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03C Países da América Latina estão a favor da criação de uma


nova grande organização regional
O presidente do Equador Rafael Carrera exortou a instituir uma nova
Organização de Estados Americanos, sem os EUA. A exclusão do vizinho
do norte desta organização permitirá acabar com a intromissão de
Washington nos assuntos dos países latino – americanos, - disse Carrera.
O nosso comentarista Vicheslav Soloviov analisa os pormenores deste
evento.
Creio que a motivo desta declaração tão notável do presidente do
Equador foi o recente conflito entre este país latino – americano e a
Colômbia vizinha. O conflito surgiu por causa da operação militar do
exercito colombiano com vista a eliminar os insurretos, que se
encontravam no território do Equador. O comando colombiano realizou
esta operação sem ter avisado as autoridades do Equador, mas tinha
concatenado, certamente, estas suas ações com Washington. Acontece
que a Colômbia é aliada estratégica dos EUA nesta região. Esta operação
das forças armadas da Colômbia indignou não somente Equador, mas
também Venezuela, Nicarágua, Cuba e vários outros Estados da América
Latina. Porém, os EUA anunciaram que estavam solidários com a Colômbia
e a acusaram a Venezuela de provocações. A ameaça do conflito militar
estava pendendo vários dias até que os lideres dos países, implicados
neste conflito, assinaram uma declaração sobre a regularização do
conflito e trocaram apertos de mão, dando a entender que a tensão nas
suas relações durante a última semana tinha sido superada. Mas, como se
diz, um ressaibo ficou, e, pelos vistas, foi esta a razão da declaração do
presidente do Equador. Fala o diretor do Instituto da América Latina da
Academia de Ciências da Rússia Vladimir Davidov.
(fone)
Durante últimos dois anos em vários países da América Latina assumiram
o poder, um após outro, os governos do centro – esquerda, orientados
pela ressurreição da dignidade nacional e desejam que os seus países
desempenhem um papel mais ativo na economia e política mundial. Os
latino – americanos estão vendo que o mundo está mudando e que existe
um limite para a liderança e poderio dos EUA. Vem surgindo centros de
força novos, estão erguendo-se a China e a região asiático – pacifica. E é
preciso edificar o seu relacionamento com estes centros novos, incluindo
a Rússia. Aliás, mesmo na região latino – americana está se formando um
pólo próprio de influência. Trata-se, em primeiro lugar, do Brasil, em torno
do qual estão se agrupando os países latino – americanos. Eles já fizeram
declarações sérias a respeito das suas pretensões e manifestaram a sua
própria opinião, - ressaltou o cientista russo.
Pode-se constatar, de um modo geral, que a região latino – americana não
quer viver em conformidade com as instruções de Washington. Aliás, os
últimos acontecimentos demonstraram que os países latino – americanos
podem resolver, eles próprios, os seus problemas, apesar da resistência, -
direta ou oculta, - do vizinho do norte. Cremos que esta tendência, que
corresponde a tendências gerais no mundo, vai continuar.

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