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Aula 1 Não apresenta caso

Aula 2

CASO CONCRETO Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16


anos, atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à exposição
constante a agentes nocivos à saúde. Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta
função, adicional por insalubridade. Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais do Município Y, afirma que segundo a lei orgânica do município, compete ao prefeito
apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria
especial dos servidores públicos municipais, efetivando-se, assim, o direito previsto na
constituição estadual a tal benefício: Lei orgânica do Município Y. Art. 51 - Compete,
exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre: (...) III - regime
jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores. Constituição do
Estado de São Paulo. Artigo 126 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas
suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e
solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e
dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o
disposto neste artigo. (...) § 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a
concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados,
nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I- portadores de
deficiência; II - que exerçam atividades de risco; III - cujas atividades sejam exercidas sob
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Com base na hipotética
situação e, considerando que a Constituição Paulista atribui competência ao Tribunal de Justiça
para julgar ações que visem combater a inexistência de norma regulamentadora estadual ou
municipal de qualquer dos Poderes, inclusive da Administração Indireta, que torne inviável o
exercício de direitos assegurados na Constituição da República e na Constituição Estadual, atue
na qualidade de advogado contratado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do
Município Y promova a medida judicial cabível para atender aos interesses de Teresa e demais
associados, atentando-se para os requisitos formais da medida judicial a ser elaborada.

Aula 3

CASO CONCRETO: XIX Exame da OAB ? Direito Administrativo. Adaptado. Marcos Silva, aluno de
uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída
em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora Maria Souza, servidora pública
federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota.
Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu
desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi
instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da
professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na
esfera criminal, a professora foi absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima
defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto,
prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já
tomara ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores.
Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de
demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, que, sob o
fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à
servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em
11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário
Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017, procurou seu escritório
para tomar as medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o afastamento, está
com sérias dificuldades financeiras. Como advogado(a), elabore a peça processual adequada
para amparar a pretensão de sua cliente, analisando todos os aspectos jurídicos apresentados.
Elabore a peça adequada, considerando que: I. não há necessidade de dilação probatória; II. já
transcorreram mais de 30 (trintas) dias desde a publicação da demissão; III. deverá ser adotada
a medida judicial cujo procedimento seja, em tese, o mais célere.

Aula 4

CASO CONCRETO: OAB 2010.3 - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL - ÁREA: DIREITO


CONSITUTCIONAL. Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de
movimentos políticos que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais
atividades, foi vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações.
Seus movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de
Segurança do Estado, organizados por agentes federais. Após longos anos, no ano de 2010, Tício
requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas
as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa,
que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do
Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos
os cidadãos. Tício, inconformado, procura aconselhamentos com seu sobrinho Caio, advogado,
que propõe apresentar ação judicial para acessar os dados do seu tio. Na qualidade de advogado
contratado por Tício, redija a peça cabível ao tema, observando: a) competência do Juízo; b)
legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os
requisitos formais da peça inaugural.

Aula 5

CASO CONCRETO: Matilde, domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, está sendo executada por
seus filhos Jane e Gilson Pires, menores, com treze e seis anos, respectivamente, representados
por seu pai, Gildo, pelo rito do artigo 911 do CPC. Na execução de alimentos, que tramita perante
o juízo da 10ª Vara de Família da Capital, Matilde foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00
(cinco mil reais), referente aos últimos cinco meses impagos dos alimentos fixados por sentença
pelo juízo da mesma Vara de Família. Ocorre que Matilde está desempregada há 1 ano, fruto da
grave situação econômica em que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir
novamente no mercado de trabalho e nem possui condições financeiras para quitar a dívida
alimentar. Diante da real impossibilidade da executada em adimplir a sua dívida, o magistrado
decretou a prisão da mesma, pelo prazo de sessenta dias. A filha de Matilde, Jane, de treze anos
de idade, telefonou para Josefina, sua avó materna, avisando-a da decisão judicial de decretação
da prisão de sua mãe. Desesperada, Madilde procura você, advogado, e afirma que não deixou
de pagar por negligência, mas sim por absoluta impossibilidade financeira, bem como por está
tratando de uma depressão profunda. Promova a medida judicial necessária aos interesses de
Madilte para resguardar o seu direito de locomoção.

