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SUPERINTENDÊNCIA DE

REGULAÇÃO ECONÔMICA

SUPERINTENDÊNCIA DE
REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS
DE DISTRIBUIÇÃO

Nota Técnica nº 247/2012-SRE-SRD/ANEEL


Brasília, 26 de julho de 2012

TERCEIRO CICLO DE REVISÕES


TARIFÁRIAS DAS CONCESSIONÁRIAS DE
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

...................................... ......
ESTRUTURA TARIFÁRIA
CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA
S.A. – CELESC

RESULTADO FINAL

Agência Nacional de Energia Elétrica


Superintendência de Regulação Econômica
SGAN 603 / Módulo “I” – 1º andar
CEP: 70830-030 – Brasília – DF
Tel: + 55 61 2192-8695
Fax: + 55 61 2192-8679
ÍNDICE

I. OBJETIVO.......................................................................................................................................................................... 1
III. ANÁLISE .......................................................................................................................................................................... 3
III.1 RESULTADOS ....................................................................................................................................................... 3
III.2 DADOS DE ENTRADA......................................................................................................................................... 8
III.3 TARIFAS DE REFERÊNCIA - TUSD................................................................................................................... 9
III.4 TARIFAS DE REFERÊNCIA - TE ...................................................................................................................... 20
III.5 MERCADO DE REFERÊNCIA AJUSTADO ..................................................................................................... 20
III.6 TARIFAS DE APLICAÇÃO ................................................................................................................................ 21
III.7. FLEXIBILIZAÇÃO DE PARÂMETROS DA ESTRUTURA TARIFÁRIA ...................................................... 23
III.8. IMPACTOS TARIFÁRIOS RELEVANTES....................................................................................................... 23
III.9. TRANSIÇÃO DA APLICAÇÃO DA ESTRUTURA TARIFÁRIA ................................................................... 24
III.10. CÁLCULO DA TUSD PARA CENTRAIS GERADORAS ............................................................................. 24
III.11. CÁLCULO DA TUSD DISTRIBUIÇÃO PARA OUTRAS DISTRIBUIDORAS ........................................... 25
III.12. CÁLCULO DO ENCARGO DE CONEXÃO DAS UNIDADES CONSUMIDORAS DO SUBGRUPO A1 . 25
IV. FUNDAMENTO LEGAL ................................................................................................................................................... 25
V. CONCLUSÃO .................................................................................................................................................................. 26
VI. RECOMENDAÇÃO ......................................................................................................................................................... 26
Nota Técnica no 247/2012–SRE-SRD/ANEEL

Em 26 de Julho de 2012.

Processos nº 48500.003936/2011-49 e
48500.000918/2012-96.

Assunto: Cálculo da Tarifa de Uso do Sistema de


Distribuição – TUSD e da Tarifa de Energia – TE da
CELESC relativas ao Terceiro Ciclo de Revisões
Tarifárias Periódicas – 3CRTP das concessionárias
de distribuição de energia elétrica.

I - DO OBJETIVO

Apresentar o cálculo das Tarifas de Referência e Aplicação da TUSD e TE, provenientes da


revisão tarifária da CELESC relativas ao Terceiro Ciclo de Revisões Tarifárias Periódicas - 3CRTP.

II - DOS FATOS

O Módulo 7 dos Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET estabelece as


metodologias aplicáveis ao 3CRTP e, portanto, fundamenta os cálculos apresentados na presente Nota
Técnica. Uma revisão conceitual das metodologias aplicáveis, que vai além do escopo do presente
documento, pode ser feita a partir das seguintes referências1:

 Resolução Normativa nº 464, de 22 de novembro de 2011;


 PRORET – Módulo 7:
 Submódulo 7.1 – Procedimentos Gerais;
 Submódulo 7.2 – Tarifas de Referência;
 Submódulo 7.3 – Tarifas de Aplicação; e
 Nota Técnica nº 311/2011-SRE-SRD/ANEEL, de 17 de novembro de 2011 – Proposta Geral.

2. O Contrato de Concessão nº 056/1999, que regula a exploração dos serviços públicos de


distribuição de energia elétrica na área de concessão da CELESC, estabelece o ciclo tarifário da distribuidora
cuja terceira revisão tarifária periódica deve ocorrer em 07 de Agosto de 2012.

3. As metodologias aplicáveis ao 3CRTP são definidas nos Módulos 2 e 7 do PRORET que


tratam, respectivamente, do cálculo da revisão tarifária e da estrutura tarifária. Ambos os módulos foram

1
Disponível no endereço eletrônico da ANEEL na internet: http://www.aneel.gov.br/cedoc/bren2011464.pdf
(Fls. 2 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

aprovados em novembro de 2011 por meio das Resoluções Normativas – REN nº 457/2011 e nº 464/2011,
respectivamente.

4. Complementarmente, os Módulos 2, 6 e 7 dos Procedimentos de Distribuição de Energia


Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST regulamentam outras matérias afetas ao cálculo da
estrutura tarifária.

5. O Submódulo 10.1 do PRORET define a ordem, as condições de realização, os requisitos de


informações e as obrigações periódicas concernentes ao processo de revisão tarifária das distribuidoras e
permissionárias de energia elétrica.

6. Complementarmente, o Módulo 6 do PRODIST define e detalha o fluxo de parte das


informações necessárias para o cálculo da estrutura tarifária.

7. A proposta preliminar de cálculo da estrutura tarifária, consolidada na Nota Técnica nº


124/2012-SRE-SRD/ANEEL, foi apresentada à sociedade no âmbito da Audiência Pública nº 032/2012.

8. A Nota Técnica detalha o cálculo e a relação das informações utilizadas no cálculo preliminar
e foi disponibilizada no âmbito da AP para recebimento de contribuições no período de 17/05/2012 à
18/06/2012.

9. No processo de Audiência Pública foram recebidas 02 contribuições relativas à estrutura


tarifária: da distribuidora e da Tuper S.A..

10. Complementarmente, após o cálculo preliminar, foram encaminhados à distribuidora os


Ofícios nº 0203/2012-SRD/ANEEL, de 23 de maio de 2012 e 0205/SRD-ANEEL de 25 de maio de 2012,
solicitando adequações nos dados.

11. A CELESC respondeu aos ofícios por meio de cartas protocoladas na ANEEL sob os
números 48513.018101/2012-00 (em 28/05/2012) e 48513.020293/2012-00 (em 18/06/2012). Os dados da
campanha de medição foram analisados e algumas inconformidades não foram corrigidas, dentre os quais se
destacam: ausência de padronização nos dados, inconsistências nos dados de medições, erros superiores
aos máximos regulamentados, dentre outros.

12. Diante dos problemas encontrados, após a realização de contatos entre a área técnica da
ANEEL e a distribuidora, optou-se pela utilização da campanha, porém, as inconformidades encontradas
serão enviadas à fiscalização, por meio de Nota Técnica, que abrangerá todos os problemas encontrados.

13. Os dados de mercado foram obtidos por meio do Sistema de Acompanhamento de


Informações de Mercado para Regulação Econômica – SAMP sendo o controle de atualização dos dados
feito no próprio aplicativo. Complementarmente, no 3CRTP, está sendo solicitado das distribuidoras o sistema
de faturamento aberto por Unidade Consumidora.

14. Os demais dados, como os custos regulatórios considerados na construção das tarifas são
obtidos no processo de definição do nível tarifário cujo processo e resultados estão detalhados na Nota
Técnica nº 246/2012-SRE/ANEEL de 25 de julho de 2012.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 3 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

15. Após a descrição dos fatos passa-se à análise. A seção seguinte inicia-se com a
apresentação do impacto tarifário a ser percebido pelos consumidores. Posteriormente, demonstram-se os
dados de entrada para a construção das tarifas bem como o cálculo das tarifas de Referência e de Aplicação,
além do mercado de referência ajustado. Por fim, são apresentados os parâmetros flexibilizados para o
cálculo da estrutura tarifária, impactos tarifários relevantes e possível transição para aplicação das novas
tarifas.

16. O anexo da Nota Técnica apresenta o relatório de análise das contribuições recebidas no
âmbito da AP nº 032/2012.

III - DA ANÁLISE

III.1 - RESULTADOS

17. A revisão tarifária da CELESC resultará no efeito médio2 a ser percebido por subgrupo
tarifário, conforme tabela 1, considerando todos os custos associados à TE e à TUSD e todo o mercado da
distribuidora: consumidores, geradores e outras distribuidoras ou permissionárias.

Tabela 1 – Efeito médio por Subgrupo Tarifário.


Efeito Médio
Subgrupo
(%)
EFEITO MÉDIO PARA o Grupo A ( 2,3 kV) 2,57%
A1 (igual ou superior a 230 kV)3 -12,57%
A2 (88 kV a 138 kV) -8,04%
A3 (69 kV) -9,86%
A3a (30 kV a 44 kV) 6,86%
A4 (2,4 a 25 kV) 5,03%
EFEITO MÉDIO PARA o Grupo B (≤ 2,3 kV) -2,73%
B1 (Baixa Tensão – Residencial e Baixa Renda) -4,81%
B2 (Baixa Tensão - Rural) 0,26%
B3 (Baixa Tensão – Demais Classes) 0,26%
B4 (Baixa Tensão – Iluminação Pública) 0,26%

18. O efeito apresentado representa a média para cada agrupamento e para o Grupo A, portanto,
há consumidores com efeitos maiores e menores do que o exposto. Para o Grupo B não ocorre tal, pois não
existem segmentações horárias e todo o custo é alocado em energia, de tal modo que a variância é zero – o
surgimento do mercado horário, tarifa branca, alterará tal cenário.

