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Sexta-felra, 18 de Outubro dé 1996 1 Série — Numero 2 1IARIO VIL LEGISLATURA 2." SESSAO LEGISLATIVA (1996-1997) REUNIAO PLENARIA DE 17 DE OUTUBRO DE 1996 Presidente: Ex."° Sr. Ant6nio de Almeida Santos ‘Secretérios: Ex." Srs, Artur Rodrigues Pereira dos Penedos Duarte Rogério Matos Ventura Pacheco Jo&o Cerveira da Fonseca Rosa Maria da Silva Bastos da Horta Albemaz SUMARIO 0 Sr, Presidente declarou aberia a sessdo as 15 horas 35 minutos ‘Antes da ordem do dia. — Dew-se conta da enoda na Mesa das propostas de lei n 61 ¢ 62/VI, da proposia de resolugdo n" 2671, dos projects de deltberacdo no 26 ¢ 27/ Vile do projecto de ln" 231/V0, bem como de requrimentos da resposia a alguns outros ‘A Chmara aprovou um parecer da Comissto de Assuntos CConstinclonalt, Direos, Liberdades « Garanias autorisnde a retoma do mandato de um Deputado do PS. ‘Deu-se ainda conta do pedido de renincla ao mandato do ‘Sr Deputado do CDS-PP Siva Carvalho. ‘Sob a forma de inerpelagao & Mes. 0 St. Deputado Roeira Marinho (PSD) protesou pela forma como 0 Sr. Minisode Soldariedade ¢ da Seguranga Socal respondeu um requerimento {formalado pelos Deputados do PSD eles pelo ditto de Viana ‘do Castelo sobre a vituago da Santa Casa da Misricérdia de Vila Nova de Cervera (O'S. Presidente anancioa a presenca, na tbuna diplomdsica, do Presidente da Astemblela da Repiblica de Morambiqu ‘ocompankado de wna delegado composta por representantes de {odor os partidos com asteno na mesma Assembla ¢ dex conta da asinaara de um protcolo entre os Parlamentos porguts€ ‘moganbicano. (0 Sr, Prevideteiformow a Cmara da operagdo 20 coragto «2 que vai ser submetido e of Sr. Deputados Jorge Lacte (PS), [Lads Marques Mender (PSD), Nuno Abecasis (CDS-PP), Ocxdvio Teisira (PCP) « leabel Castro (Os Verdes) manifestoram, em ‘ome das respecivas bahcadas, voto de wm répido regresto do ‘Sh. Presidente Almeida Santos ds suas fangs, 0 qual se associon (0 Governo, através do Sr. Ministre da Presidéncia (Anténio Vuorino) Em declaragdo politica, 0 Sr. Deputado Sérgio Avila (PS) se com a vitéria do Pardo Socata na eligi regional dor Acores respondeu aos pedides de esclarecimento dos ‘Sr Deputados Lalanda Goncalves Rels Lee (PSD). “Tambim em declaraglo police. 0 Sr. Depuado Jorge Ferreira (CDS-PP)crticou 0 Govero pela proposta de lei do Orgamento do ‘Sr Deputado Joel Hasse Ferrera (PS) ‘A Sr Deputada Maria Celeste Coreia (PS) refernse 2 forma como ext a deserolar-se o proceso de regulrizado extraordindria ‘dimigrate, Respondes, depos, a peddos de exlareimento dos ‘Six DeputadasInabel Casio (Ox Verdes, Miguel Macedo (PSD) € Maria Jord Nogueira Pino (CDS-PP) (0S. Deputado Duarte Pacheco (PSD) fe uma andise da acta 0 do Govern, durante 0 princi ono de mandai, na zona Oeste do ‘Grito de Lisboa. No final responde a um pedido de esclarecimento ‘do Sr. Depuado Caras Cordero (5). (0 von" 44/VII ~ De saudapdo pela forma como decorreram as lige nas Regibes Auténamas dos Acores «da Madera (PS) foi ‘provado, tendo lnterindo, a diverso todo, os Sr. Depuiados Isabel ‘Sena Lino (PS), Correa de Jesus (PSD), Ruben de Carvalho (PCP). ‘Jorge Ferreira (CDS:PP) e Guilherme Sitva (PSD). “Foi tambm aprovado o voto n= 43IVII — De protest contra a realiaglo de una simulapdostmica ao largo do Pore. Interveram. (2 dverao tl, of Sr. Deputadot Lats Flip Menezes (PSD). Jorge ‘Lacdo (PS) Augurto Boucinha (CDS-PP), Isabel Casro (Os Verdes ‘Yodo Amaral (PCP) José Saraiva « Eurco Figueiredo (PS). Nuno ‘Abecaris(CDS-PP) Atvaro Amaro, Manuel Morera e Carlos Coelho (PSD) « Pedro Bapista (P5). ‘Ordem do dla. -— Procedeuse a votagdo do inquérto parla imentar n* SWVII~ Ao acordo estabelecido entre o Exado ¢ 0 ‘Sr Antinio Champalimaud (PCP), que fo aprovado. do project de Repovaslo de asnatras: ver informa aa dima pégina 2 esolugdo n* 30/VII— Recusa de ratficopto do Decret-Lei n° 63/ 9, de 24 de Meio, que aprova 0 proceso de reprvatingdo do capital social da Tabagueira — Empresa Indusial de Tabscos. SA. {raiicagdo n*21/V1l (PCP). que foi reeitado, € dos projecias de 12:PL6, tendo feito declarogto de voto 0 St. Deputado Lule ‘Marques Guedes (PSD), e 26/1! ~ Prorroqasio do funclonamento ‘da Comissdo Eventual para a. Revisdo da Constinigdo, ambos da Iniciarva do Presidente da Assembleia da Repibllea, que foram ‘provadon. ‘0s projects de lei n= 173 — Uiiizagdo do papel reciclado ela Adminisrardo Pablica (PS) ¢ 216/VUI ~ Regime de promordo sd uso de papel recclado (Os Verdes) foram também eprovadoe, na seneraidade ‘A Ciara aprovou alnda um parecer da Comissto de Asrunios CConstiucionols, Diretos. Liberdades ¢ Garentias atorizando wm Deputado a depor como tesemunha em tribunal. 