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Ignatief 29.02.

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29.02S PERSPETIVAS DAS RELAÇÕES RUSSO-AMERICANAS DEPOIS DAS PRESIDENCIAIS

O presidente George Bush confirmou a grande importância de boas relações com a Rússia, não obstante as
atuais discordâncias. Prosseguindo no mesmo contexto, recomendou a quem o for substituir no exercício da
primeira magistratura que entabule bons contatos pessoais com o futuro presidente da Rússia. O presidente
fez essas declarações numa coletiva de imprensa na Casa Branca.
Esse apelo dirigido ao primeiro mandatário seguinte a ser eleito no próximo mês de novembro reveste-se de
uma importância especial considerando que logo no próximo domingo se realizarão também na Rússia
eleições presidenciais. É, pois, natural que nos dois países, como também em muitos outros, sejam analisadas
com atenção as perspetivas das relações entre Moscou e Washington a seguir às presidenciais.
Sim, os contatos pessoais entre os mais altos magistrados são importantíssimos, sem dúvida. Porque muitas
vezes condicionam o bom êxito das relações entre os Estados. Exemplos disso não faltam. Só lembrar como
encontraram uma linguagem comum a primeira-ministra da Grã-Bretanha, Margaret Tchatcher e o futuro
presidente da União Soviética, Mikhail Gorbatchiov. Foram criados igualmente laços pessoais amistosos
entre o primeiro presidente da Rússia, Boris Ieltsin, e o primeiro-ministro alemão Helmut Kohl, os
presidentes George Bush Sênior e Bill Clinton e muitos outros líderes mundiais. Depois a sucessão de boas
relações entre os presidentes da Rússia e Estados Unidos prosseguiu durante a presidência de Vladimir Putin
e George Bush Júnior.
O fundamental é que os bons contatos pessoais entre os líderes nacionais resultem em relações interestatais
no mais alto grau eficientes, mutuamente vantajosas, amplas e profundas. Essa necessidade, por sinal, foi
apontada mais de uma vez pelo presidente Putin caraterizado por George Bush Júnior como uma pessoa reta
e rígida em se tratando dos interesses nacionais da Rússia.
Porém, a política, como também as relações interpessoais, requer a reciprocidade, o respeito pelos legítimos
interesses de cada lado e o saber ouvir e perceber o que se ouve. O Governo estadunidense haveria de
adquirir a consciência de que Moscou julga nada argumentados o avanço da OTAN para junto das fronteiras
russas, assim como a instaçação de bases militares estadunidenses na Bulgária e Romênia e da terceira área
de posicionamento de mísseis interceptores dos Estados Unidos na Polônia e Tchéquia. A Rússia não admite
e jamais admitirá as tentativas empreendidas pelos Estados Unidos para ditar sua vontade a países e povos
soberanos, se imiscuindo nos seus assuntos internos. Por outro lado, Moscou está preparada para um diálogo
mutuamente respeitoso e em pé de igualdade com Washington com o novo presidente dos Estados Unidos,
seja qual for seu nome.
Acabam de ouvir um comentário do nosso observador político Viktor Ienikeev.

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