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Estudo Revisão tarifária-TUSD-TE - 2012
Estudo Revisão tarifária-TUSD-TE - 2012
REGULAÇÃO ECONÔMICA
SUPERINTENDÊNCIA DE
REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS
DE DISTRIBUIÇÃO
...................................... ......
ESTRUTURA TARIFÁRIA
CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA
S.A. – CELESC
RESULTADO FINAL
I. OBJETIVO.......................................................................................................................................................................... 1
III. ANÁLISE .......................................................................................................................................................................... 3
III.1 RESULTADOS ....................................................................................................................................................... 3
III.2 DADOS DE ENTRADA......................................................................................................................................... 8
III.3 TARIFAS DE REFERÊNCIA - TUSD................................................................................................................... 9
III.4 TARIFAS DE REFERÊNCIA - TE ...................................................................................................................... 20
III.5 MERCADO DE REFERÊNCIA AJUSTADO ..................................................................................................... 20
III.6 TARIFAS DE APLICAÇÃO ................................................................................................................................ 21
III.7. FLEXIBILIZAÇÃO DE PARÂMETROS DA ESTRUTURA TARIFÁRIA ...................................................... 23
III.8. IMPACTOS TARIFÁRIOS RELEVANTES....................................................................................................... 23
III.9. TRANSIÇÃO DA APLICAÇÃO DA ESTRUTURA TARIFÁRIA ................................................................... 24
III.10. CÁLCULO DA TUSD PARA CENTRAIS GERADORAS ............................................................................. 24
III.11. CÁLCULO DA TUSD DISTRIBUIÇÃO PARA OUTRAS DISTRIBUIDORAS ........................................... 25
III.12. CÁLCULO DO ENCARGO DE CONEXÃO DAS UNIDADES CONSUMIDORAS DO SUBGRUPO A1 . 25
IV. FUNDAMENTO LEGAL ................................................................................................................................................... 25
V. CONCLUSÃO .................................................................................................................................................................. 26
VI. RECOMENDAÇÃO ......................................................................................................................................................... 26
Nota Técnica no 247/2012–SRE-SRD/ANEEL
Em 26 de Julho de 2012.
Processos nº 48500.003936/2011-49 e
48500.000918/2012-96.
I - DO OBJETIVO
II - DOS FATOS
1
Disponível no endereço eletrônico da ANEEL na internet: http://www.aneel.gov.br/cedoc/bren2011464.pdf
(Fls. 2 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
aprovados em novembro de 2011 por meio das Resoluções Normativas – REN nº 457/2011 e nº 464/2011,
respectivamente.
8. A Nota Técnica detalha o cálculo e a relação das informações utilizadas no cálculo preliminar
e foi disponibilizada no âmbito da AP para recebimento de contribuições no período de 17/05/2012 à
18/06/2012.
11. A CELESC respondeu aos ofícios por meio de cartas protocoladas na ANEEL sob os
números 48513.018101/2012-00 (em 28/05/2012) e 48513.020293/2012-00 (em 18/06/2012). Os dados da
campanha de medição foram analisados e algumas inconformidades não foram corrigidas, dentre os quais se
destacam: ausência de padronização nos dados, inconsistências nos dados de medições, erros superiores
aos máximos regulamentados, dentre outros.
12. Diante dos problemas encontrados, após a realização de contatos entre a área técnica da
ANEEL e a distribuidora, optou-se pela utilização da campanha, porém, as inconformidades encontradas
serão enviadas à fiscalização, por meio de Nota Técnica, que abrangerá todos os problemas encontrados.
14. Os demais dados, como os custos regulatórios considerados na construção das tarifas são
obtidos no processo de definição do nível tarifário cujo processo e resultados estão detalhados na Nota
Técnica nº 246/2012-SRE/ANEEL de 25 de julho de 2012.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 3 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
15. Após a descrição dos fatos passa-se à análise. A seção seguinte inicia-se com a
apresentação do impacto tarifário a ser percebido pelos consumidores. Posteriormente, demonstram-se os
dados de entrada para a construção das tarifas bem como o cálculo das tarifas de Referência e de Aplicação,
além do mercado de referência ajustado. Por fim, são apresentados os parâmetros flexibilizados para o
cálculo da estrutura tarifária, impactos tarifários relevantes e possível transição para aplicação das novas
tarifas.
16. O anexo da Nota Técnica apresenta o relatório de análise das contribuições recebidas no
âmbito da AP nº 032/2012.
III - DA ANÁLISE
III.1 - RESULTADOS
17. A revisão tarifária da CELESC resultará no efeito médio2 a ser percebido por subgrupo
tarifário, conforme tabela 1, considerando todos os custos associados à TE e à TUSD e todo o mercado da
distribuidora: consumidores, geradores e outras distribuidoras ou permissionárias.
18. O efeito apresentado representa a média para cada agrupamento e para o Grupo A, portanto,
há consumidores com efeitos maiores e menores do que o exposto. Para o Grupo B não ocorre tal, pois não
existem segmentações horárias e todo o custo é alocado em energia, de tal modo que a variância é zero – o
surgimento do mercado horário, tarifa branca, alterará tal cenário.