Aula 6

CASO CONCRETO: CESP/Unb - Exame da OAB 2009.2 - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL - ÁREA:
DIREITO CONSITUTCIONAL. João, nascido e domiciliado em Florianópolis - SC, indignou-se ao
saber, em abril de 2009, por meio da imprensa, que o senador que merecera seu voto nas
últimas eleições havia determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais de R$
1.000.000,00, a qual seria custeada pelo Senado Federal. A referida reforma incluía aquecimento
e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico
para projeção de filmes em DVD, melhorias que João considera suntuosas, incompatíveis com a
realidade brasileira. O senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam
necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo tomado
conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada,
João, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da
referida reforma, dirigiu-se a uma delegacia de polícia civil, onde foi orientado a que procurasse
a Polícia Federal. Supondo tratar-se de um "jogo de empurra-empurra", João preferiu procurar
ajuda de profissional da advocacia para aconselhar-se a respeito da providência legal que
poderia ser tomada no caso. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a)
constituído(a) por João, redija a medida judicial mais apropriada para impedir que a reforma do
gabinete do referido senador da República onere os cofres públicos.

Aula 7

CASO CONCRETO: VII Exame da OAB - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL - ÁREA: DIREITO
CONSITUTCIONAL. O Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos
estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados,
hipermercados, shopping centers, estabelecendo multas pelo descumprimento e gradação nas
punições administrativas, além de delegar ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização
dos estabelecimentos relacionados no instrumento normativo. Tício, contratado como
advogado Júnior da Confederação Nacional do Comércio, é consultado sobre a possibilidade de
ajuizamento de medida judicial, apresentando seu parecer positivo quanto à matéria, pois a
referida lei afrontaria a CRFB. Em seguida, diante desse pronunciamento, a Diretoria autoriza a
propositura da ação judicial constante do parecer. Na qualidade de advogado, elabore a peça
cabível, observando: a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos
de mérito constitucionais e legais vinculados; d) requisitos formais da peça; e) tutela de
urgência.

Aula 8

CASO CONCRETO: ADC nº 29 (caso adaptado) Você, na qualidade de advogado, do Partido


Político PXY, com representação no Congresso Nacional, foi procurado pelo Presidente do
Partido, informando que a Lei complementar 135, de junho de 2010 versa sobre a questão de
inelegibilidades infraconstitucionais, na forma do disposto no art. 14, § 9º da CRFB/88, sendo
prevista sua aplicação até mesmo quando se estiver diante de fatos ocorridos antes do advento
do referido diploma legal, sem que isso cause qualquer prejuízo ao principio da irretroatividade
das leis e da segurança jurídica. Informa, ainda, a existência de controvérsia judicial relevante
sobre a aplicação da citada lei, apresentando-se divergência nos Tribuanis Eleitorais sobre a
aplicação dos dispositivos trazidos pela Lei Complementar 135/2010 a fatos que tenham
ocorrido antes do advento do novel diploma de inelegibilidades. Lei Complementar nº 135, de
04 de junho de 2010. Altera a Lei Complementar nº 064, de 18 de maio de 1990, que estabelece,
de acordo com o § 9º do artigo 014 da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de
cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a
proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato. Esclarece-se que
o TRE de Sergipe, adotou entendimento segundo o qual a lei consitui ofensa aos principios da
irretroatividade da lei mais gravosa e da segurança jurídica (conforme julgados), já o TRE de
Minas Gerais optou por adotar o entendimento do TSE, segundo o qual a Lei Complementar se
aplica às condenações anteriores. Como há controvérsia sobre a possibilidade de aplicação das
hipoteses de inelegibilidade instituidas pela Lei Complementar 135/2010, a atos jurídicos que
tenham ocorrido antes do advento do diploma legal, o partido PPXY, temeroso de que surjam
questionamentos dos candidatos que vierem a ser impugnados nas eleições de 20xx, sobre a
consittucionalidade da aplicação da referida lei, já que a indefenição da questão pode causar
grave insegurança jurídica nas eleições vindouras, pretende propor ação para que haja
pronunciamento sobre o tema, e para tanto pretende demonstrar que a aplicação dos
dispositivos da lei a situações ocorridas antes da existência desta não ofende o dispositivo nos
incisos XXXVI e XL, do artigo 5º, da CRFB. Na qualidade de advogado, redija a peça cabível
visando ver declarada a consitucionalidade da Lei Complementar 135/2010, no que tange a
aplicação das inelegibilidades à atos ocorridos anteriormente a existência da citada lei,
atentando, necessariamente, para os seguintes aspectos: a) competência do órgão julgador; b)
legitimidade; c) argumentos a favor da constitucionalidade da referida lei; d) tutela de urgência.