1 sfame —woneeno 2 Procedeu-se & discusdo conjunta, na genealidade, de proposta de lei n° SOU! — Visa criminalizar conduas susceptiveis de ciar erig para a vide e inegridade fica, decorente do uso porte de armas ¢ subsiiacas ou engenhor explosives ou pirotéenicos, no “anbivo de realcapées chicas poltcas, religioas attics, clara ‘ desporivas¢ do projcto de lei n* 222/VI — Altera resime de sso porte de arma (PSD). Intervieram no debate, a diverse tino, ‘além do Sr. Minisio da Adminiiracdo Intera (Albeo Costa) 0¢ ‘Six. Deputados Carles Encarnaedo (PSD), Marguer Jinlor (PS) ‘Miguel Macedo (PSD), Odete Samos (PCP). Lats Queird (CDS-PP), ‘Antonino Annus (PSD) ¢ Orvldo Castro (PS). Por fm, foi apreciada, na generaldade, 0 project de lei n° 40/ Vil ~ Asseciogder representativas dos municipios ¢ das feguesas (PS) Usaram da polara.a divers tao, ot Sr. Deputados Jorge ato (PS), Manuel Moreira ¢ Goncalves Sapinho (PSD), Carlos Sd Correia (CDS-PP) e Jost Calgada (PCP). (O'S. Presidente encerou a sesso eram 21 horas ¢ 25 minses, 18 DE OUTUBRO DE 1996 Sr. Presidente: — Srs. Deputados, temos quérum, pelo que declaro aberta a sessio. Eram 15 horas’e 35 minutos. Estavam presentes os seguintes Srs. Deputados: Partido Socialista (PS): Adérito Joaquim Ferro Pires. ‘Agostino Marques Moleiro. ‘Aires Manuel Jacinto de Carvalho. ‘Alberto de Sousa Martins. ‘Albino Gongalves da Costa. ‘Anténio Alves Marques Jinior. ‘Anténio Alves Martinho, ‘Anténio de Almeida Santos. ‘Anténio Femandes da Silva Braga. ‘Anténio Fernando Marques Ribeiro Rels. ‘Anténio Jorge Mammericix da Trindade. ‘Anténio José Gavino Paixio. ‘Anténio José Guimarics Fernandes Diss. ‘Arnaldo Augusto Homem Rebelo ‘Artur Clemente Gomes de Sousa Lopes. ‘Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coetho. ‘Artur Rodrigues Pereira dos Penedos. Carlos Alberto Cardoso Rodrigues Beja. Carlos Alberto Dias dos Santos. Carlos Justino Luis Cordeiro. Carlos Manuel Améindio, Carlos Manuel Luts. Domingos Fernandes Cordeiro. Eduardo Ribeiro Pereira. Elisa Maria Ramos Damiso, Femando Antio de Oliveira Ramos. Fernando Garcia dos Santos. Fernando Manuel de Jesus. Fernando Pereira Serrasqueiro. Francisco Fernando Osério Gomes. Francisco José Pereira de Assis Miranda, Francisco José Pinto Camilo. Gongalo Matos Correia de Almeida Velho, Henrique José de Sousa Neto Jodo Carlos da Costa Ferreira da Silva. oso Rui Gaspar de Almeida. ‘Joaquim Sebastiio Sarmento da Fonseca Almeida. Too! Eduardo Neves Hasse Ferreira. ‘Torge Lacio Costa ‘Jorge Manuel Damas Martins Rats. ‘Jorge Manuel Femandes Valente. Jorge Manuel Gouveia Strecht Ribeiro. ‘José Adelmo Gouveia Bordalo Junqueiro. José Afonso Teixcira de Magalhies Lobao. José Alberto Cardoso Marques. ‘José Anténio Ribeiro Mendes. José Carlos Correia Mota de Andrade. José Girlos da Cruz Lavrador. ‘Yosé Carlos das Dores Zorrinho. ‘José Carlos Lourengo Tavares Pereira, José da Conceicio Saraiva. José de Matos Leitio. ‘José Emesto Figueira dos Reis. ‘José Ferando Rabaca Barradas ¢ Silva, ‘José Manuel Santos de Magalhies. José Pinto Simées. Jovita de Fétima Romano Ladcira Matias. ‘aio Manuel de Castro Lopes Faria. Laurentino José, Monteiro Castro Dias. LLufs Afonso Cergueira Natividade Candal. Luis Filipe Nascimento Madeira. Las Pedro de Carvalho Martins. Manuel Afonso da Silva Strecht Monteiro. Manuel Alberto Barbosa de Oliveira. Manuel Alegre de Melo Duarte. Manuel Anténio dos Santos. Manuel Francisco dos Santos Valente. Manuel Martinho Pinheiro dos Santos Gongalves. Manuel Porfirio Varges. Maria Amélia Macedo Antunes Maria Celeste Lopes da Silva Correia. Maria da Laz Gameiro Beja Ferreira Rosina. Maria do Carmo de Jesus Amaro Sequeira. Maria do Rosétio Lopes Amaro da Costa da Luz Carneiro. Maria Fernanda dos Santos Martins Catarino Costa. Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta. Maria Isabel Ferreira Coelho de Sena Lino. Maria Jesufna Carrilho Bernardo. Martim Afonso Pacheco Gracias. Miguel Bernardo Ginestal Machado Monteiro ‘Albuquerque Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura. ‘Nelson Madeira Baltazar. ‘Nuno Manuel Perera Baltazar Mendes. Osvaldo Alberto Rosério Sarmento © Castro. Paula Cristina Ferreira Guimartes Duarte. Paulo Jorge dos Santos Neves. Pedro Lufs da Rocha Baptista, Pedro Ricardo Cavaco Castanheira Jorge. Raimundo Pedro Narciso. Rosa Maria da Silva Bastos da Horta Albernaz. Rui do Nascimento Rabaca Vieira. Sérgio Carlos Branco Barros ¢ Silva. Teresa Maria Goncalves Gil Oliveira Pereira Narciso Victor Brito de Moura. Vital Martins Moreira. Partido Social-Democrata (PSD): ‘Adalberto Paulo da Fonseca Mendo. ‘Adriano de Lima Gouveia Azevedo. Alvaro dos Santos Amaro. ‘Amindio Santa Cruz Domingues Basto Oliveira. ‘Antonino da Silva Antunes. ‘Anténio Costa Rodrigues. ‘Ant6nio de Carvalho Martins. ‘Ant6nio Fernando da Cruz Oliveira. Anténio Germano Fernandes de Sé e Abreu. ‘Anténio Joaquith Correia Vairinhos. ‘Ant6nio Moreira Barbosa de Melo. Ant6nio Paulo Martins Pereira Coelho. Ant6nio Rolelra Marinho. ‘Ant6nio Soares Gomes. ‘Arménio dos Santos. Artur Ryder Torres Pereira. Bernardino Manuel de Vasconcelos. Carlos Alberto Pinto. Carlos Manuel de Sousa Encarnagio. Carlos Manvel Duarte de Oliveira. Carlos Manuel Marta Goncalves. Carlos Miguel Maximiano de Almeida Coetho, ‘Duarte Rogério Matos Ventura Pacheco. Eduardo Eugenio Castro de Azevedo Soares. “a Fernando José Antunes Gomes Pereira. Femando Manuel Alves Cardoso Ferreira. Fernando Pedro Peniche de Sousa Moatinho. Fernando Santos Pereira. Filomena Maria Beiréo Mortagua Salgado Freitas Bordalo. Francisco Antunes da Silva. Francisco José Fernandes Martins. Gilberto Parea Madail. Guilherme Henrique Valente Rodrigues da Silva, Herminio José Sobral Loureiro:Gongalves. Hugo José Teixeira Velosa. Jo&o Alvaro Pocas Santos. Jodo Bosco Soares Mota Amaral. Jodo Calvao da Silva, ‘oso do Lago de Vasconcelos Mota. ‘Jodo Eduardo Guimares Moura de Sé. Joaquim Manuel Cabrita Neto. Joaquim Martins Ferreira do Amaral. orge Paulo de Seabra Roque da Cunha. José Alvaro Machado Pacheco Pereira. ‘José Bernardo Veloso Faleio e Cunha. ‘José Carlos Pires Povoas. ‘José de Almeida Cesdro. José Gongalves Sapinko. José Guitherme Reis Leite, José Lufs Campos Vieira de Castro. José Manuel Costa Pereira. José Mério de Lemos Damiso. José Mendes Bota, Lucilla Maria Samoreno Ferra. Luis Filipe Menezes Lopes. Luis Manuel Gongalves Marques Mendes. Luis Maria de Barros Serra Marques Guedes. Manuel Acécio Martins Roque. Manuel Alves de Oliveira, Manvel Castro de Almeida. Manuel Filipe Correia de Jesus. Manuel Maria Moreira. Maria do Céa Baptista Ramos. Maria Eduarda de Almeida Azevedo. ‘Maria Fernanda Cardoso Correia da Mota Pinto, Maria Lufsa Lourenco Ferreira. ‘Maria Manuela Dias Ferreira Leite. Maria Teresa Pinto Basto. Gouveia, “Mario da Silva Coutinho Albuquerque. ‘Miguel Bento Martins da Costa de Macedo e Silva, ‘Miguel Fernando Cassola de Miranda Relvas. Pedro Augusto Cunha Pinto. Pedro Domingos de Souza e Holstein Campitho. Pedro José da Vinha Rodrigues Costa. Pedro Manuel Mamede Passos Coelho. Rolando Lima Lalanda Gongalves. Rai Femando da Silva Rio. Sérgio André da Costa Vieira, Partido do Centro Democrético Social — Partido Popular (CDS/PP): Anténio Afonso de Pinto Galvio Lucas. ‘Augusto Torres Boucinha. Carlos Manuel de $4 Correia. Fernando José de Moura e Silva, Jorge Alexandre Silva Ferreira, [Luts Afonso Cortez Rodrigues Queiré, Marla José Pinto da Cunha Avilez Nogueira Pinto 1 stam —NOMERO 2 ‘Nuno Jorge Lopes Correia da Silva ‘Nuno Kruz Abecasis, Silvio Rui Neves Correia Goncalves Cervan. Partido Comunista Portugués (PCP): Anténio Filipe Gailo Rodrigues. Anténio Joo Rodela Machado. Bernardino José Torrio Soares. Carlos Alberto do Vale Gomes Carvalhas, Joli Anténio Gonealves do Amaral. ‘olio Cerveira Corregedor da Fonseca. José Fernando Araijo Calgada. Lino Anténio Marques de Carvalho, Octhvio Augusto Teixeira, Ruben Luts Tristio de Carvalho e Silva, Partido Ecologisia «Os Verdes» (PEV): ‘Heloiea Augusta Baiflo de Brito Apolénia. Isabel Maria de Almeida e Castro, ANTES DA ORDEM DO DIA O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, o Sr. Secretério vai dar conta dos diplomas, dos requerimentos e das ‘espostas a requerimentos que foram apresentados & Mesa, © Sr. Secretério (Artur Penedos): — Sr. Presidente e ‘rs, Deputados, deram entrada na Mesa, ¢ foram admitidos, 08 seguintes diplomas: propostas de lei n.% 61/VIl — Alterago dos Estatutos da Radiotelevisio Portuguesa, S.A, © 62/VI — Altera 0 Decreto-Lein® 20-A/90, de 15 de Janeiro (Regime Juridico das Infracg6es Fiscais nfo ‘Aduaneiras), que baixaram 2 1.* Comissio; proposta de resolugdo n.