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Anestesia Local Dor Resposta complexa na crianca, Nem sempre so capazes de descrever claramente suas sensacdes € experiéncias pessoais. O medo e a ansiedade potencializam a dor. Manifestacées comportamentais. - Choro, queixa, gritos e gemidos Manifestagées fisiolégicas - Aumento da pressio arterial = Frequéncia cardiaca - Sudorese = Vasoconstricc3o periférica Manifestagées motoras = Agitacao, imobilidade, protegio da érea afetada Medo e ansiedade Métodos eficazes no controle do medo e ansiedade em criancas * Utilizagdo de modelos positives * Utilizagdo da comunicagdo com a crianga * Ambiente de confianga * Controle farmacoldgico da dor e ansiedade Recursos disponiveis ~w Nao farmacolégicos Manejo psicolégico ~» Farmacolégicos Anestesia local Sedacdo Anestesia geral Anestesia Local So farmacos utilizados para bloquear temporariamente a condugao nervosa dos impulsos nervosos, levando 8 perda ou a diminuigao da sensibilidade dolorosa na regio onde foi aplicada a droga Indicago: todo e qualquer procedimento clinico que venha a provocar dor Vantagens Paciente consciente Baixa morbidade Facilidade Baixo indice de insucesso. Boa técnica Anestesia sem dor Preparo psicolégico da crianga Conhecimentos de anatomia, fisiologia e farmacologia Escolha do material adequado Delicadeza do profissional (puncao e infiltracdo lenta) Boa técnica: tipo de tratamento + comportamento + profundidade Preparo do paciente * Confianca dentista-crianga + Explicar 0 que vai acontecer e 0 que seré sentido durante e apés a anestesia * Formigamento, adormecimento: sensacdo transitoria. Distragao Audiovisual Falar durante o procedimento (0 siléncio pode atemorizar a crianca) Reforcar o comportamento positivo Selegao da agulha Nao penetrar por inteiro para nao haver orrisco de fratura Comprimento: curta Calibre: 27G (ideal) Aplicador Seringa carpule: visualmente ja pode induzir ansiedade e potencializar a dor Anestesia sem agulha: comfort-in (aplicacao sob pressao) - ainda nao ha estudos que demonstrem sua efetividade Anestesia computadorizada: infusdo gradual e lenta nyesto por squina Temperatura Caso 0 tubete esteja quente, pode ocorter: * Degradaco de substancias * Aumenta a acidez * Reduz a eficiéncia * Potencializa a dor Propriedades desejaveis de um anestésico Especificidade de agéo Reversibilidade Solubilidade em agua e em lipideos Poténcia Baixa toxicidade Inicio rapido de acao Duragao de efeito adequada Estabilidade Esterilidade Baixo custo Nao causar irritabilidade Mecanismo de agao Os anestésicos locais atuam bloqueando a conducao do impulso nervoso. Bloqueiam os canais de sédio e potéssio, e com isso néo ha a despolarizacao e repolarizacao. Quimica dos anestésicos Apresentam-se na forma de aminas tercidrias So bases organicas fracas, pobremente soluveis em agua So comercializados sob a forma de sais de hidrocloreto, o que aumenta sua hidrossolubilidade e estabilidade. O pH do tecido exer fl cia sobre * pH bisico: absorgo nos tecidos * pH acido: absorcao dificultada Ex. Crianga com abcesso no dente 75, € sera necessario realizar uma exodontia, A técnica anestésica a ser realizada é de bloqueio, j4 que por a regido estar infiamada a técnica infltrativa nao surtir efeito. ‘agdo dos anestésicos Formam solucdes menos estaveis, séio mais alergénicos, duracao de efeito menor = Procaina - Clorprocaina = Tetracaina ~ Benzocaina Amida Sofrem metabolismo hepatico, maior duracdo de efeito, mais estaveis, com reacées de hipersensibilidade menos frequentes = Lidocaina = Prilocaina = Mepivacaina - Bupivacaina Obs:: Via de regra, a poténcia de um anestésico local depende exclusivamente de sua estrutura quimica, enquanto que a durac3o pode ser alterada pela adicao de um vasoconstritor. Anestésicos na Odontologia Lidocafna Primeira escolha Boa capacidade de penetracdo Inicio de aco por de 2 a 3 minutos Eficacia em concentragao de 2% Comercializada com ou sem vasoconstrictor Prilocaina Reabsorvida mais lentamente que a lidocaina (menos dependente da adi¢o de vasoconstrictores) Rapidamente degradada pelo figado Poténcia e toxicidade duas vezes maior que a lidocaina e um inicio de agao mais retardado, por volta de 2 a 4 minutos Indicacéio: asma dependente de corticoide (sulfito) Risco: metemoglobinemia e anemia Vasoconstrictor: felipressina Mepivacaina Reabsorcao ainda mais lenta, mas n3o sofre metabolizac3o tio répida, entao se aparecem reacGes toxicas serao de maior duracdo Tempo de aco mais prolongado (cirurgias) Menor capacidade vasodilatagao Apresenta poténcia e toxicidade duas vezes maior que a lidocaina 2% com vasoconstritor © 3% sem vasoconstrictor Risco de traumas Articaina Concentracaio 4% Melhor difusdo em tecidos dsseos (mandibula) Criangas acima de 4 anos Alto risco de parestesia como bloqueio, logo utiliza a técnica