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1Série— N31 Sexta-feira, 13 de Julho de 2001 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA “Toda a correspondencia, quer oficial, quer relative a andncio © assinatures do «Dirio da Republicass, deve ser dirigida & Imprensa Nacional — UE.E., em Luanda, Caixa Postal 1306 — End, Teleg.: almprensary > SUMARIO Assembleia Nacional Rewolugio a! 27015 ‘Aprova o Acto Constituivo da Unido Africana, Conselho de Ministros Decreton! 4901: ‘Aprova o regulamento de distibuigto de enegiaelética. — Revoga tod a lelslagfo que Conan o aisposto no presente regulament. Decreton* 4601: Esubelece as regras que regulam a ransponado ¢ protecglo dos valo= res ediamantes no interior do Pats. — Revoga toe a legislasto que contarie 0 disposto no presente diploma Comissao Perm Resolagho m.* 1/01: inte do Conselho de Ministros ‘Aprova o valor da dotaedo iniial de capital do Fundo de Desenvolvi- ‘mento Econémico e Social (FDES). > Ministério das Finangas Despacho n° 163/01: Fina o Fundo Permanente do Tibunal de Contas pera o exerci eco- nomico de 2001 ASSEMBLEIA NACIONAL Resolugdo n.° 27/01 de 13 de Julho Considerando que a Repéblica de Angola é membro de pleno direito da Organizagio de Unidade Africana; ‘Tendo em conta que o Acto Constitutive da Unio Afri- cana foi aprovado pelos Chefes de Estado e de Governo dos Pafses Membros da OUA, na sua 36,* Sessio Ordinéria, realizada de 10 a 12 de Julho de 2000; Prego deste nimero — Kz: 15,00 ‘© prego de cada linha publicada nos Didrios dda Republica 1. 2* ries €de Kz: 19,50 € para a 3. série Kz: 23,50, acrescido do respective imposto do telo, dependendo a publicagto da 23. ere de depdaito privio a ofoctar na Tesouraia da Impeensa Nacional — U.E.E. ‘Ano a: 45 000,00 Kz: 25 400,00 Ka: 17380000 .- Kz: 10 700,00 Considerando que 0 Acto Constitutivo da Unido Afri- cana corresponde aos objectives fundamentajs da Carta da QUA e do Tratado da Criaglo da Comunidade Eeonémica Africana, subscritos pela Repiiblica de Angola; Nestes termos, ao abrigo das disposigdes combinadas da alfnea k) do artigo 88.° do n.° 6 do artigo 92.° ambos da Lei Constitucional, a Assembleia Nacional emite a seguinte resolugo: nico: — & aprovado 0 Acto Constitutivo da Unido Africana, anexo A presente resolugio e que dela faz. parte integrante. Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, a0 12 de Junho de 2001. Publique-se. O Presidente da Assembleia Nacional, Roberto Anténio Victor Francisco de Almeida. ACTO CONSTITUTIVO DA UNIAO AFRICANA NOs, Chefes de Estado e de Governo dos Estados Membros da Organizagio da Unidade Africana (QUA); 1. Presidente da Repiiblica Popular e Democrética da Argélia. 2, Presidente da Repiiblica de Angola. 3. Presidente da Repiiblica do Benin. 4, Presidente da Repiblica do Botswana. 5. Presidente da Repiblica do Burkina Faso. 6, Presidente da Repdblica do Burundi. 7. Presidente da Repiblica dos Camardes. 8, Presidente da Repiiblica de Cabo Verde. 9. Presidente da Repablica Centro Africana. 520 48, Repdblica Unida da Tanzania 49, Repdblica do Togo 50, Repdblica da Tunfsia 51, Repsblica do Uganda 52. Repiblica da Zambia 53, Repablica do Zimbabwe. © Presidente da Assembleia Nacional, Roberto Anténio Victor Francisco de Almeida. TT CONSELHO DE MINISTROS Deereto n° 45/01 633 de Julho Considerando que a Lei n? 14-A/96, de 31 de Maio, Lei Geral de Electricidade, estabeleceu os prinefpios gerais do regime do exercfcio das actividades de produgdo, transporte, distribuicdo e utilizagdo de energia eléctricas Hayendo a necessidade de se regulamentar o referido diploma, nos termos do seu artigo 55.° e das disposigées combinadas da alinea f) do artigo 112° ¢ do artigo 113, ambos da Lei Constitucional, © Governo decreta 0 seguinte: Artigo 1° — E aprovado o regulamento de distribuigéo de energia eléctrica, anexo ao presente decreto e do qual & parte integrante, Art, 2° — As diividas e omisses que surgirem da inter- pretacio e aplicagdo do regulamento ora aprovado serao resolvidas por despacho do Ministro da Energia e Aguas, Art. 3.° — E revogada toda a legislagdo que contrarie disposto no presente regulamento. Art, 4° — Este diploma entra em vigor na data da sua publicagao. Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos 18 de Outubro de 2000, Publique-se. O Presidente da Republica, Jost Epuarbo pos Santos, REGULAMENTO DE DISTRIBUIGAO DE ENERGIA ELECTRICA CAPITULO I Disposigies Gerais ARTIGO 1 (Objectoe Ambito de aplicagio) presente diploma estabelece o regime jurfdico do exercicio da actividade de distribuigdo de energia eléetrica ‘no Ambito do Sistema Eléctrico Pablico (SEP), excluindo-se DIARIO _DA REPUBLICA do seu Ambito de aplicagao os sistemas pri objecto de regulamentacZo especifica. vos que serdo ARTIGO 2”, ‘(Principio geral) A distribuigio de energia eléctrica é efectuada em regime de concessio ou licenga, conforme regulado no presente diploma. A distribuigdo de energia eléctrica classifica-se em: ©) distribuigdo em BT. ARTIGO3* (entnlgses) Para efeitos do presente diploma, entende-se por: ‘Alta Tensdo (AT) — tensdo superior a 35 KV e igual ou inferior a 60 kV; Média Temsiio (MT) — tenséo superior a | kV © igual ou inferior a 35 kV; Baixa Tensdo (BT) — tensio igual ou inferior a TkV. Distribuidor — entidade titular de licenga ou conces- slo para distribuigdio de energia eléctrica; Consumidor — entidade que adquire energia eléc- trica para 0 consumo proprio; Fomecimento de energia eléctrica — entrega de ener- gia eléctrica a qualquer entidade, ARTIGO 4° (Condigéo do exercicio da actividede) 1, O exercicio da actividade de distribuigéo de energia eléctrica fica sujeito a: 4) outorga de uma concessao pelo Conselho de Ministros ou de uma licenga pelo orgdo do poder local competente; 'b) sempre que o interesse piiblico 0 justifique, os ‘rgiios de poder local poderdo, através dos seus servigos especializados, construire explorar redes de distribuigdo de energie eléctrica, na sua frea de jurisdigao, obrigando-se ao cumpri- mento das disposigdes da Lei Geral de Blectrici- dade, do presente regulamento, no que the for aplicavel, dos regulamentos de fornecimento, do licenciamento e de seguranga das instalagdes eléetricas. 