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SOCIOLOGIA, N.26, 1989, 11-21 O desporto nas sociedades modernas* Joao S. Batista** Rui Pena Pires** Resumo — Neste texto discutem-se contributos dos mais importan- tes autores no campo da cociologia do desporto e argumenta-se em favor douma reconstrusio da disciplina na perspectiva das teorias da estrutu- ragio, por forma a destacar a contingencialidadec espocificidade das pra- ticas desportivas nas sociodades modernas, em particular na vertente do desporto-espectaculo, Abanalidade do reconhecimento da antiguidade da pratica despor- tiva enquanto «earacterfstica humana» tem, com frequéncia, permitido dispensar a necessidade de construir sociologicamente 0 campo do desporto como objecto tedrico auténomo. Igualmente habituais sdo as abordagens do fenémeno desportivo carecidas de uma contextualizagao viabilizadora de andlises teoricamente informadas da diversidade his- térica das praticas e sistemas desportivos. Neste contexto, a recente in- flagdo de textos de «sociologia do desporto» corresponde, no essencial, a exercicios de aplicagtio de conceptualizagées oriundas de outras tradi- ges disciplinares, nos quais o fenémeno desportivo constitui referéncia para efeitos de mera ilustragao'. ‘A pobreza analitica daquele tipo de trabalhos contrasta vivamente com as investigagdes que tém vindo a ser realizadas por um restrito nui- mero de autores, entre os quais é de justiga realgar os nomes de Allen Guttman, nos EUA, Rick Gruneau, no Canada, John Hargreaves e Erie Dunning, em Inglaterra, Pierre Parlebas, em Franga, e, com particular evidéncia, o de Norbert Elias pelo seu pioneirismo e originalidade. * Este artigo ¢ um primeiro resultado de uma linha de investigagio socioldgica sobre © futebol portugues, a decorrer no Centro de Investigagao e Estudos de Sociologia, correspondendo a fase de construgao do modelo tesrico oricntador das acgées de pesquisa, empinica. Com base neste texto os autores apresentaram uma comunicagto a0 1° Congresso Portugues de Sociologia. *“Docentes no ISCTE e investigadores do CIES. SOCIOLOGIA Desporto e modernidade A histéria da produgio do desporto moderno constitui, provavelmen- te, um dos mais importantes contributos de Elias para a sociologia do desporto®, No entanto, e como alguns autores chamaram a atengao, con- vird reavaliar esses contributos tendo presente que a andlise dos pro- cessos histéricos desenvolvida por Elias incorpora uma dimensao evolu- cionista’, a qual se encontra manifesta com clareza nas suas pesquisas sobre o fenémeno desportivo. De facto, a caracterizagéio do desporto mo- derno enquanto ponto de chegada de desenvolvimentos cumulativos nos processos de autocontrolo individual das emogées e de controlo social da violéncia constitui sintoma claro de um entendimento direccional e progressivo da mudanga. F inegavel, porém, que ao evidenciar as des- continuidades caracterizadoras da transigio para a modernidade, Elias contribui decisivamente para a delimitagio te6rica da especificidade do desporto tal como 0 conhecemos hoje. Para uma melhor compreensio desta especificidade deverd ter-se presentea centralidade conferida pe- Jo autor & andlise sociolégica da articulago entre mudanga estrutural e mudanga sociopsicolégica, incluindo este tiltimo dominio, nomeada- mente, 08 processos de mutagéo das formas sociais de expressdo das. emogoes. Neste quadro de referéncia, o desporto constitui, nas sociedades modernas, um espago compensatério das tendéncias & rotinizagdo do quotidiano, construfdo pelos actores no decurso de estratégias visando a expressao de «emogGes fortes» — a busca da excitagdo. Aquelas ten- déncias, imputadas as dimensées especificadoras da modernidade nos planos tecnolégico, estatal e civilizacional, seriam deste modo perma- nentemente contraditadas (ver Fig. 1). Num mundo caracterizado pela crescente previsibilidade usualmente tida como associada a expansao do industrialismo, valoriza-se, por contraponto, a incerteza do jogo. Num quadro de sistematica procura da pacificagao interna pelo Estado- -Nagao, desenvolvem os