Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
°A quantificagio da Neumann, da lei de Faraday, estabelece que a fem média induzida numa
bobina de N espiras é
any
onde 1 € 0 tempo que o fluxo mituo teva para elevarse de zero a0 valor de pico, sendo o fluxo
expresso em maxwells. Imaginando um sinal de entrada sinusoidal, tendo uma freqiéncia de J
ciclos por segundo, 0 fluxo eleva-se ao maximo num quarto de ciclo («= 1/4) €
= 4fNG,q x10" V
Mas, desde que 0 fator de forma de uma onda sinusoidal é a relagio do seu valor efetivo para
seu valor médio (0,707/0,636 = 1,11), 0 valor efetivo da fem induzida = 1,11 Eyag ou
E = Egeg = 444 SNbpq X10-* V
Donde, a relagdo volts/espira ¢ E/N = 444-4, x 10°° V (13.10)
Note-se que a Eq. (13-10) para o transformador ¢ idéntica & Eq, (2-14) para o alternador,
—520 MAQUINAS ELETRICAS E TRANSFORMADORES:
\| & _ 5 volts _ _
of) He RE TAM pm IOT® = Oy = BU(BigA) (13-19)
onde B, é a maxima densidade de fluxo permissivel e A é a area do nicleo do
transformador (5, ~ ByA).
O significado da Eq. (13-10) no pode ser desconsiderado, porque estabelece
© maximo fluxo mittuo permissivel ou a maxima densidade de fluxo permissivel
a uma dada freqiiéncia e a uma dada tensio. Assim, os transformadores proje-
tados para operacdo a uma dada Sreqténeia ndo podem ser operados a outra fre-
qiiéncia sem as correspondentes alteracdes na tensio aplicada, como se mostra
na Eq. 13-4,
EXEMPLO Um transformador de 1 KVA, 220/110 V, 400 Hz deve ser usado em 60 Hz.
Ry, 13-4: Caleule:
i a. © maximo valor médio quadratico da tensdo que pode ser aplicada ao lado
rf de alta tensio, e a maxima tensio de saida do lado de baixa tensdo
AO if 'b. os KVA nominais do transformador sob as condigées de freqiiéncia reduzida.
C7 a. para manter a mesma densidade de fluxo permissivel na Eq. (13-10), ambas
as tensdes dos lados de alta e baixa devem alterar-se, na mesma proporciio
da redugéo da freqiiéncia
60 He 4% Ke
£,= 20) oe 3 Nan
zo. Coz
ay. 165 V (13-6)
. os valores nominais de corrente do transformador sdo inalterados, ja que
05 condutores ainda tem a mesma capacidade de conduso de corrente.
Assim,
kVA 1x 10° VA
v, 230 V
€ 08 novos kVA nominais sio
: Vi, = Vjl, = 33 V x 4545 A = 150 VA (13.9)
1,
4,545 A (13-9)
C
>
el O significado do Exemplo 13-4 € que € possivel fazer alteragdes de freqiiéncia
{ na operago de um transformador, mas somente com as correspondentes “altera-
des da tensdo. Se a freqiiéncia e a tens&o so ambas reduzidas, a capacidade em
\
b kVA do transformador & correspondentemente reduzida. Se a freqiiéncia e a
tens&io forem ambas aumentadas, a capacidade em kVA é aumentada correspon-
dentemente (contanto que as tensdes maximas permissiveis em relagao aos enro-
lamentos do transformador nao sejam excedidas). Note-se que,-em qualquer©
‘TRANSFORMADORES 521
caso, a maxima demsitade-de fluxo permssivel deve permanecer:d-mesma, Isto-é
necessario’ para que o transforttiador ‘ndo-se' sobreaqueca, como mostra o Exem-
plo’ 13:5.
EXEMPLO Admitindo que as perdas por correntes parasitas e de histerese variem com o
13-5: quadrado da densidade de fluxo (V. Eqs. 12-3 12-4), calcule as perdas no ferro
se 0 transformador do Exemplo 13-4 for operado a tensio nominal, mas a fre-
qiiéncia reduzida de 60 Hz. Imagine que as perdas originais no ferro a 400 Hz
sejam 10 W.
