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Ignatief 14.03.

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14.03S RÚSSIA E ESTADOS UNIDOS CONTINUARÃO ANALISANDO


PROBLEMA DA INSTALAÇÃO DO SISTEMA DE DEFESA ANTIMÍSSIL
ESTADUNIDENSE NA EUROPA

Conforme combinado entre os presidentes russo e americano, em 17 e 18


do corrente se realizará em Moscou um encontro dos chanceleres e
ministros da Defesa no formato “dois mais dois”. Os ministros Serghei
Lavrov e Anatoli Serdiukov manterão conversações com Condoleezza Rice
e Robert Gates, respetivamente. O anúncio foi divulgado simultaneamente
em Moscou e Washington. A notícia é comentada pelo nosso observador
político Viktor Ienikeev.
Segundo comunicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, a
agenda das próximas consultas traz os problemas da estabilidade
estratégica, iniciativas conjuntas a realizar na área da não-proliferação
das armas nucleares, cooperação no campo do “átomo civil”, combate ao
terrorismo e questões de atualidade da política internacional e regional.
Pelo que se vê, são todos problemas extremamente sérios e importantes.
Mesmo assim, poder-se-ia destacar entre eles uns assuntos prioritários,
entre os quais, acima de tudo, o destino do processo de redução dos
arsenais ofensivos estratégicos e manutenção das medidas de controle
dos mesmos. Isso porque em 2009 vence o prazo de vigência do
documento START 1, no qual tais estão previstos. Aí, convém assinalar
que a Rússia insiste na necessidade de elaborar um instrumento novo
juridicamente obrigatório nesse sentido, mas essa necessidade até agora
não tem sido aceita pelos Estados Unidos. Vai ser de importância decisiva
o que os altos visitantes americanos dirão sobre o grau de preparação de
Washington para ratificação da versão adaptada do “Acordo sobre as
Forças Armadas Convencionais na Europa”. A Rússia - vale lembrá-lo –
havia anunciado uma moratória sobre sua observância até que seja
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ratificado pelos Estados Unidos e outros países da OTAN.


Em todo caso, o item-chave da agenda dos próximos encontros serão os
planos anunciados pelos Estados Unidos de instalar uns componentes do
seu sistema de defesa antimíssil na Polônia e na Tchéquia, assim como as
contrapropostas formuladas pelo presidente Vladimir Putin. Consistem em
que a Rússia, os Estados Unidos e países europeus poderiam criar um
sistema de defesa antimíssil para este continente. No decurso da reunião
anterior dentro do formato “dois mais dois”, o lado americano fizera umas
propostas verbais primossoras, as quais, todavia, seriam mais tarde
canceladas na versão escrita.
Na véspera, falou-se na imprensa sobre umas propostas interessantes em
relação a medidas de confiança a serem trazidas a Moscou pelos dois
ministros estadunidenses, com uma argumentação suficiente para que a
Rússia não veja doravante as planejadas bases de defesa antimíssil
estadunidense na Europa como uma ameaça à sua segurança nacional.
Tomara que essas suposições se justifiquem. Desde já, porém, pode-se
dizer que umas medidas paliativas nessa esfera excepcionalmente
sensível não conviriam a Moscou por serem as apostas demasiado altas.
Tem que ser alcançado nessa questão um entendimento de princípio, um
acordo claro e inequívoco a excluir quaisquer evasivas eventuais para
futuras ações unilaterais dos Estados Unidos. Portanto, a bola está no
campo americano, se bem que os encontros ministeriais deverão se
realizar em Moscou.
Acabam de ouvir um comentário do nosso observador político Viktor
Ienikeev.

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