2. As concessées ou licengas para distribuigdo de energia eléctrica s6 poderdo ser atribuidas a pessoas colectivas de direito pablico ou privado. 1 SERIE — Né 31 — DE 13 DE JULHO DE 2001 ARTIGO 5 ‘Ateibulgio de concessio) 1. A distribuigio de energia eléctrica em AT e MT é atti- bufda em regime de concesso, podendo ser concedida licenga de distribuicgo em MT em sistemas isolados ou quando por razses técnicas ou por outros critérios tidos como relevantes pela tutela, no se justifique a atribuigio mediante concessio, devendo ser obtido parecer prévio da Entidade Reguladora, 2. A distribuigao de energia eléctrica em BT é atribufda em regime de concessio pelo Conselho de Ministros quando se verifique uma das seguintes condigdes: a) cidades e outras localidades cujo mimero de habi- tantes seja superior a 50 000, salvaguardando 0 disposto no n.° 2 do artigo 32,° da Lei Geral de Electricidade; b) distribuigdo cuja poténcia de ponta maxima solici- tada pelo sistema seja igual ou superior a 4 MW. 3. As situagdes ndo abrangidas no némero anterior sero concedidas licengas. ARTIGO6* (rincpios orientadores do exerccto da actividade) 1. A actividade de distribuigdo de energia eléctrica no Sistema Eléctrico Piblico (SEP) é realizada segundo os seguintes principios: @) uniformidade tariféria para cada concessio ou licenga, excepto se 0 érgao de tutela aprovar factores de diferenciago, tendo em considera- io as diversas caracteristicas geogrificas e fisi- cas do sistema de distribuigdo de energia eléctrica; ) equilfbrio financeiro das entidades concessionérias ou licenciadas. CAPITULO IL Distribuigdo de Energia Eléctrica no Sistema Eléctrico Pablico (SEP) SECCAO | Prineipios Gerais ARTIGO 7" (Aqulsgio de energia) No Ambito do Sistema Eléctrico Pablico (SEP), as di buidoras de energia eléctrica em MT e BT ficam obrigadas a adquiri-la A concessionéria de distribuigio em AT e MT. ARTIGO 8° (Qualldade doservg0) fornecimento de energia eléctrica aos clientes do Sistema Fléctrico Publico (SEP) deve obedecer aos padrdes de qualidade de servigo estabelecidos no regulamento de fornecimento de energia eléctrica, Sab ARTIGO 9* ‘(Obrigagies das distribuidorss) 1. A distribuidora € obrigada, dentro da sua area de’ actuagho, a fornecer energia eléctrica aos clientes que Iha requisitarem € que preencham os requisitos legais para 0 feito. 2. © fornecimento de energia eléctrica deve obedecer &s condighes estabelecidas nos contratos de concessio, nas licengas ¢ no regulamento de fornecimento de energia eléc- trica em AT, em MT ¢ em BT. 3. Salvo caso de forga maior, o fornecimento 6 pode ser suspense por razbes de interesse piiblico, de servigo ou de seguranga, ou por facto imputdvel ao cliente, segundo os prinefpios gerais constantes dos artigos seguintes e do disposto no regulamento de fornecimento de energia eléc- trica, ARTIGO 10° (Suspensio por razdes de interesse puiblico, de servico ‘ou deseguranga) 1. A suspensdio do fornecimento pode ocorrer por razdes de interesse piblico, nomeadamente quando se trata de situagdes de emergéncia ou excepgio, declarada a0 abrigo de legislagdo espectfica. 2, A suspensio do fomecimento por razdes de servigo ou de seguranga, num determinado ponto de entrega, tem lugar quando haja necessidade imperiosa de realizar manobras ou trabalhos de ligago, ampliagio, reparagio ou conservagio da rede, desde que tenham sido esgotadas as possibilidades de alimentagao alternativa. 3. No caso disposto no ntimero anterior, as concessioné- tias devem avisar, com a antecedéncia m{nima de 48 horas, 0 clientes € consumidores a elas ligados que possam vir a ser afectados, salvo no caso da execugio de programas oficiais de restrigdes de consumos ou de esquemas de deslastragem de cargas ou de trabalho que face & neces- sidade de seguranga de pessoas © bens se tomem inadisveis. ARTIGO 11" (Interrapsio por facto imputivel ao cliente) 1. A distribuidora pode interromper 0 fornecimento de energia eléctrica aos clientes que causem perturbagdes que afectem a qualidade do servigo do Sistema Eléctrico Piblico (SEP), sempre que, uma vez identificadas as causas pertur- badoras, aquelas entidades, ap6s aviso da concessiondria, rio corrijam as anomalias em prazo adequado. 2. Em caso de perigo eminente para pessoas ¢ bens, as distribuidoras podem interromper, de imediato, 0 forneci- mento, 3. A distribuidora pode ainda interromper o forneci- mento de energia eléctrica por ndo pagamento das facturas nos prazos estabelecidos, apés interpelagio ao devedor. 522 ‘ DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 12° ARTIGO 17° (Rolagies entre as distribuidoras) (Aquisigio de energla) As relagSes entre as distribuidoras regem-se, com as necessérias adaptagées, pelo estipulado no regulamenta de fornecimento de energia eléctr ARTIGO 13° (Ligugio as redes de disribuigo em AT, MT e BT) 1. ponto de entrega de energia eléctrica as redes de distribuigio € indicado pela distribuidora. 2. A ligagdo a rede receptora ou as instalagdes do cliente deve ser feita de forma a assegurar, em condigdes técnicas satisfat6rias, a transmissdo da poténcia méxima previsivel, assim como o seu controlo. 3. Salvo acordo em contrério, so da responsabilidade do cliente 0s encargos de ligagio as redes de distribuicao, SECCAO I Distribuisio de Energia Eléctrica em AT ¢ MT ARTIGO 14° (Rede de distribuigdoy 1. As redes de distribuigao em AT ¢ MT sto constitufdat* por subestagées, linhas de AT © MT, postos de secciona- ‘mento ¢ aparelhos ¢ acessérios ligados & sua exploragho, 2, Fazem igualmente parte das redes de distribuigdio em AT € MT as ligagdes de centros electroprodutores e de clien- tes que Ihe estejam ligados, salvo disposigio em contrério do regulamento de fornecimento de enexgia eléctrica. ARTIGO 15° (Bneargos com a ligasdo & rede de distribuiso em AT ¢ MT) (Os encargos com a ligagio a rede de energia eléctrica em AT ¢ MT so da responsabilidade da distribuidora em MT e BT, nos termos do regulamento de fornecimento de energia eléctrica, salvo acordo em contrério entre os interes sados. SECGAO IL Distribuigio de energia eléetrica em BT SUB-SECCAO I Disposigées Gerais ARTIGO 162 (Bxereelo de actlvidade) 1. A actividade de distribuigtio de energia eléctrica em BT € exercida através da atribuigdo de concessao, pelo Conselho de Ministros, de concessées para as instalagies abrangidas pelo previsto no n.