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TRE CO eS UL LMR A DOADORA EXTREMA A partir da tirinha, do texto-chave e do titulo, anote FE ‘ : - 7 PESQUISE suas primeiras impressdes sobre o que trata a li¢do: Ge comentshes biblicos, livros denominacionais ~ e de Ellen G, White sobre temas — contidos neste texto: Me 12:41-44 |} aeye anges ae a COMIEXTO mbora 0 pai do pastor Pavel Goia fosse um préspero empreiteiro de construcdo durante a era comunis- ta na Roménia, a familia nunca teve um carro chique, méveis caros ou uma casa grande. “Se as coisas fos- sem melhores", dizia ele & esposa, “ajudariamos ainda mais a obra de Deus. Esses so os tesouros que te- mos, porque nao levamos nada além de pessoas para o Céu. Entdo vamos investir na salvago.” Certa vez, quando estava construin- do uma igreja, ele voltou para casa com 25 mil délares, depois de colocar © novo telhado em uma escola - uma quantia enorme na Roménia daquela época. Ent&o a esposa Ihe perguntou “Quanto devemos doar? Dez por cen- to?” O pai de Pavel disse: “Nao, ndo, nao! Vamos doar tudo.” Ento a espo- sa disse: "Vamos guardar dois mil dé- lares para a casa, para emergéncias.” Ele concordou e disse: “Tudo bem, fi- que com 10% e dé 90%." Pavel lembra que as vezes seu pai dava tudo, “dependendo da necessi- dade da igreja, ndo da nossa neces- sidade", Ele dizia: “Quem nos deu o dinheiro? Quem nos deu sate? Ele J Tt) OO UR CN ae re eee DOMINGO PERDIDO EM SEUS BRACOS \ vai nos dar mais novamente. Vamos doar tudo. Entregue para a igreja.” E isso ndo aconteceu apenas uma vez. Pavel relata: “Geralmente era assim. Nés nos acostumamos a ouvir isso constantemente até que se tornasse parte de quem somos.” Nesta semana, vamos nos concen trar em alguns aspectos da doacao relacionados ao relato da pobre vitiva, que se tornou uma doadora extrema ao doar tudo. COMPAEENDA OLUGAR CERTO oi depois de Sua entrada triunfal em Jerusalém que Jesus purificou 0 tem- plo, eliminando 0 comércio sérdido que vinha acontecendo com as ofertas sagradas de Deus. 0 que deveria ter sido considerado Sua casa de oracao tinha sido transformado em um “covil de salteadores” (Mc TI:17). Os mesmos que deveriam proteger a honra de Deus estavam deturpando Seu caré- ter, tirando vantagem de suas posi- Oes para acumular riqueza. ‘Sumos sacerdotes, escribas € anci- 0s, autoridades do povo, confrontaram Jesus, questionando Sua autoridade. Jesus ento Ihes contou a parabola da vinha (Mc 12:12). Depois de ser questio- nado pelos saduceus e escribas, Jesus advertiu 0 povo sobre a hipocrisia de seus lideres. Eles adoravam desfilar a prépria religiosidade, mas estavam cheios de ganancia e pecado por den- tro, aproveitando para fins egofstas até mesmo as ofertas do povo. £ nesse contexto que Jesus Se senta “diante da caixa de ofertas" e observa como as pessoas colocam dinheiro nela (Mc 12:41). Ele ndo es: tava 14 por acaso. Sua intencdo era ensinar algumas ligdes preciosas aos futuros lideres de Sua igreja e a nés. A primeira ligdo é que Ele Se impor- tae avalia nossas praticas de doacao. © sacrificio de Abel, por exemplo, foi avaliado e considerado “mais ex- celente” do que o de Caim (Hb 11:4). Jesus ainda esta presente toda vez SEGUNDA, 6 UL MARC \ que levamos nossas ofertas a Ele. Outro fato é que Cristo estava Id no para ver quanto as pessoas estavam doando, mas como elas colocariam 0 dinheiro na caixa de ofertas. "Quan- to" nunca € a preocupacdo de Jesus, porque Seu foco nao esta no dinheiro, mas na fidelidade e entrega do adora- dor. O que fez 0 Criador do Universo parar e chamar Seus discipulos para uma ligdo foi a oferta levada por uma vida cujo nome sequer 6 conhecido. Ela confiou em Deus, entregando a Ele tudo 0 que tinha - duas das menores moedas em uso naquele momento, que totalizavam uns poucos reais. Algumas pessoas poderiam ter dito a ela para nao levar a oferta ao templo (a casa do tesouro de Deus), sustentando os sacerdotes corruptos. 