2
Quando se fala em efeito deve-se entender que ele é obtido com base no mercado de referência empregado na revisão
ou reajuste.
3
Para este considerou-se o encargo de conexão de distribuição para os consumidores, tanto de transmissão quanto de
distribuição.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 4 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

19. O efeito da tabela acima pode ser decomposto conforme a desagregação da informação.
Assim o efeito do grupo A é decomposto nos seus diferentes subgrupos; por sua vez em cada subgrupo
efetua-se nova abertura em acordo com as modalidades. Repete-se o processo para o grupo B, também. O
resultado está apresentado a seguir.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 5 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
A1 AZUL
-12,57% -12,68%

COOPERATIVA
5,82%

A2 AZUL
-8,04% -8,89%

GERADOR
-0,34%

COOPERATIVA
5,82%

AZUL
-13,90%
A3
-9,86% GERADOR
8,09%

DISTRIBUIDOR
12,07%

COOPERATIVA
5,82%

A AZUL
2,57% 8,40%

A3a GERADOR
6,86% 8,09%

CONVENCIONAL
9,13%

VERDE
10,99%

COOPERATIVA
5,82%

AZUL
2,45%

GERADOR
A4 8,09%
5,03%
DISTRIBUIDOR
11,31%

CONVENCIONAL
0,65%

VERDE
6,49%

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 6 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
B1 CONVENCIONAL
-4,81% -4,81%

B2 CONVENCIONAL
B 0,26% 0,26%
-2,73%
B3 CONVENCIONAL
0,26% 0,26%

B4 CONVENCIONAL
0,26% 0,26%

20. Por sua vez, para distinguir os efeitos cativo e livre e TUSD e TE, apresenta-se em uma
forma estruturada por modalidade o efeito médio nas tabelas a seguir.
MODALIDADE TARIFÁRIA AZUL

A1 LIVRE
-12,68% -12,68%

TUSD
-14,74%
CATIVO
3,46%
A2 TE
-8,89% 11,93%
LIVRE
-14,63%

TUSD
-14,57%
CATIVO
3,80%
A3 TE
-13,90% 12,56%
LIVRE
-17,91%

TUSD
-1,85%
CATIVO
-1,85%
A3a TE
8,40%
LIVRE
8,35%

TUSD
-5,48%
CATIVO
4,35%
A4 TE
2,45% 12,30%
LIVRE
-1,15%

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 7 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

MODALIDADE TARIFÁRIA VERDE

TUSD
7,50%
A3a CATIVO
10,99% 10,99%
TE
13,38%

TUSD
-2,61%
A4 CATIVO
6,49% 6,49%
TE
12,81%

MODALIDADE TARIFÁRIA CONVENCIONAL

TUSD
5,50%
A3a CATIVO
9,13% 9,13%
TE
11,81%

TUSD
-8,76%
A4 CATIVO
0,65% 0,65%
TE
11,81%

MODALIDADE TARIFÁRIA DISTRIBUIDORA

TUSD
-3,13%
A3 CATIVO
12,07% 12,07%
TE
15,66%

TUSD
-8,18%
A4 CATIVO
11,31% 11,31%
TE
15,66%

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 8 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).
MODALIDADE TARIFÁRIA GERADORA

A2 GER
-0,34% -0,34%

A3 GER
8,09% 8,09%

A3a GER
8,09% 8,09%

A4 GER
8,09% 8,09%

21. A discrepância de efeitos para as diferentes modalidades é função das alterações de nível e
dos critérios alocativos. Logo, cada um dos elementos de custo possui um impacto distinto na formação do
custo unitário médio do consumidor. Por exemplo, para o grupo B há grande sensibilidade ao custo de
parcela B conquanto para os de alta tensão, dada ao maior fator de carga médio do mercado, CCC.

22. Os resultados apresentados nas tabelas anteriores, bem como as variações por componente
tarifário – TUSD Transporte, TUSD Perdas, TUSD Encargos, TE Energia Comprada, TE Transporte, TE
Perdas, TE Encargos – e outros detalhes podem ser obtidos nas Planilhas Microsoft Excel de Cálculo das
Tarifas de Referências – TR, e de Cálculo e Abertura das Tarifas – PCAT, disponibilizadas juntamente com a
presente nota técnica.

III.2 - DADOS DE ENTRADA

23. Para obtenção dos resultados apresentados anteriormente foram utilizados os seguintes
dados de entrada:

Tipo Detalhe Origem Processo utilizado


Faturado (Demanda e Tarifas de Referência e
SAMP
Energia) Tarifas de Aplicação
Mercado
Cálculo de Tarifas de
Medido (Energia)
Perdas/Distribuidora Referência/Custo Médio
Quantidade Distribuidora Custo Médio
Ativo Físico
Custo Distribuidora/ANEEL Custo Médio
Tarifas de
Curvas de Carga Campanha de Medidas Distribuidora
Referência/Custo Médio
Diagrama de fluxo Tarifas de
Fluxo de potência Distribuidora
simplificado Referência/Custo Médio
Taxa Média de Perda
Fator de perdas de potência Cálculo de perdas Tarifas de Referência
para potência média
Revisão Tarifária –
Discriminada por Tarifas de Referência e
Custos Regulatórios Definição do nível
componente de custo de Aplicação
tarifário
Quadro 1 – Resumo dos dados utilizados no processo

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 9 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

24. Com base nessas informações inicia-se o processo de construção das Tarifas de Referência
e de Aplicação.

III.3 - TARIFAS DE REFERÊNCIA - TUSD

i. Cálculo dos Custos Médios

25. Para os Custos Marginais de Expansão por agrupamento (faixa de tensão), foram utilizados
os Custos Médios, obtidos por módulos de equipamentos/obras, considerando a razão entre o custo total,
obtido pelo produto dos custos unitários e o quantitativo de cada módulo, e o carregamento médio dos
módulos, com base no sistema de distribuição existente.

26. O detalhamento do cálculo dos custos médios está descrito na Nota Técnica nº 311/2011-
SRE/SRD-ANEEL e reproduzido na planilha disponibilizada.

27. Os grupos de módulos de equipamentos/obras, considerados para cada agrupamento são:

 Agrupamentos AT-2 e AT-3:


 Extensão de linha AT;
 Células de linha AT;
 Conexão de trafo AT; e
 Capacidade instalada AT/AT;

 Agrupamento MT:
 Extensão de rede MT;
 Células de linha MT;
 Conexão de trafo MT; e
 Capacidade instalada AT/MT;

 Agrupamento BT:
 Extensão de rede BT;
 Posto de transformação MT/BT; e
 Capacidade instalada MT/BT.

28. As Tabelas 2 e 3 listam os dados dos ativos físicos dos módulos de equipamentos/obras e
seus respectivos custos unitários médios.

Tabela 2 – Ativos
Subgrupo/Grupo Capacidade
ou Relação de Redes/Linhas Transformadores instalada Bays de linha
Transformação km quantidade MVA quantidade
AT-2 1.775,60 194,00
AT-3 1.190,70 154,00
MT 76.483,52 732,00

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 10 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

Subgrupo/Grupo Capacidade
ou Relação de Redes/Linhas Transformadores instalada Bays de linha
Transformação km quantidade MVA quantidade
BT 43.590,41
MT/BT 153.556,00 4.797,60
AT-2/MT 108,00 2.958,98
AT-3/MT 105,00 1.698,57

Tabela 3 – Custos unitários


Bays
Capacidade Bays de
Subgrupo/Grupo Redes/Linhas Transformadores
instalada de linha Conexão
ou Relação de
de trafo
Transformação
R$/km R$/posto R$/kVA R$/bay R$/bay
Urbano Rural Urbano Rural Urbano Rural
AT-2 744.088,75 762.880,88 484.653,19
AT-3 657.701,60 644.335,55 418.778,12
MT 29.752,77 15.679,60 110.470,63 157.768,60
BT 24.585,62 19.375,23
MT/BT 1.727,62 1.226,88 73,26 106,07
AT-2/MT 179,70
AT-3/MT 251,29

29. As demandas consideradas para os módulos dos agrupamentos AT foram obtidas do


diagrama unifilar simplificado de fluxo de potência, mesmo dado utilizado no cálculo da proporção de fluxo.
Para os agrupamentos MT, a demanda considerada tem duas origens. Para os módulos - células de linha MT,
conexão de trafo MT, capacidade instalada AT/MT – a demanda também será aquela obtida no fluxo de
potência.

Tabela 4 – Fluxo de Demanda AT e AT/MT


Subgrupo/Grupo
ou Relação de Demanda
Transformação (MW)
Inj. AT-2 3.018,49
Inj. AT-3 659,22
Inj. MT 56,59
AT-2/AT-3 2.357,55
AT-2/MT 337,10
AT-3/AT-2 0
AT-3/MT 2.720,05
MT/AT-2 0
MT/AT-3 0

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 11 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

30. Para os módulos extensão de rede MT e todos os módulos do agrupamento BT, as


demandas foram obtidas pela energia que transita em cada nível/transformação, definida no cálculo das
perdas técnicas, e parâmetros das curvas de carga da campanha de medidas.