° 2 do artigo 5.° 2, Nos demais casos, a actividade de distribuigaio ‘exerce-se mediante a atribuigio de licenga pelo drgio de poder local competente. 3, Por razées de interesse pablico, o Conselho de Mini ‘ros pode assumir a competéncia para atribuir concessies relativamente as actividades referidas no n.° 2. No fimbito do Sistema Eléctrico Pablico (SEP), as distri buidoras de energia eléctrica em BT obrigam-se a adquiri-la A distribuidora em MT. ARTIGO 182 (ees de dlstribulgho em BT) As redes de distribuigao de energia eléctrica em BT sfio constitufdas por postos de transformacao, linhas de BT, ddemais instalagbes de ilumninago pablica e aparelhos aces- s6rios ligados & sua exploragao. Fazem igualmente parte das redes de distribuigo em BT ‘06 pontos de ligago de centros electroprodutores ¢ de cli tes que lhes estejam ligados, salvo disposigdo em contrério do regulamento de fornecimento de energia eléctrica. SUB-SECGAO 11 Concessiio ARTIGO 19° (Atetbulgio das concessies) 1. As concessdes para distribuigio de energia eléctrica em BT serdo atribuidas pelo Conselho de Ministros, con- forme previsto no artigo 5.° 2. As concessdes referidas no ndmero anterior so atri- bufdas mediante concurso piblico, nos termos previtos na tei, 3.0 proceso para atribuigo da concessio inicia-se com © antincio do concurso efectuado pela entidade concedente, ccontendo os critérios de seleccdo ¢ os requisitos e condigdes ‘exigidos aos candidatos pelo érgdo de tutela, ouvida a Enti- dade Reguladora, ARTIGO 20° (Procedimento adzalnistrativo) A candidatura para a atribuigio da concessao de distri- buigdio de energia eléctrica deve ser entregue a0 rgio de tutela ¢ instrufda com os seguintes elementos:, 4) identificago completa da candidata; ») indicagdo da érea onde se pretende proceder & dis- tribuigdo de energia eléctrica; ©) minuta do acordo de vinculagao ao Sistema Elée- ttico Pablico (SEP); 4d) apresentagdo dos elementos demonstrativos da capacidade técnica, financeira e organizacional da candidate; @) declaragio assumindo 0 compromisso de que. + exercicio da actividade, o distribuidor cun ‘com todas as disposigées legais e regulamen: aplicdveis. SERIE — N° 31 — DE 13 DE JULHO DE 2001 ARTIGO 21: (Contrato de concessio) 1, © Consetho de Ministros outorga a concessio em fungtio da selecgao feita pelo érgao de tutela. 2. Os contratos de concessdo obedeceriio a um modelo- ~tipo definido pelo érgdo de tutela, ouvida a Entidade Reguladora, ARTIGO 222 ‘lotegrasivo no Sistema Eléctrico Péblico (SEP)) 1. A integragio do candidato seleccionado no Sistema Eléctrico Publico (SEP) processa-se através da celebrago de um acordo com a entidade gestora do Sistema Eléctrico Piblico (SEP), : 2. O Acordo de vinculagdo referido no némero anterior terd um prazo de duragio igual ao da concessio. ARTIGO23* (oragio da concessio) © contrato de concessio tem um prazo de duragdo nfo superior a 50 anos, contados a partir da data da sua outorga. ARTIGO 242 (Direltos da concesslonéris) Sto direitos da concessionéria, no exercieio da activi- dade de distribuigio de energia eléctrica em BT: 4) explorar a concessdo nos termos do respectivo contrato, em regime de exclusividade; ) utilizar bens do dominio pablico e constituir servi- des sobre os bens iméveis ou direitos a eles adstritos, desde que necessérios & prossecugio do objecto da concessao; ©) gozar de outros direitos conferidos por lei e pelo contrato de concessao. ARTIGO 25° (Deveres da concessionéria) ‘Sao deveres da concessionéria, nomeadamente: a) fornecer a energia eléctrica a quem Ihe requisitar, nos termos do artigo 9.° do presente regula- mento; +) iniciar a exploragao da rede no prazo fixado para 0 feito; ©) promover a expansio da rede de distribuigdo de acordo com as directrizes e prioridades defini- das pelo 6rgio de tutela, pelo érgdo do poder local ouvida a Entidade Reguladora; 4) manter as redes e respectivas instalagdes e equipa- mentos em bom estado de funcionamento; ©) prestar ao Grgio de tutela e & Entidade Reguladora as informagées previstas no presente diploma; A) cumprir as obrigagdes decorrentes do contrato de concessfio; $23 28) permitire facilitar 0 acesso cas entidades fiscaliza- doras as suas instalagdes, facultando-Ihe as informagbes ¢ dados hecessdrios ao exercicio da sua actividade; +) participar as entidades competentes os acidentes € desastres ocorridos na exploragio da rede de distribuigdo e das respectivas instalagées; ‘) constituir e manter actualizado o seguro de respon- sabilidade civil previsto no artigo 60.° do presente diploma; . 4) fornecer elementos estatisticos as entidades compe- tentes, ARTIGO 26" (Transinissio da concessio) 1. A concessionfria nfo pode, sem prévia autorizagiio do Conselho de Ministros ou a quem este delegar, transmitir, por qualquer forma, a concessio. 2. Autorizada a transmissiio da concessio, o iransmis- sdrio fica sujeito aos mesmos deveres, obrigagdes & encargos do transmitente, bem como a outros que Ihe tenham sido impostos como condigfo de autorizagio da transmissio. ARTIGO 27" (Extinglo da concessio) 1. Acconcessio extingue-se por: a) caducidade; 6) resciséo; ¢) declaragao do estado de faléncia da conces- siondria; ) resgate;, €) por razdes de forga maior que se mantenham para além dos prazos previstos no contrato de con- cessiio; J) por acordo mituo, 2. A extingdo do contrato de compra de energia com a concessionéria da distribuigdo em AT e MT pode implicar a extingdo da concessio de distribuigo em BT e originar a transmissio, para a entidade concedente, dos bens a ela afectos. ARTIGO 28° (Cadueldade por desurso do prazo) 1. Cessando a concessio pelo decurso do prazo e caso no haja lugar a sua renovacdo a entidade concedente compensaré a concessionéria. 