Aula 9

CASO CONCRETO: (ADI por OMISSÃO nº 08, caso adaptado) O Partido Progressista com
representação no Congresso Nacional, por seu Presidente, procura você advogado do partido
na intenção de que seja promovida a competente ação em face do descumprimento e da falta
de emissão de norma regulamentadora do disposto no artigo 37, X, da Constituição Federal, o
qual prevê a revisão geral anual dos servidores públicos, na mesma data e com índices idênticos,
para reajuste anual dos servidores públicos do Estado de Santa Catarina. Alega o Partido a
omissão do Governador do Estado de Santa Catarina, do dever de encaminhar ao Poder
Legislativo projeto de lei que regulamente a revisão geral anual, na mesma data e sem distinção
de índices, da remuneração dos servidores públicos daquela unidade da Federação, conforme o
disposto no art. 37, X, da Constituição Federal. A agremiação política afirma que a última revisão
remuneratória ocorrida naquele Estado-membro se deu com a edição da Lei xxx, de 10/10/2003.
Sustenta que os servidores acumulam, desde então, sucessivas perdas salariais geradas pela
inflação. Assevera que, mesmo após decorrido todo esse tempo, não há qualquer sinal de que
o Executivo Estadual pretenda cumprir o ditame ora destacado. Assim, configurado o
comportamento omissivo do Chefe do Poder Executivo catarinense, corroborado tanto pelos
reajustes pontuais concedidos a determinadas carreiras estaduais como pela ausência, nas leis
orçamentárias dos últimos anos, de dotações visando restituir as perdas salariais dos servidores,
pretende propor ação para ver declarada a omissão, tendo em vista a inexistência de norma
regulamentadora do art. 37, X, da Carta Magna, bem como o estabelecimento do prazo de trinta
dias para que o Exmo. Sr. Governador do Estado de Santa Catarina encaminhe ao Poder
Legislativo projeto de lei específico, destinado a fixar ou manter a periodicidade máxima de 12
meses para reajuste dos vencimentos. Na qualidade de advogado, redija a peça cabível
atentando, necessariamente, para os seguintes aspectos: a) competência do órgão julgador; b)
legitimidade; c) argumentos jurídicos pertinentes; d) tutela de urgência.

Aula 10

XX Exame da OAB ? Direito Constitucional. O Prefeito do Município Alfa, preocupado com a