31. Para o MT e BT a energia que transita nos níveis e transformações deve ser rateada em
urbana e rural por meio de dados de energia faturada no período de referência. Deve-se considerar ainda a
sazonalidade da energia ao longo do ano, obtidos pela relação da energia do mês de maior consumo pelo
consumo médio. Para a obtenção da demanda, apura-se o fator de carga médio para cada agrupamento, com
base nas tipologias de carga, redes e injeções obtidas pela campanha de medidas.

Tabela 5 – Energia anual total, fator de sazonalidade


Energia total
que transita Fator de Fator de carga
Subgrupo/Grupo MWh.ano sazonalidade médio
MT
Rural 2.973.989,06
Urbano 15.009.355,54 1,0414 0,9292
BT
Rural 1.161.444,89 0,4275
Urbano 7.181.794,97 1,0570 0,4335

32. Os resultados dos custos médios por agrupamentos estão indicados na Tabela 6.

Tabela 6 – Custos Médios


Custo Médio
Agrupamento R$/kW
AT-2 82,47
AT-3 87,87
MT 181,96
BT 115,72

ii. Cálculo da Proporção de Fluxo

33. A proporção de fluxo é obtida do diagrama unifilar simplificado do fluxo de potência do


sistema elétrico da distribuidora. Este foi construído com base nas medições das fronteiras da rede da
distribuidora no momento de carga máxima do sistema (injeções), fornecida pela distribuidora e nas tipologias
de carga e rede. A Nota Técnica nº 311/2011-SRE/SRD/ANEEL detalha a construção do diagrama unifilar
simplificado de fluxo de potência.

34. A Tabela 7 apresenta os valores de proporção de fluxo total (proporção de fluxo direta mais
proporção de fluxo indireta) entre os subgrupos tarifários calculados para a CELESC.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 12 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

Tabela 7 – Proporção de Fluxo Total4


Agrupamento AT-2 AT-3 MT BT
AT-2 1,0000
AT-3 0,7815 1,0000
MT 0,7909 0,8736 1,0000
BT 0,7909 0,8736 1,0000 1,0000

iii. Tipologias de cargas e redes

35. As tipologias representam o comportamento dos consumidores e o carregamento das redes


da distribuidora em análise.

36. A CELESC obteve um conjunto de curvas de carga de consumidores e de transformações de


tensão por meio da campanha de medidas. Posteriormente, realizou-se a agregação das curvas
características para obtenção da tipologia da carga, da rede e das injeções. Essas tipologias foram obtidas
por meio de técnicas estatísticas de agrupamento. O relatório fornecido pela distribuidora detalha a definição
das tipologias.

37. Como parte do processo, as tipologias encaminhadas pela concessionária foram ajustadas
ao mercado de referência dos respectivos agrupamentos5.

38. Os agregados das tipologias de carga por agrupamento já ajustados ao mercado estão
apresentados nos Gráficos 1 a 5, que correspondem aos dados da Tabela 8.

Tabela 8 – Consumidores Tipo – Agregados (MW)


Hora Posto AT-2 AT-3 MT BT TOTAL
00:30 01:29 1 251,94 229,32 911,26 667,42 2.059,94
01:30 02:29 2 259,48 242,14 905,63 622,40 2.029,65
02:30 03:29 3 265,72 237,78 918,53 591,23 2.013,26
03:30 04:29 4 269,35 229,58 965,66 596,03 2.060,62
04:30 05:29 5 279,65 244,45 1.040,99 635,39 2.200,48
05:30 06:29 6 280,80 244,75 1.210,15 705,37 2.441,07
06:30 07:29 7 285,08 242,99 1.437,84 805,43 2.771,35
07:30 08:29 8 284,26 245,63 1.559,93 933,36 3.023,18
08:30 09:29 9 281,68 248,44 1.595,05 1.037,17 3.162,34
09:30 10:29 10 271,34 245,39 1.563,10 1.102,13 3.181,96
10:30 11:29 11 274,67 249,15 1.420,67 1.192,93 3.137,43
11:30 12:29 12 276,42 252,37 1.405,29 1.120,40 3.054,48
12:30 13:29 13 280,74 253,51 1.545,91 1.011,92 3.092,08
13:30 14:29 14 285,23 250,97 1.596,26 1.080,39 3.212,85
4
Os relatórios do aplicativo CTR utilizados no cálculo da Estrutura Vertical adota como terminologia do agrupamento MT (que
agrega os subgrupos A4 e A3a) como A4, e do agrupamento BT (que agrega o Grupo B e o subgrupo AS) como B, devido a
limitações no aplicativo.
5 Corresponde ao mercado do período de referência. O período de referência, por definição do PRORET, corresponde ao período

de 12 meses imediatamente anteriores ao mês da revisão tarifária periódica.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 13 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

Hora Posto AT-2 AT-3 MT BT TOTAL


14:30 15:29 15 288,85 248,02 1.565,15 1.104,61 3.206,63
15:30 16:29 16 292,88 248,94 1.408,92 1.117,37 3.068,11
16:30 17:29 17 281,35 239,39 1.149,76 1.177,55 2.848,04
17:30 18:29 18 252,60 225,73 858,55 1.263,95 2.600,83
18:30 19:29 19 234,39 219,23 632,78 1.353,39 2.439,79
19:30 20:29 20 237,83 224,66 572,06 1.394,46 2.429,01
20:30 21:29 21 245,25 223,71 664,23 1.345,72 2.478,90
21:30 22:29 22 266,75 239,31 849,55 1.220,53 2.576,14
22:30 23:29 23 261,33 241,03 957,87 985,40 2.445,62
23:30 00:29 24 253,61 239,99 937,02 751,77 2.182,39

350 260

300 250
250
240
200
MW

MW

230
150
220
100

50 210

0 200
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Posto Tarifário Posto Tarifário

Gráfico 1 – Consumidor-tipo AT-2 - Agregado Gráfico 2 – Consumidor-tipo AT-3 - Agregado

1800 1600
1600 1400
1400 1200
1200
1000
1000
MW

MW

800
800
600
600
400 400

200 200
0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Posto Tarifário Posto Tarifário

Gráfico 3 – Consumidor-tipo MT – Agregado Gráfico 4 – Consumidor-tipo BT – Agregado

3500

3000

2500
B
2000 MT
MW

1500 A3
A2
1000

500

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Posto Tarifário

Gráfico 5 – Agregado Consumidores-tipo

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 14 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

Definição dos postos tarifários ponta, fora ponta e intermediário

39. Os custos marginais de capacidade foram calculados para os postos tarifários ponta e fora
ponta, definidos na REN nº 414/10:

 Horário de ponta: período composto por 3 (três) horas diárias consecutivas definidas pela
distribuidora, considerando a curva de carga de seu sistema elétrico, aprovado pela ANEEL para toda
a área de concessão, com exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira de carnaval, sexta-feira
da Paixão, Corpus Christi e mais oito feriados nacionais; e

 Horário fora de ponta: período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e
complementares àquelas definidas no horário de ponta.

40. A CELESC informou que o horário de ponta praticado atualmente é o das 18h30 às 21h29
para o período fora do horário de verão e das 19h30 às 22h29 para o período do horário de verão e solicitou
que fosse mantido, motivado pelo carregamento de seu sistema elétrico. Considerando que no horário de
verão a distribuidora informou que desloca o horário de faturamento de seus consumidores, é adequado que
seja deslocada a duração do horário de ponta, conforme tabela a seguir.

Tabela 9 – Postos tarifários


Durante horário Fora do horário
Posto Ponta
de verão de verão
Início 19h30 18h30
Fim 22h29 21h29

41. Quanto à modalidade tarifária horária Branca do Grupo B, a distribuidora propôs a aplicação
do posto intermediário das 09h00 às 17h59 e das 21h00 às 23h59. Propôs ainda, uma relação ponta/fora de
ponta de 2,5, uma relação posto intermediário/posto fora ponta de 1,5 e a aplicação do valor do parâmetro kz
de 0,64.

42. No entanto, considerando que essa proposta, combinada com os outros parâmetros que
definem a tarifa branca, poderia inviabilizar a migração de consumidores para essa modalidade tarifária, o
posto intermediário será estabelecido em dois períodos de 1 hora, das 17h30 às 18h29, e das 21h30 às
22h29, conforme regulamentado no PRORET6.

iv. Fatores de Perdas de Potência

43. O Fator de Perdas de Potência – fpp é utilizado no cálculo da estrutura vertical da Parcela B
e da Tarifa de Referência dos custos de uso dos sistemas de transmissão e de outras distribuidoras.

44. Utilizou-se a perda de potência para a demanda média, calculada no processo definição dos
índices de perdas técnicas, Módulo 7 do PRODIST, como estimativa da taxa média de potência. No caso do
sistema de alta de tensão (SDAT), como não se calcula perdas de potência para a demanda média durante o

6
Detalhes no item III.7 Flexibilização de Parâmetros da Estrutura Tarifária.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 15 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

processo de cálculo dos índices de perdas, utiliza-se dos respectivos índices de perdas de energia (perda
média de potência) e do CP (índice que correlaciona perda média de potência e perda de potência para a
demanda média) para o cálculo da perda de potência para a demanda média dos subgrupos pertencentes à
alta tensão – AT.

45. A Tabela 10 lista os valores dos fatores de perdas de potência calculados.

Tabela 10 – Fatores de Perdas de Potência para demanda média


Agrupamento AT-2 AT-3 MT BT
AT-2 0,0094
AT-3 0,0184 0,0082
MT 0,0332 0,0287 0,0190
BT 0,0501 0,0455 0,0357 0,0028

v. Estrutura Vertical

46. A Estrutura Vertical – EV é a proporção relativa entre os agrupamentos tarifários, definidos


por níveis de tensão (grupos e subgrupos tarifários) utilizada na construção da componente tarifária TUSD-
FIO B, referente aos custos de Parcela B da receita requerida de distribuição.