2. Os critérios de compensago sero objecto de nego- ciagdo entre a concessionéria ¢ a entidade concedente, ouvida a Entidade Reguladora. 3. No caso do contrato de aquisigao de energia eléctrica caducar por decurso do prazo, se se verificar a renovagio da concessio, a concessiondria deve negociar um novo con- 524 trato com a concessionéria da actividade de distribuigiio de cenergia eléctrica em AT e MT, ARTI 29° (Rescisdo) 1. A concessio pode ser rescindida pela entidade conce- dente, quando o seu titular faltar culposamente ao cumpri- mento dos deveres relativos ao exercicio da actividade, em especial: + @) nflo apresentar os projectos das instalagdes eléctri- ‘cas nos prazos fixados; ») nfio concluir as obras ou ndo iniciar a explorago dda rede nas datas fixadas, excepto por razdes de forga maior ou por qualquer circunstncia que ‘comprovadamente no Ihe seja imputavel; c) promover ou consentir, por qualquer forma, a interrupgdo ou a irregularidade da distribui- lo de energia eléctrica, afectando 0 interesse piblico e ndo restabelecer a normalidade da exploragio dentro do prazo que the for fixado pelo drgio de tutela; ) nfio prestagdo ou reintegragilo da caugiio nos pra- 20s estabelecidos; ) abandonar as instalagGes afectas a distribuigao de energia eléctrica por um perfodo superior a trés ‘meses, sem autorizagio do rao de tutela; ‘P) violar reiteradamente 0 cumprimento das disposi- ‘des legais ou normas técnicas aplicdveis & actividade concessionada, bem como outras de natureza patrimonial, financeira, fiscal € ambiental. 2. Quando se verifiquem graves deficiéncias na organi- zagSo da actividade concessionada-ou no funcionamento das instalagdes e dos equipamentos que ponham em causa a regularidade do servigo, sem que hajam razdes para resci- slo, 0 6rgio de tutela, mediante autorizagio do Conselho de Ministros, pode tomar conta da concessio, cabendo a enti- dade gestora do Sistema Eléctrico Pablico (SEP) proceder suia exploragio, podendo, para o efeito, subcontratar outras entidades até & resolucio definitiva daquelas deficiéncias. 3. Verificada a situago prevista no niimero anterior, a cconcessionéria suportaré os encargos que resultargm, para 0 concedente, do exercicio da concessao, e bem assim como todas as despesas extraordindrias necessérias ao restabeleci- mento da normalidade. 4, A concessionéria sera notificada para retomar 0 exer- efcio normal da concessio, logo que cessem os motivos da suspensdo prevista no n2 4 © 0 concedente o julgue opor- tuno. 5. O 6rgio de tutela, ouvida a Entidade Reguladora e mediante autorizagio do Conselho de Ministros, pode proceder & imediata rescisio do contrato de concessio, sempre que a concessiondria nfo queira ou ndo possa retomar o exercicio da actividade. DIARIO DA REPUBLICA 6. Acconcessiondria pode rescindir o contrato nos seguin- tes casos: 4@) por razBes de forga maior que se mantenham para além dos prazos previstos no contrato de concessaio; b) por acto de terceiro ou deciséo dos poderes piblicos que lesem grave e comprovadamente 0 seus direitos ¢ que no dém origem ao resgate da concessio, podendo haver recurso & arbitra- ‘gem prevista neste diploma; ¢) em caso de inviabilidade econémica da concessao. 7. A comunicagio das repercussées de actos de terceiros sobre concessio deve ser efectuada no prazo de 72 horas a contar da ocorréncia. 8, A concessionsria tem direito a indemnizago em caso de rescisdo por violagdo culposa dos deveres do Estado, como concedente ou por acto dos poderes piiblicos. 9. Os eritérios para a obtengio do montante da inderani- zagio a que se refere 0 ntimero anterior serio objecto de negociagdes entre a concessionéria e a entidade concedente ouvida a Entidade Reguladora. ARTIGO 30° (Reagate) 1. 0 Estado, por razdes de manifesto interesse piblico, reserva-se 0 direito de proceder ao resgate da concessio, decorrido 1/3 do prazo da sua duragao, com 0 aviso prévio de um ano. 2. O resgate da concessiio confere & concessiondria direito A indemnizagao cujos critérios para a obtengtio do seu montante serdo objecto de negociagSes entre as partes ‘ouyida a Entidade Reguladora, 3. A assungto de obrigagbes por parte do Estado ¢ feita sem prejuizo do seu direito de regresso relativo as obriga- gBes contrafdas pela concessionéria, que tenham exorbitado 1 gestdio normal da concesséo. ARTIGO 31. (Sospensio da uctividade) 1. A actividade de distribuigdo s6 pode ser suspensa quando obtida autorizagio prévia da entidade concedente, que deverd ser dada no prazo de 15 dias apés a recepgio do pedido, sem o que serd considerada deferida, 2. Para efeitos do ndmero anterior, considera-se suspen- sio da actividade a interrupsio do seu exercicio que nio tenha carécter ocasional. 3. O pedido de autorizagio da suspensao da actividade deve ser apresentada a entidade concedente com a antece- déncia de oito dias ¢ a entidade gestora do Sistema Eléctrico Piblico (SEP) ARTIGO 32° (Obeigagdes decorrentes da suspensio) 1. Durante o perfodo de suspensdo, o licenciado manteré a responsabilidade da conservagio e manutengdo das insta- lagdes € equipamentos afectos ao exercicio da actividade. LSERIE — N¢ 31 — DE 13 DE JULHO DE 2001 2. Quando o periodo de suspensiio referido no ntimero anterior ultrapassa os trés meses, a licenga pode ser revo- gada, 3. A entidade licenciadora é responsdvel pelos danos ‘causados pela suspensio, salvo nos casos de exclusio de responsabilidades previstos na alinea b) do artigo 12.° da Lei Geral de Electricidade, sem prejuizo da responsabi lidade criminal em que incorram os seus agentes. ARTIGO 33° (Substituiglo da concessionstia) Sempre que, pelos motivos estabelecidos no presente diploma, for necessério proceder & substituigdo da conces- siondria de distribuigo de energia eléctrica em AT, MT ¢ BT, o 6rgio de tutela deveré comunicar 0 facto ao Conselho de Ministros. ARTIGO 34° ‘nventério) 1. A concessionéria deve manter actuatizado um inventé- rio das redes e dos bens & ela afectos, bem como das rela- es laborais. 