento, de acordo com o pardgrafo 8.4.2.3 do Vol. 1 No caso da viga IWT 2, toda a armadura era vertical € horizontal, sendo que a armadura de suspensGo era constitu (da de estribos. As configuracées das fissuras (figs. 2.28 e 2.29) no apresentam grandes diferencas. Na viga IWT 1, a ruptura ocorreu na ponto de dobramento de uma barra dobrada de ¢ = 8mm, apesar do 42 2. Vigas Parede, Consolos e Chapas ‘oyode ap jessoasuest 061, ediound e61A, 1uPypaciso1My lessonsuen obi A, tetas, apés a ruptura sob a carga Py Figura 2.29 Viga de ensaio IWT 2, apenas com barras, 120Mp {24} das, ap6s a ruptura sob a carga Py Figura 2.28 Viga de ensaio IWT 1, com barras dobra- 1275 Mp [ 24} didmetro do pino de dobramento ser dy = 15 ¢, devido ao fendilhamento do concreto sob uma carga Py = 127.5 Mp; com o emprego de estribos inclinados, isso pode ser facilmente evitado. A viga IWT 2 rompeu por compressdo, na parte inferior do apoio indireto na parede transversal, para uma carga Py = 120 Mp, porque o esforco na diagonal comprimida, de acordo com a analogia da treli¢a com estribos verticais, & maior do que no caso de barras de suspensdo inclinadas. resultado mais importante desses ensaios esté no moda de fissuraco das paredes transver- sais que server de apoio, que é inteiramente semelhante ao de uma viga-parede com carga pendurada na parte inferior. As fissuras apresentam uma concavidade voltada para baixo, sendo horizontais a meia altura. Isto significa que a viga principal transmite sua carga principalmente 3 diagonal inferior da chapa de apoio e com isso, também no caso de vigas:parede é necesséria uma armadura de suspen- sio para absorver a totalidade da carga. Esses resultados mostram que o sistema constitu/do por diagonais comprimidas & muito mais rfgido que o de uma viga armada e, por isso, os esforgos devem ser preferencialmente absorvidos pelo sistema de diagonais comprimidas. Para tornar clara a grande influéncia da rigidez, faz-se a comparagao entre a rigidez de cada uma das vigas representadas na fig. 2.30, que possuem esbeltez 20 cisalhamento a/h variavel. Esquoma | =Vign escorada Esquema I =Viga armada Figura 2.30 Comparaglo entre a rigidex K, do uma viga escorada (1 ) com a rigidez Ky, de ume vige armada (11 ) 44 2. VigasParede, Consolos e Chapas Seré admitido que as segdes transversais dos elementos comprimidos { Fy, } ¢ 0s dos ele- ‘ments tracionados ( F, }, em ambos os sistemas, sejam sempre iguais. Pondo p'= F,/Fj. tem-se: Comprimentos: 1 ag - t= 2 zeotge ache ee 2 = cotg a 2 2 eae z ‘8 Esforgos: ° P 1 1 8; ° 8) ° Tema? x “Deena oP 1 80 + Feotge ~ Fcotg a. Flecha em P (no Esquema II, despreza-se a deformagdo por compressio do pendural devida @ P) Para o Esquema | 1 1 cote”, 1 sper t foots e - 2 zcotge se BR BY, + te aS ny! sen*e, Para o Esquema I!, analogamente . - cate P- 2 pFb cas 1 Relagaa entre rigidezas care ereaeesvnnPTIOTIMneeneeE Ete Relagdo entre flechas % ea rt ny! costa 1 1 nu! + cose 46 Os cdloulos efetuados com n = 7,n' = 3%, nw’ = 0,21 (p’ = 0,3% corresponde aproximadamente @ 4 = F,/bh 1%) deram origem as curvas da fia, 2.30, que concordam bastante bem com os resultados experimentais No caso de apoio indiretos, deve-se considerar a/d % 0,6,donde Ky/Kyy = 4, isto é, mesmo com uma forte armadura inclinada, pode-se “levantar’” apenas cerca de 1/4 da reacio do apoio; assim sendo, a armadura de suspenséo deve sempre ser dimensionada para 3/4 de A 2.5 CRITERIOS DE DIMENSIONAMENTO DE VIGAS - PAREDE Os-critérios de dimensionamento descritos a seguir, juntamente com as Recomendagées sobre