2
Quando se fala em efeito deve-se entender que ele é obtido com base no mercado de referência empregado na revisão
ou reajuste.
3
Para este considerou-se o encargo de conexão de distribuição para os consumidores, tanto de transmissão quanto de
distribuição.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 4 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
19. O efeito da tabela acima pode ser decomposto conforme a desagregação da informação.
Assim o efeito do grupo A é decomposto nos seus diferentes subgrupos; por sua vez em cada subgrupo
efetua-se nova abertura em acordo com as modalidades. Repete-se o processo para o grupo B, também. O
resultado está apresentado a seguir.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 5 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
A1 AZUL
-12,57% -12,68%
COOPERATIVA
5,82%
A2 AZUL
-8,04% -8,89%
GERADOR
-0,34%
COOPERATIVA
5,82%
AZUL
-13,90%
A3
-9,86% GERADOR
8,09%
DISTRIBUIDOR
12,07%
COOPERATIVA
5,82%
A AZUL
2,57% 8,40%
A3a GERADOR
6,86% 8,09%
CONVENCIONAL
9,13%
VERDE
10,99%
COOPERATIVA
5,82%
AZUL
2,45%
GERADOR
A4 8,09%
5,03%
DISTRIBUIDOR
11,31%
CONVENCIONAL
0,65%
VERDE
6,49%
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 6 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
B1 CONVENCIONAL
-4,81% -4,81%
B2 CONVENCIONAL
B 0,26% 0,26%
-2,73%
B3 CONVENCIONAL
0,26% 0,26%
B4 CONVENCIONAL
0,26% 0,26%
20. Por sua vez, para distinguir os efeitos cativo e livre e TUSD e TE, apresenta-se em uma
forma estruturada por modalidade o efeito médio nas tabelas a seguir.
MODALIDADE TARIFÁRIA AZUL
A1 LIVRE
-12,68% -12,68%
TUSD
-14,74%
CATIVO
3,46%
A2 TE
-8,89% 11,93%
LIVRE
-14,63%
TUSD
-14,57%
CATIVO
3,80%
A3 TE
-13,90% 12,56%
LIVRE
-17,91%
TUSD
-1,85%
CATIVO
-1,85%
A3a TE
8,40%
LIVRE
8,35%
TUSD
-5,48%
CATIVO
4,35%
A4 TE
2,45% 12,30%
LIVRE
-1,15%
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 7 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
TUSD
7,50%
A3a CATIVO
10,99% 10,99%
TE
13,38%
TUSD
-2,61%
A4 CATIVO
6,49% 6,49%
TE
12,81%
TUSD
5,50%
A3a CATIVO
9,13% 9,13%
TE
11,81%
TUSD
-8,76%
A4 CATIVO
0,65% 0,65%
TE
11,81%
TUSD
-3,13%
A3 CATIVO
12,07% 12,07%
TE
15,66%
TUSD
-8,18%
A4 CATIVO
11,31% 11,31%
TE
15,66%
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 8 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
MODALIDADE TARIFÁRIA GERADORA
A2 GER
-0,34% -0,34%
A3 GER
8,09% 8,09%
A3a GER
8,09% 8,09%
A4 GER
8,09% 8,09%
21. A discrepância de efeitos para as diferentes modalidades é função das alterações de nível e
dos critérios alocativos. Logo, cada um dos elementos de custo possui um impacto distinto na formação do
custo unitário médio do consumidor. Por exemplo, para o grupo B há grande sensibilidade ao custo de
parcela B conquanto para os de alta tensão, dada ao maior fator de carga médio do mercado, CCC.
22. Os resultados apresentados nas tabelas anteriores, bem como as variações por componente
tarifário – TUSD Transporte, TUSD Perdas, TUSD Encargos, TE Energia Comprada, TE Transporte, TE
Perdas, TE Encargos – e outros detalhes podem ser obtidos nas Planilhas Microsoft Excel de Cálculo das
Tarifas de Referências – TR, e de Cálculo e Abertura das Tarifas – PCAT, disponibilizadas juntamente com a
presente nota técnica.
23. Para obtenção dos resultados apresentados anteriormente foram utilizados os seguintes
dados de entrada:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 9 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
24. Com base nessas informações inicia-se o processo de construção das Tarifas de Referência
e de Aplicação.
25. Para os Custos Marginais de Expansão por agrupamento (faixa de tensão), foram utilizados
os Custos Médios, obtidos por módulos de equipamentos/obras, considerando a razão entre o custo total,
obtido pelo produto dos custos unitários e o quantitativo de cada módulo, e o carregamento médio dos
módulos, com base no sistema de distribuição existente.
26. O detalhamento do cálculo dos custos médios está descrito na Nota Técnica nº 311/2011-
SRE/SRD-ANEEL e reproduzido na planilha disponibilizada.
