Você está na página 1de 9
ere49 D8 HOME LETRAS DE WOJELETRASDEHOJELETRAS DEOELETRASDE OE Autoetnografia: uma alternativa conceitual Daniela Beceaccia Versiani* ¢——— = Nate pat fantamentaeo do concato etal como allealiva il pesqsizadones da cultura pet gm enfatizar, na aproximacio de lgumas forma de excita de constuto ec carder procenuale internubjetivo desta construgtes diecrsivas propssito de evita estragio de ielura eaencalizadoras eal or 2 eee eee eee esis fooSseiinsse be ara Heian Krieger Olinto, ‘Mardia Rother Cardoaa¢ Valter Sider do pressuposto de que o discurso literirio subjetivizan- ees eae goat tt nv 0s hisiGricos (nto essencializados) que compartilham he- socioculturais em constante circulagio. Podemos perceber ce mobilidade e complexidade de sujeitos inseridos em os, multicultural, 0 tedrico/critico literdrio contemporaine oem discursos de construgao de lems Modo adcoal de stab heal molt ona erenga cs plena ‘de eubjetividades en iscurtivamenteoSufatounivoco eesti ci nome nap i rm desire ws ras sateen deere peur cies eae aaa aee ‘mento de Leas da PUCERC otras de Hop, Pons Alo. v.97. m4. 9-72, deseo, 200 ‘A busca por estratégias alternativas de leitura de textos de construgio de selves se toma mais urgente na medida em que se ‘amplia © Intoresse tedrico/. autcbio- Kee sri, 20 resgatar emt aries a contra. fio de subjetvidades margins (astinias do sats Negemtnico ue se sobrepos ao proprio concete fe Sat € cilicos terdron evtaram os antigay esta {69a delitra que, afna,consruam a nogio de sujo wnivo 2 eatavel que ora pretendem desconsrute Ess tain paneer dlemandar a claboraho dle extratgias de letura de dius de ‘ke, 20 inves de estabelecer novashegemo: ‘procure se ancorar em aleratias conceit que Ub zem tina noxao alterativa de subjelividade que jibe pereebe como complesa e procesaual.em continua interagle cont otes Subjetividates em contexts especticen, etividedes contemporiness, pude notar so de perspectivas aiais hos campos “Antropologia em rela a processos de ‘onetrudo de autobiografins« snografas A ee oe ees Julla Watson eo hsioriador da antropologia Jomes Ciffend cote: za pertencendo a campos de conhecimento conaderados dstniee facem uma erica radical 8 nogho-de subjetiidade eta dilizada'e metatsica. Seu empenko tecco eas em eatin a “ : No campo dos estudos de literatura, « busca por novas este tégias de leitura para discursos de construcio de selves & consen ‘sual entre 05 to0rieos e crticos literdrios que atribuem a tais dis. cursos determinada import Contudo, alguns del vam an ipando-se em no tepetir os rocessos mentnis de construg2o das antigas hegemonine, Essa 2 ruptura da concepsio de suleito motafsice, univoco © extdvel, intrinseca ao modelo iluminisia de autobiogralia, cunhado no sé. culo XVIN. 58 Lease Hee © oanets Boccocca Versad Partindo do pressupesto de que diccursos que exprimem no- sigetvidades continua send squeles de natizesantbogys- [se merwwinsse~ daca de tio de si” Wan buses ultapesne a ciica ao mesielo tradicional ce sutcblogratia Construis 0 Sujeito Metafaico, estabelecendo um modelo alter - . lo eiest opererpoirmprt rutin de moc an ee rope una ange ecm na constr BN ast oe a Dolgraten sugcicco' ak do nici me fe univoco. da identidade estavel e do ‘de se a “verclade dos fatos” eda “se ee poral 153). Para tanto, elabora una estratéyla de Tetra que diakigicos da construcio discursiva dessas autobiogra- ‘por ela consideradas alternativas, Fesa mudanca, no me en- er, epende dos pressupostos poltico-tebricos valorizados pelo covleltor, tum aspecto até certo ponto