* 26/VII — Aprova, para ratificagio, 0 Acordo de Parceria © Cooperacéo entre as Comunidades Europeias © 08 seus Estados-membros, por um lado, ¢ a Ucrénia, por ‘outro, © respectivos Anexos e Protocolos, bem como a ‘Acta Final com as Declaracées, assinado no Luxemburgo em 14 de Junho de 1994, que baixou as 2." ¢ 9." Comissdes; projectos de deliberacto n.%* 26/VII — Prorrogagio do perfodo de funcionamento da Comissio Eventual para a Revisio da Constituiglo (da iniciativa do Sr. Presidente da AR) e 27/VII — Regime de promocio do uso de papel reciclado (Os Verdes); e'projecto de lei ‘n 231/VII — Abertura a iniciativa privada do sector das ‘telecomunicagies (PSD), que baixou as 1.* ¢ 5 * ComissOes. Foram apresentados na Mesa os seguintes requeri- mentos: 'Na sessio plenfria de 10 de Outubro, 20 Ministério da Solidariedade © Seguranca Social, formulado pela Sr.* Deputada Maria Celeste Correia; a0 Governo, formulados pelos Srs. Deputados Sérgio Sousa Pinto Jorge Ferreira; 20s Ministérios da Justiga, da Economia e para a Qualificagio e o Emprego, formulados pelo Sr. Deputado Goncalves Sapinho; aos Ministérios do Equipamento, do Planeamento ¢ da Administracio do Territério, do Ambiente ¢ da Ciéncia e Tecnologia, formulado pelo Sr. Deputado Manuel Moreira; aos Ministérios da Saiide © da Educacio, formulado pelo Sr. Deputado Jorge Roque Cunha; a diversos Ministérios, formulados pelo Sr. Deputado Lino de Carvalho: e a0 Ministério da Administragdo Interna, formulado pelo Sr. Deputado Nuno Abecasis. ‘Na reunito plenéria de 11 de Outubro, a0 Sr. Primeiro- “Ministro © & Secretaria de Estado do Desenvolvimento 18 DE OUTUBRO DE 1996 Regional, formulados pelo Sr. Deputado Victor Moura; 20 Ministério da Cultura, formulado pelo Sr. Deputado Fernando Pereira Marques; a0 Ministério da Satide, formu- lado pelo St. Deputado Fernando Serrasqueira; 20 Minis- tério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas, formulados pelos Srs. Deputados Lino de Carvalho ¢ ‘AntGnio Germano S& e Abreu; € 20 Ministério da Soli- dariedade ¢ Seguranga Social, formulado pela Sc* Deputada Filomena Bordalo. 'Na reunido plenéria de 15 de Outubro, ao Ministério da Justiga, formulado pelo Sr. Deputado Joio Carlos Duarte; a0 Ministério da Economia e & Cimara Municipal de Lisboa, formulados pelo Sr. Deputado Macério Correia; a0 Governo, formulado pela Sr.* Deputada Isabel Castro. Entretanto, 0 Governo, em 19 de Setembro, respondeu 1 diversos requerimentos apresentados pelos seguintes Srs. Deputados: Afonso Lobio, na sessio de 2 de Maio; Fernando Pedro Moutinho, na sessio de 11 de Junho; Heloisa Apolénia, no dia 18 de Junho; Moia Amaral, na sesso de 25 de Junho; Isabel Castro, na sesso de 3 de Julho; Lueflia Ferra, na sesso de 11 de Julho; Jorge Ferreira, na sessio de 12 de Julho; Paulo Portas, no dia 23 de Julho; Fernanda Costa, no dia 30 de Julho; e Nuno Correia da Silva, no dia 16 de Agosto. Srs. Deputados, informo ainda que deu entrada na Mesa um relat6rio ¢ parecer da Comisséo de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, do seguinte teor: Em reunio da Comissio de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades ¢ Garantias, realizada no dia 17 de Outubro de 1996, pelas 14 horas ¢ 30 minutos, foi ‘observada a seguinte retoma de mandato de Deputado: Retoma de mandato de Deputado nos termos do artigo 62, n.% 1 ¢ 2, do Estatuto dos Deputados (Lei n.* 7/93, de'I1 de Margo). Grupo Parlamentar do Partido Socialista (PS): ‘Sérgio Avila (Circulo Eleitoral dos Agores), a partir de 17 de Outubro corrente, inclusive, cessando José Maria Teixeira Dias. ‘Analisados os documentos pertinentes de que a Comis- so dispunha, verificou-se que a retoma do mandato indicada obedece aos preceitos regimentais e legais. Finalmente, a Comissio entende proferir o seguinte parecer: a retoma do mandato em causa é de admi ‘vez que se encontram verificados os requisitos legais. Sr. Presidente: — Esté em discussto. 'Nfo havendo inscrigées, vamos votar. ‘Submetido a votagdo, foi aprovado por unanimidade. Sr. Seeretério (Artur Penedos): — Srs. Deputados, deu ainda entrada na Mesa uma carta de remincia a0 ‘mandato, do seguinte teor: Manuel Maria Mendonca Silva Carvalho, Deputado eleito pelo Circulo do Porto, vem, nos termos don.” 1 do artigo 7.