47. A EV foi obtida com base na repartição da receita teórica entre os agrupamentos tarifários
(subgrupos/grupos) definidos de acordo com os níveis de tensão, proporcionais aos custos marginais de
capacidade e ao mercado teórico de demanda. Posteriormente, esses valores foram corrigidos considerando
que uma parcela dos custos foi rateada de forma proporcional ao número de unidades consumidoras de cada
agrupamento tarifário.

48. No cálculo da Estrutura Vertical das distribuidoras no terceiro ciclo de revisões tarifárias, a
ANEEL utilizará o aplicativo CTR, versão 2, em substituição ao aplicativo TARDIST utilizado até o segundo
ciclo de revisões tarifárias.

49. O CMC foi calculado por meio da ponderação do valor do custo marginal de expansão de
cada subgrupo/grupo tarifário (obtido por meio dos custos médios) pela forma como o fluxo de potência se
distribui pelas redes (obtida por meio dos fatores de proporção de fluxo) e pela forma como os consumidores
do sistema de distribuição utilizam as redes da distribuidora (obtida através dos fatores de responsabilidade
de potência).

50. A Responsabilidade de Potência - RP introduz a sinalização horária no cálculo do custo


marginal de capacidade do consumidor-tipo. Indica a participação, por posto tarifário, de determinado
consumidor-tipo na formação das demandas de ponta das redes que atendem o nível de tensão de conexão
do consumidor-tipo, bem como os níveis de tensão a montante.

51. A Responsabilidade de Potência foi obtida por meio das tipologias de cargas, redes e
injeções, do fator de perdas de potência e do fator de coincidência dos consumidores-tipo nas pontas das
redes-tipo.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 16 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

52. A Estrutura Vertical resultante dos custos marginais de capacidade deve ser corrigida para
ajustar os custos relacionados aos processos comerciais. Assim, uma parcela dos custos foi rateada de forma
proporcional ao número de unidades consumidoras. Adicionalmente é feito um ajuste para o mercado
faturado, e a EV resulta nos valores da tabela a seguir.

Tabela 11 – Estrutura Vertical


Agrupamento EV%
AT-2 1,52%
AT-3 1,91%
MT 37,75%
BT 58,82%

vi. Tarifas de Referência

53. As Tarifas de Referência – TR refletem a relatividade para os diversos subgrupos e


modalidades tarifárias e são base de cálculo das Tarifas de Aplicação, para cada um dos componentes de
custo.

54. Cada componente da TUSD possui custos específicos, que são calculados como um selo,
em R$/kW ou em R$/MWh, rateados de forma proporcional aos custos marginais de capacidade ou pela
responsabilidade de custos de determinado subgrupo tarifário.

55. As Tarifas de Referência consideradas no cálculo da TUSD estão detalhadas no Quadro 2.

Agrupamento Definição Critério de rateio


Custo com o uso e a conexão às instalações da
TUSD Fio A Responsabilidade de
Rede Básica, Rede Básica de Fronteira, e rede de
Custo (R$/kW)
distribuição de outras concessionárias.
TUSD Fio B Remuneração dos ativos, quota de reintegração Custo Marginal
decorrente da depreciação, custos operacionais. (R$/kW)
TUSD – Perdas Não Correspondente ao custo das perdas não técnicas, % da receita de
Técnicas em MWh, valorada pelo preço médio de compra. TUSD (R$/MWh)
TUSD – Perdas Custo das perdas técnicas da distribuição, em Perdas do Subgrupo
Técnicas MWh, valorada pelo preço médio de compra. Tarifário (R$/MWh)
TUSD – Perdas RB / Custo das perdas elétricas na Rede Básica devido Perdas do Subgrupo
Distribuição às perdas no sistema de distribuição Tarifário (R$/MWh)
Custos dos Encargos Setoriais (RGR, P&D,
TUSD – Encargos Selo (R$/MWh)
TFSEE, ONS, CCC, CDE e PROINFA).
Quadro 2 – Composição das TR da TUSD

56. Obedecendo a sequência de cálculo, as Tarifas de Referência são inicialmente calculadas


segundo os critérios definidos na tabela anterior. Numa segunda etapa, estas tarifas são ajustadas segundo
as modalidades tarifárias de cada subgrupo/grupo tarifário, uma vez que cada modalidade tarifária possui
características específicas de tarifação de acordo com os postos tarifários e a forma de faturamento em
demanda ou energia.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 17 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

a) Tarifas de Referência – TUSD Fio A

57. As Tarifas de Referência TUSD FIO A determinam as relatividades entre as tarifas dos
agrupamentos tarifários para recuperação dos custos incorridos pela distribuidora com o uso de ativos de
propriedade de terceiros: rede básica, rede básica de fronteira, rede de outra distribuidora e conexão às
instalações de transmissão e distribuição.

58. A metodologia aplicada busca definir um critério de alocação que leve em consideração a
responsabilidade dos usuários na formação dos custos da TUSD FIO A, como definido no Submódulo 7.1 do
PRORET, complementado pela Nota Técnica nº 311/2011-SRE/SRD/ANEEL.

59. Os dados de curvas agregadas de carga e rede, fatores de perda de potência, e proporções
de fluxo para o cálculo das Tarifas de Referência TUSD FIO A, são os mesmos utilizados no cálculo das
Tarifas de Referência TUSD FIO B. Na Tabela 12 são apresentados os valores dos fatores de coincidência
utilizados para determinação das Tarifas de Referência TUSD FIO A.

Tabela 12 – Fatores de Coincidência


Fcoin PONTA Fcoin FORA PONTA
Agrupamento
AT-2 AT-3 MT BT AT-2 AT-3 MT BT
AT-2 0,9698 0,9265
AT-3 1,0000 0,9957 0,9680 0,9784
MT 0,8612 1,0000 1,0000 0,9792 0,9805 0,8900
BT 1,0000 0,9650 0,9650 0,9706 0,8720 0,8739 0,9438 0,8548

60. As Tarifas de Referência TUSD FIO A da CELESC, com seus respectivos componentes de
custo, são mostradas na tabela a seguir.

Tabela 13 – Tarifas de Referência TUSD FIO A (R$/kW)


PONTA FORA PONTA
Agrupamento RB FR CUSD CCT TOTAL RB FR CUSD CCT TOTAL
AT-2 5,60 1,15 0,00 0,54 7,29 1,78 0,36 0,00 0,42 2,57
AT-3 5,46 1,14 0,00 0,49 7,09 1,77 0,37 0,00 0,39 2,52
MT 4,84 1,02 0,19 0,44 6,48 1,79 0,37 0,03 0,40 2,60
BT 5,56 1,16 0,18 0,51 7,41 1,62 0,34 0,04 0,36 2,36

b) Tarifas de Referência – TUSD Fio B

61. Com base em todos os insumos apresentados, pode-se finalmente calcular as Tarifas de
Referência TUSD FIO B, que são obtidas por agrupamento e posto tarifário de acordo com as equações
definidas no Submódulo 7.1 do PRORET.

62. O mercado de referência de demanda para o Grupo A é o mercado faturado, sendo este
ajustado, com base no perfil típico do agrupamento tarifário, quando não existir a segregação ponta e fora de

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 18 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

ponta. O mercado de referência de demanda para o Grupo B baseia-se nas tipologias ajustadas ao mercado
faturado. O mercado do subgrupo AS é considerado como pertencente ao agrupamento BT.

Transição REN. 399/2010

63. A relação ponta/fora de ponta das Tarifas de Referência TUSD FIO B de cada agrupamento
tarifário é determinada de forma que seja alcançada, ao final do período de transição de cálculo da TUST,
estabelecido na REN nº 399/2010, a meta de relação ponta / fora de ponta da Tarifa de Referência TUSD
TRANSPORTE (FIO A + FIO B) apresentada na tabela 2 do Submódulo 7.2 do PRORET.

64. Outra condição que deve ser obedecida é de que a relação ponta/fora ponta não poderia
aumentar acima dos atuais valores durante o período de transição da TUST, evitando um indesejado efeito
oscilatório.

65. A Tabela 14 apresenta a evolução esperada da relação ponta/fora de ponta das Tarifas de
Referência TUSD TRANSPORTE ao longo da transição da TUST.

Tabela 14: Trajetória estimada da relação ponta fora de ponta (RPFP)


da Tarifa de Referência TUSD TRANSPORTE
2º ano
Atual transição Final da
(último TUSTfp Transição
Agrupamento reajuste) RTP (2/3) TUST fp(3/3) Meta
AT-2 4,08 3,80 3,80 2,35 4,35
AT-3 3,69 3,69 3,69 2,49 3,65
MT 3,15 3,15 3,15 2,61 3,00

66. A tabela 15 apresenta a TR TUSD FIO B.

Tabela 15 – TR TUSD FIO B da CELESC


TR TUSD FIO B (R$/kW)
Fora
Agrupamento Ponta Ponta
AT-2 3,98 0,40
AT-3 6,45 1,14
MT 18,86 5,44
BT 26,70 3,12

c) Tarifas de Referência – Perdas Técnicas

67. Os valores das Tarifas de Referência – Perdas Técnicas foram obtidos através do fator de
perdas de energia. O fator de perdas de energia – fpe - aloca as perdas técnicas entre os agrupamentos
tarifários de acordo com a contribuição de cada agrupamento nessas perdas. Os montantes de perdas
técnicas de energia por nível e por transformação entre níveis, calculados conforme o Módulo 7 do PRODIST,

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 19 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

foram utilizados como insumos para o cálculo do fpe. Essas Tarifas de Referência foram definidas em
R$/MWh.

d) Tarifas de Referência – Encargos

68. A Tarifa de Referência para a TUSD Encargos é definida como valor unitário 1, conforme
definido no PRORET 7.2.

e) Tarifas de Referência – Modalidades

69. As Tarifas de Referência TUSD TRANSPORTE, obtidas em R$/kW, foram utilizadas para o
cálculo da modalidade tarifária horária azul dos subgrupos do Grupo A. Para as demais modalidades dos
subgrupos do Grupo A e para o Grupo B devem ser realizados ajustes.