Agrupamento MT:
Extensão de rede MT;
Células de linha MT;
Conexão de trafo MT; e
Capacidade instalada AT/MT;
Agrupamento BT:
Extensão de rede BT;
Posto de transformação MT/BT; e
Capacidade instalada MT/BT.
28. As Tabelas 2 e 3 listam os dados dos ativos físicos dos módulos de equipamentos/obras e
seus respectivos custos unitários médios.
Tabela 2 – Ativos
Subgrupo/Grupo Capacidade
ou Relação de Redes/Linhas Transformadores instalada Bays de linha
Transformação km quantidade MVA quantidade
AT-2 1.775,60 194,00
AT-3 1.190,70 154,00
MT 76.483,52 732,00
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 10 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
Subgrupo/Grupo Capacidade
ou Relação de Redes/Linhas Transformadores instalada Bays de linha
Transformação km quantidade MVA quantidade
BT 43.590,41
MT/BT 153.556,00 4.797,60
AT-2/MT 108,00 2.958,98
AT-3/MT 105,00 1.698,57
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 11 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
31. Para o MT e BT a energia que transita nos níveis e transformações deve ser rateada em
urbana e rural por meio de dados de energia faturada no período de referência. Deve-se considerar ainda a
sazonalidade da energia ao longo do ano, obtidos pela relação da energia do mês de maior consumo pelo
consumo médio. Para a obtenção da demanda, apura-se o fator de carga médio para cada agrupamento, com
base nas tipologias de carga, redes e injeções obtidas pela campanha de medidas.
32. Os resultados dos custos médios por agrupamentos estão indicados na Tabela 6.
34. A Tabela 7 apresenta os valores de proporção de fluxo total (proporção de fluxo direta mais
proporção de fluxo indireta) entre os subgrupos tarifários calculados para a CELESC.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 12 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
37. Como parte do processo, as tipologias encaminhadas pela concessionária foram ajustadas
ao mercado de referência dos respectivos agrupamentos5.
38. Os agregados das tipologias de carga por agrupamento já ajustados ao mercado estão
apresentados nos Gráficos 1 a 5, que correspondem aos dados da Tabela 8.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 13 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
350 260
300 250
250
240
200
MW
MW
230
150
220
100
50 210
0 200
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Posto Tarifário Posto Tarifário
1800 1600
1600 1400
1400 1200
1200
1000
1000
MW
MW
800
800
600
600
400 400
200 200
0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Posto Tarifário Posto Tarifário
3500
3000
2500
B
2000 MT
MW
1500 A3
A2
1000
500
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Posto Tarifário
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 14 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
39. Os custos marginais de capacidade foram calculados para os postos tarifários ponta e fora
ponta, definidos na REN nº 414/10:
Horário de ponta: período composto por 3 (três) horas diárias consecutivas definidas pela
distribuidora, considerando a curva de carga de seu sistema elétrico, aprovado pela ANEEL para toda
a área de concessão, com exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira de carnaval, sexta-feira
da Paixão, Corpus Christi e mais oito feriados nacionais; e
Horário fora de ponta: período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e
complementares àquelas definidas no horário de ponta.
40. A CELESC informou que o horário de ponta praticado atualmente é o das 18h30 às 21h29
para o período fora do horário de verão e das 19h30 às 22h29 para o período do horário de verão e solicitou
que fosse mantido, motivado pelo carregamento de seu sistema elétrico. Considerando que no horário de
verão a distribuidora informou que desloca o horário de faturamento de seus consumidores, é adequado que
seja deslocada a duração do horário de ponta, conforme tabela a seguir.
41. Quanto à modalidade tarifária horária Branca do Grupo B, a distribuidora propôs a aplicação
do posto intermediário das 09h00 às 17h59 e das 21h00 às 23h59. Propôs ainda, uma relação ponta/fora de
ponta de 2,5, uma relação posto intermediário/posto fora ponta de 1,5 e a aplicação do valor do parâmetro kz
de 0,64.
42. No entanto, considerando que essa proposta, combinada com os outros parâmetros que
definem a tarifa branca, poderia inviabilizar a migração de consumidores para essa modalidade tarifária, o
posto intermediário será estabelecido em dois períodos de 1 hora, das 17h30 às 18h29, e das 21h30 às
22h29, conforme regulamentado no PRORET6.
43. O Fator de Perdas de Potência – fpp é utilizado no cálculo da estrutura vertical da Parcela B
e da Tarifa de Referência dos custos de uso dos sistemas de transmissão e de outras distribuidoras.
44. Utilizou-se a perda de potência para a demanda média, calculada no processo definição dos
índices de perdas técnicas, Módulo 7 do PRODIST, como estimativa da taxa média de potência. No caso do
sistema de alta de tensão (SDAT), como não se calcula perdas de potência para a demanda média durante o
6
Detalhes no item III.7 Flexibilização de Parâmetros da Estrutura Tarifária.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 15 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
processo de cálculo dos índices de perdas, utiliza-se dos respectivos índices de perdas de energia (perda
média de potência) e do CP (índice que correlaciona perda média de potência e perda de potência para a
demanda média) para o cálculo da perda de potência para a demanda média dos subgrupos pertencentes à
alta tensão – AT.
v. Estrutura Vertical
47. A EV foi obtida com base na repartição da receita teórica entre os agrupamentos tarifários
(subgrupos/grupos) definidos de acordo com os níveis de tensão, proporcionais aos custos marginais de
capacidade e ao mercado teórico de demanda. Posteriormente, esses valores foram corrigidos considerando
que uma parcela dos custos foi rateada de forma proporcional ao número de unidades consumidoras de cada
agrupamento tarifário.