actores espacos de dramatizagdo onde en- cenam a violéncia mimética. E, por ultimo, o desporto moderno, em particular o desporto-espectaculo, constitui—se como um reduto vidvel para a explosdo das emogées, abafadas num dia a dia regulado pela emergéncia de um autodominio que impée civilizados usos e costumes*. Neste sentido, a pratica desportiva, enquanto actividade protago- nizada por actores dotados de inteligibilidade, ainda que parcial, dos contextos em que operam®, pode inclusive constituir, em especial quando desenvolvida no dominio recreativo, uma forma de resisténcia cultural, uma pritica contra—hegeménica pela qual os actores tran: formam regularmente as condigdes de reprodugdo das sociedades eapi- talistas industriais. Como salienta Gruneau, a dimensao ltidica inse ta na pratica do desporto, a «promessa do jogo», contém elementos de anomalia que podem ser activados no quadre de estratégias de oposigao Aracionalizagdo acelerada das relagdes sociais, acentuada pela erescen- te eficdcia dos processos de vigilancia e controlo accionados pelo Esta- do-Nagao’. N£6—1989 13 Ficura 1 O Desporto na Sociedade Moderna Evolugio (Controle Grescente) [domfnios} Natureza Relagées Sociais Tndividuo [desenvolvimentos) ee ‘Teendlégico Estatal Civilizacional {rosultado) Modernidade Redugio | ‘Avtodomfnio ‘da incerteza, ’ Rotinizago do Quotidiano¢—— Fungo Compensatéria Busca da Excitagio >Desporte moderno Tncerteza Tet | Explosao do jogo imética | L das emogies | A diversidade das prdticas desportivas Importa, no entanto, ter presente que o universo das praticas despor- tivas, enquanto pandplia de possibilidades mobilizdveis pelos actores, constitui-se como um campo de potencialidades diferenciadas de exercicio ou resisténcia a dominacdo, Através da andlise das diferentes configuragées institucionais sob as quais decorre e se concretiza a activi- dade desportiva, é possivel produzir uma interpretacao esclarecedora sobre omodo como ela se objectiva no quadro da dialéctica do poder. Nes- 4 SOCIOLOGIA te particular, é de especial utilidade a elaboragao de modelos classifica- tivos, sendo a tipologia construida por Guttman a que, em nossa opinido, melhor satisfaz aquela anélise (ver Fig. 2). Froura 2 Tipologia das Praticas Desportivas Recorde Desporto —— Organizagio Individualismo | Servigos! de massas 1 Bseola Jogo Ritual Entre os quatro ideais-tipo identificados por aquele autor, 6 0 clube recreativo, por exceléneia, 0 espago social propicio & reelaboragao da pratica desportiva, e, portanto, ao desenvolvimento de estratégias con- tra-hegeménicas acompanhadas, embora de forma menos acentuada, por processos de resisténcia cultural. Potencialmente, estes processos encontram a sua expressividade maior no individualismo de massas, dado o baixo grau de institucionalizagao destas praticas e a sua orien- taco eminentemente hidica, elementos facilitadores da afirmagao da autonomia individual. Ao invés, as praticas enquadradas pelos clubes desportivos tendem asubordinar-se a uma légica de reprodugaio, apesar de tal tendéncia ser parcialmente contraditada pelas tensées resultantes da emulagio com- petitiva (orientagao para orecorde). Uma exarcerbagiioda subordinagao das praticas desportivas aos requisitos sistémicos da reprodugiio ocor- re quando se articula a dimensiio ritualistica do jogo com formas de en- quadramento organizativo de tipo empresarial ou estatal. Exemplos disso sdo as actividades desportivas escolares ou da educagao militar, N&6—1989 15 bem como as proporcionadas pelas organizagies de comercializagao da ocupagao dos tempos livres ou de «cuidados do corpo». Como é sublinhado por Hargreaves, 0 trabalho operado sobre o cor- po pelos servigos desportivos, e com maior incidéncia o desenvolvido em instituigdes tuteladas pelos aparelhos de dominagao, como a escola e as forgas armadas, 6 um meio decisivo na constituigao das relagdes de po- der (ver Fig. 3)®. Aquele trabalho, ao investir na disciplina e normaliza- ¢40 dos usos do corpo, contribui para um incremento da capacidade de vigilancia e controlo social, porquanto constitui um