Armaduras indicadas no Vol. 3, conduzem a uma capacidade resistente suficiente, sem que seja precise verificar as tensbes. Em particular, no caso de vigas-parede, no hé uma "verificacdo @ forca cortante” camo no caso de vigas esbeltas, ou seja, ndo hé uma determinacdo das tensdes T , porque 0s esforcos transversais a serem absorvidos so determinados através das tensbes principais de compressdo proximas dos apoios, para 0 que basta considerar valores-limite aproximados. O di: mensionamento pode ser efetuado ou para a carga de utilizago ou para a carga-limile; no que segue, seré considerado o dimensionamento baseado na carga-limite, sendo que para a determinacdo das se- Bes das armaduras Fy, via de regra, néo se deve considerar o timite de escoamento do aco com um valor superior @4 200 kp/em? 2.5.1 Determinagao dos Esforcos no Banzo Tracionado Viga-parede de um vio ee eed os sendo My max determinade de acordo com a teoria das vigas tradicionais, para 0 carregamento muitiplicado por ». A fim de manter uma semelhanca com a determinagao de esforcos solicitantes para vigas esbeltas, que so diferentes, valem as relacdes. 2. Vigas-Parede, Consolos e Chapas Para 2> t[d> lie = 0,15 d(3+ Ya) (2.1) Yas lies 0ee Viga-parede de dois vos Figura 2.32. Notagdes para 0 emprego das equagSes aproximadas no caso de vigas-parede de dois vos e vigas-parede continuas gas tracicnais, para sendo Mp.y max © Ms,u min determinados de acordo com a teoria cléssica para » vezes 0 Carregamento atuante, Para os bragos de alavanca zp zg valem analogamente: ara 2,5 >a>1 tg = 041 + Pi a> pg 7 010d (2,542 Ye) fe para tidsl: = 2g = 0,45 2 Vigas-parede continuas Para 9 véo extremo e para 0 primeiro apoio intermedidrio valem os valores aproximados, dados para vigas de dois véos. Para os vos intermedidrios, com. calculados de acordo com a teoria tradicional, para v vezes a carga anticada, tem-se, para os braos de alavanca: para B>efd>.: a= a (2.3) para taet: ane ‘A fig, 2.38 dé uma indicaco para a correta distribuico da armadura sobre os apoios inter- medidrios, conforme a esbeltez, em funcdo de Zg. tid22 1618 tia~1 a ope - on i = ope Figura 2.33 Distribuigo da armadura do banzo tracionado sobre apoios de vigas-paredes cont{nuas, Para valores inter- mediérios da esbeltez, pode-se interpolar Influéncia do Enrijecimento dos Apoios e de Apoios Indiretos sobre o Esforgo de Tragdo no Banzo Em vigas-parede que terminam em pilares, engrossamentos locais ou paredes transversais, © valor do esforgo do banzo, no vao, diminui cerca de 30% de acordo com a rigidez e @ altura da se¢0 do apoio; por isso, a altura da zona tracionada no véo aumenta de até 70%, Recomenda-se, pois, dimensionar ésta armadura como para 0 caso de apoio direto, a qual deve entretanto ser distri- buida em uma altura maior. Esta armadura deve ser bem ancorada, especialmente em apoios extremos. 2.5.2 Limitagdo das Tensées Principais de Compressio A tensio principal de compressio a1, determinada teoricamente, pode ser consideravel- mente ultrapassada nas vizinhancas do apoio, devido & direg3o da armadura néo coincidir com a dire- 30 de 01 & devido a redistribuigdo de esforcos por causa da fissuraco. Nao & necesséria uma veri ficago das tensées 011, quando, no caso de apoios diretos, a presséio no apoio, suposta uniformemente distribuda, no ultrapassar os seguintes valores, para a carga de utlizago multiplicada por 2,1 — Em apoios extremos Py 29.8 By (2.4) — Em apoios intermedirics: p,, = 1,2 Ay . (compressio segundo dois eixos)

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