48. No cálculo da Estrutura Vertical das distribuidoras no terceiro ciclo de revisões tarifárias, a
ANEEL utilizará o aplicativo CTR, versão 2, em substituição ao aplicativo TARDIST utilizado até o segundo
ciclo de revisões tarifárias.
49. O CMC foi calculado por meio da ponderação do valor do custo marginal de expansão de
cada subgrupo/grupo tarifário (obtido por meio dos custos médios) pela forma como o fluxo de potência se
distribui pelas redes (obtida por meio dos fatores de proporção de fluxo) e pela forma como os consumidores
do sistema de distribuição utilizam as redes da distribuidora (obtida através dos fatores de responsabilidade
de potência).
51. A Responsabilidade de Potência foi obtida por meio das tipologias de cargas, redes e
injeções, do fator de perdas de potência e do fator de coincidência dos consumidores-tipo nas pontas das
redes-tipo.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 16 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
52. A Estrutura Vertical resultante dos custos marginais de capacidade deve ser corrigida para
ajustar os custos relacionados aos processos comerciais. Assim, uma parcela dos custos foi rateada de forma
proporcional ao número de unidades consumidoras. Adicionalmente é feito um ajuste para o mercado
faturado, e a EV resulta nos valores da tabela a seguir.
54. Cada componente da TUSD possui custos específicos, que são calculados como um selo,
em R$/kW ou em R$/MWh, rateados de forma proporcional aos custos marginais de capacidade ou pela
responsabilidade de custos de determinado subgrupo tarifário.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 17 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
57. As Tarifas de Referência TUSD FIO A determinam as relatividades entre as tarifas dos
agrupamentos tarifários para recuperação dos custos incorridos pela distribuidora com o uso de ativos de
propriedade de terceiros: rede básica, rede básica de fronteira, rede de outra distribuidora e conexão às
instalações de transmissão e distribuição.
58. A metodologia aplicada busca definir um critério de alocação que leve em consideração a
responsabilidade dos usuários na formação dos custos da TUSD FIO A, como definido no Submódulo 7.1 do
PRORET, complementado pela Nota Técnica nº 311/2011-SRE/SRD/ANEEL.
59. Os dados de curvas agregadas de carga e rede, fatores de perda de potência, e proporções
de fluxo para o cálculo das Tarifas de Referência TUSD FIO A, são os mesmos utilizados no cálculo das
Tarifas de Referência TUSD FIO B. Na Tabela 12 são apresentados os valores dos fatores de coincidência
utilizados para determinação das Tarifas de Referência TUSD FIO A.
60. As Tarifas de Referência TUSD FIO A da CELESC, com seus respectivos componentes de
custo, são mostradas na tabela a seguir.
61. Com base em todos os insumos apresentados, pode-se finalmente calcular as Tarifas de
Referência TUSD FIO B, que são obtidas por agrupamento e posto tarifário de acordo com as equações
definidas no Submódulo 7.1 do PRORET.
62. O mercado de referência de demanda para o Grupo A é o mercado faturado, sendo este
ajustado, com base no perfil típico do agrupamento tarifário, quando não existir a segregação ponta e fora de
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 18 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
ponta. O mercado de referência de demanda para o Grupo B baseia-se nas tipologias ajustadas ao mercado
faturado. O mercado do subgrupo AS é considerado como pertencente ao agrupamento BT.
63. A relação ponta/fora de ponta das Tarifas de Referência TUSD FIO B de cada agrupamento
tarifário é determinada de forma que seja alcançada, ao final do período de transição de cálculo da TUST,
estabelecido na REN nº 399/2010, a meta de relação ponta / fora de ponta da Tarifa de Referência TUSD
TRANSPORTE (FIO A + FIO B) apresentada na tabela 2 do Submódulo 7.2 do PRORET.
64. Outra condição que deve ser obedecida é de que a relação ponta/fora ponta não poderia
aumentar acima dos atuais valores durante o período de transição da TUST, evitando um indesejado efeito
oscilatório.
65. A Tabela 14 apresenta a evolução esperada da relação ponta/fora de ponta das Tarifas de
Referência TUSD TRANSPORTE ao longo da transição da TUST.
67. Os valores das Tarifas de Referência – Perdas Técnicas foram obtidos através do fator de
perdas de energia. O fator de perdas de energia – fpe - aloca as perdas técnicas entre os agrupamentos
tarifários de acordo com a contribuição de cada agrupamento nessas perdas. Os montantes de perdas
técnicas de energia por nível e por transformação entre níveis, calculados conforme o Módulo 7 do PRODIST,
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 19 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
foram utilizados como insumos para o cálculo do fpe. Essas Tarifas de Referência foram definidas em
R$/MWh.