2. O inventério previsto no niimero anterior deve ser facultado ao 6rgdo de tutela ¢ & Entidade Reguladora, quando estes o solicitarem, ARTIGO 35° (Contravengées) 1, Constitui contravengio a prética dos seguintes actos: 4) 0 exereicio da actividade para além do ambito do respectivo contrato e a inobservancia das condi- g@es nele estabelecidas; b) a aplicagao a clientes de tarifas ou de pregos que nao tenham sido aprovados; c) a interrupgao da exploragdo ou o abandono de instalagdes integradas no Sistema Eléctrico Paiblico (SEP), sem autorizagio para o efeito; d) a realizagiio ou utilizagio indevida de linhas de interligagio pelas entidades concessionérias de distribuigo de energia eléctrica em AT e MT; e) a inobservancia das regras de ligaydo, de utilizagio ede exploragio das redes; ‘Pa nio actualizagdo do respectivo seguro de respon- sabilidade civil;, 8) a ndo participagio ao érglo de tutela ou aos érgios de’ poder local competentes dos desastres ou acidentes ocortidos na exploragao das instala- goes; 1h) no envio a0 6rgao de tutela ¢ a Entidade Regu- ladora da informagao requerida no ambito da competéncia destas entidades; 1) no permitir ou dificultar o acesso da fiscalizago das entidades previstas neste diploma ds instala- gdes ou aos documentos respeitantes ao exerci- cio da actividade; 525 J) no manter um registo das queixas apresentadas pelos clientes. 2. As contravengées previstas no ntimero anterior so punidas com multas cujos valores so estabelecidos nos termos do artigo 68.° do presente regulamento, 3. A tentativa ¢ a negligéncia sio puniveis, 4, Simultaneamente com a multa pode, em fungio da gravidade do facto, ser revogada a concessio do exercfcio da actividade, ARTICO 36° (Processo de contravensio e aplicasiio de multas) processamento da contravengao ¢ a aplicagiio das multas e de sangées acessérias compete ao Srgio de tutela. SUB-SECGAO IIL Licensas ARTIGO.37° (Compettnela para atribulie de icenga) 1, No Ambito do Sistema Eléctrico Piblico (SEP), fora dos casos regulados por concessio, nos termos do artigo 5.° do presente regulamento, a actividade de distribuigo de energia eléctrica em BT é exercida mediante licenga do 6rgio do poder local competente, quer através do concurso piiblico, quer por ajuste directo que deverd ser piblico devidamente justificado. 2. A atribuiglo das licengas deveré ser precedida do parecer do Srgio de tutela e da Entidade Reguladora. ARTIGO 38" (Acumulago de icenges) [AS entidades titulares de licengas de distribuigio de energia eléctrica podem acumular licengas de AT, MT e BT, bem como licengas da mesma categoria. ARTIGO 39° @uragio) 1. O prazo de duragio da licenga de distribuigdo 6 esta- belecido de acordo com o disposto no artigo 33.° da Lei Geral de Blectricidade, nio podendo ser superior a 30 anos. 2. O prazo da licenga de distribuigdo conta-se a partir da data da outorga da licenga. ARTIGO 402 (Processed atetbuigto da licenga) 1.A licenga de distribuigdo de energia eléctrica serd atri- bufda mediante requerimento prévio dirigido ao érgio do poder local, este por sua vez, remeterd aos demais organis- ‘mos oficiais que devem pronunciar-se sobre o projecto num prazo nio superior a 90 dias, 2, Para efeitos de aplicagio do ndmero anterior, sao considerados organismos oficiais o érgdo de tutela ¢ do ambiente, cujo no pronunciamento sobre 0 projecto, no prazo acima previsto, é tido como aprovado, 526, 3. O requerimento referido no mimero anterior deve ser instruido com os seguintes elementos: 4) identificagia completa do requerente: +b) indicagSo da érea de distribuigdo; ©) principais caracterfsticas da rede de distribuigto; 4d) declaragio de compromisso do cumprimento de todas as disposigies ¢ regulamentos aplicdveis a0 exerc{cio da actividade de distribuigio. 4. O requerente deve ainda instruir o requerimento com ‘8 elementos exigidos no ambito da legislagao especifica aplicdvel, nomeadamente a respeitante A protecgdo do ambiente. 5. © 6rgio do poder local pode’ exigir a0 requerente outros elementos que julgar indispensdveis instrugfo ¢ apreciagao do pedido. ARTIGO AL? ‘Atcibuighv da Heenga proviséria) 1. Cumpridos os requisitos no artigo anterior, a entidade licenciadora atribui uma licenga de distribuigio com earéc- ter provisério, no prazo de 60 dias. 2, Juntamente com a licenga provis6ria, éfixado 0 prazo. de 30 dias para o interessado apresentar ao érgio de tutela 0 projecto das instalagdes eléctricas, para efeito da sua apro- vago, nos termos previstos no regulamento do mento de instalagdes eléctricas, 3. Considera-se aprovado 0 projecto desde que © érgio de tutela sobre ele niio se pronuncie no prazo de 90 dias ap6s a recepgao. 4. Aprovado o projecto, nos termos do regulamento do licenciamento das instalagSes eléctricas, a entidade licencia- dora atribuird a licenga definitiva, no prazo de 30 dias, contados a partir da recepgdo da decistio do drgio de tutela ‘ou de decorrido o prazo estabelecido no numero anterior sem que tenha havido pronunciamento por parte do érgio de tutela. cia ARTIGO 22 (Conteddo du licence) As licengas de distribuigio devem conter, nomeada- ‘mente, os seguintes elementos: 4) idemtificagao do titular; ‘b) natureza; ficagio, localizagdo e caracteristicas téenicas da rede de distribuigio; €) identificagio das obras € das condigies de ligagio rede de MT e AT; direitos e obrigagdes do titular; 28) valor do seguro de responsabilidade civi DIARIO DA REPUBLICA AKTIGO43* ‘ireltos) 1. Sao direitos do titular da licenga de distribuigiio: 4) explorar a rede de distribuigdo, de acordo com o cestabelecido no respectivo titulo; +5) fornecer, em exclusivo, a energia eléctrica na grea licenciada para o efeito, 2. Os titulares de licenga de distribuigio tém o direito de cconstituir serviddes, requerer expropriagies e utilizages € utilizar bens do dominio pablico. 3, Para efeitos do disposto no nimero anterior, a enti- dade licenciada apresenta um requerimento ao Srgio de poder local que negociard com os servientes e expropriados (08 termos das respectivas indemnizagées. 