70. Para a modalidade horária verde, a Tarifa de Referência TUSD TRANSPORTE do posto
ponta é convertida para R$/MWh pelo Fator de Carga (FC) de cruzamento das retas tarifárias verde e azul.

71. O valor do fator de carga de cruzamento das retas tarifárias foi definido em 0,66, valor padrão
regulamentado no PRORET.

72. Para a modalidade convencional binômia do Grupo A, as Tarifas de Referência TUSD


TRANSPORTE ponta e fora de ponta foram convertidas para uma única Tarifa de Referência TUSD
TRANSPORTE em R$/kW com base no perfil típico de consumo da modalidade.

73. No caso da modalidade convencional monômia do Grupo B, as Tarifas de Referência TUSD


TRANSPORTE ponta e fora de ponta foram convertidas para uma Tarifa de Referência em RS/MWh por meio
do mercado de teórico de demanda, obtido das tipologias, e do mercado de referência de energia.

74. As Tarifas de Referência por subgrupo e modalidade tarifária estão detalhadas na planilha de
cálculo.

75. A correlação entre os agrupamentos, adotados na construção das Tarifas de Referência e os


subgrupos/modalidades que possuem Tarifas de Aplicação calculadas estão descritas no quadro a seguir.

Subgrupo/Grupo Agrupamento
A2 AT-2
A3 AT-3
A3a MT
A4 MT
AS BT
B BT

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 20 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

Modalidade Modalidade
(Tarifa de Referência) (Tarifa de Aplicação)
TLU tarifa de longa utilização na ponta Tarifa horária Azul
TCU tarifa de curta utilização na ponta Tarifa horária Verde
TCV tarifa convencional Tarifa convencional Binômia ou Monômia
TB Tarifa horária Branca
Quadro 3 – Correlação Agrupamentos e Subgrupos/Modalidades

III.4 TARIFAS DE REFERÊNCIA - TE

76. A Tarifa de Referência para a TE Energia Comprada é definida conforme tabela abaixo.

Tabela 16 –Tarifas de Referência TE - energia elétrica comprada para revenda.


TR - TE
Posto/Modalidade
R$/MWh
TR_ENP Energia posto ponta 1,72
TR_ENFP Energia posto fora ponta 1,00
TR_ENC Energia convencional 1,06

77. Para as funções de custo relativas à TE Transporte, TE Perdas e TE Encargos a Tarifa de


Referência é definida como valor unitário 1, conforme definido no PRORET 7.2.

78. Por fim, ressalta-se que todas as Tarifas de Referência constam na guia
“TR_CONSOLIDADA” da planilha PCAT.

III.5 MERCADO DE REFERÊNCIA AJUSTADO

79. Antes de se detalhar o cálculo da Tarifa de Aplicação, faz-se necessário tecer comentários
quanto ao mercado de referência.

80. Como definido no PRORET - Submódulo 7.3, para obtenção das Tarifas de Aplicação é
necessário determinar o valor do mercado de referência ajustado. O mercado de referência compreende os
montantes de energia elétrica, de demanda de potência e de uso do sistema de distribuição faturados no
período de referência7 a outras concessionárias e permissionárias de distribuição, consumidores,
autoprodutores e centrais geradoras que façam uso do mesmo ponto de conexão para importar ou injetar
energia elétrica, bem como pelos montantes de demanda de potência contratada pelos demais geradores
para uso do sistema de distribuição.

81. Por sua vez, o mercado de referência deve ser ajustado para efetuar a compensação dos
benefícios tarifários - subsídios e descontos previstos em atos normativos e legais. Este é obtido pelo produto
do mercado de referência pelo complementar do desconto.
7 O período de referência, por definição do PRORET, corresponde ao período de 12 meses imediatamente anteriores ao mês da
revisão tarifária periódica.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 21 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

82. As planilhas disponibilizadas apresentam os valores por subgrupos, modalidades, classes e


subclasses tarifárias.

III.6 TARIFAS DE APLICAÇÃO

83. Tanto para o cálculo da Tarifa de Aplicação referente à TUSD quanto para a TE a abordagem
adotada segue três passos. Primeiro se obtém a tarifa integral, posteriormente a base econômica e enfim a
tarifa base financeira que será utilizada para faturar as unidades consumidoras da distribuidora.

84. Todos cálculos encontram-se na planilha PCAT.

i. Cálculo da TUSD e TE Integral

85. As tarifas integrais são aquelas que não possuem em sua estrutura benefícios tarifários.
Nesse caso emprega-se o mercado de referência e os custos regulatórios deduzidos os valores recuperados
pelos consumidores do subgrupo A1 – no que se refere aos custos dos encargos de conexão, tanto na
transmissão quanto na distribuição, e rede básica –, pelas permissionárias que não passaram por revisão,
pelas cooperativas não regularizadas e pelas centrais de geração – de acordo com os respectivos
componentes de custo incidentes tanto na TUSD como na TE. A planilha PCAT apresenta os valores
deduzidos relativos a cada grupo de consumidores acima descrito.

86. Há que ressaltar o tratamento diferenciado dado a TUSD Integral relativa à perda não
técnica. Como definido no submódulo 7.3, deve-se distribuir o custo proporcionalmente à distribuição de
receita referente à TUSD integral, excluindo o componente perdas não técnicas. Com este valor calcula-se o
valor desta componente da TUSD na forma de um selo em R$/MWh por nível de tensão.

ii. Cálculo da TUSD e TE Base econômica

87. Como definido no submódulo 7.3 as tarifas TUSD e TE base econômica são obtidas pela
multiplicação das tarifas base integral por um fator de ajuste multiplicativo. Nesse caso, a determinação da
constante é efetuada pela relação entre os custos regulatórios e o resultado da multiplicação do valor da tarifa
integral - incluindo geradores, A1, cooperativas e distribuidoras – pelo mercado ajustado. De fato, a diferença
desta para a anterior é a compensação dos benefícios tarifários concedidos em atos normativos e legais.

88. Para fins de transparência do processo de definição das tarifas, conforme determinado no
item 10.1 do Submódulo 7.3 do PRORET, a tabela abaixo apresenta o montante de subsídios tarifários,
abertos por grupos beneficiários, compensados na estrutura tarifária apurados pela diferença entre a TUSD e
TE integral e a TUSD e TE de Aplicação, respectivamente, multiplicada pelo Mercado de Referência.

Tabela 17 – Subsídios Tarifários – CELESC


Grupo Beneficiário Montante (R$)
Tarifa Social de Energia Elétrica 17.358.247,58

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 22 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

Grupo Beneficiário Montante (R$)


Geração Fonte Incentivada 6.205.637,84
Carga Fonte Incentivada 42.608.249,30
Autoprodutor/Produtor Independente 0,00
Serviço Público de Água, Esgoto e Saneamento 11.299.066,05
Rural 3.295.285,72
Irrigante e Aquicultura 60.990,04
TOTAL 80.827.476,53

89. Ressalta-se que para o subsídio Baixa Renda (TSEE), a Resolução Normativa 472, de 2012,
estabeleceu nova metodologia de apuração e custeio da Diferença Mensal de Receita – DMR das
concessionárias e permissionárias de distribuição, decorrente da aplicação da Tarifa Social de Energia
Elétrica – TSEE aos consumidores integrantes das Subclasses Residencial Baixa Renda. De acordo com o
disposto nessa Resolução, a CELESC pertence ao Grupo B, correspondente às distribuidoras classificadas
no ranking de tarifas B1-Residencial nas posições da 46ª à 90ª maiores tarifas, que terão, no próximo período
de referência contratual, custeada com recursos da CDE o que exceder 0,5% (meio por cento) da receita
econômica. Dada a estrutura de mercado atual, o valor a ser recebido da CDE é de zero, pois é inferior à
0,5% da receita da empresa.

iii. Cálculo da TUSD e TE Base financeira

90. Por fim, as tarifas base financeira são obtidas pela multiplicação das tarifas base econômica
por um fator de ajuste multiplicativo. Nesse caso, a determinação da constante é efetuada pela relação entre
os custos regulatórios acrescidos dos componentes de custo financeiro e o resultado da multiplicação do
valor das tarifas base econômica pelo mercado ajustado.

a) Ajuste do Último Ano dos Financeiros de Subsídios

91. A partir da 3CRTP ocorre a mudança entre os métodos de construção de tarifa no que tange
aos subsídios tarifários. A partir de agora estes passam a ser internalizados na própria estrutura tarifária.
Porém, ocorre o acerto entre o realizado e o previsto no período anterior ao da revisão que resultará em um
componente financeiro.