68. A Tarifa de Referência para a TUSD Encargos é definida como valor unitário 1, conforme
definido no PRORET 7.2.
69. As Tarifas de Referência TUSD TRANSPORTE, obtidas em R$/kW, foram utilizadas para o
cálculo da modalidade tarifária horária azul dos subgrupos do Grupo A. Para as demais modalidades dos
subgrupos do Grupo A e para o Grupo B devem ser realizados ajustes.
70. Para a modalidade horária verde, a Tarifa de Referência TUSD TRANSPORTE do posto
ponta é convertida para R$/MWh pelo Fator de Carga (FC) de cruzamento das retas tarifárias verde e azul.
71. O valor do fator de carga de cruzamento das retas tarifárias foi definido em 0,66, valor padrão
regulamentado no PRORET.
74. As Tarifas de Referência por subgrupo e modalidade tarifária estão detalhadas na planilha de
cálculo.
Subgrupo/Grupo Agrupamento
A2 AT-2
A3 AT-3
A3a MT
A4 MT
AS BT
B BT
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 20 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
Modalidade Modalidade
(Tarifa de Referência) (Tarifa de Aplicação)
TLU tarifa de longa utilização na ponta Tarifa horária Azul
TCU tarifa de curta utilização na ponta Tarifa horária Verde
TCV tarifa convencional Tarifa convencional Binômia ou Monômia
TB Tarifa horária Branca
Quadro 3 – Correlação Agrupamentos e Subgrupos/Modalidades
76. A Tarifa de Referência para a TE Energia Comprada é definida conforme tabela abaixo.
78. Por fim, ressalta-se que todas as Tarifas de Referência constam na guia
“TR_CONSOLIDADA” da planilha PCAT.
79. Antes de se detalhar o cálculo da Tarifa de Aplicação, faz-se necessário tecer comentários
quanto ao mercado de referência.
80. Como definido no PRORET - Submódulo 7.3, para obtenção das Tarifas de Aplicação é
necessário determinar o valor do mercado de referência ajustado. O mercado de referência compreende os
montantes de energia elétrica, de demanda de potência e de uso do sistema de distribuição faturados no
período de referência7 a outras concessionárias e permissionárias de distribuição, consumidores,
autoprodutores e centrais geradoras que façam uso do mesmo ponto de conexão para importar ou injetar
energia elétrica, bem como pelos montantes de demanda de potência contratada pelos demais geradores
para uso do sistema de distribuição.
81. Por sua vez, o mercado de referência deve ser ajustado para efetuar a compensação dos
benefícios tarifários - subsídios e descontos previstos em atos normativos e legais. Este é obtido pelo produto
do mercado de referência pelo complementar do desconto.
7 O período de referência, por definição do PRORET, corresponde ao período de 12 meses imediatamente anteriores ao mês da
revisão tarifária periódica.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 21 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
83. Tanto para o cálculo da Tarifa de Aplicação referente à TUSD quanto para a TE a abordagem
adotada segue três passos. Primeiro se obtém a tarifa integral, posteriormente a base econômica e enfim a
tarifa base financeira que será utilizada para faturar as unidades consumidoras da distribuidora.
85. As tarifas integrais são aquelas que não possuem em sua estrutura benefícios tarifários.
Nesse caso emprega-se o mercado de referência e os custos regulatórios deduzidos os valores recuperados
pelos consumidores do subgrupo A1 – no que se refere aos custos dos encargos de conexão, tanto na
transmissão quanto na distribuição, e rede básica –, pelas permissionárias que não passaram por revisão,
pelas cooperativas não regularizadas e pelas centrais de geração – de acordo com os respectivos
componentes de custo incidentes tanto na TUSD como na TE. A planilha PCAT apresenta os valores
deduzidos relativos a cada grupo de consumidores acima descrito.
86. Há que ressaltar o tratamento diferenciado dado a TUSD Integral relativa à perda não
técnica. Como definido no submódulo 7.3, deve-se distribuir o custo proporcionalmente à distribuição de
receita referente à TUSD integral, excluindo o componente perdas não técnicas. Com este valor calcula-se o
valor desta componente da TUSD na forma de um selo em R$/MWh por nível de tensão.
87. Como definido no submódulo 7.3 as tarifas TUSD e TE base econômica são obtidas pela
multiplicação das tarifas base integral por um fator de ajuste multiplicativo. Nesse caso, a determinação da
constante é efetuada pela relação entre os custos regulatórios e o resultado da multiplicação do valor da tarifa
integral - incluindo geradores, A1, cooperativas e distribuidoras – pelo mercado ajustado. De fato, a diferença
desta para a anterior é a compensação dos benefícios tarifários concedidos em atos normativos e legais.