° do Estatuto dos Deputados, apresentar a reninci ‘a0 mandato de Deputado a partir desta data. Lisboa, 17 de Outubro de 1996. Sr. Presidente: — Para uma interpelagio & Mesa, tem a palavra o Sr. Deputado Roleira Marinho. Sr. Roleira Marinho (PSD): — Sr. Presidente, no uso de um direito regimental, os Deputados do PSD cleitos 6s pelo distrito de Viana do Castelo apresentaram um requerimento ao Sr. Ministro da Solidariedade ¢ da Seguranga Social sobre a situaco da Santa Casa da Misericérdia de Vila Nova de Cerveira. Na resposta, 0 Sr. Ministro refere que um dos Deputados requerentes foi ‘membro da Mesa daquela Santa Casa, insinuando, portanto, {que serd também responsivel pelas dificuldades que af se verificam. Sr. Presidente, trata-se de uma acusagio falsa ¢ ‘mentirosa, a que 0 Sr. Ministro no deveria recorrer para cesconder a sua impreparagio. Aos Deputados assiste-Ihes © direito de questionar 0 Governo e a0 Governo a obri- acto de responder com rigor e com verdade &s questdes ‘que Ihe so colocadas e nfo com evasivas e com mentiras, que repudiamos e que contrariam a postura de dialogo que 0 Sr. Primeiro-Ministro tanto apregoa. Farei chegar a V. Ex. Sr. Presidente, o assunto, para que 0 Sr. Ministro faca prova das afirmagdes que subsereveu. Aplausos do PSD. Sr. Présidente: — Como V. Ex.* sabe, ndo fez. uma interpelago mas, sim, um protesto, no uso de um direito que o Regimento the confere. ‘0 Governo esté presente, portanto, se quiser, tem 0 Jireito de contraprotestar, mas, se no quiser, aguardarei ‘0 seu requerimento e, depois, veremos 0 seguimento a dar- lhe. ‘Srs. Deputados, tenho 0 grato prazer'de vos anunciar que se encontra a assistir aos nossos trabalhos Sua Exceléncia o Presidente da Assembleia da Repiblica de Mogambique, acompanhado de uma delegagio composta por representantes de todos os-partidos com assento na ‘mesma Assembleia, que esti de visita ao Parlaménto por- ty Nada me podia dar mais alegria do que ter esta ‘oportunidade de os ter connosco. Tenho a certeza de que todos 0s Deputados comungam da mesma alegria ‘Assindmos hoje um importantissimo protocolo, que vai ser um valioso instrumento de trabalho no plano da cooperagio entre os Parlamentos portugués ¢ mocambicano , com base neste instrumento, creio que a cooperago em geral entre os nossos paises e 0s nossos povos poderi também softer um incremento € um desenvolvimento. Espero que a delegagio de Mogambique se sinta bem no meio de nés e teremos muito gosto que levem daqui ‘uma recordaglo agradvel. Voltem mais vezes, porque, ‘sempre que Vierem, fazemos votos © desejamos que Se sintam como se estivessem em vossa casa. ‘Mogambique é um pais no apenas amigo mas também imo de Portugal ¢ 0 futuro das nossas relagdes de cooperagio e amizade vai ficar marcado na historia do préximo futuro, ‘Saudemos a delegacio de Mogambique. Aplausos gerais, de pé. Srs. Deputados e Sts, Membros do Governo, uma informagio que nfo ¢ vio agradivel: cumpro o dever de informer o Parlamento que, ap6s um exame de rotina, contra tudo aquilo que era de esperar, cheguei & conclusdo ‘de que preciso de «recauchutar» as artérias que insuflam ‘0 sangue no meu velho ¢ cansado coragao. [No € uma operagdo de alto risco, mas é uma operagio de algum risco; € sempre uma operagio de peito aberto, embora de coragao fechado. Mas estou convencido de que, 66. ‘com as técnicas modernas, acabarei por ficar em condigBes, de vos continuar a infligit a minha presenga durante mais alguns anos. ‘Vejam até que ponto eu fago questilo de levar a minha solidariedade com 0 nosso camarada Manuel Alegre e com ‘© meu amigo Jorge Sampaio! Risos. ‘Quase chego & convicgSo de que o politico que se preza tem de fazer a sua operagfozinha ao coracfo, quando atinge uma certa idade, Mas nio estejam preocupados, porque ainda nfo é desta que se vio ver livres de mim. E, como dizia, hé pouco, 0 Sr. Deputado Mota Amaral, isto é 0 prego de quem faz politica com 0 coragio. Se calhar, é! Informo que darei entrada no Hospital da Cruz Ver- metha na préxima segunds-feira, serei operado pelo médico ‘Manuel Pedro de Magalhies, de quem tenho a fortuna de ser sogro — ele é um excelente cirurgitio torécico, por isso estou em boas mos —, e espero estar de volta dentro de dduas ou trés semanas. Creio que nfo hé mais informagées a dar. Sem dra- ‘matismo, espero que tudo corra bem, mas, se no correr, ‘bye-bye. De qualquer modo, quero que tenham a certeza de que vou sentir saudades vossas, pelo menos até ao inicio da operagdo. Depois se verd! Aplausos gerais, de pé. ‘Tem a palavra'o Sr. Deputado Jorge Lacko. Sr. Jorge Lacéo (PS): — Meu caro Presidente, meu © nosso