infiltrativa, Bupivacaina Anestésico de longa duracgo Apresenta poténcia quatro vezes maior que a lidocaina e uma toxicidade quatro vezes menos Tempo de duragio; 5 a 9 horas Contraindicado para criancas Curta: -idocaine sem vosoconstritor Xylestesin xylocaina 30 min -Mepivacaina sem vasoconstritor Scandicaine Intermediéria: 60 Lidocaine com vasoconstritor Xyplestesin, Xylocaina vin -Prilocaina com vasoconstrtor Biopressin, Citanest -Bupivacaina sem vasoconstritor Neocaina Prolongada: 90.6 Mepivacaina com votocontritor faces) Bupivacaina com vasoconstritor Neocaina Vasoconstritores * Prolongam a aco do anestésico local * Evitam reabsorcao imediata * Reduzem a toxicidade sistémica * a toxicidade acontece quando é injetado diretamente na corrente sanguinea * Possibilitam diminuiggo de quantidade de anestésicos, porque diminui a difusdo e fica mais tempo na regio desejada * Major eficacia e seguranca * Diminui o sangramento porque 0 vaso esté mais 'fechado’ !O mais utilizado € a adrenalina Vasoconstrictores X Dor Vasoconstritor adrenérgico (mais usado) & mais Acido, e isso aumenta o risco de dor durante a penetracéo * por este motivo, se o procedimento. for simples, pode ser usado um anestésico sem vasoconstritor (ex. dente muito mole) Efeitos adversos * Grande concentragao na corrente sanguinea * Condigao fisica e emocional * Rapidez na injeco (causa dor) * Via de administracao (deve escolher uma via mais segura) * Quantidade da droga Exemplos de efeitos adversos Sistema nervoso central Efeitos subjetivos Tontura, ansiedade, confusdo, diplopia, tinitus, sonoléncia, dorméncia ou formigamento oral Efeitos objetivos Contraco muscular, tremores, tagarelice com fala lenta, calatrio, convulsao, inconsciéncia parada respiratéria Sistema cardiovascular Aumento da pressio arterial e frequéncia cardiaca Vasodilatacio, depresséo do miocardio, reducdo da PA, bradicardia e parada cardiaca, Outros efeitos: * Alergias * Parestesias temporaria ou permanente (trauma e hemorragia) Leses de tecidos moles Metamoglobinemia (prilocaina) Cardiotoxicidade (bupivacaina) Hipertermia maligna (super raro, paciente tem elevacao da temperatura corporal e se torna algo maligno. £ mais comum com anestésicos gerais) Interagées com anestésico local +} Barbittiricos (AL) Opioides (AL) + Antiarritmicos (lido) ~+ Cimetidina (lido) + Beta-bloqueadores (lido, epi) + Sulfonamidas (ésteres) ~ Halotano (epi) + Antidepressivos triciclicos (catecolaminas) Cocaina (AL, catecolamina) Bloqueadores de neurnios adrenérgicos (epi) + Bloqueadores alfa-adrenérgicos (epi) + Inibidores da MAO (fenilefrina) + + Cuidados Avaliar bem o paciente Selecionar anestésico para ter menos concentrac&o e ser menos toxico Vasoconstritor - eficdcia, duracdo, absorcao, volume e toxicidade Ter cuidado com a dose a ser aplicada Fazer aspiracdo para evitar injeco intravascular Injetar lentamente Condigdes que se deve tomar cuidado Doenga cardiovascular Hipertireoidismo Diabete Gravidez (nao pode prilocaina) Insuficiéncia hepatica Calculo da dose maxima do anestésico Para saber a dose, primeiro precisa saber qual anestésico sera utilizado para saber qual a concentragao. Para cada anestésico tem uma dose maxima recomendada 1 tubete de anestésico equivale a 1,8ml Considerar peso da crianga (kg) Crianga Menor volume corporal Alto metabolismo (6rgaos ainda maturando) e atividade do SNC Osso mais poroso e menos calcificado Tipo de intervenc&o (bloqueio ou infiltracao) Presenga e intensidade de inflamacgo (distanciar de tecidos com inflamac&o) Nivel e sensibilidade do paciente (fazer uma técnica mais eficaz para evitar trabalho com um paciente que ja é complicado) Table 3. Local Anesthetic Percent Concentration: Conversion to mg/ml Concentration (%) ol Um anestésico a 3% significa que ha 30mg/ml do anestésico. Calculo da dose Anestésico de primeira escolha: lidocaina 2% Dose maxima recomendada: 4,4mg/kg Concentragdo do anestésico/ml: 20mg/ml 1 tubete de anestésico: 1,8ml Peso da crianga (kg): 20kg 1.QUANTIDADE DE ANESTESICO EM MG RELATIVA AO PESO 4,4 MG. 1KG X MG. 20KG X= 88MG 2.QUANTIDADE DE ANESTESICO MG RELATIVA AO VOLUME DO TUBETE 20 MG. IML YMG. 1,8ML Y=36MG 3.NUMERO MAXIMO DE TUBETES. 1 TB 36MG z 88MG —_7=2,4 TUBETES ‘Tabela 24.2 ~ Dose maxima (mg) ¢ ntimero maximo de tubetes anestésicos de acordo com 0 peso corpéreo. Momento preliminar Manejado do comportamento Linguagem acessivel Auxiliar sempre presente Bandeja organizada (anestésico topico, seringa e gaze) Evitar expor a agulha Nao focar na dor (t4 sentindo alguma coisa? Ta ardendo? Sentiu frio?) Anestesia tépica Diminui sensag3o dolorosa da puncao 2mm de mucosa Tecida queratinizada é dificil de diminuir a sensacéio da dor mesmo assim CO tecido dele estar seco, porque se nao, 9 caliva dill co anestésicn

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