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cCONTROLE SOCIAL NO MUNICIPIO poS MEGAEMPREENDIMENTOS: UMA ANALISE DAS VIAS DE cCONTROLE SOCIAL EM ITAGUAI/RJ Daniel Neto Francisco” Lamounier Erthal Villela” introdugao politicas de desenvolvimento local se multi- A perspectiva das carn 0S mais variados municipios do pais, e sobre diferentes reali- dades; governos locais e estaduais tém se langado na busca de capitais tos externos. A perspectiva de desenvolvimento das loca- einvestiment {idades por um prisma unicamente voltado para 0 crescimento econd- mmico deixa de atender aos interesses das comunidades,e permeia os in- teresses andlogos de grandes agentes em volta do mercado e do poder piblico. Assim, 0 processo de atragio dos megaempreendimentos em Traguat também se conduziu sob égides “mercadocéntricas”. Ttaguai pertencente aRegiio Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) com populacao estimada em 120.855 habitantes segundo em Cigncia, Teenologis ¢ Tnovaety Rural do Rio de Janeiro (UFRR)), cador do Progeam do "Territorial - PEPEDT - ma de Pés-Graduagio Universidade Federal Bolsista CAPES, pesatt em Desenvolvimento 19 Doutorando no Progra Agropecudtia, Instituigao: Bolsista. CAPES/Pr6-Integrasao, progam de Ensino, Pesquisa ¢ Extensfio . IFRRJ. E-mail: dnetofrancisco@gmail.com - Professor do PPGCTIA/UFRRJ & PPGDT/UFRR), Coordenador do Programs Ensina, Pesquisa e Extensfo em Desenvolvimer "Territorial PEPEDT/UFRR), agi Univeridade Federal Rural do Rio de Janciso UFRRJ. E-mail amounts |@gmall.com 125: Digitalizado com CamScanner ‘A implantagiio de megaempreendiry ase Naval de Submarinos Atomico i +1. 4 planta da Companhia Sidertirg:, est oa do Bras planta. do Companhia Siding, x “ aaa Usina Siderdrgica de Minas Gerais S.A.; 0 Arce me, plan do Rio de Janeiro; a expansao do Porto de Ttaguaie g : op nie da Petrobras vem modificando a territorialidade ¢ ote ase da dos agentes locais; expressam domi ae de forsa sobre um roca ndugao da coisa publica, em que faltam instry 80, de publicizagao das cd ae . inser) da Comunidade is seus representantes na gestao Cas po ticas municipais, De tal forma, este capitulo analisa 0 cenério do Controle go: no municipio de Itaguai, face Aatragio de megaempreendimen, Objetiva-se analisar os espacos de controle social existentes 2 = tir da perspectiva dos conselheiros comunitarios da localida ae 7 isso, serao apresentados nas préximas segGes: a) elementos ten do controle social no Brasil e os canais deliberativos instituidos 4 Constituigio Federal de 1988; ) as vias de controle social com: conselhos gestores de politicas ptblicas, conselhos Comunitérios oy. vidorias municipais, 0 controle social ciberdemocritico e ates de movimentos sociais. Para esta andlise foram realizadas entrevistas semiestrutunds com representantes dos 25 conselhos comunitarios do municipi de Itaguai,e de representantes de movimentos sociais locais com o “Movimento de Resisténcia da Ilha da Madeira” e do Mi | Publico de Itaguai. Além da realizacio de pesquisas bibliogrificad> cumental e telematizada. { eNtog 221 (2016). 9 IBGE” ¢ rs Cor, Porto Sudeste; 2 Bi simétrico de co! ————— 21 IBGE ~ Instituto Brasileiro de Geogratia e Estatistica: Digitalizado com CamScanner controle social em suas diversas vias e perspectivas -ocesso de redemocratizacio no Brasil, iniciado na décad 3, traz 20 debate da esfera publica an ae rng da maquina administratiya do Estado ¢ cont Ls C em- demandas introduzidas pela particin- sjguras dem "4 patticipacio de o = organizagies populares Ue se inseriram no moe cam jo da Constituigao Federal de 1989, Durante a formulacio form e¢ituinte Nacional de 1988 foiincluida y : \ oa ima série de atores e entos da sociedade brasileira. Muitos desses Jé impulsionados rp processo a aan dos anos 1970, A multiplicacio fos 652608 de deli as i ean dos movimentos sociais favorecet a instrumenta lizacao de um aparato Participativo no pais, com a ctiagao de elementos que primavam politicas desenvolvidas com a participacao da sociedade, No ano de 1990 foiestabelecida a Lei n° 8.142, 0 marco le- gil para implementagao das conferéncias de satide. Um instrumento garticipativo que tem como objetivo gerar proposicées e ditetrizes para as politicas do setor, abrindo um amplo campo de didlogo entre asociedade civil e a administracao publica, 0 que favorece a gestiio compartilhada e a elaboragio de politicas piiblicas mais localizadas. Gohn (2011) afirma que esses instrumentos participativos, que se constituem nas mais diversas escalas da federagio, sio importantes instrumentos de consonancia de grupos de interesses e de obtencao das demandas das localidades. A proposigio de demandas a partir da l6gica da participacdo cidada reitera a perspectiva de politicas mais Hlurais, desenvolvidas com foco nos tertitérios. Os conselhos gestores, como instituig6es legitimas, sio um im- Portante