92. Ainda, o financeiro dos subsídios é obtido pela fiscalização da ANEEL e se trata de um
montante fechado, ou seja, o valor total associado a determinado benefício. Ressalta-se que os financeiros
em termos de construção de tarifas estão sendo alocados em acordo com a natureza dos custos. Assim,
dada a forma como é apurado o financeiro aplicou-se a regra vigente de segregá-los em uma parcela TUSD e
outra TE, criando um novo componente na base financeira – retira-se somente o mercado de uso distribuição
da contribuição por coerência ao critério vigente. Ambos são determinados a partir da segregação do subsídio
(parcelas TUSD e TE) da nova estrutura e alocados como percentual - relação subsídio TUSD sobre custo
recuperado TUSD e relação subsídio TE sobre custo recuperado TE.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 23 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

III.7. FLEXIBILIZAÇÃO DE PARÂMETROS DA ESTRUTURA TARIFÁRIA

93. O Submódulo 7.1 do PRORET estabelece que alguns parâmetros da estrutura tarifária são
passíveis de flexibilização em virtude de estudo fundamentado por parte da distribuidora. Neste contexto, a
CELESC apresentou proposta de flexibilização dos parâmetros da tarifa branca, propondo fixação do horário
intermediário de 09h00 às 17h59 e de 21h00 às 23h59, fixação do parâmetro kz da tarifa branca em 0,64, e a
fixação da relação ponta/fora em 2,5.

94. As informações apresentadas pela distribuidora não justificam a aplicação dos valores
propostos. Com efeito, tal proposta exigiria uma modulação excessiva por parte dos consumidores e
resultaria na inviabilização da tarifa branca. Dessa forma, os valores do parâmetro kz foram definidos em 0,57
(subgrupo B1), 0,62 (subgrupo B2) e 0,69 (subgrupo B3), calculados segundo regulamentado no Submódulo
7.3 do PRORET. O posto intermediário será estabelecido em dois períodos de 1 hora, das 17h30 às 18h29, e
das 21h30 às 22h29, ou seja, uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta, conforme
regulamentado no PRORET.

III.8. IMPACTOS TARIFÁRIOS RELEVANTES

95. Uma vez delineado a forma de definição das Tarifas de Referência e Aplicação da CELESC e
tendo em vista o impacto tarifário apresentado em determinados subgrupos tarifários, conforme Tabela 1, faz-
se necessário tecer alguns comentários a respeito dessa variação tarifária.

96. Há o efeito de redistribuição dos custos de parcela B devido à atualização do Custo Marginal
de Expansão e da campanha de caracterização das cargas e redes da empresa, que imputou participação
relativa maior aos subgrupos A4 e A3a. Outro ponto relevante é que os custos alocados em energia (CCC
notadamente) afetam principalmente os subgrupos com tensão de conexão superiores (A2 e A3) contribuindo
com maior redução para estes.

97. Por sua vez o mercado da CELESC nos subgrupos A2 e A3 é notadamente de consumidores
livres e desta forma o efeito do aumento do custo médio unitário da compra de energia é menor para estes
subgrupos como um todo (lembra-se que a variação é sobre a receita faturada de todas as modalidades)

98. A elevação tarifária percebida pelos Subgrupos B, em relação ao B1 Residencial, deve-se à


alteração da forma de cálculo das tarifas dessas subclasses, conforme publicado no Submódulo 7.3 do
PRORET. O mesmo submódulo dispõe, ainda, que o ajuste nos níveis tarifários da Baixa Tensão em relação
à tarifa residencial será aplicada em todas as concessionárias do país.

99. Outro ponto a considerar é a maior elevação na tarifa dos consumidores conectados no nível
de tensão A3a. Isso se deve ao fato da aglutinação dos custos médios desse subgrupo ao A4. Até então, o
subgrupo A3a era calculado separadamente considerando o Custo Marginal Médio Brasil de 2002 e não por
empresa como se faz agora.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 24 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

III.9. TRANSIÇÃO DA APLICAÇÃO DA ESTRUTURA TARIFÁRIA

100. Motivado pelos impactos detalhados no item anterior, provenientes dos aprimoramentos
realizados na estrutura tarifária, poderá ser proposto período de transição que devem ser listados neste item
para acompanhamentos em processos tarifários futuros. Nessa condição, deve-se avaliar os efeitos somados
da alteração da estrutura tarifária com as alterações do nível tarifário.

101. Para a CELESC, diante dos resultados demonstrados para o subgrupo A3a foi limitado o
valor das parcelas de transporte em 0,875 do valor original, a diferença é alocada entre todos os subgrupos.
Para os reajustes subsequentes espera-se efetuar gradativamente a redução deste valor.

102. Em função de impactos relevantes, alterou-se também as relatividades entre as tarifas dos
subgrupos do Grupo B a fim de atender aos princípios de modicidade e estabilidade tarifária, em consonância
com os Submódulo 7.3, item 9 e Submódulo 7.1, item 14.4. O cálculo considera um passo inicial, de forma a
mitigar o impacto que seria percebido se a convergência tarifária fosse completa. O próximo passo poderá ser
dado nos processos tarifários seguintes, observando os critérios de conveniência, oportunidade e modicidade
tarifária, chegando-se, então, ao patamar de realinhamento tarifário da BT apresentado no PRORET 7.3.

103. Para esta revisão tarifária, adotou-se a seguinte transição:

Tabela 18 – Relação das tarifas dos subgrupos do Grupo B com a B1 - Residencial

Proposta do
Subgrupos Vigente Transição
Submódulo 7.3

B2 - Rural 59,42% 62,60% 70%


B3 - Demais classes 94,80% 99,87% 100%
B4a - Iluminação Pública 48,84% 51,46% 55%
B4b - Iluminação Pública 53,60% 56,46% 60%

104. Diante desses procedimentos o efeito médio final por subgrupo/classe é aquele definido na
Tabela 1 desta Nota Técnica.

III.10. CÁLCULO DA TUSD PARA CENTRAIS GERADORAS

105. Nos termos da regulamentação vigente, a Tarifa de Uso para Centrais Geradoras conectadas
em tensão inferior a 88 kV será aquela definida no último reajuste, atualizada pelo Índice Geral de Preços de
Mercado - IGP-M.

106. Já para as centrais geradoras conectadas em nível de tensão de 88 kV a 138 kV, a TUSDg
será nominal e definida na revisão tarifária com base na TUSDg de referência homologada para o tarifário.
Esta é atualizada pelo IGP-M, e aplicada, conforme o caso, a regra de transição e limitador tarifário, nos
termos da REN nº 349/2009.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 25 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

107. Destaca-se ainda que incidirão eventuais componentes financeiros às tarifas definidas
conforme os parágrafos anteriores.

108. O cálculo da TUSDg se encontra na planilha PCAT.

III.11. CÁLCULO DA TUSD DISTRIBUIÇÃO PARA OUTRAS DISTRIBUIDORAS

109. Nos termos da REN nº 206, mantém-se o desconto de 100% na TUSD FIO B da TUSD
DISTRIBUIÇÃO a serem aplicadas nas Distribuidoras concessionárias: COOPERALIANÇA, IGUAÇU, JOÃO
CESA e URUSSANGA. Este assunto será discutido com a atualização da respectiva resolução e terá seus
efeitos refletidos na estrutura da empresa.

110. Em relação ao encargo de conexão referenciado no art. 18, §2º inciso II, o mesmo não será
calculado.

III.12. CÁLCULO DO ENCARGO DE CONEXÃO DAS UNIDADES CONSUMIDORAS DO SUBGRUPO A1

111. Para os consumidores conectados no subgrupo A1, além da TUST do ponto de conexão, foi
calculado o seguinte encargo de conexão, conforme definido no Submódulo 6.3 do PRORET:

Tabela 19 – Encargo de Conexão dos Consumidores A1 da CELESC.


NOVOS VIGENTES
CLIENTE CONEXÃO T (R$) CONEXÃO D (R$) CONEXÃO T (R$) CONEXÃO D (R$)
ARCELOR MITTAL 5.827.273,79 10.539,04 5.582.551,42

112. A planilha que detalha o cálculo dos encargos de conexão dos consumidores A1 da CELESC
está disponível no site da Audiência Pública nº 032/2012.

IV - DO FUNDAMENTO LEGAL

113. São fundamentos legais e infralegais:

 Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, art. 15, § 6º;


 Lei nº 9427, de 26 de dezembro de 1996, art. 3º com redação pela Lei nº 10.848 de 15 de março de
2004;
 Decreto nº 2.335, de 6 de outubro de 1997, Anexo I, art. 4º, inciso X;
 Decreto nº 4.562, de 31 de dezembro de 2002, art. 1º, §1º;
 Contrato de Concessão dos Serviços Públicos de Distribuição celebrado pela distribuidora;
 Resolução Normativa ANEEL nº 464 de 22 de novembro de 2011;
 Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET; e
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Fls. 26 da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

 Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST.

V - DA CONCLUSÃO

114. Esta Nota Técnica apresentou o processo de construção da estrutura das tarifas da CELESC,
detalhando o cálculo das Tarifas de Referência e das Tarifas de Aplicação.

115. Os valores apresentados nesta Nota Técnica foram calculados utilizando dados enviados
pela distribuidora e outros dados de entradas definidos neste processo de revisão tarifária.

116. Cabe destacar que, nos termos do Submódulo 7.1 do PRORET, a distribuidora enviou
contribuição no sentido de se flexibilizar alguns parâmetros da tarifa branca. A análise desta contribuição foi
respondida no corpo desta nota técnica.