reconhcida pela propria Julia Watson: “The crcl tration of eadingautbiogsphy as the locus of mon. mental Westem selfhood matinee few scne ae (fits canoizal text, thot equlycaoricl autobiographies tht are Series ri yy Oren mades at ‘enoy the status of "peat Hooks” despite thir rear fo fom. Aa toublingy eveflerve sara the sublogaphical rng of Montage, De Guinea kc an Ber a ‘Sve hourdacy txt tt drum the gene's iow bined sell doiion tnd reveal Ue stg inet nso win the presentation ‘fay Western si including tet own, Th dcp of tat calf tion wi fe appar wok ower he Aulcbiogephicl tration. nately worms suicigraphicy and to seine cent chs thal tyr an shea ree which Bios ted andthe monet to sabe sod iy een in ‘helight of alien and logue” (Watson. pl, gros meu) if iia de era ute comno lacs da moments eyintade saree en gmeeperenppepepetrny Gunner canis ques porns provenstcara pep tec com fara cny do gr con master est a deans reap dems enc pa ne Har: Cone ela rata ce ste esas, sen uganda Be ake pce fu sen tag Font Fa tnt Jee cna te do grtroe excl cant ea aca no rr de gual sel Oxted odes pros A ere es and roa pos | Sinstte Sige cn ocrccmumcanitoclcatvero qui tiene rae Gikseromrene pe casisnr smtpsvnadee vitor dr alesse og Gan 8p gions) Atcetnogeta: una eternathaconestad 6D Assim, no lugar do sujeito metafisico, univoco ¢ estavel Pressuposto nes autobiografias escritas fa Rowssenu (p69). Wate Son trabalha com uma nogio d d cre cee Src peee ‘mas efetivamente desejavel, considera Meta ostos que Watson propée a leitura ees atonal discursivas de construgio de subjetividades isieas. Desse modo ela conduz as and lises de textos autobiograficas de Montaigne, De Quincey ¢ Ri ‘ke que “revelam a escorregadia instabilidade inoerita na repre entato de qualquer sf ocidental,inciuiveo dees props (p 6) Ao longo de sua argumentacio, Watson mostra que, através cstralégias narrativas tals 0 fora 165-66), Montaigne, De ‘arficulam estruturas de auto-reflexdio” que aca ‘bam Por abalar, pelo constante confronto com ‘outro", 0 eu coerente e estével do Su tacio de uma supost p. Segundo a tedrica, esses recurtos diseursives resultam um ipa de escrta constr a parti de una tiger que, enfatizando a presenca do Outro na escrita do be, ot Inclir no diseurso autahiogtfcs, aves do mengeis das Condes histéices om que se dew o proceso de see 0, 48 vores de outros sees" aut-relerecia rapmentara'e alge permite ue outras ves culturas pespencegrecs are ‘3, Attim, Montaigne, De Quincey e Rilke podem att eae dos cradoras de tm modclo alternative He sutob deans a nogao de subjetividadecoorene eave nee de autobiografan concebidas sepurelo as tscicionse mere a ainero (poten S¢@ modelo de auebiografa cura no século XVII verviea pra conetuir deforma dettsva aquele sujcio unkere aeekig seals que adotem estatgias decusivas aerate so mente Geter om qui as Ent, de Monte. Cora fo Enh Ou Eat ‘38 Or inn The Neds att ul Bg ae 80 Leas de Han # Oanl Beeacd Vrsin onal onset diane eas mace Gaerne Neve n,m ocala ilgili epaprWaton vocic ueper eset rercaore dae dc ie cas co a noi rafts godess tape eaves es i oxo stn crn hasnt wn cote peat Sibi tame corre nas autobiogafia de mulheres que. por fob de un va gue spots omantomens pans bide Biers oro seo tema pergcine dusts) sabe pos louie un conan de aide wee pm uma, Watson Peden concepts de pean htrc, gsc comin ee co ue sen cn neni PPetnisesorereoe’moytiiopes nec Quinto os estudes terion do gnero autabiogfco, Wat Teachers tro pn in lag poe ace eee Gis «raat cn txts niger Se nose ee “tumam fazer ainda a partir da perspectiva