4, Se razSes de interesse pUblico, nomeadamente a deci- silo de proceder ao reforgo das instalagdes o justificarem, poderdo ser concedidos incentivos aos titulares de licengas de distribuigdo, ARTIGO 44° (Deveres) ‘Sao deveres do titular da licenga de distribuigdo: 4) apresentar para aprovago 0 projecto das instala- bes e proceder a sua construgdo dentro dos pra- 208 fixados; ») cumprir as disposigdes legais ¢ regulamentares para 0 exercicio da actividade, em especial no que se refere ao regulamento de fornecimento; ©) adoptar, na exploragio da rede de distribuigio, as, ‘medidas indispenséveis & salvaguarda da segu- ranga das pessoas e bens; d) manter a rede em bom funcionamento ¢ sé inter- romper a actividade mediante autorizagio da entidade licenciadora; ¢) constituir € manter actualizado o seguro de respon- sabilidade civil; /) permitir e facilitar as entidades de fiscalizacdo 0 acesso As instalagdes, facultando-lhes as informagdes necessdrias a0 exercicio da sua actividade; 8) participa aos servigos competentes os acidentes € desastres ocorridos na exploracio; ‘h) manter actualizados os dados estatfsticos. ARTIGO 45° (Transmissio) 1. A licenga de distribuigdo pode ser passivel de trans- issio, desde que autorizada pela entidade licenciadora e s¢ mantenham os pressupostos que determinaram a sua atribuigdo. 2. No caso de transmissio da licenga de distribuigao, 4 entidade transmissora deve requerer, dentro do prazo de 60 dias contados da notificagio da autosizagiio, 0 averba- I SERIE — N.° 31 — DE 13 DE JULHO DE 2001 mento em seu nome das instalagdes eléctricas junto da enti- dade licenciadora. 3. A transmissiio daquela licenga implica, para o trans- missor, a sujeig&o As mesmas obrigagdes do transmitente, bbem como aos que sejam impostos como condigdo da trans- missfo. ARTIGO 46: ‘Reverso dos bens) 1, Extinta @ licenga, os bens implantados sobre © domf- nio péblico ou que tenham sido adquiridos por expropria- gio, revertem para o Estado, salvo se este manifestar vontade em contrério, 2, A reversio confere ao titular da licenga o direito & indemnizagao, excepto em caso de revogagao. 3. Com a extingio da referida licenga, o seu titular fica Obrigado & remogdo das instalagdes desmontiveis implan- tadas em bens do domfnio piblico, dentro do prazo que, ) para o efeito, & entidade licenciadora Ihe tenha fixado, ARTIGO 47 (Suspensio da uctividade) 1. A actividade de distribuigdo s6 pode ser suspensa quando obtida autorizagio prévia da entidade licenciadora, que deverd ser dada no prazo de 15 dias apés a recepgdo do pedido, sem o que seré considerada deferida, 2. Para efeitos do némero anterior, considera-se suspen- slo da actividade a interrupgao do seu exercicio que nao tenha carécter ocasional, 3. O pedido de autorizagdo da suspensiio da acti deve ser apresentada & ei gestora do Sistema Eléctrico Péblico (SEP), coma antece- déncia de oito dias, ARTIGO 48° (Obrigagées decorrentes da suspensio) 1, Durante o perfodo de suspensio, o licenciado manteré 1 responsabilidade da conservaglo ¢ manutengSo das insta- lagdes e equipamentos afectos ao exercicio da actividade. 2. Quando o perfodo de suspensio referido no admero anterior ultrapassa os trés meses, a licenga pode ser revo- pada, 3. A entidade licenciada € responsdvel pelos danos cau- sados pela suspensio, salvo nos casos de exclusio de res- ponsabilidades previstos na alinea b) do artigo 12.° da Lei Geral de Electricidade, sem prejuizo da responsabilidade criminal em que incorram os seus agentes, ARTIGO 49° (Extingio) 1. A licenga extingue-se por: Caducidade; Revogagio; 527 Dectaragio do estado de faléncia ou insolvéncia da entidade licenciada, Por razdes de forga maior. 2. A extingfio da licenga de distribuigdo dé origem & transferéncia, para a entidade licenciadora, da titularidade das instalag6es, nos termos do presente regulamento ¢ do titulo da ticenga, ARTIGO $0" (Reregasio) A licenga de distribuigdo pode ser revogada pela enti- dade licenciadora quando o seu titular faltar culposamente ‘ao cumprimento dos deveres relativos ao exercfcio da acti- vidade, nomeadamente: 4) violar, de forma reiterada, as disposigdes legais ou a0 exercicio da actividade licenciada; b) abandonar as instalagGes afectas d actividade; ©) suspender a actividade injustificadamente, por um periodo de trés meses; @) no constituir ou nao manter actualizado o seguro de responsabilidade civil, ARTIGO $1? (Revogusho pelo Consetho de Minstros) Nos casos em que 0 Conselho de Ministros considere que a actividade licenciada deve ser exercida em regime de concessio, pode integrd-la neste regime, revogando a licenga, nos termos do n.° 2 do artigo 32.° da Lei Geral de Electricidade. ARTIGO 52° (Substitulgdo do titular da icenga) 1, Sempre que, pelos motivos previstos no presente diploma, se torne necessdrio proceder & substituigiio de qualquer entidade titular de licenga de distribuigo em BT, 0 rgio de tutela comunica a entidade concessionéria de Gistribuigio em AT © MT da zona geogratica em que est situado o érgao de poder local em questo, ocorréncia de situagdes que justificam a extingdo das licengas existentes. 2. Quando, durante a fase de substituicao do titular da licenga de distribuigao, este nio puder assegurar 0 forneci- mento de energia eléctrica e, enquanto a referida Hicenga nao for atribuida a um novo titular, cabe a concessiondria de dis- tribuigo em AT e MT da rea geogrética onde esté situado © rgdo de poder local em questdo assegurar a prestagao do servigo, ARTIGO S3° (Atteragio eprorropacio) 1. A licenga de distribuigdio pode ser alterada por matuo acordo quando as condigdes de exploracio da rede o justifi- quem ou por outras alteragies de circunstdncias, tidas como relevantes por ambas as partes. 528, 2. A alteragio da licenga, nos termos previstos no rndimero anterior nunca poderd por em causa o equilibrio financeiro da actividade licenciada. 