88. Para fins de transparência do processo de definição das tarifas, conforme determinado no
item 10.1 do Submódulo 7.3 do PRORET, a tabela abaixo apresenta o montante de subsídios tarifários,
abertos por grupos beneficiários, compensados na estrutura tarifária apurados pela diferença entre a TUSD e
TE integral e a TUSD e TE de Aplicação, respectivamente, multiplicada pelo Mercado de Referência.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 22 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
89. Ressalta-se que para o subsídio Baixa Renda (TSEE), a Resolução Normativa 472, de 2012,
estabeleceu nova metodologia de apuração e custeio da Diferença Mensal de Receita – DMR das
concessionárias e permissionárias de distribuição, decorrente da aplicação da Tarifa Social de Energia
Elétrica – TSEE aos consumidores integrantes das Subclasses Residencial Baixa Renda. De acordo com o
disposto nessa Resolução, a CELESC pertence ao Grupo B, correspondente às distribuidoras classificadas
no ranking de tarifas B1-Residencial nas posições da 46ª à 90ª maiores tarifas, que terão, no próximo período
de referência contratual, custeada com recursos da CDE o que exceder 0,5% (meio por cento) da receita
econômica. Dada a estrutura de mercado atual, o valor a ser recebido da CDE é de zero, pois é inferior à
0,5% da receita da empresa.
90. Por fim, as tarifas base financeira são obtidas pela multiplicação das tarifas base econômica
por um fator de ajuste multiplicativo. Nesse caso, a determinação da constante é efetuada pela relação entre
os custos regulatórios acrescidos dos componentes de custo financeiro e o resultado da multiplicação do
valor das tarifas base econômica pelo mercado ajustado.
91. A partir da 3CRTP ocorre a mudança entre os métodos de construção de tarifa no que tange
aos subsídios tarifários. A partir de agora estes passam a ser internalizados na própria estrutura tarifária.
Porém, ocorre o acerto entre o realizado e o previsto no período anterior ao da revisão que resultará em um
componente financeiro.
92. Ainda, o financeiro dos subsídios é obtido pela fiscalização da ANEEL e se trata de um
montante fechado, ou seja, o valor total associado a determinado benefício. Ressalta-se que os financeiros
em termos de construção de tarifas estão sendo alocados em acordo com a natureza dos custos. Assim,
dada a forma como é apurado o financeiro aplicou-se a regra vigente de segregá-los em uma parcela TUSD e
outra TE, criando um novo componente na base financeira – retira-se somente o mercado de uso distribuição
da contribuição por coerência ao critério vigente. Ambos são determinados a partir da segregação do subsídio
(parcelas TUSD e TE) da nova estrutura e alocados como percentual - relação subsídio TUSD sobre custo
recuperado TUSD e relação subsídio TE sobre custo recuperado TE.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 23 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
93. O Submódulo 7.1 do PRORET estabelece que alguns parâmetros da estrutura tarifária são
passíveis de flexibilização em virtude de estudo fundamentado por parte da distribuidora. Neste contexto, a
CELESC apresentou proposta de flexibilização dos parâmetros da tarifa branca, propondo fixação do horário
intermediário de 09h00 às 17h59 e de 21h00 às 23h59, fixação do parâmetro kz da tarifa branca em 0,64, e a
fixação da relação ponta/fora em 2,5.
94. As informações apresentadas pela distribuidora não justificam a aplicação dos valores
propostos. Com efeito, tal proposta exigiria uma modulação excessiva por parte dos consumidores e
resultaria na inviabilização da tarifa branca. Dessa forma, os valores do parâmetro kz foram definidos em 0,57
(subgrupo B1), 0,62 (subgrupo B2) e 0,69 (subgrupo B3), calculados segundo regulamentado no Submódulo
7.3 do PRORET. O posto intermediário será estabelecido em dois períodos de 1 hora, das 17h30 às 18h29, e
das 21h30 às 22h29, ou seja, uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta, conforme
regulamentado no PRORET.
95. Uma vez delineado a forma de definição das Tarifas de Referência e Aplicação da CELESC e
tendo em vista o impacto tarifário apresentado em determinados subgrupos tarifários, conforme Tabela 1, faz-
se necessário tecer alguns comentários a respeito dessa variação tarifária.
96. Há o efeito de redistribuição dos custos de parcela B devido à atualização do Custo Marginal
de Expansão e da campanha de caracterização das cargas e redes da empresa, que imputou participação
relativa maior aos subgrupos A4 e A3a. Outro ponto relevante é que os custos alocados em energia (CCC
notadamente) afetam principalmente os subgrupos com tensão de conexão superiores (A2 e A3) contribuindo
com maior redução para estes.
97. Por sua vez o mercado da CELESC nos subgrupos A2 e A3 é notadamente de consumidores
livres e desta forma o efeito do aumento do custo médio unitário da compra de energia é menor para estes
subgrupos como um todo (lembra-se que a variação é sobre a receita faturada de todas as modalidades)
99. Outro ponto a considerar é a maior elevação na tarifa dos consumidores conectados no nível
de tensão A3a. Isso se deve ao fato da aglutinação dos custos médios desse subgrupo ao A4. Até então, o
subgrupo A3a era calculado separadamente considerando o Custo Marginal Médio Brasil de 2002 e não por
empresa como se faz agora.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 24 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
100. Motivado pelos impactos detalhados no item anterior, provenientes dos aprimoramentos
realizados na estrutura tarifária, poderá ser proposto período de transição que devem ser listados neste item
para acompanhamentos em processos tarifários futuros. Nessa condição, deve-se avaliar os efeitos somados
da alteração da estrutura tarifária com as alterações do nível tarifário.