adequada conduta no seu mandato, procura o presidente nacional do seu partido político Beta,
o qual possui representação no Congresso Nacional, e informa que a Lei Orgânica do Município
Alfa, publicada em 30 de maio de 1985, estabelece, no seu Art. 11, diversas condutas como
crime de responsabilidade do Prefeito, entre elas o não atendimento, ainda que justificado, a
pedido de informações da Câmara Municipal, inclusive com previsão de afastamento imediato
do Prefeito a partir da abertura do processo político. Informou, também, que a mesma Lei
Orgânica, em seu Art. 12, contém previsão que define a competência de processamento e
julgamento do Prefeito pelo cometimento de crimes comuns perante Justiça Estadual de
primeira instância. Por fim, informou que, em razão de disputa política local, houve recente
representação oferecida por Vereadores da oposição com o objetivo de instaurar processo de
apuração de crime de responsabilidade com fundamento no referido Art. 11 da Lei Orgânica, a
qual poderá ser analisada a qualquer momento. O partido político, após o devido trâmite interno
estabelecido no seu estatuto, conclui que a norma municipal está em dissonância com a
CRFB/88 e decide adotar providência judicial em relação ao tema. Considerando a situação
narrada, na condição de advogado(a) do partido político Beta, utilizando-se do instrumento
constitucional adequado, elabore a medida judicial de controle objetivo cabível.

Aula 11

XXI Exame da OAB – Direito Constitucional A Associação Alfa, constituída há 3 (três) anos, cujo
objetivo é a defesa do patrimônio social e, particularmente, do direito à saúde de todos,
mostrou-se inconformada com a negativa do Posto de Saúde Gama, gerido pelo Município Beta,
de oferecer atendimento laboratorial adequado aos idosos que procuram esse serviço. O
argumento das autoridades era o de que não havia profissionais capacitados e medicamentos
disponíveis em quantitativo suficiente. Em razão desse estado de coisas e do elevado número
de idosos correndo risco de morte, a Associação resolveu peticionar ao Secretário municipal de
Saúde, requerendo providências imediatas para a regularização do serviço público de Saúde. O
Secretário respondeu que a situação da Saúde é realmente precária e que a comunidade precisa
ter paciência e esperar a disponibilização de repasse dos recursos públicos federais, já que a
receita prevista no orçamento municipal não fora integralmente realizada. Reiterou, ao final e
pelas razões já aventadas, a negativa de atendimento laboratorial aos idosos. Apesar disso, as
obras públicas da área de lazer do bairro em que estava situado o Posto de Saúde Gama, nos
quais eram utilizados exclusivamente recursos públicos municipais, continuaram a ser
realizadas. Considerando os dados acima, na condição de advogado(a) contratado(a) pela
Associação Alfa, elabore a medida judicial cabível para o enfrentamento do problema, inclusive
com providências imediatas, de modo que seja oferecido atendimento adequado a todos os
idosos que venham a utilizar os serviços do Posto de Saúde. A demanda exigirá dilação
probatória. Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser
utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal
não confere pontuação.

Aula 12

CASO CONCRETO: VIII Exame de Ordem Unificado - Prova Prático-Profissional de Direito


Constitucional Com fundamento na recente Lei n. 1.234, do Estado Y, que exclui as entidades de
direito privado da Administração Pública do dever de licitar, o banco X (empresa pública daquele
Estado) realiza a contratação direta de uma empresa de informática - a Empresa W - para
atualizar os sistemas do banco. O caso vem a público após a revelação de que a empresa
contratada pertence ao filho do presidente do banco e nunca prestou tal serviço antes. Além
disso, o valor pago (milhões de reais) estava muito acima do preço de mercado do serviço em
outras empresas. José, cidadão local, ajuíza ação popular em face do Presidente do banco X e
da empresa W perante o Juízo de 1ª instância da capital do Estado Y, em que pleiteia a
declaração de invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, ao
fundamento de violação ao art. 1º, parágrafo único da Lei n. 8.666/1993 (norma geral sobre
licitação e contratos) e a diversos princípios constitucionais. A sentença, entretanto, julgou
improcedente o pedido formulado na petição inicial, afirmando ser válida a lei estadual que
autoriza a contratação direta, sem licitação, pelas entidades de direito privado da Administração
Pública, analisada em face da lei federal, não considerando violados os princípios constitucionais
invocados. José interpõe recurso de apelação, ao qual se negou provimento, por unanimidade,
pelo mesmo fundamento levantado na sentença. Dez dias após a publicação da decisão que
rejeitou os seus embargos declaratórios, José procura um advogado para assumir a causa e
ajuizar a medida adequada. Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando
todos os requisitos formais e a fundamentação pertinente ao tema.