instrumento possi- bilitador da evidenciagao da discrepancia. Por outro lado, asactividades desportivas, quando desenvolvidas como ocupagao de lazer e de mani- festagiio narcisica, sio meio de realizagao de investimentos simbélicos orientados para a afirmagiio da distingao pela diferenga, ou seja, uma forma de constante actualizagao das distancias sociais e das hierar- quias. Ficura 3 Desporto, Corpo e Poder ‘Trabalho sobre o corpo [potencializado pela cultura consumista) normaliza distingue visibilidade investimentos do atfpico diferenciados reforgo reafirmagio da vigildncia das hierarquias * das relagdes de Poder Mais complexas e matizadas parecem ser as relagdes entre o despor- to-espectaculo e os procedimentos de institucionalizagao da dominagao. 16 SOCIOLOGIA O desporto-espectaculo Se, como alguns autores sustentam, o espectdculo desportivo tem uma antiguidade secular’, ele apresenta nas sociedades contempo- raneas desenvolvidas uma singularidade eujos tragos podem ser re- ferenciados as dimensées estruturais da modernidade, em particular a alguns dos modos de especificagdio dos sistemas de regras estruturantes dos complexos institucionais do Capitalismo, do Industrialismo e do Estado-Nagio". De entre aqueles modos de especificagdo, ¢ como foi anteriormente referido, a rotinizagao do quotidiano é central na consti- tuigdo das praticas desportivas. No entanto, limitar a compreensao do moderno espectaculodesportivo a esta dimensdoanalitica, para alémde conduzir a uma mera e ineficaz perspectiva unidimensional, difi- cilmente permitiria a captagao da especificidade deste subconjunto da actividade desportiva enquanto, por um lado, espago propicio ao desen- volvimento de estratégias de reconstrugdo de identidades segmentais ¢ de reafirmagao das identidades nacionais, bem como, por outro, en- ‘quanto campo de investimentos econémicos e de exereicios de legitima- $40 da dominagao politica (ver Fig. 4). A articulagao de processos convergentes mas com origem em domi- nios de acgdio tao diversos entre si, ndo se realiza sem a emergéncia de miiltiplos focos de tensdo, frequentemente ignorados em abordagens funcionalistas, sejam elas oriundas da tradigéo marxista, e portanto enfatizando a instrumentalidade do desporto enquanto mecanismo de dominagdo subsumido na légica da mercantilizagao", ou oriundas da matriz parsoniana, nas quais é acentuada a vertente integradora da aetividade desportiva enquanto possibilitadora da interiorizagao de sistemas de normas e valores comuns"?, A titulo ilustrativo, séo de sa- lientar como factores de crispagéio cuja génese é imputavel a relagdo entre as varidveis do nosso modelo sobre «Processos Constitutivos do Desporto—Espectdculo», algumas questdes presentes nos dominios da producdo medidtica, da referenciagao das identidades e, por fim, da pro- fissionalizagao do atleta. (O massivo e extenso investimento mediético no espectaculo desporti- vo, ao qual nao sera estranho o impacte de uma encenagao onde o drama se constréi com base nos rituais do jogo e na simbolizagao da violéncia, acarreta a necessidade da definigdo, pelos meios de comunicagao, de eri térios de selecgaio dos temas desportivos. Para Pierre Parlebas, aquela selecgdio opera em fungao do grau de complexidade estratural dos jogos (ver Fig. 5), sendo as disciplinas menos complexas as mais facilmente institucionalizadas pelos grandes produtores do espectaculo desportivo eas que recolhem a preferéncia nas estratégias de difiusdo dos media’, Por discutivel que seja esta tese, como 6 ilustrado pelo facto de o futebol ser um jogo de complexidade elevada segundo os critérios de Parlebas e, simultaneamente, uma das disciplinas que recolhe maiores investi- mentos e audiéncia, permite evidenciar a possibilidade de uma disere- pancia fundamental entre, por um lado, os efeitos de exclusdo derivados dos imperativos da légica da produgdo do espeetsculo desportivo e, por N26 —1989_ 7 Ficurs 4 Processos Constitutivos do Desporto-Espectaculo MODERNIDADE rr Capitalismo Industrialismo Estado-Nagio {LE | = {Rain tions J : Investimentos x. v a Polfticas oka