101. Para a CELESC, diante dos resultados demonstrados para o subgrupo A3a foi limitado o
valor das parcelas de transporte em 0,875 do valor original, a diferença é alocada entre todos os subgrupos.
Para os reajustes subsequentes espera-se efetuar gradativamente a redução deste valor.
102. Em função de impactos relevantes, alterou-se também as relatividades entre as tarifas dos
subgrupos do Grupo B a fim de atender aos princípios de modicidade e estabilidade tarifária, em consonância
com os Submódulo 7.3, item 9 e Submódulo 7.1, item 14.4. O cálculo considera um passo inicial, de forma a
mitigar o impacto que seria percebido se a convergência tarifária fosse completa. O próximo passo poderá ser
dado nos processos tarifários seguintes, observando os critérios de conveniência, oportunidade e modicidade
tarifária, chegando-se, então, ao patamar de realinhamento tarifário da BT apresentado no PRORET 7.3.
Proposta do
Subgrupos Vigente Transição
Submódulo 7.3
104. Diante desses procedimentos o efeito médio final por subgrupo/classe é aquele definido na
Tabela 1 desta Nota Técnica.
105. Nos termos da regulamentação vigente, a Tarifa de Uso para Centrais Geradoras conectadas
em tensão inferior a 88 kV será aquela definida no último reajuste, atualizada pelo Índice Geral de Preços de
Mercado - IGP-M.
106. Já para as centrais geradoras conectadas em nível de tensão de 88 kV a 138 kV, a TUSDg
será nominal e definida na revisão tarifária com base na TUSDg de referência homologada para o tarifário.
Esta é atualizada pelo IGP-M, e aplicada, conforme o caso, a regra de transição e limitador tarifário, nos
termos da REN nº 349/2009.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 25 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
107. Destaca-se ainda que incidirão eventuais componentes financeiros às tarifas definidas
conforme os parágrafos anteriores.
109. Nos termos da REN nº 206, mantém-se o desconto de 100% na TUSD FIO B da TUSD
DISTRIBUIÇÃO a serem aplicadas nas Distribuidoras concessionárias: COOPERALIANÇA, IGUAÇU, JOÃO
CESA e URUSSANGA. Este assunto será discutido com a atualização da respectiva resolução e terá seus
efeitos refletidos na estrutura da empresa.
110. Em relação ao encargo de conexão referenciado no art. 18, §2º inciso II, o mesmo não será
calculado.
111. Para os consumidores conectados no subgrupo A1, além da TUST do ponto de conexão, foi
calculado o seguinte encargo de conexão, conforme definido no Submódulo 6.3 do PRORET:
112. A planilha que detalha o cálculo dos encargos de conexão dos consumidores A1 da CELESC
está disponível no site da Audiência Pública nº 032/2012.
IV - DO FUNDAMENTO LEGAL
V - DA CONCLUSÃO
114. Esta Nota Técnica apresentou o processo de construção da estrutura das tarifas da CELESC,
detalhando o cálculo das Tarifas de Referência e das Tarifas de Aplicação.
115. Os valores apresentados nesta Nota Técnica foram calculados utilizando dados enviados
pela distribuidora e outros dados de entradas definidos neste processo de revisão tarifária.
116. Cabe destacar que, nos termos do Submódulo 7.1 do PRORET, a distribuidora enviou
contribuição no sentido de se flexibilizar alguns parâmetros da tarifa branca. A análise desta contribuição foi
respondida no corpo desta nota técnica.
117. Ressalta-se ainda que diante dos efeitos tarifários observados foi aplicada uma transição na
proposta de alteração das relatividades entre as tarifas dos subgrupos do Grupo B (B1, B2, B3, B4) e no
subgrupo A3a.
VI - DA RECOMENDAÇÃO
118. Recomenda-se a submissão desta Nota Técnica para a Diretoria colegiada da ANEEL para
aprovação da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição – TUSD e da Tarifa de Energia – TE da CELESC
relativas ao Terceiro Ciclo de Revisões Tarifárias Periódicas.
De acordo
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Anexo I da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012
As contribuições estão apresentadas sob a forma de extratos retirados dos textos integrais apresentados
na citada audiência pública com o objetivo de apresentar sucintamente a mensagem principal do autor da
contribuição. Cabe ressaltar que a contribuição em sua forma integral pode ser acessada no endereço
www.aneel.gov.br no link Audiências/Consultas/Fórum. Ao início de cada comentário é identificado seu autor. As
contribuições estão agregadas por temas. Para cada tema, são apresentadas todas as contribuições que o
abordaram. A Resposta da SRE e da SRD será única por tema, e buscará contemplar todos os pontos levantados
pelas contribuições de forma direta ou indireta, explicitando, quando for o caso, sobre sua incorporação ou não na
decisão final. É importante ressaltar que boa parte das contribuições foi respondida, direta ou indiretamente, no
corpo da Nota Técnica.