117. Ressalta-se ainda que diante dos efeitos tarifários observados foi aplicada uma transição na
proposta de alteração das relatividades entre as tarifas dos subgrupos do Grupo B (B1, B2, B3, B4) e no
subgrupo A3a.

VI - DA RECOMENDAÇÃO

118. Recomenda-se a submissão desta Nota Técnica para a Diretoria colegiada da ANEEL para
aprovação da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição – TUSD e da Tarifa de Energia – TE da CELESC
relativas ao Terceiro Ciclo de Revisões Tarifárias Periódicas.

LUIS CÂNDIDO TOMASELLI FERNANDO JUNQUEIRA SANTOS


Especialista em Regulação – SRE Especialista em Regulação – SRD

De acordo

DAVI ANTUNES LIMA


Superintendente de Regulação Econômica – SRE

CARLOS ALBERTO CALIXTO MATTAR


Superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição – SRD

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
Anexo I da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012

ANEXO I – RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES


ESTRUTURA TARIFÁRIA

O presente anexo apresenta as respostas e esclarecimentos da ANEEL referentes às contribuições


recebidas na AP 032/2012 relativa à estrutura tarifária da CELESC.

As contribuições estão apresentadas sob a forma de extratos retirados dos textos integrais apresentados
na citada audiência pública com o objetivo de apresentar sucintamente a mensagem principal do autor da
contribuição. Cabe ressaltar que a contribuição em sua forma integral pode ser acessada no endereço
www.aneel.gov.br no link Audiências/Consultas/Fórum. Ao início de cada comentário é identificado seu autor. As
contribuições estão agregadas por temas. Para cada tema, são apresentadas todas as contribuições que o
abordaram. A Resposta da SRE e da SRD será única por tema, e buscará contemplar todos os pontos levantados
pelas contribuições de forma direta ou indireta, explicitando, quando for o caso, sobre sua incorporação ou não na
decisão final. É importante ressaltar que boa parte das contribuições foi respondida, direta ou indiretamente, no
corpo da Nota Técnica.

CONTRIBUIÇÕES RELATIVAS À AP 032/2012

I – Tarifa Branca
Contribuição da CELESC:

A distribuidora propõe:

 Aplicação do posto intermediário das 09h00 às 17h59 e das 21h00 às 23h59 ;


 Relação P/FP (tarifa branca) = 2,5);
 Relação I/FP = 1,5 (tarifa branca); e
 Parâmetro kz = 0,64.

Resposta das Superintendências da ANEEL

As informações apresentadas pela distribuidora não justificam a aplicação dos valores propostos. Com
efeito, tal proposta exigiria uma modulação excessiva por parte dos consumidores e resultaria na inviabilização da
tarifa branca. Dessa forma, os valores do parâmetro kz foram definidos em 0,57 (subgrupo B1), 0,62 (subgrupo
B2) e 0,69 (subgrupo B3), calculados segundo regulamentado no Submódulo 7.3 do PRORET. O posto
intermediário será estabelecido em dois períodos de 1 hora, das 17h30 às 18h29, e das 21h30 às 22h29, ou seja,
uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta, conforme regulamentado no PRORET.
(Fl. 2 do Anexo I da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

II – Modelo de tarifação – Horo Sazonal verde – Para consumidores livres


Contribuição da Tuper S.A.

TEXTO/ANEEL TEXTO/INSTITUIÇÃO JUSTIFICATIVA/


INSTITUIÇÃO
Empresas com
A Audiência Pública tratará funcionamento em
MODELO DE
de quatro temas: Revisão três turnos e quadro
TARIFICAÇÃO – HORO
Tarifária, Estrutura de carga estável em
SAZONAL VERDE –
Tarifária, Perdas Técnicas e períodos de ponta,
PARA CONSUMIDORES
Limites dos Indicadores de que tenham migrado
LIVRES
Continuidade (DEC e FEC). para o mercado livre
de energia elétrica.

A discussão sobre a metodologia de construção de tarifas já foi efetuada na AP120 e resultou no Proret, módulo
7. A partir da revisão da CELESC já será publicada TUSD verde nos termos do Proret.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

ANEXO II – DESVIO DOS EFEITOS OBSERVADOS PARA O GRUPO A

119. Apresenta-se sumário dos efeitos aos consumidores das modalidades azul,
verde e convencional para caracterizar melhor o efeito médio discutido no corpo da NT. Assim,
foram analisados os efeitos para o grupo A a partir de um conjunto de 58352 faturas do banco de
dados da CELESC, extraindo informações referentes ao consumo dentro do período de
referência, dos diferentes subgrupos e modalidades e observou-se o efeito da variação das
novas tarifas de aplicação resultantes da revisão. A ideia é apresentar a variação sobre as
faturas em uma base mensal, considerado um grupo de meses já encerrados dentro do período
de referência.

120. Do conjunto as informações são agregadas em subconjuntos formados em


acordo com modalidade e novamente este é subdividido por subgrupo. Adicionalmente, durante
a análise criam-se três novos subconjuntos: TUSD (livres e cativos), TE (cativos) e TUSD+TE
(cativos). A figura a seguir apresenta a estrutura de análise.

TUSD
A2 TE
TUSD+TE
TUSD
A3 TE
TUSD+TE
AZUL

TUSD
A3a TE
TUSD+TE
TUSD
A4 TE
AMOSTRA

TUSD+TE
TUSD
A3a TE
VERDE

TUSD+TE
TUSD
A4 TE
TUSD+TE
TUSD
CONVENCIONAL

A3a TE
TUSD+TE
TUSD
A4 TE
TUSD+TE
Figura 1 – Estrutura empregada para análise.

121. Da Figura 2 à Figura 9 apresenta-se os resultados obtidos, considerando a


variação relativa à parcela TUSD, modalidade azul, tanto dos consumidores cativos quanto livres
e o gráfico de distribuição de frequências por faixa de variação. Lembre-se que as tarifas dentro
de um subgrupo são idênticas e as variações são funções do padrão de consumo de cada
unidade consumidora. Os testes do subgrupo A3a foram efetuados com quantidade de amostras
insuficientes em função da baixa quantidade de dados encaminhados pela empresa, razão pela
qual se entende que os resultados apresentados não são representativos da população. Por sua
vez a Tabela 2 apresenta algumas características dos resultados obtidos das amostras.
Desconsiderando os resultados do subgrupo A3a – dado o agrupamento do A3a com A4, as
variações de fato devem ser positivas –, apenas para o subgrupo A4 e em percentual menor de
2% das amostras houve variação positiva para a TUSD. O valor médio apresentado nos gráficos
é o das amostras.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

Tabela 2 – Algumas estatísticas descritivas da modalidade azul.


A2 A3 A3a A4
TUSD TE TUSD+TE TUSD TE TUSD+TE TUSD TE TUSD+TE TUSD TE TUSD+TE
Média -14,80% 11,12% 3,01% -18,05% 11,74% 3,02% 7,76% NA NA -5,89% 11,13% 3,62%
Média Ponderada -14,58% 1,68% 0,48% -17,34% 1,02% 0,28% 7,76% NA NA -5,34% 4,89% 1,70%
Mediana -15,05% 7,35% 0,70% -17,48% 7,80% 1,51% 7,71% NA NA -6,31% 7,37% 1,96%
 3,17% 5,98% 7,46% 5,68% 6,12% 4,30% 1,60% NA NA 2,98% 5,97% 4,65%
Mínimo -28,20% 3,33% -26,84% -34,85% 7,27% -3,67% 3,30% NA NA -15,87% 6,04% -15,86%
Máximo -5,99% 20,46% 11,27% -2,38% 20,82% 11,38% 8,72% NA NA 25,15% 20,82% 14,89%

Figura 2 – Efeito TUSD para consumidores cativos e livres, A2; Figura 3 – Histograma para o efeito da variação da TUSD para
(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD azul; azul e losango consumidores livres e cativos, A2; (vermelho e quadrado a frequência
são os usuários da modalidade). cumulativa; azul a distribuição de frequência por faixa).

Figura 4 – Efeito TUSD para consumidores cativos e livres, A3; Figura 5 – Histograma para o efeito da variação da TUSD para
(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD azul; azul e losango consumidores livres e cativos, A3; (vermelho e quadrado a
são os usuários da modalidade). frequência cumulativa; azul a distribuição de frequência por faixa).

Figura 6 – Efeito TUSD para consumidores cativos e livres,


A3a; (vermelho e quadrado o efeito médio TUSD azul; azul e Figura 7 – Histograma para o efeito da variação da TUSD para
losango são os usuários da modalidade). consumidores livres e cativos, A3a; (vermelho e quadrado a
frequência cumulativa; azul a distribuição de frequência por faixa).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

Figura 8 – Efeito TUSD para consumidores cativos e livres, A4;


(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD azul; azul e losango
são os usuários da modalidade). Figura 9 – Histograma para o efeito da variação da TUSD para
consumidores livres e cativos, A4; (vermelho e quadrado a
frequência cumulativa; azul a distribuição de frequência por faixa).

122. Da Figura 10 à Figura 12 apresenta-se os resultados obtidos, considerando a


variação relativa à parcela TE, modalidade azul, dos consumidores cativos. Além foi
representado o valor médio. Diferente do caso da TUSD, o efeito aqui é função da retirada do
sinal sazonal da TE. Para o período seco o consumidor percebe valor inferior à média conquanto
no período úmido superior.