Aula 13

CASO CONCRETO: (XI Exame da Ordem ? Prova prático-profissional - Direito Empresarial) Em


27/02/2011, XYZ Alimentos S.A., companhia aberta, ajuizou ação para responsabilizar seu ex-
diretor de planejamento, "M", por prejuízos causados à companhia decorrentes de venda,
realizada em 27/09/2005, de produto da Companhia a preço inferior ao de mercado, em troca
de vantagem pessoal. Em sua defesa, "M" alegou que não houve a realização prévia de
assembleia da companhia que houvesse deliberado o ajuizamento da demanda e que as contas
de toda administração referentes ao exercício de 2005 haviam sido aprovadas pela assembleia
geral ordinária, ocorrida em 03/02/2006, cuja ata foi devidamente arquivada e publicada na
imprensa oficial no dia 05/02/2006, não podendo este tema ser passível de rediscussão em
razão do decurso do tempo. Em sede de recurso, a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Estado do Piauí reconheceu os fatos de que (i) não houve a prévia assembleia para aprovar
ajuizamento da ação; e de que (ii) as contas de ?M? referentes ao exercício de 2005 foram
aprovadas em uma assembleia, em cujas deliberações não se verificou erro, dolo, fraude ou
simulação incorridos ou perpetrados por quem dela participou. No entanto, manteve a
condenação do ex-diretor que havia sido imposta pela sentença da 1ª instância, que entendeu
prevalecer, no caso, o art. 158, I, da Lei n.6.404/76, sobre qualquer outro dispositivo legal desta
Lei, sobretudo os que embasam os argumentos de "M". Assim, na qualidade de advogado de
"M" e utilizando os argumentos por ele expendidos em sua defesa, diante do acórdão proferido
pelo Tribunal, elabore a peça cabível. Para tanto, suponha que o Tribunal de Justiça do Estado
do Piauí possua apenas o total de 10 varas cíveis, duas câmaras cíveis e nenhuma vice-
presidência.

Aula 14

CASO CONCRETO: (2008.3 - Exame da Ordem - Prova prático-profissional - Direito


Administrativo) Adaptado Em 20/01/2016, foi instaurado procedimento administrativo
disciplinar, por portaria publicada no DOU, com descrição suficiente dos fatos, para apurar a
conduta de Humberto, servidor público estável, residente em Brasília, no Distrito Federal, que
teria, de forma ilegal, favorecido várias prefeituras que, embora em desacordo com as
disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal, teriam voltado à situação de aparente legalidade
para receberem verbas públicas. A comissão encarregada do processo disciplinar, designada
pela autoridade competente, foi composta pelos seguintes servidores, todos de nível
hierárquico superior ao do indiciado: Ana Maria, admitida, por concurso público, em
20/08/2003, Geraldo, admitido por concurso público em 14/02/2004, e Cássio, não-concursado,
que exerce, desde 20/06/2000, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração. O feito foi regularmente conduzido, tendo sido garantidos o contraditório e a ampla
defesa. O julgamento foi realizado em tempo hábil, segundo a legislação que rege a matéria,
sendo acolhidas as conclusões da comissão. Ao final, em ato do ministro do Trabalho e Emprego,
por meio da Portaria n.º 123, de 09/03/2016, publicada no DOU de 10/04/2016, Humberto foi
demitido do cargo público de administrador. Em razão disso, impetrou, no prazo legal e no juízo
competente, mandado de segurança, com pedido de liminar, aduzindo, com a devida
fundamentação, que o ato de demissão seria inválido. A autoridade impetrada sustentou, nas
informações, a impossibilidade de alteração do mérito administrativo pelo Poder Judiciário, sob
pena de violação ao princípio republicano da separação de poderes. A liminar foi indeferida e a
ordem foi denegada após regular processamento. A decisão foi publicada em 13/02/2017, uma
segunda-feira. Em face dessa situação hipotética, redija, na qualidade de advogado(a)
contratado(a) por Humberto, a peça processual cabível à espécie, datando-a no último dia do
prazo.