querido amigo Almeida Santos, agradecemos a forma extremamente desdramatizada, mas, a0 mesmo tempo, to humanizada, como nos informou da operagio a que vai ser sujeito. ‘Sr. Presidente da Assembleia da Repéblica, creia que cstaremos inteiramente consigo em todos estes momentos; ‘reia que, da nossa parte, de corago aberto, o acompanha- ‘remos em permanéncia; creia, Sr. Presidente, que sabemos ¢ compreendemos que as instituigdes da Repdblica devem ter um cunho fortemente humanizado e que os titulares, dessas instituigBes, sendo pessoas, devem, por isso mesmo, pelos valores da aféctividade e da emosSo, para além dos da razio, partilhar também conosco, e todos nds uns com (8 outros, os momentos diffceis pelos quais algumas vezes nna vida temos de passar. ‘Sr. Presidente, nosso extremo amigo Almeida Santos, vamos estar sempre consigo © queremos que volte rapidamente. Aplausos gerais. © Sr. Presidente: — Obrigado, meu querido amigo! Jé ¥i que entro na sala de operag6es cheio de mimo! ‘Tem a palavra o Sr. Deputado Luis Marques Mendes. © Sr. Lais Marques Mendes (PSD): — Sr. Presidente, ¢ também para, de uma forma breve e na linha do que foi dito pelo Sr. Deputado Jorge Lacio, dizer o seguinte: politica & parte, em meu nome pessoal e em nome de toda a bancada a que presido, agradecemos a franqueza da informagio que transmitiu A Ciara; registamos com ‘muito satisfagdo a forma tranquila como colocou a questo, © que significa um indicio muito positivo; e, sobretudo, , como dizem, pronto a continuar a impor- vos, repito, a minha presenga. ‘Muito obrigado. Srs. Deputados, vamos dar inicio ao perfodo das declaragbes polficas. Encontram-se inscritos os Srs. Deputados Sérgio Avi ¢ Jorge Ferreira. ‘Tem a palavra o Sr. Deputado Sérgio Avila. Aplausos do PS. O Sr. Sérgio Avila (PS): — Sr. Presidente, Srs. Depu- tados: © dia 13 de Outubro de 1996 ficaré para sempre ‘marcada na meméria dos agorianos como uma data em que se concretizou a mudanca, hé muito esperada, com a vitéria do Partido Socialista. Uma mudanca, rumo a ‘uma nova ‘autonomi Aplausos do PS. ss que no se conformaré com a evolugéo negativa que se tem vindo a observar nas ilhas, com efeitos nas empresas, na falta de empregos © na progressio de fenémenos de fe exclusio social. © PS foi durante 20 anos uma oposigao séria, cconstrutiva e que se bateu na defesa dos seus ideais e dos interesses legitimos das regides auténomas. Sempre respeitimos 0s resultados eleitorais, sabendo assumir as ‘nossas responsabilidades na oposicio. Esperamos que 0 PSD compreenda que o poder nio ¢ eterno e saiba respeitar 1 vontade popular. ‘Vozes do PS: — Muito bem! (© Orador: — O programa eleitoral que o PS props ¢ ‘que os agorianos votaram maioritariamente assenta muito claramente em quatro vectores, a saber: criar uma nova relago, restaurando-se a confianca entre 0 Governo regional, a administragio regional ¢ 0s agorianos; a desenvolver um relacionamento entre 0s érglos regionais| ¢ 0 Govemo e a Assembleia da Replica baseado na lei, na estabilidade € na cooperagdo em defesa ¢ aprofun- . Esté bem de ver que, a curtisimo prazo, deixarfamos de ter fungéo pablica para passarmos a ter «gula piblica». Nio haveria pals ou povo que aguentasse um sistema destes. © problema € que nio é virtual 0 Secretério de Estado que hoje afirma a um matutino — e cito — que, para «implicar os trabalhadores de impostos no sucesso do combate & grande evasio fiscal, 6 preciso criar um sistema persecutério perverso de funcionamento da administracko fiscal». E necessério combater a fraude ¢ a evasio fiscais. N5o temos dividas disso e apoiaremos todos os esforgos sérios nesse sentido. Mas € preciso que haja goverantes com ‘bom senso que saibam combater a fraude ¢ a evasio fiscais através de reformas eficientes e sadias e nio de remendos artificiais, doentios ou policiescos. E preciso lembrar que © Tratado de Maastricht nfo exige tanto! Calma, senhores s! Sr. Presidente (Mota Amaral): — Para uma intervengdo, tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Pacheco, 18 DE OUTUBRO DE 1996 © Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Um ano apés a vitéria do Partido Socialista ‘e no momento da andlise do segundo Orgamento do Go- verno socialista, é altura de parar e reflectir sobre 0 que 6 foi feito ou, melhor, sobre aquilo que nao se fez. A verdade & que geralmente & beleza dos botées de rosa sucede um desfolhar da flor, pétala a pétala, num processo por vezes