canal que simboliza esse proceso ¢ que fazem a conexio sntte as esferas publica ¢ a social. Outra classificagio bem proxima a dos conselhos gestores é a dos Conselhos Comunitérios (CC) que ecessidade de se gerar 127] . Digitalizado com CamScanner tendem a desenvolver um papel semelhante no sentido de Prony, um espaco de didlogo entre as esferas privada ¢ publica, Ag trax histérico dos CC do municipio de Sao Paulo, Gohn (2011) oben, que sua criagio esta atrelada ao contexto de expansio das MObiliza. des da sociedade civil, ainda na década de 1970. Nio obstante, anteriormente a este processo de formalizas, dos Conselhos Comunitirios como instituigdes de deliberacig pie blica, a prefeitura do municipio de Sao Paulo ja tinha Constituid, (entre 1969-1973) alguns conselhos para fiscalizar suas AGBeS em segmentos de politicas de bem-estar social. Tratavam-se, no entanto, de meros gabinetes ligados ao executivo e nao tinham um cardter de inclusio participativa da sociedade civil. Outras institucionalidades de controle social ganham eminén- cia por seu cunho pautado pela agenda Participativa e inclusiva, sip eles: os orcamentos participativos e os planos diretores. A descen- tralizacao administrativa consolidada pela Constituinte de 1988 re- Passou aos municipios brasileiros a competéncia de operacionalizar 08 recursos financeiros a partir de uma nova gama de responsabili- dades ¢ as municipalidades tornam-se mais auténomas na confec- sao de seus orcamentos. 0 municipio de Porto Alegre?(RS) segui a tendéncia de outros municipios que ja vinham implementando a (TEIXEIRA e ALBUQUERQUE, 2006). Lages ¢ Joinville (SC), 40 0s primeiros movimentos de Or- gamento Participativo (OP) no Brasil, na década de 1970, ainda no periodo do regime militar (CARLOS, 2015, p. 54), No municipio de Itaguai nio existe OPO que por si s6 de- monstra a incipiéncia das instancias po, do controle social local. Apes Participativas €, 40 mesmo tem- utr da presente atuagio dos conse- 22 0 Onsamento Partipativo (OP) chega a Porto Alegre com a ascensiio do Partido dos ‘Trabalhadores (PT) prefeitrae também pela priprs ears Se i processosassocativos ¢ gest deliberada CTEIKEIRA: ALBUQURG ops q” Digitalizado com CamScanner srios em dive , esferas de c comunlt an 8 de controle social, a localid: jo conta com mecanismos como o or¢ame pa ocala a8 ae eae ‘amento participativ iM ent carter pouco inclusivo que os conselhos aoe d dig . . 6 cornunitarios qe ‘em 10 que diz respeito ao orgamento local. a 0 Estatuto das Cidades, Lei Federal n° 10.257 de junho d: esta a . F de junho de of ;pstitulu 0S Planos Diretores como instrument: imordia 200" amento urbano e na construc i aan 2 ge oo istrucao das diretrizes das politicas poe nso dos municipios brasileiros. De acordo com o E: = e woe i mo Estatuto Cidades todo o municipio com mais de 60 il habit a lane Di .000 mil habitantes omover W lano Diretor que traceos passos do desenvol- local. pear na ee grande parte dos Planos Diretores ossuem frag idades estruturais em sua fase de produ- municipios brasileiros, os Planos acabam seguindo : 5, ° das pelos interesses das elites locais (em especial, 4rios), pactuando-se apenas como um mero acordo é exigido por lei; nfo incluindo na sua fase parente e participativo que envolva nunicipais Pp jo. Em muitos diretrizes orienta politicos © empres: purocratico, uma vez que ge elaboracio um processo trans asociedade civil local. A ideia do Plano Diretor como elemento de construgdo participativa se associa ao conceito de direito cidade apresentado por David Harvey (2013), segundo ele: O direito a cidade nfo pode ser concebido simples- mente como um direito individual. Ele demanda um esforgo coletivo ¢ a formagio de direitos politicos coletivos ao redor de solidariedades soc’ “ direito A cidade, como comecei @ dizer, ndo é apenas ‘um direito condicional de aces aquilo que jd existe, vrs sim um direito avo de fazer 8 cidade diferente, de formé-la mais de acordo com 1S necessidades ) (HARVEY, 2013, p. 32-33). coletivas “I a Digitalizado com CamScanner Isto porque os planos diretores e ferramentas d A (re)produgiio dos direitos i se possam ser asseguradas as garantias de mor. assim como dos demais direitos garantidos pela Nossa Con, reconfiguragao da cidade ~ ¢ por que nao dos territérigg diretamente relacionada apromogio da cidadania (TEN Ja as ouvidorias municipais sao 6rgaos QUE Possuer 7 pectiva de formalizar o Processo de Participacao cidada g nee fundamentos como o anonimato e a isonomia Na conduci q h cessos investigativos. Elas se configuram c: omo um Conjunto tuigdes projetadas para facilitar o Processo de controle Social osmeios cabiveis dos Orgaos e le fs ‘adia, educagg,, territério devem servir para Stitny; eve a, ORIo, dr, 198 Dry. de ins Ctenhan, De Mario (2011) nota que as primeiras ouvidorias municipais do Brasil com o objetivo di ¢ tornarem-se um. © Se constituindo fora da pets ada Sociologia em que estavam atrelados* nogio de um controle do Estado Sobre a Populagao, Em seu aspect clissico, o controle social fixa-se como um instrumento de repressi? cstatal,Jé na perspectiva de Gramsci, além da oposigao dicotomict i po Digitalizado com CamScanner . sociedade, exis! end aC soci xiste um fendmeno de co ¢ construgao do con- 7c Oo ag classes, cm que uma acaby ett #8 ee M caba sendo submetidg ; Eee OU ee ange I perspectiva: "(...) 