Aula 15

CASO CONCRETO: EXAME DA OAB - PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL - ÁREA: DIREITO


CONSTITUCIONAL O secretário de administração do estado-membro Y, com a finalidade de
incentivar o aprimoramento profissional de certa categoria de servidores públicos, criou, por
meio de lei específica, tabela de referências salariais com incremento de 10% entre uma e outra,
estando a mudança de referência baseada em critérios de antiguidade e merecimento. O
pagamento do mencionado percentual seria feito em seis parcelas mensais e sucessivas. Os
servidores que adquiriram todas as condições para o posicionamento na referência salarial
subsequente já haviam recebido o pagamento de três parcelas quando sobreveio a edição de
medida provisória revogando a sistemática estabelecida na lei. Assim, no mês seguinte à edição
dessa medida, o valor correspondente à quarta parcela foi excluído da folha de pagamento. Em
decorrência dessa exclusão, os servidores requereram à Secretaria Estadual de Planejamento e
Gestão a respectiva inserção na folha de pagamento, sob pena de submeter a questão ao Poder
Judiciário. Em resposta, o secretário indeferiu o pedido, fundado nos seguintes argumentos: a)
em razão da revogação da lei, promovida pela medida provisória, os servidores não mais teriam
direito ao recebimento do percentual; b) seria possível a alteração do regime remuneratório,
em face da ausência de direito adquirido a regime jurídico, conforme já reconhecido pelo
Supremo Tribunal Federal; c) os servidores teriam, na hipótese, mera expectativa de direito, e
não, direito adquirido; d) não cabe ao Poder Judiciário atuar em área própria do Poder Executivo
e conceder o reajuste pleiteado, sob pena de ofensa ao princípio constitucional da separação
dos poderes.

Aula 16

CASO CONCRETO: CESP/Unb - Exame da OAB 2009.3 - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL - ÁREA:
DIREITO CONSITUTCIONAL. A empresa pública Água Para Todos, criada para a produção dos
materiais e a prestação dos serviços pertinentes à instalação de rede hidráulica no município X,
é, atualmente, presidida por Moura, que tem estreita relação de amizade com Ferreira, prefeito
do referido município. Moura observou que grande parte da receita do município X decorria do
imposto sobre serviços (ISS) recolhido pela empresa Água Para Todos. Assim, valendo-se desse
fato e de sua grande amizade com o prefeito, pediu-lhe que, independentemente de aprovação
em concurso público, nomeasse seu filho, Moura Júnior, para o cargo efetivo de analista
administrativo da prefeitura municipal. O pedido foi atendido e Moura Júnior tomou posse, só
comparecendo à prefeitura ao final de cada mês para assinar o ponto. Em retribuição ao gesto
de amizade, Moura determinou ao departamento de divulgação da empresa Água Para Todos,
representado por Correa, que promovesse uma homenagem ao prefeito, em veículo de
comunicação de massa, parabenizando-o por seu aniversário. A empresa Água Para Todos
contratou uma produtora de mídia e um minuto em horário nobre na emissora de maior
visibilidade local para a veiculação da propaganda. No dia do aniversário do prefeito, a
propaganda foi veiculada, mencionando as realizações da prefeitura municipal na gestão de
Ferreira, tendo sido divulgada, ao final, a seguinte mensagem: "A Água Para Todos parabeniza o
prefeito Ferreira pelo seu aniversário". Tendo tomado conhecimento dos fatos, Durval, vereador
e líder comunitário, resolveu tomar providências contra o que estava ocorrendo no município e,
para tanto, procurou auxílio de profissional da advocacia. Em face dessa situação hipotética, na
condição de advogado(a) constituído(a) por Durval, redija a peça processual cabível para pleitear
a declaração de nulidade do ato de nomeação de Moura Júnior, com o seu imediato afastamento
do cargo, e do processo administrativo que culminou na contratação da propaganda, com a
respectiva reparação do patrimônio público lesado

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