tio répido que nos surpreende a todos. ‘Sr. Presidente e Srs. Deputados, € este o processo a que estamos a assistir, quando recordamos 0 «botio de rosa» de 1 de Outubro de 1995 e observamos a «rosa», jé desfo- Thada, em Outubro de 1996. Esta situagio, que jé € visivel no Pafs, pode ser sentida por qualquer observador a0 analisar com alguma alengdo 0 que se passa, na érea Oeste do distrto de Lisboa, em qualquer dos seus seis concelhos. ‘Na seguranga, 0 Governo socialista até a0 momento ‘nada fez, nem sequer responder aos requerimentos que os Deputados apresentaram nesta Casa — ¢ ainda fala este Governo no didlogo © no respeito pela Assembleia da Reptblica! ‘Voaes do PSD: — Muito bem! (0 Orador: — A verdade é que, enquanto 0 sentimento de inseguranga alastra na populagtio, o aumento desejado de efectivos ndo acontece ¢, para as instalagdes das forgas de seguranca que reconhecidamente s80 necessérias, nfo se vislumbra qualquer investimento. E 0 caso do quartel da GNR do Carregado ou de Sobral de Monte Agraco, s6 como exemplo. 'Na justiga, 0 edificio para o wibunal do Cadaval con- tinua a esperar por uma douta deciso do Ministro Vera Jardim; na acgio social, sto indmeras as instituigdes pparticulares de solidariedade social que, tendo em conta ‘as necessidades da regio, desejam fazer investimentos de ‘modo a poderem dar uma resposta as caréncias dos mais necessitados. $6 que, no concreto, no encontram igual vontade por parte do Governo. ‘Aquando da discussto ‘do Orgamento do Estado para 1996, a equipa do Ministério da Solidariedade e Seguranca Social criticou as antigas equipas de paralisia, anunciando ue agora, nos novos tempos, todos os processos teriam tum andamento répido eficaz. Mera ilusSo. Infelizmente, foram $6 palavras, pois nada aconteceu ao longo deste ano, para infortinio daqueles que o PS sempre tem na boca, ou seja, os mais carecidos. Esto nesta situagio os projectos que instituigdes particulares de solidariedade social da Lourinha, Torres Vedras, Arruda, Alenquer e: ‘Sobral gostario de implementare, infelizmente, continuam somente a fazer parte dos seus sonhos. S6 que esta situago pode ser estendida a outras éreas. Assim, os agricultores da rea Oeste, que na realidade jinham grandes expectativas face ao que Ihes fora prometido pelos socialistas, no ano de 1996 s6 alcangaram desilusdes. Até a0 momento no surgiram novos apoios ‘0s agricultores, enquanto que atrasos e dilagBes nas decisées sobre 0s seus processos de investimento sio a regra, Mas mais: 0 Governo portugués, aquando do momento mais grave da crise da BSE, no soube salvaguardar os interesses dos produtores de animais bovinos, 0 que teve consequéncias negativas para o rendimento dos produtores de gado de todo 0 Oeste. Na fea da saide, também a regido, alé ao momento, 86 beneficiou dos sorrisos e simpatias da Sr:* Ministra. Alenquer, Carregado, Sobral e Lourinhé continuam & espera das novas instalagSes para os seus centros de sate. 8 SituagHo idéntica acontece na érea da educago, onde as palavras do Sr. Ministro sio améveis © apresentam projectos por que todos anseiam, mas a sua pritica no ‘conduz a qualquer investimento, E 0 caso de pavilhdes ‘gimnodesportivos para as escolas secundérias, que todos desejam, mas nem sequer cartas de autarcas ao Ministério ‘tem merecido resposta. Entretanto, a Escola Secundéria de Santo Ant6nio, em Torres Vedras, jé inscrita em PIDDAC nfo sai do papel, ¢ a Escola Secundéria da Lourinhi nao passa de um anseio. E que dizer da protecgdo civil, érea em que os governos sociais-democratas apoiaram a construgdo de quartéis de bombeiros em cinco dos seis concelhos da regio, mas agora 0 Governo socialista ndo consegue comprometer-se ‘com 0 investimento no quartel que resta construir, ou seja 1n0 Sobral Sr. Anténio Braga (PS): — Jé fizeram cinco! © Orador: — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Nesta rosa desfolhada, muitas so as pétalas que jé cafram € os cespinhos que se evidenciam, mas os maiores situam-se na ‘rea das comunicagses. Desenvolvimento da Linha Oeste, nomeadamente a lectrficago © duplicaglo da linha, € algo que ndo se vvislumbra; ‘das estradas nacionais, na sequéncia das intempéries do Inverno sitimo, € algo que ainda no ‘aconteceu; situagées como as das estradas Cadaval/ Vermelha ou Outeiro da Cabega/Vilar sfo verdadeiros cescAndalos. Mas a situago mais preocupante € onde 6 espinho da rosa € maior 6 no caso das vias répidas do Oeste. A A10, auto-estrada entre Bucelas e 0 Carregado, passando por Arruda dos Vinhos, est4 esperando melhores di itinerério complementar n.