9 % pan RICIEAO ; tC.) 0 ‘controle isputa entre cssas classes pel 8c8 pela heyemoni egemonia na soc pst 88 kOe na & ne gstado” (CORREA, 2000, p. 68), eon, o recente referencial tedrico que aborda ‘ atrole social esta diretamente ligado acapacida i ee geo anizada estar intimamente relacionada c rd an “plco em suas multiplas esferas ~ runic ‘le as ages do po- de? 0 Ministério do Desenvolvimento Social ee oe socal OnE: (...) a participagio do cidadio na gest pe slices fiscalizacao, no monitoramento ¢ no controle das agées da 4 ministraga0 publica no acompanhamento das politicas’(BRASIL 4016). J4 Siraque (2009) conceitua o controle social como um oe syoto de acdes da sociedade civil posteriormente a execugao dos atos a administragao publica. De tal forma, o controle social se insere no ciclo de politicas publicas na fase de acompanhamento ¢ avaliacio das ages governamentais. Diferindo-se assim, da ideia de partici- jo social como @ inclusio dos cidadaos nas tomadas de decisdes piblicas (planejamento e implementagio das politicas). No entanto, 0 controle social se revela como um elemento que também pode estar inserido nas fases do planejamento ¢ da execugdo das agdes governamentais. Como por exemplo, na propria atuagio de conselheiros comunitarios que podem atuar pela implementasao de suas demandas publicas, opondo-se a diretrizes governamentais = ou 20 proprio jogo de poder entre a prefeitura determinados parceiros de setores especificos. Os orgamentos participativos municipais si0 comunitaria em politicas public: fans exemplos praticos da atuagao demandas 3 vez que concedem a responsabilidade de pensar as leman ais aos proprios cidadaos da comunidade. Na proxima segdo ¢ subsegoes serio apresentad ito do municl Vias 4 de controle social expressas n0 47 ‘| jas as principais pio de Itagual. 131 Digitalizado com CamScanner Os conselhos comunitarias ede Polite setoriais de Itaguaj ay O municipio de Ttaguai conta com Ihos gestores municipais como o de satid tantes pela sua capacidade de aprovar o pastas, ¢, além disso, ambas as instancias POssuem Carater det vo, normativo e fiscalizador; podem sugerir Pautas, aco, ta ™Mpay de politicas locais e a formulacao de outr 4S a¢6es no my No entanto, o municipio ainda vem fortalece cias participativas locais, Até 0 ano de 2012 6 muni com apenas 7 (sete) conselhos Setoriais: 1) Satide; 2) Conselho Municipal de Assist Municipal do Idoso; 4) Conselho Mui edo Adolescente; 5) Conselho Munici alguns Porta Ceode Cducags, ‘ Undo 0 of, a Tre lente Thang UNicipin, do suas « Jttas Instay PIO con Conselho M , foi reinstituido 0 Conselho de Di de Ttaguat (Cedur), tancia de gestio pau ipal voltada para as politicas de Planejamento urbano, No que diz reg Peito arepresentativi conselheiros comunit. idade em Ttaguai, alguns ‘rios destacam que: Eu participo,além do Conselho comunitirio, comos Plente do Consetho Municipal de Direitos da Cria” $2. do Adolescente e como conselheira vo Conselho de Educagio, (..) Também faco parte da Comet Municipal de Diteitos Humanos ¢ Acessibilidade Iaguat, Eo que eu vejo é que cada vez mais a gett wana forga com as reunidere varnc, ganhando nom? cartPicidade de ser ouvidos, ans aqui, quanto m8 Conferéncias estaduais « federal (Entrevistado 1). 2 Digitalizado com CamScanner Os conselhos comunitérios 4 conselhos de snide, eduegae (et ,cdcagto, (..) Alguns participam divere pam as vezes. (Entrevistade 2) de alitmentagio exeolar Henite © 4g wuttos part partici s gestores de Itaguai funcionam de f ue acontece nos conselhos ee e ociedade civil atuam em ambas a ee Al mde forma direta com as deliberagdes alia $e5¢ rd ide politicas publicas. nos cons! ano de 20146 municipio de Itaguai contava com 20 conse- -comunitatioss em 2016, ° municipio contava com 24 conselhos gui 08 formalmente institucionalizados com registros, docu- vt de formalizacao € atas de reuniGes. Itaguaf ainda conta com wn conselho comunitario em formasio, 0 do bairro Jardim Weda. O ye mostfa que existem iniciativas da sociedade civil local no sentido ;nstitucionalizacio dos meios deliberativos ¢ de controle deampliar social 0 municipio. Os CCs institucionalizados do municipio lutam para que pos- gmter uma estrutura independente do poder piblico, que possibilite zagio dos seus agentes no controle social e no processo de configu- ragio das politicas publicas locais. Ademais, ainda sao iniimeras as quest6es