Solugiio
© Desde que E = kfB,, € 4 mesma tensio primaria ¢ aplicada ao transformador
ida, a densidade final de fluxo, B,,, aumenta significativamente
ok 7 @itreqiiéncia red
. além de seu valor maximo permissivel original B.. para
e f A
Buy = Bry Gaon (400/60) = 6.67 B,, Bas. £eG ¢ > Sanf (13410)
Desde que as perdas no ferro variam aproximadamente com 0 quadrado da
densidade do fluxo (V. Eqs. 12-3, 12-4)
P, P.,,) BP = 10 W (6,67)? = 444 W
Note-se, pelo Exemplo 13-5, que, mesmo na auséncia da corrente de carga,
as perdas do ferro aumentam de 10 W para 440 W para um transformador de | kVA,
que € operado A freqiiéncia reduzida, mas & mesma tens&o nominal, Se a tensio
Priméria fosse reduzida na mesma proporgdo da redugo da freqiiéncia, as perdas
no ferro ndo aumentariam téo dramaticamente (de fato, elas diminuiriam a menos
de 10 W, devido a redugio na freqiiéncia).*
13.3. IMPEDANCIA REFLETIDA, TRANSFORMACAO
DE IMPEDANCIAS E TRANSFORMADORES REAIS
O transformador a niicleo de ferro, da Fig. 13-2, € mostrado novamente na
Fig. 13-4a, com uma carga Z, ligada aos terminais do secundério. Note-se que,
se a carga for removida, 0 transformador fica a vazio, [, = 0; ea impedancia,
Z,, € infinita (desde que Z, = V,/J,). Para qualquer valor da impedancia de
carga, Z,, a impedancia secundaria, vista olhando-se os terminais secundarios
a partir da carga, como mostra a Fig. 13-4b, &
Ze (3-11)
i
“Deve-se notar que o mesmo se aplica as maquinas elétricas. E possivel operar um alternador
ou motor a uma freqiiéncia reduzida, mas a tensio nominal deveria também ser reduzida na mesma
Proporcdo. A capacidade em kVA é também correspondentemente reduzida, pelas razdes ilustradas
acima. Mas 0 rendimento da maquina é aumentado devido as menores perdas no nicleo em freqiign-
cia mais baixa, como mostram as Eqs, (12-3) ¢ (12-4)522 MAQUINAS ELETRICAS E TRANSFORMADORES:
Similarmente, a impedancia equivalente de entrada, olhando-se os terminais
primdrios a partir da fonte, como mostra a Fig. 13-4b, é
(13-12)
Desde que qualquer alteracdio na impedancia de carga e na corrente do secun-
dario reflete-se como uma alteragio na corrente primaria, é, algumas vezes, con-
veniente simplificar 0 transformador representando-o por um tnico circuito equi-
valente. Isto implica em refletir a impedancia secundaria ao primario, como
yy
2-7
mas V, = a V,, como se viu na Eq, (13-5), 7; ~
entao
2_Mrag Me
Tila 1
t Ip 1
T
fe —— |
att
=
(a) Transformador ideal com carga. (b) Impedancia eq ante
comes
eS : €_
{c) Impedéncia equivalente refletide,
Fig. 13-4 — Impedancia refleti
do secundario a0 primério,
mas V,//, € a impedancia secundaria Z,, como mostra a Eq. (13-11); entio,
«Z, ou
(13-13)TRANSFORMADORES 523
A Fig, 13-4c mostra a impedancia olhando-se para dentro dos terminais a
partir da fonte quando a impedancia secundaria foi refletida de volta ao primario.
Admita-se agora que secundario estd a circuito aberto, conforme mostra a Fig,
13-4e, ¢ que a impedancia do enrolamento secundério ¢ desprezivel comparada
a impedancia da carga Z,, que é igual a Z,. A Eq. (13-13) estabelece que a relagdio
da impedancia de entrada para a de saida é (igual a) 0 quadrado da relagiio de
transformagio, Desde que Z, = a?Z.,, esta relagdo implica em que os transfor-
madores podem servir como dispositivos para 0 acoplamento de impedancias,
de modo a prover a maxima transferéncia de poténcia de um circuito a outro.’
Um exemplo comum é 0 caso de um transformador de saida, usado para acoplar
a impedancia da carga do alto-falante a impedancia de saida de um amplificador
de audio. O Exemplo 13-6 ilustra a simplicidade e a elegincia da Eq. (13-13) na
solugao dos célculos que envolvem a impedancia da entrada. O Exemplo 13-7
ilustra a conjugago de impedancias de um servo-amplificador a um servomotor.
EXEMPLO lado de alta tensio de um transformador abaixador tem 800 espiras e 0 lado
13-6; de baixa tensao tem 100 espiras. Uma tensdo de 240 V ¢ aplicada ao lado de alta
e uma impedancia de carga de 3 9 é ligada ao lado de baixa tensio.