° 11, entre Torres Vedras ¢ Marateca, nomeadamente no trogo entre aquela cidade e a localidade do Carregado, & uma verdadeira miragem © 0 Orgamento do Estado para 1997 nfo a torna mais real; a ligagdo do concelho da Lourinhi & auto-estrada em Torres ‘Vedras, depois de quase um ano em «estudos, comegou ‘agora a ter algum desenvolvimento; 0 trogo da A8, entre Malveira e Torres Vedras, foi concluido, embora com atraso, mas com portagens «Rosa», ou seja, com um ‘agravamento significativo face ao que estava previsto, 0 ‘que gerou forte contestagio das populagées, incluindo de autarcas socialistas. Por fim, apds meses de paragem, esté em construgdo a continuagzo do ICI, nomeadamente no trogo que vai de Torres Vedras até a0 inicio do distrito de Leiria. Si. Anténio Braga (PS): — Vé Ié! © Orador: — S6 que, surpresa das surpresas, depois da euforia de Outubro de 1995, em que 0 Engenheiro ‘Guteres decid cabar com as portagens das auto-estradas por onde tinha passado, em Outubro de 1996 tomou a Gecisto de langar potagens nas vas répidas que jé estavam. previstas pelo anterior governo, mesmo nas que foram Eonstruldas pelo.governo do Professor Cavaco Silva e que esto em funcionamento ha mais de um ano ‘Sr, Presidente, Srs. Deputados: Esta situagio nfo é scetivel por ninguém, facto que é evidenciado nas cricas tomadas pubicas pelos autarca socialistas. Permitam-me {que v0s pergurte © que é que distingue a populagio da fea Oeste das populagSes da Area Metropolitana de boa, pra que Se retire as poragens & CRELLe se lance 6 1 sénu —NOMERO 2 © pagamento da mesma nas vias do Oeste j& projectadas, conclufdas e em funcionamento. & um absurdo, uma incongruéncia, algo de condensvel a que 0 Partido Social Democrata nflo se calard E € assim que, ao fim de um ano de Governo, 0 botio de rosa estd de facto desfigurado, Pela inacyao, pela des- consideragdo dada a toda uma regiflo, por comportamentos ue jé nem sequer os autarcas socialistas do Oeste conse- guem defender. Neste sentido, deixo um alerta: Srs. Deputados socia- listas, nunca 6 tarde para corrigi uma rota, para reconhecer tim erro, para arrepiar caminho. Transmitam este grito, que € de toda uma regio, ao Govemo que apoiam, de modo ‘8 que 0 este nio seja esquecido © possa desfrutar do desenvolvimento que os senhores dizem querer implantar ‘em todo 0 Pafs. Se assim for, quem ganha nko é 0 partido A ou 0 partido B mas, sim, todo 0 Oeste, ¢ afinal isso € {que € 0 mais importante. Aplausos do PSD. © Sr. Presidente (Mota Amaral): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra 0 Sr. Deputado Carlos Cordeiro. © Sr. Carlos Cordeiro (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Duarte Pacheco, compreendo que V. Ex" sinta, no momento em que se aproximam as cleigoes autérquicas, a absoluta necessidade de fazer ouvir a voz do seu partido em relagdo & zona Oeste, na medida em que, em cada cleigdo, 0 PSD vai ficando cada vez mais diminufdo © mais longe do poder autérquico por que Aplaiusos do PS. De facto, desde hé muitos anos que a Regito do Oeste € de maioria socialista em termos autérquicos, por isso compreendo que V. Ex." tenha, neste momento, neces- sidade de uma afirmacio pessoal ¢ do PSD. Curiosamente, V. Ex. veio aqui acusar 0 Partido Socialista de nfio ter cumprido, num ano de governacto, ‘tudo aquilo que o PSD ndo cumpriu em 10 anos! Aplausos do PS. Todas essascaréncias a que se referiu nfo nasceram no dia 1 de Outubro do ano passado; sto caréncias que tm vindo a agravar-sé durante 10 anos. © Governo do Partido Socialista estéem situaglo de resolver algumas delas; al aso 0 St. Deputado no saiba, posso dizer-the que jé foi aberto concurso © as propostas relativas 20 Palécio da Justign em Alenquer, que a construc do quartel da GNR dda Merceana vai comegar brevemente © que 0 assunto da GNR, no Carregado, esté a ser tratado entre 0 Sr. Presidente da Camara Municipal de Alenquer e 0 Sr. Ministro da Administraggo Interna. Podia dizer-Ine muitas outras coisas acerca das caréncias a que fez referéncia. De facto, elas so muitas na Regido do Oeste e eu comungo com V. Ex. todas essas que aqui apresentou, mas como é evidente elas nfo nasceram no dia 1 de Outubro mas, sim, hd 10 anos! Pergunto, por isso, conde esteve V. Ex: todos este anos, em que nunca veio

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