que envolvem a autonomia dos conselhos comunitirios; in- cusive sobre a propria questao da sede dos conselhos, em que grande purte esto em locais cedidos por moradores, igrejas ou instituigdes corganizacées sociais do municipio. Outros 03 (trés) funcionam em Administragdes Regionais, espasos cedidos pela prefeitura de Ita- ui, De acordo com os conselheiros entrevistados, até recentemen- ea Comunitario de Chaperé (um dos bairros de Tagua ém estava alocado em uma sala da Administragao Regional tusna data deste artigo, o conselho estava fancionando na casa de int aie de sua diretoria. Tabela 1a seguirsintetiza a rita lguns guns elhos estrutura dos Conselhos Comu- 133 3 al Digitalizado com CamScanner | ! a) seu tipo d térios de Ttaguat ap: t) seu tipo de g nit ! ; Cde; by cc) registros de atas ¢ dcliberag Nc s ay. das reun’ Ja 1- Sintese da estrutura dos Consethos Comuni cla 1 Sintes Periodicidade Conselhos Sede 5 Seer reer das reunites ss Haguaf (RJ) ne Sim 0 Mensalmente 7 te Bimestral ou ~ Nio a ‘Trimestrais 5 ae istragd Sem 2 Administragdes : e : Regionais Periodicidade 3 sa Fonte-Francisco(2016). A reuniio que congrega todos os conselhos Comunity municipio € denominada como “Plendria dos Consethogr 2% um diagnéstico das demandas municipais e re Bn Ue Passa § Prefeiting . arias. N ‘m grande parte d. ce secretarias. No entanto, e1 gr ie Parte das vezes, og Conselheins comunitarios nao possuem o retorno dessas questée; plenaria. E alguns S levantadas ke conselheiros observam que: E A Plenatia acaba se com, 0s interesses da prefeitu voltada para a prefeitu: 'prometendo muito. Mais con, ra Porque ela esti totalnese ra. E com isco ficamos pie cados, nao temos Tespostas nem da prefeitura ¢ ea da Plenaria. (...) Porque a Plenéria nio pode cobrds Prefeito! Aonde jé se viu poder cobrat do seu cei? Isso nfo existe e nem vai existir. (Entrevistado 1). Nos defendemos a separagio da Pleniria dos Coe Ihos e da Assessoria Comunititia pong comunitétios ndlo podem funcionar dent me tura, Eu sempre bati nesta tecla ¢ isso aor eat Para que as novas lutas possam ser ouvi a ni mais ripida. Assim como os conselhos wei # Was administragbes regionals ficam SWAY ag vontades da prefeitura, a nossa plenétis (Entrevistado 2), 134 Digitalizado com CamScanner endria dos Conselhos é, segunda } A a de Participaca . joints 40 Sistem oe piricipagio is Comunidades Opyon ot agua na Gestéo Democratica dy Politicg Urbana M Bani alidade“representar + ” 4 Wunict ais sn oO finalidade Tepresentar, integrar, articular ¢ ng,,-1 i faa oe cular ¢ coordena a comunitarios do municipio de fy... mvc, . elhos Pio de Staguar(MACEDC ), ie cons sap 9) 0 ‘aced (2014), parte @ CONSELHOS COMUNITARIOS | ulico 1 Efetividade dos Conselhos na construsio de politicas piblicas aciseo(2016). No Grafico 1temos a representacio da efetividade dos conse- hos comunitarios como ferramenta construtora de politicas publicas em Itaguai. No geral, dez (40%) conselheiros afirmam que os conse- ‘hos comunitarios nunca possuem agées efetivas na configuracio de Politicas publicas; outros cinco (20%) afirmaram que a efetividade 4os conselhos comunitarios é muito pouca na construcao das poli- ‘tas municipais; seis (24%) conselheiros destacam que os conselhos Stereem pouca efetividade nesse sentido; enquanto quatro ( 16%) Onselheiros afirmam que os conselhos atuam bastante na efetivagao Politicas publicas, 135 Digitalizado com CamScanner As ouvidorias no municipio de Itagua; O municipio de Itaguat poss os poderes locais: ” ecutivo, le i antiga do municipio é do Mini ciirio e que po ative ne controle social local, principalmente, no que tange dentincias de improbidade administrativa ¢ corry Li trés ouvidoriag que tivo ¢ judicifrio, Ao re tio Puiblico, lig wi i histérico como instituigéo Ada a6 pg ti oc ao *eccbinn, PSA0. Mod A owvidoria do Ministério Pablic t Portante na ago do controle socal, tanta guai quanto na grande maioria dos muyjt hi que uma das fungdes do MP é reslnen 2 qualquer demincias andnimas ou ni gue ns, E uma grande poténcia da nosed widen possibilidade de se aionar ox devdos mag para a resolugio do caso. (..) © contol 2 os Ministéio Piblico esto dictamente sinha Processo concomitante, a misses € proteger o pal Uma vez que uma des non trimOnio piblico asince, 08 direitos sociais (Rep blico, 2015). resentante do Ministéro bj. A ouvidoria do Ministério Publico do Estado do Rio de ie neiro foi regulamentada pela Lei n° 6.451, de 2013, porém jé ese como um canal de comunicago com a populacao desde 2005. Cit i ainda ressaltar que a ouvidoria no possui apenas o papel de rete i dentincias, mas também permite que os cidadaos gerem reclamagée pedidos de informacées, criticas, elogios. De acordo com 0 ae i tante do Ministério Publico, em Ttaguai a ouvidoria soma uma si | de fungées, recebendo demtincias ligadas a diversas questoes: i ‘ ou io Nio apenas dentincias