de um sujeito metafisi- fy besarte esanpl, ci xp ee oer cn et |) Cen ge Sai on ee ie» nem pee san, capo needa pts de son Aa swe stevia som usin © tte met soagleseen gst o sce de ai, edi gu tes stg de ctr pranayama fro des darn stig que onan jonar os presaupos" tes A noo de sueitoconstruida através desse diseurs0. ‘ls subjetividaces ainda procurariam a auto-representayao 4 partir dos paradigmas de autoconstrugio discursiva do No referido ensaio, Watson destaca as posigdes de algumas 85 contempordneas preoeupadas em enlatizar a perspective scl cu afrmaria qu a sgunds erga de ect ede it oth examen pe tr etna scr aihowe TRREGE inependrt Jimeno damnum = prscpment, ‘Ania enenibiatiaeitind ~~ 61 ‘elacional eo papel WAilee@ade na consi do sl/em autoio~ allay de mulheres © ese aspect suc lin Watson sponta NO Pensantento de Mary G. Mason Mason ruc ha en ois dei ity rol Sonnets sgn ory, et "he of teoty fen weet ‘stems fo aconldge the red presence and recognition of moter com, ‘etna te dasur of raef kl teesiny ‘ome itr [1 Baton potions ths sein onto thera. dhaonatiirg ogo ofthe white ae stebingtapher fi Resto, trho, Mason ages son other asa kind cf osediop cx cones TR oltary perfoomances and nr m rstonsl esau oe Jog By posing oer voices ae mpac of te eae cae eaphical ‘Maton destabilise clas for the separateness ey {espe by te concent of incinduslityand hears quations he adnan ice eal 6 gato nea Aproximandose da perspectiva de Mary G. Mason, Jia Watson destaca, na iturd de Putloms of elidasd, a ec alem Christa Wol, uma narratva autobiogrten contespocines {que set ver, consi a subjetvidade de anode tangpesceal oe Gris sce con elise ue se abel rire mms pes ememsria catia, ur po de essa ue scabs er cones tana subjetivdadehistorcioasa econtentuainda Wolfs reflection on the historic aod tanpersnal char of SPIN mage mcptnaPadcpapyqachan Suter of tee. snd prpore a dakteal gay nee cule and sif(p 73.2 ns PP mresete Alden disso, segundo Watson, ao insist em localiza a subjee tividade, conectandora.a coordenadas histones Chasin Wolk também abala a nogio de que a autobuografia ce remete excl ‘mente & questio do privado, ampllando as passblidades ogee ro ereinscrevendors enguanto"ginero colesve" [Mason argwneea que mutans wire dfn ied ads eco ce seinem nin etna ana fers eee ence rove fie ‘ih uma veviato doe rac ds store ‘Noss prope ue inven dats rt alse fp (82 Lesns ce How @ bars Boccocl Verart Inssting on locating subjectivity ata nexus of historical cooedinates, ‘Wolf signals a reistance to autobiography's authonzation ef pri Yate, blovonented subjectivity and veinerioes # ae a collective genre (p75) Por fim, a0 utilizar 0 recurso retérico de empregar diferentes ido discurso para se referir a diferentes momentos de sa esol 0 Su mliploseoe~ primi penn ars 2 infancia, segunda pessoa para se relerir 3 crlanga que per- fenceta 4 Juventude Hitleriana e, por fim, a objetividade de um Eu ado tornado possivel pelo uso da terceira pessoa -o narra dor de Christa Wolf abala defintivamente o estatuto do Eu coeren- sdo género autobloprifico em sua concepcio candrica: Io remembering the arte dione, erlang er ‘younger self arc adopting a varely af defensive postures towa thi other. This emphasis en the otherness of the other. particulstly ‘whi i i hor rocen self, suggests Wolfs rastance o the fiction of oherent selfhood and biographical continuity that has long been Conidered central to Weatern autobiography (p76) {As tflexdes de Julia Watson sugerem que, enquanto tesricos ou conservadores ~ privtegiaiam mulobiograting rufdas