0 préprio Jesus poderia ter sugerido um destino diferente para os dizimos e ofertas, talvez desviando-os para 0 Seu ministério - que foi o ministério mais importante que ja existiu neste mundo. Afinal, as pessoas que esta- vam recebendo aquelas ofertas nao 0 matariam poucos dias depois? Mas Jesus, em vez disso, elogiou a fidelida- de da viva em fazer 0 que era certo. Ao elogiar o ato dela, Jesus confir- ma que Sua casa do tesouro ainda é © lugar em que Ele espera que Seus filhos levem dizimos e ofertas. E Ele nao mudou! CoM: ] ica claro, pelo relato sobre a vitva po- bre, que a estimativa de Jesus a res- peito do que doamos nao é baseada na quantia. A avalia¢do Dele sobre a oferta da vidva sé pode fazer sentido sob uma abordagem proporcional. Ele explicou aos Seus discipulos que ela havia doado mais do que todos os ou- tros porque doou “tudo” o que tinha. Paulo promove o conceito da pro- por¢do ao doar quando diz que “cada um de vocés" deve separar uma quan- tia “conforme a sua prosperidade” (ICo 16:2) - aqueles que prosperam mais doando mais, e aqueles que pros- peram menos doando menos. Por meio desse plano, Deus revela Sua sabedoria e equidade, dando aos pobres e ricos as mesmas oportunida- des. Uma oferta de 5% da renda de uma pessoa rica significa para Jesus exatamente o mesmo que 5% do que foi ganho pelo mais pobre, porque Deus n&o trata os individuos com par- cialidade. Aqueles que compreendem e acei- tam o sistema proporcional justo de Jesus néo querem mais confiar em suas percepcGes ou impulsos (Jr 17:9) ao decidir quando e quanto doar. Nao vo mais doar com base em emocoes, sentimentos, motivagdes externas, ‘Suas ofertas so uma resposta COMO JESUS AVALIA 0 QUE DOAMO TERGA MAR 57 \ apelos, nem mesmo simpatia por mis- siondrios, projetos ou instituicées. Em vez disso, eles querem que suas doacées sejam motivadas por princi- pios, que sejam to regulares quanto recebem béngaos financeiras do Céu. Portanto, eles se associardo a Cristo, fazendo votos em oragao de que uma porcentagem de sua renda sera regu- larmente devolvida a Ele como oferta, além do dizimo. Para fins educacionais, esse tipo de doagdo proporcional tem sido cha- mado de “pacto ou compromisso, de acordo com 0 propésito do coragao (2Co 9:7), uma porcentagem de renda como oferta regular ao Senhor. ita & doago de Deus ou uma tentativa de conquistar méritos? Se ainda no temos a motivagao correta para doar, o que podemos fazer a respeito disso? COMPARE QUARTA, 8 DE MARCO \\ MOMENTO HIPERTEXTO \ ma das énfases desequilibradas da teologia da prosperidade é que “quan- to mais vocé da, mais vocé recebe”. Mesmo que exista alguma verdade na ideia em si, essa ndo deve ser nossa principal motivacao para doar. Como, entao, o sistema proporcional de dizi- mos e ofertas promove uma motiva- ao mais equilibrada? Qual deve ser nossa principal motivagdo? Se, de acordo com Ellen White, as ofertas devem ser regulares e siste- maticas, 0 que deve determinar sua regularidade, e qual deve ser o siste- ma pelo qual elas devem ser dadas? Vocé j4 propés (2Co 9:7) que uma porcentagem de sua renda fosse de- volvida com gratidéo como oferta? Que porcentagem da sua renda ou re- cursos 0 Espirito Santo esté sugerindo que vocé doe regularmente a Ele como ofertas? % Compare suas respostas com os seguintes textos: Hb 11:4; At 10:4; 2Co 977; 1Co 16:2; 2Co 8M, 12; Dt 16:17; Le 12:48; Jr 17:10 > Qual é a relagdo das passagens com 0 texto-chave (Mc 12:41-44) da ligdo desta semana? > Ajudar a pregar o evangelho é a melhor motivagao para dar ofertas, ou deveria haver uma motivac8o ainda maior do que essa? COMPARTILHE