ligadas acorups0 8% Didade administatva, mas também SF | mincias de infragées ao Cédigo de qe Digitalizado com CamScanner sumidor, a crimes ambients io de servi + regulars na ; violagé pena de seri ages dos dint humanos- fam gress i oan ¢ deficiente: cos; i ' ae 7 iin hie pedofilss casos de violéncis we. xual; entre ros Casos, Ministéi outros casos. (Representante do Minister io Priblico, 2015). prestag aid: Y s pitblicos 4 as ouvidorias da C&mara Municipal de Itaguai (CMI) e «ura sio mais recentes, estao em funcionamento desde t 015 ¢ 10 de julho de 2015, respectivamente; com um ge mag : a yen periodo de atuagao e se inserindo em perspectivas bem dis- norama do municipio. idoria da CMI abre-se como um canal institucional em dao pode apresentar sugestées, criticas e recla- mages por intermédio do orgio. As queixas sobre servicos publi- cos municipais estaduais serao prontamente repassadas aos Orgaos competentes” (NOSSA CAMARA, 2015, p. 6). fato representa um avango institucional na composi¢ao de canais de controle social eque viabiliza a participacao social em processos de dentincias ¢ de pressio por melhorias na oferta de bens e servigos publicos. Sobre a fungdo € 0 objetivo de atuagio da Ouvidoria da CMI, destaca-se ainda que: qe “qualquer cida tem 0 objetivo de resolver proble- particulares, para isto existe 0 Defesa do Const- A Ouvidoria nao mas ptivados, ou entre Procon (Fundagio de Protegio ¢ 0 midor). A atuagao da Ouvidoria esti orientada part render as demandas cOletivas que posuere fim tiblico Um exemplo é& dificuldade de todo um i: mi bairro na nao realizagae da coleta de lixo, ou no 1 atendimento de servigos come i? sos, temos 0 papel de averiguat #4 em contato com ara que possa £80 V0" 1 Reepresentante da Ouvidoria da Itaguaf, 2015). | Digitalizado com CamScanner aN destacar que a Ouvidoria da Camara 4 er um retorno as demandas trazidas Cabe ain aberta para ofer . Sy ooo eater o representante da Ouvidoria da CMI: Sid, mos dar o retorno das reclamagoes ¢ dentincias feitas Pelos me res dentro do prazo de até 60 dias”. Dentro desse Prazo, a Oui.” tenta resolver a questio trazida pelo contribuinte aver 7 exemplo, a prestagao do servico de coleta de lixo junto a empres, ponsivel e gerando posteriormente o devido Tetorno a esta demana Contudo, grande parte dos conselheiros Comunitatios qo ih nicipio vé a Ouvidoria da CMI como uma ferramenta nada ef a na construgao do controle social local. O Grafico 2mostra per % sao dos 25 (vinte e cinco) conselheiros comunitarios sobre 9 Papel , Ouvidoria da Camara Municipal de Itaguaf como uma ferrameny ativa de controle social. ‘anda, SS INAO SEI RESPONDER NADA EFETIVO POUCO EFETIVO BASTANTE EFETIVO MUITO EFETIVO o 2 4 6 8 @ CONSELHOS COMUNITARIOS Grrafico 2- Efetividade da Ouvidora da Camara Municipal de Itaguai Fonte: Francisco (2016). No Grafico 2 pode-se notar que 10 (dez) conselheiros (40%) classificam o controle externo da Cimara dos Vereadores como nada efetivo. Outros 8 (cito) conselheiros (32%) classificam 0 trole externo como algo pouco efetivo. O que ressalta a falta de seg tanga dos atores sociais do municipio no controle externo da i Digitalizado com CamScanner y nou eee ve Por seus direitos ¢ pela vigilan 0. cutivo, é , os atos do inl “ ae lutros 3 (trés) conselheiros (12%) aa gue 0° ‘ol me tealizado pela Camara Municipal ai é muito efetivo. E 1 (um) conselheiro comunitério (4%, B Je Itag : i ficou como bastante efetivo. ande parte, os conselhei icinai Em gr parte, Citos municipais destacam o papel geinercia da ouvidoria do poder legislative municipal diante de uma erie de dentincias de corrup¢io da Camara de Vereadores. Outro cago que abalou a credibilidade da Camara foi o envolvimento de agoes da ae processos “ investigacio do Ministério Publico; fator que diminui a sensacao de confianca da i 5. pria avidoria da CMI. ica da populacao local na pro: Jaa ouvidoria do poder executivo foi institufda pela Lei Muni- cipal n° 3.327, de 2015. Segundo o Art. 2° da lei que dispoe sobre a estruturacio da Ouvidoria do poder executivo de Itaguaf: A Ouvidoria tem como principal objetivo ser uma ati- vidade institucional de carater mediador, pedagégico, instrumental, estratégico e fiscalizador, que acolhe as manifestagdes dos cidadios nfo solucionadas por ou- tros canais de atendimento, podendo representar aos érgios piblicos, ainda, identificar as tendéncias para recomendar e orientar a organizagio administrativa, de modo afomentar a promocao da melhoria continua da prestagdo dos servigos publicos, com transparéncia ¢ imparcialidade (.) (ITAGUAI, 2016c). A ouvidoria do executivo de Itaguaf emergiu como uma res- Pata aos escdndalos de eorrupsio e improbidade do poder loc oO et Wesley Pereira, que assumiu a prefeitura no dia 31 de margo eee buscou dar respostas institucionais 208 problemas sider: tad °s pelos agentes locais e pelo proprio Ministério Publico do es- ° do Rio de Janeiro. A primeira Ouvidora Geral do Executivo foi Sueli Fernandes. 