3. Quando haja alteragdo daquela licenca e sempre que 0 interesse pablico o justifique, 0 seu prazo de duragdo pode ser prorrogado por igual perfodo de duraglo ou inferior, 4, Verificada a caducidade da licenga do termo do prazo, pode ser atribuida uma nova licenga a mesma entidade, ARTIGO 54° (Contravengées) 1. Constitui contravengio a pritica dos seguintes act 4) exercicio da actividade sem a respectiva licenga, ou para além do Ambito da mesma; b) a inobservancia das condigées estabelecidas na licenga de distribuigao; ©) a interrupgao da explorag3o ou o abandono das instalag6es, sem a necesséria autorizacgao; d) a inobservancia das regras de relacionamento comercial aplicdveis & actividades ) a ndo participagdo do seguro de responsabilidade civil, quando exigido; a nio participagio a entidade licenciadore dos acidentes ocorridos na exploragdo das instala- goes 8) 0 nao envio ao Grgiio de tutela, entidade reguladora ou a entidade gestora do Sistema Eléctrico Pablico (SEP), das informagées pedidas no fimbito, as instalagdes ou aos documentos respeitantes ao exerc(cio da actividade; A) as contravengSes previstas no ndmero anterior sio puntveis com multa cujos valores so estabe- lecidos nos termos do artigo 66.° do presente regulamento. 2. A tentativa e a negligencia so puntveis. 3. Simultaneamente com a aplicagio da multa pode, se a gravidade do facto o justificar, ser revogada a licenga de exercicio da actividade. ARTIGO 5: (Processo de contravengio aplicagio de multas) © processamento das contravensdes ¢ aplicagao de multas € de sangées acessérias compete & entidade licencia- dora, conforme estabelecido em regulamento pré; aprovar pelo érgdo de tutela, CAPITULO IT Disposigées Finais, Avulsas e Transit6: ARTIGO 562 (@iteitosadqulridos) As entidades integradas no Sistema Eléctrico Pidblico (SEP) e que detenham, & data da entrada em vigor deste regulamento, direitos de utilizagdo do dominio piblico, DIARIO DA REPUBLICA devem regularizar, no prazo de um ano, o regime de utiliza ‘<0 dos mesmos. ARTIGO 57° (Intervengao directa do Estado) Sempre que o interesse piiblico o justifique, 0 Estado ou 0s drgios de poder local poder proceder directamente & construgdo e exploragdio de redes de distribuicao de energia eléctrica que no possam ser instaladas e exploradas em regime de concessia au de licenga, conforme previsto no presente regulamento, sem prejufzo do cumprimento das suas obrigagdes gerais resultantes do exercfcio da activi- dade, nomeadamente as relativas a0 licenciamento e segu- ranga das instalagdes eléctricas. ARTIGO S82 (Protecgio do ambiente) Compete a concessionaria ou ao titular da ticenga de dis- tribuigdo adoptar as providéncias adequadas & minimizagiio dos impactos ambientais, observando as disposigdes legais aplicdveis, bem como as instrugdes dos servigos compe- tentes. ARTIGO 59° (Ligngio rede de transporte) 1. Os titulares de concessio ou de licenga de distribuigio suportam os encargos inerentes a ligagdo das instalagdes a rede de transporte, 2. Nos casos de ligagdo por interesse do Sistema Eléc- ‘ico Pablico (SEP), os encargos inerentes a ligagio das instalagdes a rede de transporte. ARTIGO 60" ‘(Caugio) 1, Para garantia do cumprimento das suas obrigagdes, & concessiondtia ¢ & entidade licénciadora serd exigida a prestagdio de uma caugio com o limite maximo de 5% do valor total do investimento inicial para as concessdes ¢ 2,$% para as licengas. 2. A caugiio pode ser prestada por depésito, por garantia baneéria ou por qualquer outra forma prevista na lei. 3. Ao licenciado poderd ser também exigido a prestago de uma caugio. 4. Se a caugio nao for prestada, caducaré o concessdo ou & licenga, 5. Da conta da caugio serio levantadas as importancias, as multas em que 0 licenciado houver incorrido, se no as pagar no prazo de 60 dias contados da data da notificagio. 6. A concessiondria e 0 licenciado tém a obrigaydo de proceder & reconstituigao da caugo, sempre que dela tenham sido efectuados levantamentos, nos termos do ntimero anterior, 7. Essa teconstituigdo deverd ser efectuada 30 dias apés A data da utilizagdo da caugio. toa 1 SERIE — N.° 31 — DE 13 DE JULHO DE 2001 ARTIGO 61° (Seguros) 1, Para garantir as obrigagdes decorrentes do exercicio da actividade, as entidades de concessao ou de licenga de distribuigdo devem cobrir os riscos inerentes Aquela act dade, através de um seguro de responsabilidade civil, de montante a fixar de acordo com a regulamentagdo em vigor ‘em matéria de seguros, 2, Este seguro deve ser actualizado em 1 de Janeiro de cada ano, ARTIGO 62°" (Reequlsitos t6enicos e de sequranga) As entidades titulares de licengas ou concessio de distri- buigdo de energia eléctrica estio submetidas, no exercicio da sua actividade, a0 cumprimento de todas as disposigies legais ¢ requisitos técnicos exigidos pelos regulamentos de seguranga. ARTIGO 63" (Purticipagto de siatstros) 1. Os distribuidores sao obrigados a participar & entidade cconcedente ou licenciadora todos os sinistros ocorridos nas. suas instalagdes, no prazo de cinco dias contados da data da ocorréncia. 2. Quando dos sinistros resultarem mortes, ferimentos graves ou prejufzos materiais, deverd ser feito um exame a0 ‘estado das instalagdes eléctricas, bem como a anélisc das circunstincias da ocorréncia e elaborado o respectivo relats- rio téenico, ARTIGO 64° (Pisealizugio) 1. O exercicio da actividade de distribuigdo de energia elécitica estd sujeito & fiscalizagdo do Governo. 2. Para a consecugio da tarefa de fiscalizagio referida no ‘uimero anterior, 0s titulares de concessio ou de licenga para distribuigdo de energia eléctrica devem permitir a0 érgio de tutela e demais entidades competentes o acesso do pessoal técnico as instalagées e suas dependéncias e ainda aos apa- relhos ¢ instrumentos de medigio, e prestar todas as infor- magdes e ajuda de que o pessoal técnico carega para 0 desempenho das suas fungdes de fiscalizagdo, ARTIGO 65° (Reesponsabilidade civil criminal) buigio de energia eléctrica so responsaveis civil € criminalmente, nos termos legais, pelos danos causados no exercicio da actividade. 