de modo monckigico, Gultos esiariam preosupaion catragine de lestura de viildade para outros tipos de Widadle (que no © mailer dominant ie homen branco e ) Prvilegiaal a pro atobiogets oien TConitido, s parit de uma perspectiva constrativsta’ que 0. percepato cuanto a0 grat de monelogiemo ow dial se intext €estsbclecida po prio teri ou cic, & cla Enfase sobre os elementos qi considera prodtivos pass pala nv nos leva a eeconhecer as escolhas de sustent Sratégias de leitura como pols ele, jose co loan» subevidade, cnectand-a corded Ns tutor rete wine es tony ae ns opted, rere sce an ger et (7) ‘Pe rememora» normals deecbrese objsovande sc 24 ms ove © Wick fies aceaie de peas divas em acs se ou. ese sinc de Wolpe ebpridade cers ¢ conn ik gv ram an no npocomnen cea abo “Sobre a ea de hihi da iterate Niece aie esta forma, se o ensaio de Julia Watson aponta para uma ‘muudanca de paradigma na construgao de autobiogralias condizen #8com 0 abalo dos paradigmas do sujeito metafisico e univoco ede identidade estével, eu acrescentaria que o inicio dessa mudanga se {da no momento mesmo em que a prépria Watson, tecrica e anor Iher, consiréi modelos alternatives de autobiografins que conferem Yisbilidade « outras subjetividades e possBbilita outta percepyio ios. E nesse sentido que acredito eg movimento de sven de nol de ese contre, ‘eect ndo pode se limar apenas’ consituieig ens Objets ¢ elaboragdo de estatégias de leurs Sooeapeee nem apenas i dest de uma dicrene percepso ces pe de subjeivact, mas procca também inhi Um commabioesatag auto-ellesivo através do qual o tesco fou ies Meee neg sis emt lag seu objeto, ses eto la 4 host de sucjetvidade metacin, propenie na seas Rosie de subetvidade etiien, prope eh see ee ssttatdgis de leita de nase 8 nogao de: gue sbjetodiogee en, construldas de modo dialdgico,e partihande com Wateoren se Porlincia de consltirmos novos abjetos c novas etsicgas pony ‘sua leitura, no one Seja suficiente em si. F ecessrio que a posicto do preprotedrco ou cece rey soe objets sea explictada cor seen Tebae ae oe Daponth pata a dost de uinano;20 de elfconplec, sls {Eyed procemon dligicos interac na correo ae sae jonadas » propa cls, 64 Letras do He © Sancta Bocce Vera > Por ora limitarme-l a discutir um possvel caminho aberto segunda perspectiva, ue nos fematea recente reflexes ro. a construcdo do texto emogrifio no campo da Antropalogia, Em ua paragon de ce cnio Juin Watson alm uw onekiera This Pridge ced my bac uma das mais portaes anicjloges = 86 Lerma ce Hoje ¢ Daria Bossa Vorsen TET ORSON icone URE Paodigmas de Caper e inerpreasho ena Caneligars parodia dscur Shor de ddogo «polis |] Um modelo dacurso de patca fino tar pata o cent da cena striae de fa {hls farente com su contetopesarnatio eda (p. sp tome. ‘essa forma, a mudanga de paradigma gue Clifford aponin, inograias “pos moderas” talerose extant do neps. dda experitncia pessoal e, principalmente. 2 explictogto la pjeuvidate cabelecida ene eindgratoeetnograco como posto bisico da construcio da propria stnogttia Eire a se eserita etnograficas costentes com tla perspectiva ea e polifénica, Cliford sponta algamos tentalives’~ com fron cacerton~ de elavoraho de textos clave, assindos etnografo © elnografadon que, longe de pretender ser a repce taco de tim Outro essencalizado, bustam oor alogoriay di ia elagdo que enze els se estabslce, aj come nego uma visto comparthada ds realigade (p. 15) , "Ascim, como alternativa & denominada inografiarealista, teGricos se voltam para experincias de escita que fn pa postos a alegora, o dialogismo