I – Tarifa Branca
Contribuição da CELESC:
A distribuidora propõe:
As informações apresentadas pela distribuidora não justificam a aplicação dos valores propostos. Com
efeito, tal proposta exigiria uma modulação excessiva por parte dos consumidores e resultaria na inviabilização da
tarifa branca. Dessa forma, os valores do parâmetro kz foram definidos em 0,57 (subgrupo B1), 0,62 (subgrupo
B2) e 0,69 (subgrupo B3), calculados segundo regulamentado no Submódulo 7.3 do PRORET. O posto
intermediário será estabelecido em dois períodos de 1 hora, das 17h30 às 18h29, e das 21h30 às 22h29, ou seja,
uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta, conforme regulamentado no PRORET.
(Fl. 2 do Anexo I da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
A discussão sobre a metodologia de construção de tarifas já foi efetuada na AP120 e resultou no Proret, módulo
7. A partir da revisão da CELESC já será publicada TUSD verde nos termos do Proret.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
119. Apresenta-se sumário dos efeitos aos consumidores das modalidades azul,
verde e convencional para caracterizar melhor o efeito médio discutido no corpo da NT. Assim,
foram analisados os efeitos para o grupo A a partir de um conjunto de 58352 faturas do banco de
dados da CELESC, extraindo informações referentes ao consumo dentro do período de
referência, dos diferentes subgrupos e modalidades e observou-se o efeito da variação das
novas tarifas de aplicação resultantes da revisão. A ideia é apresentar a variação sobre as
faturas em uma base mensal, considerado um grupo de meses já encerrados dentro do período
de referência.
TUSD
A2 TE
TUSD+TE
TUSD
A3 TE
TUSD+TE
AZUL
TUSD
A3a TE
TUSD+TE
TUSD
A4 TE
AMOSTRA
TUSD+TE
TUSD
A3a TE
VERDE
TUSD+TE
TUSD
A4 TE
TUSD+TE
TUSD
CONVENCIONAL
A3a TE
TUSD+TE
TUSD
A4 TE
TUSD+TE
Figura 1 – Estrutura empregada para análise.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
Figura 2 – Efeito TUSD para consumidores cativos e livres, A2; Figura 3 – Histograma para o efeito da variação da TUSD para
(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD azul; azul e losango consumidores livres e cativos, A2; (vermelho e quadrado a frequência
são os usuários da modalidade). cumulativa; azul a distribuição de frequência por faixa).
Figura 4 – Efeito TUSD para consumidores cativos e livres, A3; Figura 5 – Histograma para o efeito da variação da TUSD para
(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD azul; azul e losango consumidores livres e cativos, A3; (vermelho e quadrado a
são os usuários da modalidade). frequência cumulativa; azul a distribuição de frequência por faixa).
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
Figura 10 – Efeito TE para consumidores cativos, A2; (vermelho Figura 11 – Efeito TE para consumidores cativos, A3; (vermelho
e quadrado o efeito médio TE azul; azul e losango são os e quadrado o efeito médio TE azul; azul e losango são os
usuários da modalidade). usuários da modalidade).
Figura 12 – Efeito TE para consumidores cativos, A4; (vermelho e quadrado o efeito médio TUSD azul; azul e losango são os
usuários da modalidade).
do histograma fez com que houvesse o surgimento de duas modas dando esta característica ao
histograma (isto é claro no A4).
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
Figura 23 – Efeito TE para consumidores cativos, A3a; Figura 24 – Efeito TE para consumidores cativos, A4;
(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD verde; azul e (vermelho e quadrado o efeito médio TUSD verde; azul e
losango são os usuários da modalidade). losango são os usuários da modalidade).
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
127. Por fim sobre a modalidade convencional merece-se destacar que ela deve ser
extinta nos próximos anos. Todavia, da Figura 29 à Figura 32 apresenta-se os resultados
obtidos, considerando a variação relativa à parcela TUSD, modalidade convencional, dos
consumidores cativos e o gráfico de distribuição de frequências por faixa de variação. Lembre-se
que o valor médio apresentado nos gráficos é o das amostras – a TUSD é cobrada tanto em
potência quanto em energia, fazendo a variação de fatura susceptível à forma de consumo. Com
relação aos resultados do A3a, os impactos são positivos em função da mudança promovida
pela junção com o subgrupo A4. Na análise foram considerados valores de consumidores
abrangidos pela REN 414/2010, art. 100, conectados em A4 e faturados com a tarifa B e não
com a de A4 (desprezando-se assim os efeitos da parcela de transporte o que justifica o efeito
para esta parcela de amostras), porém como é quantidade menor optou-se por não filtrar dos
resultados. Ainda em 20 amostras há inconsistências nos valores apresentados nas faturas
(também não foram expurgados).
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.