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IFBA
BIOCOMBUSTÍVEIS

SARA RAMOS DA SILVA

SOCIOLOGIA
Resenha

IRECÊ-BA
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01/11/2023
SARA RAMOS DA SILVA

Trabalho apresentado para o instituto


Federal da Bahia.

Orientador: Ivan Dutra Belo.


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IRECÊ-BA
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2023

ÍNDICE

Capa……………………………………………………….....................................1
Contra capa......................……………………………………………………….. 2
Resenha do quarto capitulo.....................…...…......………………………. 4 e 5
Referência.......................…………………………………………………………. 6
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RESENHA

Max Weber, um dos proeminentes sociólogos, realizou contribuições


notáveis para nossa compreensão da sociedade. Ele investigou a
relação entre religião, particularmente o protestantismo, e o
desenvolvimento do capitalismo em sua obra mais famosa, “A Ética
Protestante e o Espírito do Capitalismo.” Weber introduziu o conceito de
“ação social” em sua sociologia, destacando que os indivíduos sempre
agem com intencionalidade. Ele reconheceu a importância das
instituições na sociedade, vendo-as como modos consolidados de ação
social.
Weber definiu a ação social como aquela orientada pelas ações de outros, sejam
elas passadas, presentes ou futuras. Essa ação não é simples imitação, mas envolve
atribuição de sentido, onde o indivíduo relaciona seu comportamento ao
comportamento dos outros. Os sentidos atribuídos podem basear-se em costumes ou
valores pessoais. Weber enfatizou que a sociologia busca entender o significado da
ação social.
Ele elaborou uma tipologia de quatro tipos de ação social:
1. **Racional com relação a fins:** Indivíduos agem escolhendo os meios mais
adequados para alcançar objetivos.
2. **Racional com relação a valores:** Ações são guiadas por valores morais,
estéticos ou religiosos.
3. **Afetiva:** Ações são influenciadas por estados emocionais.
4. **Tradicional:** Ações são determinadas por costumes e tradições transmitidos ao
longo do tempo.
Weber enfatizou que esses são tipos ideais e que a realidade é mais complexa. A
sociologia weberiana busca compreender os significados das ações sociais e como
elas se encaixam na complexa rede das relações sociais. A compreensão das ações
individuais é crucial para entender a diversidade e complexidade da sociedade.
A sociologia de Max Weber fornece uma profunda análise das interações sociais,
destacando a importância da intencionalidade e da racionalidade nas ações
individuais. Ele reconhece a influência das instituições sociais, como família, Estado
e Igreja, na orientação do comportamento humano, enfatizando que as normas
desempenham um papel fundamental na sociedade.
Weber distingue duas formas de agir: agir em comunidade, baseado em expectativas
e probabilidade, e agir em sociedade, guiado por regulamentos e normas sociais. Ele
ressalta que a sociedade moderna está passando por um processo crescente de
racionalização, onde as pessoas recorrem a elementos racionais para organizar suas
vidas, substituindo tradições e crenças mágicas pela ciência.
Essa transição é denominada “desencantamento do mundo” ou “secularização”. Um
exemplo é a preferência por médicos em vez de benzedeiras para tratamento de
doenças, refletindo a crescente confiança no conhecimento científico. Weber oferece
uma visão rica da interação entre indivíduos e normas sociais, contribuindo para a
compreensão das complexas dinâmicas da sociedade e do papel das normas na vida
cotidiana.
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Max Weber, um proeminente sociólogo, explora a racionalização da sociedade e sua


influência na vida cotidiana. Ele descreve como a sociedade moderna está passando
por um processo de abandono de concepções mágicas e tradicionais em favor de
formas mais racionais e burocráticas de orientação. Esse fenômeno reflete as
mudanças na sociedade, onde a ciência e a racionalidade desempenham um papel
dominante.
Weber destaca o desencantamento do mundo, à medida que as concepções mágicas
e religiosas são substituídas por formas mais racionais de organização social. Ele
discute a transição do agir em comunidade para o agir em sociedade, onde as
normas e leis orientam as ações das pessoas. Essas normas são seguidas não
apenas por medo de punição, mas também devido à sua legitimidade.
Weber introduz sua tipologia da dominação, destacando três tipos: carismática,
tradicional e racional-legal. A dominação racional-legal depende de uma estrutura
burocrática hierarquizada e profissional, desempenhando um papel fundamental na
extração da obediência.
No entanto, Weber também reconhece que a racionalização pode ter desvantagens,
como a perda de significado e a transformação das pessoas em “cumpridoras de
regras”. Esse processo complexo tem implicações profundas na sociedade moderna,
afetando a autonomia e individualidade dos indivíduos.
Max Weber explora a ideia de que as regras e regulamentos, inicialmente concebidos
como meios para alcançar objetivos específicos, muitas vezes se transformam em
fins em si mesmos. Isso leva a uma perda de significado na sociedade moderna,
onde as pessoas passam a cumprir as regras não para atingir um propósito
desejado, mas apenas pelo ato de obedecer às regras. Um exemplo disso é a
presença nas escolas, onde alguns alunos comparecem às aulas apenas para
cumprir a regra de presença, perdendo o objetivo original de aprender.
Weber também aborda como a racionalização e a burocratização podem transformar
o homem moderno em “cumpridores de regras”, resultando na perda de sentido e
liberdade. Ele destaca a complexidade das mudanças na sociedade moderna e seus
impactos na vida individual e coletiva.
Em “A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”, Weber explora a relação entre
aspectos religiosos e o comportamento humano, buscando entender o capitalismo.
Ele descreve o “espírito do capitalismo” como uma conduta que busca lucro de
maneira legal e racional, enfatizando o trabalho árduo como uma virtude. Weber
destaca a importância da ética puritana e sua pregação pelo trabalho constante na
formação do capitalismo ocidental, que associa a economia livre à racionalidade.
Weber argumenta que a ética protestante desempenha um papel significativo na
formação do capitalismo, fornecendo uma conduta racional que se alinha com os
princípios éticos protestantes. O trabalho duro e constante é visto como uma forma
de glorificar a Deus, e a riqueza não é um obstáculo, desde que não dispense o
trabalho. A separação do local de trabalho da esfera doméstica também é
fundamental para a racionalização do trabalho no contexto capitalista.
Em resumo, Weber destaca como as mudanças na sociedade moderna podem levar
à perda de sentido e liberdade, mas também como a ética protestante desempenha
um papel importante na formação do capitalismo, baseado na racionalização da
conduta humana.
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REFERÊNCIA: Livro de sociologia geral

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