Rechsiago cs Bemngmises ay guia devdontigade joni Espectéculo desportivo L_______ otertae — outro, a especificidade de uma procura em grande medida orientada pe- la componente circense do jogo. Naquela procura, o papel activo jogado pelo espectador no desporto de competigaio encontra-se, de igual modo, profundamente imbrineado nas dindmicas de construcao e articulagao dos referentes de identidade colectiva, relagao esta assaz evidenciada nos momentos de eclostio de conflitos entre adeptos. Nestes casos, denota-se 0 culminar de tensdes frequentemente enraizadasnas assimetrias dopoderenasassineronias resultantes do desenvolvimento desigual das diferentes dimensdes da modernidade no interior dos Estados-Nagaio e/ou no quadro do Sistema- ~Mundo. A resisténcia a hegemonia das metrépoles, quando associada Apersisténcia de relagdes de cariz. pré-moderno, pode traduzirse pela irrupedo de comportamentos nao regulados pelas aquisigdes civilizacio- 18 SOCIOLOGIA Ficura 5 Grau de complexidade dos Jogos Desportivos Incerteza Coluctvisme ttagoniemo teogatat 2 2 ~ Colectivismo Antagonismo | Antagonismo. {alpinismo) | latebol) 1 1 1 - 7 Incerteza | Antagonismo — | | (esqui) (estafeta) | (tenis) A naa nais no dominio do autocontrolo das emogGes e da violéncia, nomeada- mente quando encontra no paleo do desporto um espago por definigéio propicio & explosiio das emogies contidas no quotidiano. O sistema de regras especificador do desporto-espectaculo como campo alternativo face a tendéncia para a rotinizagao do quotidiano, delimita um espago de equilibrio instavel cujos desenvolvimentos, pela sua indeterminagaio, podem ter como resultados efeitos de tipo funcional (compensago) ou disfuncional (desordem), em relagdo ao problema de manutencao da or- dem, Neste sentido, a possibilidade de uma explicagio satisfatéria da violéncia no desporto deve centrar—se, primordialmente, na compreen- sdo da singularidade dos elementos estruturantes do campo desportivo, em particular na sua vertente competitiva e espectacular’ N26—1989 ee 19 Esta orientagaio metodolégica permite alargar o espago de visibilida- de teérica e, desta forma, identificar possibilidades de tensao inerentes ao desporto-espectsiculo ignorados em andlises que teimam em encarar ofenémeno desportivo como mera metafora da vida social. Por exemplo, 6 assim possivel localizar como fonte de crispagao a contradigéo emer- gente entre a dinamica induzida pelo movimento de profissionalizago do atleta e a persisténcia, no espectador, de orientagdes valorizadoras das componentes de emogdo e comunhao préprias do ritual do jogo. Em situagdes de insatisfagdo face ao desenrolar do espectéculo nos planos hidico e competitivo, aquela contradigdo pode originar formas de distan- ciamento dramatico entre publico e atleta (ver Fig. 6),consubstanciadas em manifestagdes de ressentimento com afloramentos de violéncia in- determinados na sua extensao e intensidade. Ficura 6 Profissionalizagao «versus» Especticulo (emocional) Desempenho (instrumental) ann DISTANCIAMENTO ———»| Profissional - ~ ot Status ro) UL | excitagio - 7 _ tédio identificagio hostilizagio A préxima publicagdio dos primeiros resultados de uma pesquisa em- pirica sobre o futebol portugués, que temos vindo a desenvolver nos titi ‘mos anos, permitird, certamente, tornar mais evidentes as virtuali- dades e potencialidades da perspectiva teérica argumentada ao longo deste texto. 20 SOCIOLOGIA Notas * Uma anilise a bibliografia em Sociologia do Desporto publicada entre 1976 e 1986 permitiu verificar que das 486 referencias existentes na Base FRANCIS do CNRS mais, de 90% tinham este cardctcr ilustrative. O mesmo tipo de abservaefo & igualmente aplicavel a muitos dos ensaios incluidos em G. Luschen e G. Sage (orgs.), Handbook of focéal Science of Sport, Champaign, Stipes Pub. Co., 1981, uma das mais conhecidas (e monumentais) obras de referéncia neste dominio diseiplinar. + Um bom exemplo das caracteristicas distintivas da socislogia hist6rica do desporto desenvolvida por Elias pode ser encontrado no artigo «Sport ot Violence», Actes de la Recherche, n° 