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| PRINCIPIOS DO DIREITO COMERCIAL COM ANOTAGOES AO PROJETO DE CODIGO COMERCIAL Editora Saraiva A REVITALIZAGAO DO DIREITO COMERCIAL BRASILEIRO cal ereducao da pobreza (na pritnet- 1a decada deste século), subiu varios degraus na escalada do de- a elementos simbolicos fortemente associados 20 reconhecimento mundial de redefinigdes das posicoes econdmicas. especificas para os temas da ito comercial & uma questio brasil ses também possam deve procurar os cat Jjwidica de seu povo, 2. A cultura juridica brasileira Quem compara o texto de uma Encontram-se reflexos de diferencas culturais no apenas no plano i da redacao dos textos normativos, mas também nos arrazoados vanto os advogadlos norte-americanos se esmieram em construit quase matemiticos, desdobrando e listando exaustivamente 0s «elementos componentes do texto legal, para tentar demonstrara pertinencia ‘ow impertinencia de cada um deles a0 interesse do cliente, os bs c lade da jurisprudencia e da doutrina e per ragdes gene Essasdiferencas a cultura jurtdica de cada povo devem ser respeitadas € preservadias. £ certo que os jovens advogados brasileiros com pds-gradu- acio nos Estados Unidos, depois de retornarem, muitas vezes sio tentados «transpor para sua pritica, na Justica nacional, os padroes de angumentagao Juridica com que tiveram contato; por outro ado, também se deve reconhe- ‘er que tais padroes, em razao da forca que a economia norte-americana ainda ostenta, tendem a sc infiltrar nas culturas juridicas dos demais paises. ‘Mas perderiamos todos com a pasteuizacdo global da cultura, incluindo a cultura juridica, 12 Igo a pesquisar. Mas, . mareado a cultura juri- ulica nacional, desde a promulgacao da Constituigao Federal, em 1988, 8. Os principios juridicos Eros Grau foi um dos juristas que, ao tempo da promulgagio da Cons- tituicdo, antecipou uma profunda mudanca no ambiente juridico brasileiro, »gnosticando o papel preponderante que os principios passariam ater! le um lado, asiprinetpios e, de outro, ize io ha hierarquia de dirito, tio apenas em razto da sua natureza,v iciencia de cada uma estas normas. ‘stegoria mais clevada. Quando-a Constituicto enuncia o principio, éeviden- ve a regra disposta na lei ordinaria nao tera validade se nfo se compatibi- lisamcomy ele. Mas esta invalidacdo da regra, diante do principio, nao se deve 1 Segundo jrisa*No fur, quando o pesqusador da hist do Dirt Basilio Se deter sites Constniin Ge 1080 spl sobre conus dons 2 Pamir del desevovias, por const encanta ans wane mindangs de perspec {ia ou, como eda moda dicey, ma gre idan Ge pragma, Fass preva ecada do scl, 0 paradigna doe pps. [of oa es de Mesrado e tests de Dorado psa a abr ig de 1988) (Ensaio dscurs so ‘nea interpretacwvalicagio da dito, Sao Palo: Malheires, 202, p. 120-121), 13 @ natureza de uma ou de outra norma, hierarquicamente superior da Cor aleance delas. Deve-se & posigao em relacao 2 lei ordinaria, Tanto asim i ninguém hestariaem cone qi sna mE SOR 5 printpios ndo slo, por si sds, is regras de condita, (or si 56s) afastarsua aplicacio 4. O novo direito comercial e a construgao de seus principios ‘No processo de redemo- cratizacio politica, desencadeado com a eleicio indireta de um candidato civil a Presidencia da Repablica, em 198 4 vigencia assegurada pelo temor que o regime de exce¢ do Ataliba fol um dos grandes jurists pitrios a construir argumentos— que repercutiram fortemente em teses académicas e rabalhos forenses (petigdes € decisdes judiciais)*— cuja estrutura consistia na adocao, por premissa, de 2 Se hi algo que poses caracteriara ca dada por Geraldo Atalba, é,exatament presidente a assentado: “A compreenaso de toda © mente adotada por um povo,depent uments postos na sua base por ese MEST ico de diet publ a previa percepsao das prinespos fd mistitucionais (até eno meio esquecidos e desprestigiados) para legais. Com isto, definiu- cdo por prinipios dsseminou-se para , previdencidrio", processual civil , dominou todo o campo publicsta. Posteriormente, chegow a0 i privado, fincancdlo-se no direito do trabalho*, no do consumidor* alguma medida, no direito civil®, Hoje, virios autores destas disci- Do direito tibutério’, a argu ‘constitucional’, admit -nasuamnifesiasio politica plena:« Consituigto. Sedo Di seas iil aprender o contetido, semido ¢aleance de seus em Tuncio das exigencias postuladas por esses principios. Olid constucinal. 6. ed. So Paul: Saraiva, 2008). o Antonio Bandeira de Mello, mesmo anes da zmpla diseminacio da argumen- eservva do estado da prinipioo uralidade, como se percebe desde 2 ico ‘que se destaca, como obra ser (Preps do process vlna Costa Federal St 1 publicidade (Gago Brasilia de Defesa do Constunidor coment PET ae TRE GRE SA ‘exame dos prineipios que as inform 0 isolamento da disei- ora de reverter decididamente este quadro. 5. INseguranca juridica nas relagdes de direito comercial judiciais € uma da de negécios, Ovempresir reco dos produtos ou pi 36. Mais cue ist ssuposto de que lei sera aplicada tal como resulta de seu s cle ou libera o contratante do responderia uma atitude das decisbes judiciais.O ss instita- ‘cumprimento dos is que oferecer ao mercado tera sido calculado a partir dos respectivos incluindo o despendido com a aquisicao da madeira. Se, posterior- alguina decisio judicial elevar 0 devido ao fornecedor do insumo, ym base em interpretago das normas do Cédigo Civil sobre contratos mpativel com os principios proprios do direito comercial, 0 ganho do fabricante com a venda de seus méveis sera, em parte ou até mesmo total- © empresitio deve amargar 0 feo (certamente, pensando: “Ora, se eu tivesse como antever que 0 ido pelo juiz, era vendido os moveis mais eato, para assegurar meu lucto” E ficl perceber, portanto, a direta ligacdo existente entre, de um lado, inseguranca juridicae, de out 3s dos produtose servicos. Quanto maior for © grau de judicais, maior seri a Aprecificacao, Figual- 7 EN ie “Todas as normas juridicas implementam valores nutridos pela socieda— vestidor tem 0 mundo tedo para investi As fronteimas nacionais, cada vez mais, nto sto relevantes para a circu de bens de producto, mercadorias, servigos ou capitais. Osipatses, assim,

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