Caleule:
a. a corrente € tensio secundarias+
b. a corrente primaria
¢. a impedancia de entrada do primario a partir da relagdo entre a tensdo ea
corrente primérias
. a impedancia de entrada do primario por meio da Eq. (13-13).
Solugao:
( — ) OM ay, (13.6)
(13-11)
(13-26)
(13-12)
(13-13)
EXEMPLO Um servo-amplificador CA tem uma impedancia de saida de 250 Q e 0 servo-
13-7: motor CA, que ele deve acionar, tem uma impedancia de 2,5 Q. Calcule:
a. a relagdo de transformagao do transformador que faga 0 acoplamento da
impedancia do servo-amplificador a do servomotor
b. 0 nimero de espiras do primario se o secundario tem 10 espiras.
De acordo com a-ecisemic éucin, a maxima poténeia & entregue
or uma fonte a uma carga quando a impedincia da carga & igual 1 impedancia interna da. font
Desde que nem sempre é possivel, para a carga, aoplar-se a impedincia da fonte, utlzamse trans.
formadores entre fonte carga para tals propostosSolugdo.
524 MAQUINAS ELETRICAS E TRANSFORMADORES:
12 /95q\u2
ne pe ;
) 8) (100)"? = 10 (13-13)
b.N, = aN, = 10(10 espiras) =
(00 espiras (13-26)
13-3.1 O TRANSFORMADOR REAL
Um transformador real, de nucleo de ferro, carregado ¢ representado na Fig,
13-5a. Embora hermeticamente acoplado pelo nticleo de ferro, uma pequena
porcdo de fluxo disperso é produzida nos enrolamentos primario ¢ secundario,
, € @;, tespectivamente, além do fluxo mituo, d,, como mostra a Fig. 13-Sa.
© fluxo disperso primario, @,, produz uma reatancia indutiva priméria X,..
© fluxo disperso secundario, @,, produz uma reatancia indutiva secundaria, X,..
Além disto, os enrolamentos primario ¢ secundario so constituidds de condutores
de cobre, que tém certa resisténcia. A resisténcia interna do enrolamento primario
ér, € a do secundirio é r,
As resisténcias e reatncias dos enrolamentos do primario e secundario, respec-
tivamente, produzem quedas de tensio no interior do transformador, como resul-
tado das correntes priméria e secundaria. Embora estas quedas de tensio sejam
internas, € conveniente representa-las externamente como parametros puros em
série com um transformador ideal, como mostra a Fig. 13-5b. O transformador
ideal, mostrado na Fig. 13-5b, é imaginado sem quedas internas nas resisténcias
€ reatancias de seus enrolamentos. A dispersdo foi incluida na queda de tensdo
+ Transtormedor ideal
(b) Resisténcias e reaténciss primérias e secundérias, ocasionando quedas de tensfo
‘um transtormador real.
Fig. 13:5 — Transformador real.
raTRANSFORMADORES: 525
primaria /,Z, € na queda de tensfo secundaria, /,Z,. Uma vez que estas so
quedas de tensio indutivas, pela teoria da corrente alternativa podemos dizer
que a impedancia interna primaria do transformador é
1, +X, onde todos os termos foram definidos na Seg. 13-1 (13-14)
a impedancia secundaria interna do transformador é
1, +JX,, onde todos os termos foram definidos na Sec. 13-1 (13-15)
E possivel agora ver a relagdo entre as tensdes terminais ¢ induzidas do pri-
mario e secundario, respectivamente. Do acordo com a Eq. (13-10), as fem indu-
zidas primaria e secundaria. podem ser avaliadas a partir da relacdo fundamental
E, = 4A4fN\B,A x 10-°V (13-16)
= 444f.N,B,A x 10-°V (13-17)
onde todos os termos foram definidos acima.
Mas, desde que é relativamente dificil avaliar B,, a maxima densidade de
fluxo permissivel no transformador a partir de medigdes de tensdo e corrente,
as relagdes que se seguem, e que também provém da Fig. 13-5b, permitem sejam
computadas as fem induzidas primaria e secundaria:
E,=7,
& E
Note-se, pela Fig. 13-5b e Eq. (13-18), que a tensio aplicada ao primério,
V,, € maior que a fem induzida no enrolamento primario, £,. E também, pela
Fig. 13-5b e Eq. (13-19), que a fem induzida no enrolamento secundario, E,, €
maior que a tensio nos terminais do secundario, V;. Assim, podemos escrever
(2) =, -1(r, $5X,) (13-18)
(1,Z,) = V,-1,(r, + 5X) (13-19)
V>E, ¢ y