6, 1976, pp. 2-19. As posigies at defendidas pelo autor inscrevem-se no contexto da sua andlise sobre o proceso civilizacional, desigaagio sob a qual se concretiza o estudo da mudanga histérica no quadro de uma porspectiva tedrica original que veio a ser designad por sociologi configuracional. A este respeito ver, em especial, ‘The Civilizing Process (wol. 1: The History of Manners; Vol. 2: State and Civilization), Oxford, Blackwell, 1978-1982 (ed. original: 1939) e Introdugao é Sociologia, Lisboa, Edigbes 70, 1980 (6d, original: 1970), ° Ver J. Horne e D. Jarry, «The Figurational Sociology of Sport and Leisure of Elias and Dunning: An Pxposition anda Critique» in:J. Horne, D. dary ¢ A. Tomlinson (orgs. Sport, Leisure and Social Relations, London, Routledge & Kegan Paul, 1987, pp. 86-112. ‘or N. Elias e E, Danning, Quest for Excitement, Oxford, Blackwell, 1986. 0 papel dos actores na produgio das regras constitutivas do campo desportivo & realgado mormente por autores filiados na tradigto etnometodoldgica e, mais recentemente, por sociélogos influenciados pela teoria da estruturagao dosenvolvida por A. Giddens. Para um exempla das propostas dos primeiros ver, nomeadamente, os artigos de Francis Kew «Playing the Game: An Ethnometodological Perspectives © “Contested Rules: An Pxplanation of How Games Changes, publicados pela International Review for Sociology of Sport, vol. 21, n°4, 1986, pp. 305-821 e vol. 22, n-? 2, 1987, pp.125-135, respectivamente. A segunda abordagem referida pode ser ilustrada pelos textos de A. Ingham ¢ S. Hardy, «Sport: Sirueturation, Subjagation and Hegemony», Theory, Culture # Society, vol. 2 n.*2, 1984, pp. 85-103 e ée P. Bramham, «Giddens in Goal: Reconstructing the Social Theory of Sports, fn: P Bramhamet al, New Directions in Leisure Studies, Department of Applied and Community Studies, Bradford and Iikley Community College. ‘Ver R. Gruneau, Class, Sports and Social Development, Cambridge, Massachusetts, University of Massachusotts Pross, 1983. "Ver A. Guttman, From Ritual to Reeord, Nova Torque, Cohtmbia University Press, 1978. Foram lidas em consideragio as alteragies a tipologia inicial sugeridas em R Thomas, A. Haumont e J.-L, Level, Sociologie du Sport, Pavis, PUF, 1987 "De J: Hargreaves ver Sport, Power and Culture, Cambridge, Polity, 1986 e «The Body, sport and powor relations, in J. Horne, D. Jary e A. Tomlinson (orgs. op. cit. P 139-159. Embora com um cardcter menos claborado, posigoes semelhantes "sto sustentadas por P. Bourdica em «Programme pour une sociologie du sports, in Choses Dites, Paris, Minuit, 1987, Sobre os processos de normalizaeio ¢ distingso refcrenciados na Fig. 3, ver também M. Foucault, Surveiller et punir, Paris, Gallimard, 1975 ¢ P. Bourdieu, Le Distinction, Paris, Minuit, 1979, respectivamente "Ver A. Guttman, Sports Spectators, Nova lorque, Columbia University Press, 1986, A deseriminagio destas dimension da modernidade retoma as propostas de A. Giddens na obra The Nation-State and Violence, Cambridge, Polity, 1989, sintetizadas pela autor em «Dimensées da Modernidndes, Sociologia — Problemas e Praticas, n.°4, 1988, pp. 237-251. Do mesmo autor foram também retidos, com reformulagies, 05 eixos, do coneeptualizapao dos processos de estruturagio desenvolvidos om The Constitution of Society, Cambridge, Polity, 1984. "Uma boa ilustragao deste tipo de abordagem est presente em B. Rigauer, Sport ‘and Work, Nova Torque, Columbia University Bress, 1981. NEG: ” Ver, por exemplo, J. Loy e G. Kenyon, Sport, Culture and Society, Londres, Macmillan, 1969, Ver P. Parlebas, Bléments de Sociologie du Sport, Paris, PUP, 1986. % Uma valorizagio excessiva de factores exégenos na anslise do problema da violéneia no desporto, por contraponto & perspectiva por nés defendida, sransparece ‘mesmo em obras de autores que mais contribuiram para a autonomizagao disciplinar da sociologia do desporto. A este propésito ver E. Dunning, P. Murphy e J. Williams, The Roots of Football Hooliganism, Londres, Routledge and Kegan Paul, 1988.

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