ea polfonia que. a0 iro tenio etnogrdico« vor do etnografado, desestabilzam a ide (no duplo sentido de autoridade e autora) do etn6- rafo em sua tarefa de represontar o Outro, bem como um dos Pressupostos metodolégicos da pesquisa de campo: a idade de um real distanciamento do antropdlogo em sia lisio de sujeito produtor de conhecimento em relaglo ao seu 8, ato ¢.0 grupo estudado. ‘Ao abalar 0 tradicional modelo de etnografia estas expe- fextuais apontam para um novo papel a ser desempe- ado pelo antropSlogo que, destituido da autoridade de “repre © ouiro’. passa a desempenhar fungio distinta do papel icional do antropdlogo. Ou sea, a0 inves de falar abe Os 04 pelo Outro, @ antropélogo passa a falar como outro, ara claboragdo etnogréfica de uma escrita dialdgica e/0u. pol ue busca ser uma ‘alegora” do enconto entre subjetivi wliferentes eulturas: 2 dos etnogratados e a sua propria, través da eproximacio enize estas reflexdes tedricas sobre struga0 de autobiogratias e etnogratias, © da impliita alto- Sao do papel do tedrico/ critic literario e do antropélogo dian formas discursivas que acredito ser possivel fundamen- we tar 0 concoito de autoetnografa," uma alterativa conceitual itil a esquisadores da cultura preocupados em superar uma série de dicotomias predominantes na reflexao tedriea dedicada tanto 8s autobiografias quanto as etnografias, aqui denominadas escritas de construcdo de selves: 0 Mesmo versus 0 Outro, subjetividade bereus alteridade, individual versus coletivo, Sujeito versus Objeto ote, Em primelro lugar, 0 conceit de euieingrafia pode servic como ponto de partda pars'a Tetra de lentes fate Teun sob uma ldentidade coetiva, A prsenga do prefc aay do greyo mts, serve de aleta contra a Luprsede de tierce intrrgupo,enfatizando ae sngulaads le cada auctor sete ‘nquanto 0 tirmo: co lees. paral e_pontualmene saee meumos suetos em determinaco grupo callcl: Nese sens Parindo-e da hipslese de ue a lettuce ois Ho exemplos de produtowcaltutats onde Sear asm eheenio te subjeividaces. que promovem a igaio ese o suave c ook YO aravés de uma ientfcado pele pont de sjeton corn ma idenidade de grupo epeciie, ese produto cule pares Justifnrse como merecedor de imo anflise mais aprofuiods, Enfatizo,contudo, que a identificsho propos deve ser paral c onto singular tetra de castle sea, cone ts ‘omum n diferentes subjtividaden cave contsiter easrncare oe 1am lado recalcando, com noses letras av difrengas'¢ sepa dads intrnstea a todo grupo Klenttrio e que se erste oo longo dos procesos de subjtvagto de cute, ike men supestosincompatves com ma Wado compa sobs ate dese oubjetvitades Em segundo gar 0 cancelto de asta tart pa ce produtiva parm a uitra de ests de suelos/atores ere ftom sobre sa pra cero socal. strc, dent oa special no caso ie subjetwidades lgndns «grapes msesien também como um possivel modo de conquissrvaibidnde pate cs. Assim, 0 conclto de aueetaegrin parece bastante proce em letras de obras caletivas ou en comutora, e tambeer ors kee ‘es mais tadlonais de tesla de autoconatscao aeuant sede als como sulobiografias « meméree Boreas went seus autores estio de alguma forma igadosa grupos minors 88 Leas ete # Dart Bocncels Vert Em terciro lugar, as possibilidades abertas tanto por Watson. pelos antropdloges aca mencionados, na busca por o- ibs alemativon de atabiografioe e tmograins ~ construldos {50 mais a paris do pressuposto do suelo univoco, etavel e me “fasco, ou da autoridade do etndsrafo cde seu distanciamento cm “felngio 20 eu “objeto de estudo", mas sim a partir de uma nowio ‘de