139 Digitalizado com CamScanner ON A owvidora do municipio de Itaguai esteve dirctamente Voy processo de io do ultimo prefeito (Luciano Mota), ¢ cong tou reconhecimento na cidade durante a luta pela Votagio la cat Municipal no escindalo de improbidade © corrupeio dla prefer Preheit, em entrevista a mesma notou que: 7 Eu tinha atuado em varias frentes,.. ey que contra os desmandos da tiltima esti, provas que foram anexadas a0 dltimy pg to no Ministério Pablico, busquei trazer 4 Popul para discutir sobre o asunto (-.)E no gerd Iuta acabou sendo muito pessoa, e hoje eubisen de outra forma. Nio sou politica, mas o mey a" aquiime exige ter um dilogo direto com ssa do municipio ¢ com 0 gabinete do prefeito, (,.) Bae € 0 papel do ouvidor-geral, ser essa ponte entre asic mincias dos cidadaos e o governo. (Entrevista realigg. da com Sueli Fernandes, em 13 de outubro de 215, subi mp Con 580 ahr. Por ter tido uma atuagao direta no processo de saida do dli- mo prefeito, muitos do municipio associam a figura da ouvidore a um papel de atuacao por interesses préprios, ¢ pouca relacio com os interesses coletivos. Contudo, o que se pode notar com a atuacio di ouvidora durante os cinco primeiros meses da ouvidoria é que a insti- tuigdo ja tem obtido um papel relevante na configuracio do conte social dentro do municipio, A ouvidoria tem executado imimeras investigagées de irregul ridades dentro do poder executivo, como: funciondrios fantasmas & escolas municipais e em postos de satide; movimentagaio de veieus pesados dentro do bairro de Piranema; servicos piiblicos mal prestt dos; entre outros, De acordo com a ouvidora nao existe um setor = cifico que tenha maiores deniincias, em geral, grande parte dos & trazidos 4 ouvidoria envolvem m4 conduta de funcionarios pee, Para que haja a constatacao de tais irregularidades a 0 via ft Possui um efetivo interno de 12 pessoas. Quando foi institu! i Digitalizado com CamScanner 4 idor Geral; idor § por oo ‘Ge Hi} Ouvidor Substituto; 1 Chefe d Hf Diretor Técnico; tretor de Expediente; 4 A : fe eee 364 Assessores een Nota-se que a ¢ twidoria J conta com 7 Assesso ts eo que, segundo a ouvidora Beral, decorre da g fe sfente. O due segundo a : » decorre da grande te je incursoes tr azida pela quantidade de dentineia 7 or Br jos de materiais na satide sio apa de satide para que fornega as devidas explicagdes. Essa co- mu icagio d ouvidoria é realizada por meio de oficios que buscam a a resposta a0 questionamentos trazidos pelos cidadaos, devi Os conselheiros comunitarios de Itaguai notam a Ouvidoria do sqcutivo como um elemento favordvel Para o exercicio do controle «pal local. Quando perguntados se: ‘Na sua opinio, a Ouvidoria do executivo éuma ferramenta cfetiva na construgao do Controle social ern Itaguai?”; o Grafico 3 sintetiza 0 quadro de respostas dos €ncaminhados ao secretario eqtrevistados. {ose RESPONDER | NADAEFETIVO | FOUCO EFETIVO | ESTANTE EFETIVO ! MUITO EFETIVO 7 2 : : I CONSELHOS COMUNITARIOS cutive Gréfico 3 ~ Efetividade da Ouvidoria do Poder Exe Fonte Francisco (2016). “4 Digitalizado com CamScanner notar no Griafico 3, 7 (sete) (28%) dog «og comuniti afirmam que @ ouvidoria do poder “ theiros a papel bastante efetivo no controle social No m mi Sus 5 (cinco) (20%) conselheiros afirmam Ue a ouvidorig lei, to efetiva como um canal de controle social. Outros 5 (cineg) 0 *y dos conselheiros entrevistados notam que o papel da oto J pouco efetivo; e outros 4 (quatro) (16%) conselheiros classificay ig ouvidoria como um érgao nada efetivo na execugao do contro a cial. Outros 4 (quatro) (16%) conselheiros nao souberam Tesponda, Apesar de ser uma institui¢éo com pouco tempo de funcion. mento, a ouvidoria de Itaguaf se apresenta como um elemento desempenha um papel relevante — segundo a fala de alguns Cotte. Iheiros comunitarios. O que de maneira geral € um bom avango gestao de uma governanga municipal mais eficiente e dialégica, Como. pode se O controle social: “ciberdemocratico” No caso em especifico do municipio de Itaguai, um levantamen- to dos registros apresentados no site oficial da prefeitura nos mostra como ainda € incipiente o sistema de transparéncia local, Apesar dapi- gina eletrOnica da prefeitura disponibilizar Links de acesso dos cidadios as contas puiblicas, grande parte desses links niio possuem informagies ~ ou estio fora do ar, ou em construcio; o que limita em grande parte 0 acesso a informagao sobre as contas do municipio. Uma das ferramentas informacionais mais completas do site da prefeitura de Ttaguat € a do Plano Plurianual (PPA). Ferramet fas como a de licitagdes ou de contratos administrativos possuem Poucas informacées ¢ se encontram em perfodo de reconfigurasis © site ainda apresenta Poucos recursos para o exercicio do ee Social local. Tais