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Ignatief 12.

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12.03S BATALHA ANTITERRORISTA NO AFEGANISTÃO NÃO SURTE


RESULTADOS SENSÍVEIS

O grau de atividades terroristas no Afeganistão subiu visivelmente, conforme


consta do informe acabado de ser publicado pelo secretário-geral das Nações
Unidas, Ban Ki-moon. O assunto é comentado pelo nosso observador político
Eduard Sorokin.
Todo mês, nesse país se registram mais de 560 atentados terroristas e assaltos
armados, os quais são organizados principalmente pelos Talibãs, os quais têm
estado recobrando as forças. Ban Ki-moon constata, entre outras coisas, o
aumento do número de agressões a funcionários locais e estrangeiros de
organizações humanitárias.
Pelo seu conteúdo, o referido informe onusiano coincide em muitos aspetos com
o documento preparado algum tempo atrás pelos serviços secretos estadunidenses,
o qual diz que o presidente Hamid Karzai e seu Governo controlam somente um
terço do território do Afeganistão. O grupo “Talibã” mantém sob seu poder cerca
de 10 por cento do território nacional. O resto do País é governado por chefes
tribais e comandantes de campo.
Segundo informações dos serviços de inteligência estadunidenses, os Talibãs e os
elementos da “Al-Qaeda” são financiados com recursos provenientes do
narcotráfico. Em 2007, a Polícia afegã apoiada por militares do contingente
internacional confiscou e destruiu drogas num valor total de 400 milhões de
dólares. Entretanto, ainda é prematuro falar em sucessos sérios no combate à
produção de estupefacientes.
Assim é a situação no Afeganistão na visão das Nações Unidas e serviços secretos
Ignatief 12.03

dos Estados Unidos. Com relação ao Iraque, é só com uma grande força de
imaginação que se pode falar em recuo das atividades criminosas dos terroristas
no território desse país. Há uns dias, o general estadunidense John Kelly,
comandante das forças aliadas no Oeste do Iraque, disse que a “Al-Qaeda” estava
possivelmente se preparando para uma série de ações terroristas de grande porte.
Todavia, esse militar não pôde especificar onde era concretamente que esse grupo
terrorista se dispunha a assestar seus golpes, porém observou que o alvo principal
de sua atenção era a província de Anbar.
Neste contexto, vale notar que a batalha contra os terroristas no Afeganistão e no
Iraque continua já há uns anos. E apesar de declarações muitas vezes otimistas
feitas em Washington, não se vislumbra por enquanto um final. Entretanto, as
despesas estadunidenses com as operações militares nesses dois países vão
aumentando cada vez mais, devendo totalizar 845 bilhões de dólares até o fim do
exercício financeiro de 2007-2008, ou seja, até 30 de setembro. Esse montante é
maior que o total de despesas feitas pelos Estados Unidos ao longo dos 12 anos da
Guerra do Vietnã.

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