mubjetividade consirulda de modo relaconal. ou dialogica ~ - também permitem pensar que textos de autoconstrucio de subjeti- Goletaneas de autcbiogratas, as proprias autobiograias © das, carlas. emails ete) podem set lidos como textos comm eerie veer vendo ne a us formas de to ¢etnorgrafias) aspects intercambisves, mae aspen matic, aaburaqio den concio co- de autocnografaInsere-se fasta teflesao mator que, at 2 produor de inert 3 repenaiade pls prigao da propria epistome Schmid, 199, p. 102), esta empe- Cn elaborte uo ictumental tec capar de das com de subjetividacee identidade de moda ado reduzi sua 2 spl ietorineig X gult, rer. Kexcusi,identdade X iferenga 0 Mes e 0 Onto (a gra homogénea entidace que abarca loa e qualquer subjetvida- fe do moxielo imposto. pelo Mesmno). Como objets — es que refletem exolhas tedrico-politca do posqusador os esses pos ce preagdes culture Surgem a pari da cone o de um Inseurnertal tecnico que procuts lidar Com subjet- @ identidades de modo completo e procesval,enfatican- Portincia do proprio pesquisador da cultura como pertic= ative na construcdo de modos alternativos mais cormplewos 10 dos processos de construgao de ses e de conc bom como na percepgin comstrgi de ima episteme Explico melhor: penso que esisatégins de leitura centradas iadeloe dicesomices como os acim mencionados acaba arse sobre um momento pontual da trajetria de individuos ‘elatizando e perpetuando diferencas, dificutando a gio de uma visio mais complexa e dinamica que permita ‘os process que envolvem a constraco de identiicagoes 0, om ukima anulise, a propria construgio de uma vi endo ewercalsta das subjetividedes c isentidades, Nesse sone “fd, o coneeto de rutocnoarafin, mais do que telletr a descober By de tim objeto anterior © exlerior 20 pesuisado, surge como datmitasio do objeto construido pelo pesquisader, prewcupado ‘elabclecer eatatepias de leituts des produgoes cullurais que memaphcwmemsamncneien 6 tematizem processos de identifiasto @ subjetivao” coorentes com as alterativas conceltuas ético-polticas de construgao de cima gpistere nso dust. Como atirma Edgard de Acss Carvalho em Estrangeiasia- gens, implodir ess duslidades, o que implica romper 0 “Grande Paradigma do Ocidente’, nfo vem sendo nada fll (p. 28). Ao ctitcaro sistema dicotémico de persamento na laboragio de teo- Has eestatégias de Ieitura, quero rescaltar sun dimensto diserini atria, que se opSe aos preseupestos de mullipliciiade, na tec tiva de dar conta da diveridade eda pariculartlade cosingular Societe ‘A Iogica dicotdmica do pertencer versus ndo-pertecer, da ‘dentidade versus difereng, ou, como nas etnografias construldas a partir do modelo tradicional de etnografia, etndgrafo esis eto Erafado,sujeitoteraue objet, 0 Mcsmo versie 0 Ont visual Spenas'o momento da cfereng, nao os procsscosinersubjetvos ‘través dos quais ccorrem interages © identifcagbes cultures. No tanto, se ao inves de focalizarmos momentos onfuais na tajetora de individves procurarmos focalicar, em noseas esratepis de letra, as Unajetrias dos inividiose as suceseivasinteracbes cul turals que se extabelacer entre ses, alver seja pomivel cla cone digtes para a visuallzagio de diferentes subjetividades, dente des ecdnepyen de iin, asin pombe dene tre elas Fase desaffo requer do pesquisador da cultura contemport= ‘eo o instrumental teorico que The permitaabrirse para a8 dle angas interna as identidades de grupo. Isso iri exigir uma revisio do conceito de identidade, dependendo de um olhar pousado, um lado, sobre o sujeito em transito, mobil e singular, herdeiro