debilidades impossibilitam o livre acesso es dios interessados, Segundo o representante do Ministério Put : de Traguai, o poder executivo local ja foi cobrado anteriormente P Digitalizado com CamScanner go as leis de Transparéncia ¢ de Acess C880 gdeqt's A Informagio, Um ponto que baten ater a cla é ha q i OS na tecla é a necessidade do executivo local apresentar de forma cla x is si f ” lagdo quais sio os servidores munici Casts a Recnanenea, hires muicgsis que een a ee 520 de Pessoal” — bonificacio concedida pela preteitura que gratifica determinados servidores Por seus servigos prestados, No geral, este é um gran- de problema Porque ninguém tem o conhecimento devido de quais sio os servidores que recebem esta bonificagio, porque ou desde quando a recebemn (En- trevista realizada junto ao Ministério Publico, 2015). AAs licitagOes, 0s contratos, as contas de remuneracio de pes- tre outros elementos informativos, ainda nao foram inseridos ae refeitura, seguindo um direcionamento de pouca inclusio 1 ae Haja vista que nao oferece as ferramentas necessarias Oe a cidaddo acompanhe nem mesmo a estrutura das =i naias de governo; € sem tais informagoes segue ae ° ae a governanga que nao congrega a participa¢ao local. c an 5 a os demonstrativos contabeis € de contratos ¢ licitagdes ria na nade Itaguaf nfo esto disponibilizados para que a ree : ‘ee xompanhe a gestio das contas publicas. Como 7 a osite do poder executivo municipal nfo segue 0s P' pea Lei de Acesso a Informacao (LAD: Digitalizado com CamScanner (Ener conten le ‘ ons Weer, ena sab on be yo hig TAN 0 Figura 1— Pagina de Demonstrativos de Contratos da Prefeitura Fonte: ITAGUAL(2015b).. Pela Figura 1,percebe-se que nao existe nenhuma informacio disponibilizada na homepage oficial da prefeitura sobre os seus con- tratos celebrados no ano de 2015; em uma série de icones disponiveis na barra lateral de navegacio nao se consegue acesso As informagiss contidas na homepage inicial, Nessa imagem temos a mesma pigin. (nao encontrada ou nio existente) de outros subitens, como: Evol sao das Receitas do PPA; e Compras ¢ Suprimentos. A falta de informagées puiblicas corrobora para a pouca gore" nanga local, uma vez que torna mais dificil o acesso de conseheins comunitérios ¢ de agentes da sociedade civil As contas puilicas. M Vistio de alguns dos representantes dos Conselheitos Comuniti ¢ Ttaguat o . = bli de Traguas existe pouca divulgagiio no que tange as contas pt municipais: Digitalizado com CamScanner (.) pouco sabemos sobre as contas do munietpio, mesmo com esse problema todo que envolveu a in- zag do ‘Tribunal de Contas sobre as contas do akin preteito (0 Luciano Mots), no fieamos saben: 10 por aquilo que sai nos jornais c do de muita co (Representante 01). O site nfo tem nada que possa nos informar mesmo. E les nfo querem mesmo que a gente saiba de nada, por isso, quando queremos buscar essas informagées temos que correr atris. (...) Eles s6 apresentam essas contas quando precisim da nossa aprovasao no Conselho de Saiide, ou quando envolve qualquer coisa que tem que ter aprovacao pra manter vyerba. Se nio for assim, ndo ficamos sabendo de nada (Representante 02). hecimento de muitas questOes que envolvem o setor publico de Ttaguai e que nao estdo apenas na esfera do poder executivo local. A Camara dos Vereadores do municipio também oferece pouca publicidade de seus atos. O que corrobora para a manuten¢ao de poucos instrumentos de controle social e ae- Existe na pratica um descon! ccuntability. - ‘A fiscalizagio do MP nas dentincias de improbidade adminis- trativa e superfaturamento das contas publicas torna-se elemento de grande relevincia no exercicio ativo do controle social ¢ da accoun- ‘ability em Tagua; em que partir de uma demincia fundamentada em registros, qualquer cidado pode atuar diretamente na abertura de um inquétito investigativo que pode se tomar um processo judicial. Ese papel ativo do Ministério Publica no execicio do controle social “tpande os recursos institucionais para assegurar & boa condugio da ‘oisa publica”, ¢ facilita a implementacio de um modelo de gover- "anca territorial mais equitativo, pautado na aso ativa dos agentes a locais com base em principios como @ autonomia, a inchs e ae comum. No entanto, para que o controle social possa se fazer ativo, ainda que por meio de jnstituigdes como o MB, ferramentas us Digitalizado com CamScanner de publici Apresentam Como ele, fundamentais para gerar um empoderamento territorial, Mentos O site oficial da prefeitura de Ttaguay nao Congrega j tes ferramentas para a publicizacio razodvel dos atos ¢ aie cas ¢, além disso, estabelece poucos canai: a s de interacao on populacio local. Como € possivel se con: line ¢ Statar no Grafico 4. ™8 INAO SEI RESPONDER NUNCA | RARAMENTE, ASVEZES BASTANTE, SEMPRE 0 A 4 6 8 10 2 1“ @ CONSELHOs COMUNITARIOS Grifico 4~ Capacidade de transparéncia