Figura 10 – Efeito TE para consumidores cativos, A2; (vermelho Figura 11 – Efeito TE para consumidores cativos, A3; (vermelho
e quadrado o efeito médio TE azul; azul e losango são os e quadrado o efeito médio TE azul; azul e losango são os
usuários da modalidade). usuários da modalidade).

Figura 12 – Efeito TE para consumidores cativos, A4; (vermelho e quadrado o efeito médio TUSD azul; azul e losango são os
usuários da modalidade).

123. Da Figura 13 à Figura 18 há os resultados para os consumidores cativos


considerando o efeito conjugado das variações da TUSD e da TE – histograma e efeito.
Observa-se o forte efeito da retirada do sinal sazonal conjugada com aumento da tarifa média de
aquisição da CELESC que faz com que a distribuição tenha características de bimodal, ou seja,
como cada período – seco e úmido – possuem médias distintas sua aglutinação para formação
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

do histograma fez com que houvesse o surgimento de duas modas dando esta característica ao
histograma (isto é claro no A4).

Figura 13 – Efeito TUSD+TE para consumidores cativos, A2;


(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD azul; azul e losango Figura 14 – Histograma para o efeito da variação da TUSD+TE
são os usuários da modalidade). para consumidores cativos, A2; (vermelho e quadrado a
frequência cumulativa; azul a distribuição de frequência por
faixa).

Figura 15 – Efeito TUSD para consumidores cativos, A3;


(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD+TE azul; azul e Figura 16 – Histograma para o efeito da variação da TUSD+TE
losango são os usuários da modalidade). para consumidores cativos, A3; (vermelho e quadrado a
frequência cumulativa; azul a distribuição de frequência por
faixa).

Figura 17 – Efeito TUSD+TE para consumidores cativos, A4;


(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD+TE azul; azul e Figura 18 – Histograma para o efeito da variação da TUSD+TE
losango são os usuários da modalidade). para consumidores cativos, A4; (vermelho e quadrado a
frequência cumulativa; azul a distribuição de frequência por
faixa).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

124. Da Figura 20 à Figura 24 apresenta-se os resultados obtidos, considerando a


variação relativa à parcela TUSD, modalidade verde, dos consumidores cativos e o gráfico de
distribuição de frequências por faixa de variação. Lembre-se que o valor médio apresentado nos
gráficos é o das amostras. Com relação aos resultados do A3a, os impactos são positivos em
função da mudança promovida pela junção com o subgrupo A4. No que tange a amostra do A4,
observa-se que cerca de 13% das faturas apresentaram impacto positivo e são as que não
possuem consumo expressivo no período de ponta – quanto se compara com o consumo médio
do cliente observa-se que no posto ponta o real é bem inferior – e que por isso não percebem a
variação negativa apresentada pela tarifa deste segmento horário. Por conta dessa característica
nota-se no histograma o surgimento de nova moda (a exemplo do provocado pelo sinal sazonal).
Tabela 3 – Algumas estatísticas descritivas da modalidade verde.
A3a A4
TUSD TE TUSD+TE TUSD TE TUSD+TE
Média 6,15% 14,87% 11,30% -3,91% 11,56% 5,12%
Média Ponderada 6,39% 15,25% 11,67% -1,83% 11,88% 5,89%
Mediana 5,03% 7,71% 6,59% -7,25% 7,88% 1,65%
 1,28% 6,11% 3,63% 4,78% 6,07% 5,53%
Mínimo 1,61% 7,10% 3,95% -16,19% 3,33% -16,19%
Máximo 7,61% 20,64% 15,56% 25,15% 20,82% 21,64%

Figura 19 – Efeito TUSD para consumidores cativos, A3a;


(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD verde; azul e
losango são os usuários da modalidade). Figura 20 – Histograma para o efeito da variação da TUSD para
consumidores cativos, A3a; (vermelho e quadrado a frequência
cumulativa; azul a distribuição de frequência por faixa).

Figura 21 – Efeito TUSD para consumidores cativos, A4;


(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD verde; azul e
Figura 22 – Histograma para o efeito da variação da TUSD para
losango são os usuários da modalidade).
consumidores cativos, A4; (vermelho e quadrado a frequência
cumulativa; azul a distribuição de frequência por faixa).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

125. Da Figura 23 à Figura 24 apresenta-se os resultados obtidos, considerando a


variação relativa à parcela TE, modalidade verde, dos consumidores cativos. Além foi
representado o valor médio. Com relação aos efeitos repete-se o ocorrido para a modalidade
azul.

Figura 23 – Efeito TE para consumidores cativos, A3a; Figura 24 – Efeito TE para consumidores cativos, A4;
(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD verde; azul e (vermelho e quadrado o efeito médio TUSD verde; azul e
losango são os usuários da modalidade). losango são os usuários da modalidade).

126. Da Figura 25 à Figura 28 há os resultados para os consumidores cativos


considerando o efeito conjugado das variações da TUSD e da TE – histograma e efeito.
Observa-se o forte efeito da retirada do sinal sazonal conjugada com aumento da tarifa média de
aquisição da CELESC e da redução da tarifa de ponta que faz com que a distribuição tenha
características multimodais. Aproximadamente 70% dos casos analisados perceberem, em
algum grau, aumento tarifário.

Figura 25 – Efeito TUSD+TE para consumidores cativos, A3a;


(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD verde; azul e
losango são os usuários da modalidade). Figura 26 – Histograma para o efeito da variação da TUSD para
consumidores cativos, A3a; (vermelho e quadrado a frequência
cumulativa; azul a distribuição de frequência por faixa).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

Figura 27 – Efeito TUSD+TE para consumidores cativos, A4;


(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD verde; azul e Figura 28 – Histograma para o efeito da variação da TUSD+TE
losango são os usuários da modalidade). para consumidores cativos, A4; (vermelho e quadrado a
frequência cumulativa; azul a distribuição de frequência por
faixa).

127. Por fim sobre a modalidade convencional merece-se destacar que ela deve ser
extinta nos próximos anos. Todavia, da Figura 29 à Figura 32 apresenta-se os resultados
obtidos, considerando a variação relativa à parcela TUSD, modalidade convencional, dos
consumidores cativos e o gráfico de distribuição de frequências por faixa de variação. Lembre-se
que o valor médio apresentado nos gráficos é o das amostras – a TUSD é cobrada tanto em
potência quanto em energia, fazendo a variação de fatura susceptível à forma de consumo. Com
relação aos resultados do A3a, os impactos são positivos em função da mudança promovida
pela junção com o subgrupo A4. Na análise foram considerados valores de consumidores
abrangidos pela REN 414/2010, art. 100, conectados em A4 e faturados com a tarifa B e não
com a de A4 (desprezando-se assim os efeitos da parcela de transporte o que justifica o efeito
para esta parcela de amostras), porém como é quantidade menor optou-se por não filtrar dos
resultados. Ainda em 20 amostras há inconsistências nos valores apresentados nas faturas
(também não foram expurgados).

Tabela 4 – Algumas estatísticas descritivas da modalidade convencional.


A3a A4
TUSD TE TUSD+TE TUSD TE TUSD+TE
Média 3,38% 11,81% 7,55% -9,14% 11,81% 0,17%
Média Ponderada 6,09% 11,81% 8,87% -7,90% 11,81% 1,02%
Mediana 1,78% 11,81% 5,87% -10,05% 11,81% -1,13%
 2,82% 0,00% 3,21% 3,29% 0,00% 4,69%
Mínimo -1,48% 11,81% -0,22% -15,83% 11,81% -15,83%
Máximo 8,88% 11,81% 10,82% 25,15% 11,81% 14,07%

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

Figura 29 – Efeito TUSD para consumidores cativos, A3a;


(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD convencional; azul
e losango são os usuários da modalidade). Figura 30 – Histograma para o efeito da variação da TUSD para
consumidores cativos, A3a; (vermelho e quadrado a frequência
cumulativa; azul a distribuição de frequência por faixa).

Figura 31 – Efeito TUSD para consumidores cativos, A4;


(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD convencional; azul
e losango são os usuários da modalidade). Figura 32 – Histograma para o efeito da variação da TUSD para
consumidores cativos, A4; (vermelho e quadrado a frequência
cumulativa; azul a distribuição de frequência por faixa).

128. A modalidade TE não possui segmentação logo a variação tarifária é o próprio


efeito ao consumidor.

129. Da Figura 33 à Figura 36 há os resultados para os consumidores cativos


considerando o efeito conjugado das variações da TUSD e da TE – histograma e efeito.
Diferente dos casos anteriores os histogramas são unimodais visto que aqui não ocorre o efeito
sazonal e o da variação da TUSD transporte. Ainda, cerca de 43% dos consumidores possuem
impacto positivo.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.
(Anexo II da Nota Técnica no 247/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 26/07/2012).

Figura 33 – Efeito TUSD+TE para consumidores cativos, A3a;


(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD convencional; azul
e losango são os usuários da modalidade). Figura 34 – Histograma para o efeito da variação da TUSD para
consumidores cativos, A3a; (vermelho e quadrado a frequência
cumulativa; azul a distribuição de frequência por faixa).

Figura 35 – Efeito TUSD+TE para consumidores cativos, A4;


(vermelho e quadrado o efeito médio TUSD convencional; azul
Figura 36 – Histograma para o efeito da variação da TUSD+TE
e losango são os usuários da modalidade).
para consumidores cativos, A4; (vermelho e quadrado a
frequência cumulativa; azul a distribuição de frequência por
faixa).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da
Agência.

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