Depois do tribunal em Washington agora é o tribunal de justiça
em Miami que chama à responsabilidade da companhia norte- americana «Chiquita Brands». A essência de mais este processo – com nosso observador Igor Kúdrin. Por enquanto o maior produtor de bananas do mundo tem se saído bem, sendo que há muito seus proprietários reconheceram que regularmente pagaram por fora aos rebeldes do agrupamento AUC (Autodefesas Unidas da Colômbia) um montante que chega a sete milhões de dólares. No processo em Washington os representantes da «Chiquita Brands» explicaram ao juiz que foram obrigados a cooperar com os extremistas, pois somente assim a companhia poderia garantir a segurança dos seus empregados. E apesar de estar claro para todos que a questão aqui antes de tudo sobre preservar os rendimentos fabulosos dos exportadores deste produto exótico. Não obstante acreditaram nos proprietários e foi determinada a penalidade ridícula de 25 milhões de dólares. Porém a Comissão Nacional da Reconciliação (CNC) que entrou com o pedido para que esses recursos fossem transferidos ao fundo de apoio aos habitantes locais, vitimas dos rebeldes; continua sem receber resposta. Parece que os cabecilhas do AUC dissolvido não somente extorquiam os reis da banana, mas também cumpriam as suas ordens. Os agricultores com famílias grandes eram violentamente expulsos das terras produtivas, e os que contestavam desapareciam sem deixar vestígios. Esta história se aplica muito bem à maior companhia de frutas dos EUA, a «United Fruit», fundada há mais de cem anos e que tentando se livrar da sua má fama há 18 anos substituiu seu nome por «Chiquita» que é o nome da cantora que anunciou em versos os méritos das bananas latino-americanas. Porém desta vez em Miami uma ameaça mais séria despencou sobre a “Chiquita Brands” de que a companhia não cooperou somente com a guerrilha da AUC, mas também com os rebeldes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Ocorre que os grupos extremistas que foram ilegalmente empregados se encontravam sob os cuidados constantes da companhia. E financiamento como este facilitava as atividades dos criminosos que praticam assassinatos, roubos e prisão de reféns, aliás, entre eles nos anos 90 estavam cinco missionários norte-americanos. Os cabecilhas das FARC exigiram resgate pela libertação dos missionários, porém os infelizes não tinham dinheiro, e a direção da companhia “Chiquita” informada dos sofrimentos dos compatriotas não moveu um dedo se quer a fim de salvá-los da morte. Todos os cinco foram fuzilados. Hoje o tribunal de Miami chegou à conclusão que os pagamentos feitos pela companhia “Chiquita” foi o fator que contribuiu para a morte dos missionários. Agora as famílias dos missionários têm o direito de receber compensação pela morte dos seus parentes. Recordamos aqui mais um caso que envolve a “Chiquita” e que em novembro do ano passado estava a cargo do tribunal de justiça em Nova York. Lá, por exigência dos parentes de 400 outras vítimas dos extremistas, foi aberto grande processo contra a companhia norte-americana pelo financiamento e armamento da “guerrilha”, pelo apoio financeiro aos esquadrões da morte. O argumento principal na definição da corte foi a recordação de que todos os agrupamentos rebeldes colombianos foram declarados pelo Governo dos EUA como sendo terroristas.