de tulturaseapeciicas,interagindo com diferentes grupos sia Ge outro, sobre intersubyetvidade, motor da contr slvera de fronteiras idenitrias e da propria formagio de subjetvidades fee ichen Seder crarlias acto tires cpeenn se aoa Bidas como processos em andamento, Nesse sentido, tedricos persadores ds cultura deverlam se empenhar em microandtisead Stuando sobre uma eplsteme percebida como mals e mals moved! $ mas slo diotomica, rao constr de “denen” er MAFFESCLL Michel (7). Tenge Eas ta deck: Re p.m hice py {to cnciot de “nada “sugustsade’ “suber vir CUATE EARL RNC nie Suey te) Mbp Crp doo Pep 70 Leas de Hoe ¢ Denisa Roceacca Vrsant Assim, nossas olaboragdes teSricas everiam se concentrar na pereepcto dos process de Dero ene sijelo, « nd apenas em Ret tfomento pontual da tajetora de indiidios, Sem nos lini Mion fotografi, tentariamos incorporar Ae nossas teorias a fem movimento, Mos para que vo ocorr, € presse mu Wire pressupostos que constrocm mosses caboragdes teGica, Fedo ov modelos dicotrnicos por modelos satenicos, i Etbnlcos ¢diacrOnicos, prontos a lidar com a moblidade e a com engenders concen protons de rt esse entre opemos Nao oe trata de um "nave" ghnero proposto Fe cesocror’s ditculdnda de celiniterto dg fetes ote 9 tstemianho, 2 autabiograia,o melo autores & 3 Be:: ta claboracto altemativa de estatégias de leftura eda prépria. jugio de conhaclmento parte do preseuposto de gue, em suas dads de pesquisadores da culturs, crfcosetericne iterrice ubsursindo pollcas de letra a pati das quais produira0 fe conhecimento. Para tal, pesquisadores cultures deve tanto quanto possivel, una posturaauto-reflexiva(autoet- fica) tena bconsirugho intersubjetiva de sua propria sabe dade, crcunstancasa por tajeiGrte intlecuatt pessoas través de sua ineergia em diferentes grupos sociocul- de, do inricamento de curtoidadestedricas © rcolbue raclo- fetivas ¢ ate mesmo casuals © contingendialee elementos resentes na construsio dle seus objetos de esto, Ultrapae~ Iossa condicao de sets complexos,recoihcer as pose constantes cle rar diferentes vneuios de dentficagso ata a trfase na compreensio da cnctrucio da subjeividadte e do fptio conhecimento como processes relacionais interstsjtivos ios, pode ter volo de acho politic Pos secs penqusade ular perder i “aorlnde a desrigh dow oo iiram hoje, acredito ex. papel accial de conteibuir para # iio de saberes plurais’-na constructo de uima episteme de ioeho de diferentes visties de mundi. Iso sem vida exige para substi construgoestericwe GicotOmicas © tx ‘pr construghes teeleas mats complexas, que 140 Tep 0s prosessos ments que construiram ae Sntigas Rogemon ae. gh ee deseo ue rend ck vier como met. it cau pe or Gog camo pal opens Slopes queen encales Hamner ion ieees eapethos oes frcanegraa ura cmematecncenat 71 Referénclas bibliograficas JACKETINE. Mia Le omen polwnigu de Doeved eso rly dane neq becuse. ina ine Bsa Ps Se, im Tar Bele gusbloraia antiga ms —. Que d itu de ais So Pal UNS. ——.0 plutingtano no oman tn: —. Quatre Ht de aa Seat EES, 9 Sari0 ltcweo de outer. In: —. Mersin e floss de tinge: ‘Sao Paar HUCTTEC, 98 eee ARVALO, a! ie tie ng HLTA Cia {erg O ern So Pol acta Papen 10 {GITOND Jars tints. Apne Sere —ATTMARCUS Care instr To tn ito sap MEE Soper Te rear a Hang 8 COMMAND a syne SSR ST A SEAN erie ge a ome MoU, CCAS, A Ee pl Ys mr BS adie eats sre S<-B00% in grn n e r, Orv Sa iets rem eaten bee ces ana wesmae e WATER je Toor ecg of mabigy. RARER Te ree Smet, ‘pom ts Sc ean ea ae a 72 eras ce Hoje # Daria osasla Varian

Você também pode gostar