do Portal da Prefeitura Fonte: Francisco (2016), Ao perguntar aos conselheiros Comunitarios de Itaguaf se “O portal da prefeitura lhe ajuda a ficar a par das contas do munic ”, foi detectado o baixo nivel de transparéncia e disponibilidade dos atos do poder executivo local. Dos 25 (vinte e cinco) conselheiros en trevistados, 13 (treze) alegam que o portal oficial da prefeitura nunca oferece as contas do municipio; outros 5 (cinco) conselheiros afir- mam que a pagina da prefeitura raramente auxilia no controle social local das contas publicas. Apenas 2 (dois) conselheiros afirmaram que o site da prefeitura ajuda bastante os conselhos comunitirios a ficar par das contas publicas; enquanto somente 1 (um) conselheiro notou que a pagina da prefeitura sempre oferece as contas do muni- cipio. Outros 4 (quatro) entrevistados niio souberam responder. No geral, é possivel destacar o baixo nivel de transparéncia na Be Digitalizado com CamScanner ite oficial do poder executivo jor istados consideram que nunea 7 se 3s 08 disponibilizacio dos Bast ae segundo grande parte dos on 7 & revist; a de arrecadago € de despesas (nao ean se sas a cl we ost orgamentarias do municipio (Ppa ads na meni oferece subsidios para o controle das tage 8 q te dos conselhos comunitérios. : Foi questionado também se “Exi xistem ferra imentas go e interagdo on-line no site da prefeitura?” "5 por meio de: de Tr, i, fora ‘gual, cm que 52% do 6 dos ora 'mplementadas aches S Municirss i Municipals; a informa limita as previ- )s € a exposica LDO* ¢ LOA*), 6 ontas da prefeitura por as de parti- yestionamento tracou-se o nivel de interagio Patticipativa do si iva do site da prefeitura segundo a percepcao dos conselheiros comunitérios | cais. Assim, identificou-se 0 que mostra o Grifico 5. oe NAO SEI RESPONDER AO,NAO EXISTEM FERRAMENTAS NAO, FERRAMENTAS MUITO RUINS SIM FERRAMENTAS RAZOAVEIS SIM, FERRAMENTAS MUITO BOAS SIM, FERRAMENTAS EXCELENTES @ CONSELHOS COMUNITARIOS wy co feitura? Grifico 5 — Existem ferramentas de interasa0 on-lineno portal da prefei Fonte: Francisco (2016). -———__——— 2% Plano Plurianual. : Lei de Diretrizes Orgamentirias. 5 Lei Orcamentéria Anual- 7 Digitalizado com CamScanner yel perceber que 15 (quinzg | spifico 5 & PC Pelo Grifico § a! | Fitirios entrevi los afirmam que © portalda Pref | comunitiirios ¢ ate pack ty disponibiliza forramentas de int Pagiio On-Line ay rl a, " vwistados observam que o portal nao oferee, gM 60% dos entrevistados b rece fete «de interagiio com & Popunns 0. Outros dois conselhei, ah portal da prefeitura oferece ferramentas mig, 8 onselhciros (8%) afirmaram a Nig ura oferece ferramentas muito boas de integragy P™4 populagio. Outros 24% (seis conselheiros) nao souberam tes Cr esta questio ou por nio utilizarem o site da prefeitura com duidade, ou por nio compreenderem quais seriam as ferramentss : ti afirmaram que 0 Jo; ¢ apenas de de interag da pret gestio participativa on-line. “oO portal da prefeitura de Itaguai também nao oferece elem, tos de servigos on-line, como: matricula; ou consulta prévia de fe ris provisérios. O que torna o site pouco efetivo na disponibitzas, de servicos 8 comunidade, além de apresentar poucos recursos pe 9 exercicio do controle social local. Tais debilidades impossibilins © livre acesso dos cidadaos interessados em questées fundamentis para o exercicio do acompanhamento dos atos ptiblicos. Mobilizacées e movimentos sociais: outras formas de controle social Nas tiltimas trés décadas, os movimentos e organiza ace institucionalizaram a partir de uma série de iniciativas que vt sens conselhos gestores ¢ de instrumentos de controle social como os ofr mentos part ivos municipais, Iniciativas recentes mostra #7 dade dos movimentos sociais em mobilizages como a da Leidt Limpa (LEL), nAo apenas leis surgem como resultado do process sat de movimentos sociais no Brasil, também replicam-se nows 19°. piblicas de setores da sociedade civil, como a Rede Observat6rio Brasil (OSB) de Controle Social — que segundo Dion et.al 202 Bus Digitalizado com CamScanner (...) tem to; mado cor, 0 de 2005, come a ae Digitalizado com CamScanner iquecimento ilicito de vercadores, enriquecimento ilicito de v , servidores Comissg, an — sion proprio ex-prefeito de Itaguai. ad Os ty Consideracées finais Os megaempreendimentos inseridos exercem impactos que nao se configuram mica local, também se extray ipolam para as e modificando a configuracio da Paisagem e pacos tradicionais, como a Ilha da Madeira, Engenho. No geral, existe um variado cenario de social em Ttaguai, como audiéncias Publicas comunitarios e conselhos gestor conta com outras ferramentas experiénciaslocais, Participativos. Inic no municipio, NO munici io ele apenas na esfery . Acesso em: 7 dez.de 2016. -ERIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL. ponivel em:

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