2. Aquela que tiver a condugio efectiva de instalagdes destinudas & distribuigdo de energia clécteica © utilizar essa instalagdo no seu interesse responde tanto pelo prejufzo que derive da exploragio da rede de distribuigaio de energia eléc- trica, como pelos danos resultantes da prépria instalagdo, excepto se ao tempo do acidente esta estiver de acordo com 529 ‘as regras técnicas em vigor e em perfeito estado de conser- vagdo. 3. As entidades descritas no n.° } do presente artigo nio estdo obrigadas a reparar os danos resutantes de causas de forga maior. ARTIGO 66°" (Taxas) |. A atribuigdo dos tttulos de concessio € de licenga de distribuigdo previstos neste diploma est sujeita ao paga- mento de taxa, 2. A fixagiio das taxas previstas no ndmero anterior nfo afasta a obrigatoriedade de pagamento de outras taxas exigi- das por lei. ARTIGO 67" (Valores des taxas e multas) Os valores das taxas € multas previstos no presente regulamento serdo estabelecidos por decreto do Ministério das Finangas, sob proposta do Ministério de tutela, podendo ser actualizados anualmente, face as alteragGes econémicas € financeiras, bem como de outros factores tidos como rele- -vantes pelas entidades atrés referidas. ARTIGO 68° (lotervencio da entidade resuladors) Sempre que a selecgdo de um novo titular de licenga ou concessdo de distribuigdo de energia eléctrica puser em causa 0 principio da uniformidade tariféria e do equilforio financeiro das empresas titulares de licengas de produgio na rea geogréfica da sua intervengio, a entidade reguladora pode estabelecer os mecanismos de regulagio. ARTIGO 692 (Ateibugdes da enidade regulndora) Enquanto nfo for constitufda a entidade reguladora, nos termos do artigo 15.° da Lei n.° 14-A/96, de 31 de Maio, ‘competira a Direcgao Nacional de Energia do Ministério da Energia ¢ Aguas exercer as fungdes que por este regula- mento so atribuidas aquela entidade, sem prejufzo das suas atribuigdes estipuladas no estatuto orginico daquele Minis- serio. ARTIGO 70" (Endade responsével pelo Pano Directar de Expansio 4o Sistema Eiéctrico) As funges da entidade responsdvel pelo Plano Director de Expansto do Sistema Elécirico, referidas neste regula: ‘mento, so atribufdas’a Empresa Nacional de Electricidade, Empresa Publica, ENE-E.P, enquanto no for outorgada a concesso da Rede Nacional de Transporte, nos termos do 12 [do artigo 9.° da Lei Geral de Blectricidade. ARTIGO 71" (Resolugdo de Iigos) 5 litigios que surgirem da aplicagdo do presente regula mento scréo resolvidos em conformidade com o estabele- cido no artigo 51.° da Lei Geral de Electricidade. © Presidente da Repiiblica, José Epuanvo pos Santos. Decreto n,” 46/01 de 13 de Jutho Considerando a necessidade de se estabelecer as regras sobre a transportagdo e protecgao de valores e diamantes das empresas vocacionadas para 0 exetefcio da actividade diamantifera: Nos termos das disposigdes combinadas da alfnea d) do artigo 112.° do artigo 113., ambos da Lei Constitucional, 0 Governo decreta o seguinte: CAPITULO 1 Disposigées Gerais ARTIGO 1 (Objecto) presente decreto visa estabelecer as regras que regu- lam a transportagao € protecgdo dos valores e diamantes no imterior do Pats. ARTIGO 2° (Ambito) © presente decreto aplica-se a todas as empresas que exeroem as actividades de prospecgio, pesquisa, reconheci- mento, exploracao, tratamento e comercializagdo de dia- mantes. ARTIGO 3° (Detinigées) Para efeitos do presente decreto, entende-se por: 4a) Valores — quaisquer titulos, acgbes, obrigagoes, letras de cAmbio, divisas, que representem certa importincia em dinheiro ou susceptiveis de ava- liagio pecuniria; 5) Diamante — pedra preciosa que constitui um bem ‘econémico formado por carbono em condigoes de alta temperatura, suscept(vel de avaliagio pecuniéria, CAPITULO TI Obrigagoes Gerais e Especiais ARTIGO 4 (Obrigagies gerais) Constituem obrigagdes gerais: DIARIO DA REPUBLICA a) a transportagio de valores por uma equipa previ ‘mente preparada pelo Corpo Especial de Fiscali- zagdo e Seguranga de Diamantes (CSD) com os meios de protecgio adequados; +b) a transportaglio de valores de Luanda para o inte~ rior do Pafs em envelopes ou sacolas de plastico ‘existentes no mercado internacional e que ofere- {gam méxima seguranga; ‘c) a selagem ¢ lacragem dos envoltérios, visando a sua inviolabilidade; d) a emiss&o, no envio do correio de um documento escrito por parte do érgio remetente para o des- tinatério, mediante correio electrénico, fax ou outro meio de comunicago para evitar dividas com decalque ao Corpo Especial de Fiscalizagio e Seguranga de Diamantes (CSD); 2) a traiisportago de valores, acompanhada por um documento emitido pela entidade legalmente reconhecida e por um membro do Corpo Espe- cial de Fiscalizagdo e Seguranga de Diamantes (CSD); /f) a recepgo dos diamantes em envelopes de cela, devidamente lacrados na presenga de especialis- tas do Corpo Especial de Fiscalizagao ¢ Segu- ranga de Diamantes (CSD); 18) 8 aquisigfo de diamantes previamente avaliados por especialistas reconhecidos legalmente pelas, entidades competentes € a sua avaliagdo poste- rior nas instalag6es do Banco Nacional de Ango- la.com garantia de seguranga; 1h) a transportagdio dos diamantes em malas metélicas apropriadas, de acordo com as regras internacio- nalmente estabelecidas, contendo dois cédigos de seguranga diferentes, que sejam conhecidos por cada um dos especialistas referidos na alinea anterior; 1) acondicionamento dos diamantes na Casa Forte do Banco Nacional de Angola, onde permanecerio até a data da sua exportagio; Ja impressio do nome do Corpo Especial de Fiscali- zagfio e Seguranga de Diamantes (CSD) nos enyolt6rios, em letras claras, incluindo-se 0 seu ‘imero no documento; 4) a presenga de um representante do Corpo Especial de Fiscalizagio e Seguranga de Diamantes (CSD) € da entidade remetente durante a aber~ tura do envolt6r Da observancia do prinefpio da compartimentagdo da informagao € de dados. ARTIGO 5 (Obrigagies especiais na transportacio de valores) Constituem obrigagdes especiais na transportagio de valores:

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