elogio de Jesus a oferta da vitiva pobre € uma repreensao aberta aqueles que relutam em devolver os dizimos e dar ofertas porque suspeitam de que exis- tam erros na administracdo da igreja. Quando os rumores se juntam a falta de vontade de doar, alguns confundem sua incredulidade com sabedoria e fi- cam até orgulhosos disso. Quando sdo influenciados pela mentalidade munda- Na que os cerca, a Palavra de Deus se torna secundaria, 0 cinismo predomina, a verdade € distorcida, as teorias da conspiracao proliferam e cada um acre- dita ter a versdo verdadeira dos fatos. As instituigdes que administram os recursos de Deus ndo devem ape- nas fazer 0 que 6 certo, mas também devem mostrar que estéo fazendo o correto. A Igreja Adventista do Sétimo Dia, por exemplo, adotou critérios rigi- dos para garantir que os dizimos e as ofertas fossem usados adequadamen- te. Um desses critérios foi transformar a igreja em uma entidade legal, que nao é propriedade de nenhum indivi- duo ou grupo de pessoas que pudes- sem lucrar com isso. Além disso, todas as decisdes e praticas financeiras importantes séo tomadas por comissGes, nao por indi- viduos. Pastores e obreiros séo pagos segundo uma escala salarial fixa, e se mais dizimos e fundos de ofertas esti- verem disponiveis, em vez de os obrei- ros ficarem mais ricos, a misséo sera concluida mais cedo. QUINTA PROCURANDO UMA PATRIA \ Outro aspecto importante 6 que existe um sistema de auditoria vigilan- te e robusto, em que todos os proces sos financeiros e administrativos séo regularmente apurados e os relatérios divulgados, Os doadores também podem ajudar a melhorar a transparéncia e a responsa- bilidade da igreja por meio de medidas simples, como esperar e exigir recibos apés qualquer contribuicao. Jesus esté chamando Seus filhos que vivem no fim dos tempos para con- fiar Nele, 0 verdadeiro dono da igreja, e confiar uns nos outros, avangando como um exército organizado. Ele é capaz de consertar coisas que alguns podem acreditar que so impossiveis de ser corrigidas. Ess Se ae ua Ce ee) reo) eC sua maneira de usar os dizimos e Pe See Ceo Coto Cee ees Vé a pagina de anotacées (no fim do trimestre) e saiba como! COMSENSO SEXTA 0 PRINCIPIO DA PROPORCAO \ Iguns ficam insatisfeitos e dizem: ‘Nao vou mais de- Ess volver 0 dizimo, pois ndo confio na maneira como Ted as coisas so administradas na sede da Obra.’ Mas Peer ene eas vocé vai roubar a Deus por imaginar que a adminis- Pree tracao da Obra nao é correta? Faca sua reclama- Ne rsiclaaaatard Pecan ‘ Peeters) pessoas competentes. Solicite em sua petigao que pe eres as coisas sejam ajustadas e colocadas em ordem; Boer mas ndo sé retire da obra de\Deus;nem'sedemons: MUCUS) tre infiel por outros no estarem fazendo o que ¢ Aaaamoalag correto” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia cdo de forma clara e aberta, no devido espirito e as Perec (CPB, 2021), p. 67). entre “Cristo condenou severamente os abusos, mas teve pee cuidado para no diminuir a obrigacao. Repreendeu eee © egoismo que extorquia e usava mal as dédivas das Seung vidvas. Ao mesmo tempo, elogiou a vitiva que trouxe bli cn Per nic sua oferta para o tesouro do Senhor. 0 abuso que o pathy sree homem praticava com a dadiva nao podia desviar da eet doadora a béngo divina” (Ellen G. White, 0 Desejado Porte de Todas as Na¢Ges (CPB, 2021], p. 490). ge NRE S24F “Nas balan d ntuari dad de rn CeCe jas balancas do santudrio, as dadivas dos pi pene reraeerrs bres, motivadas pelo amor a Cristo, nao so avalia- das segundo a quantia doada, mas de acordo com 0 amor que inspira o sacrificio. ..] A providéncia de Deus delineou todo o plano da doagao sistematica para bem do ser humano" (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia (CPB, 2021), p. 124). : eae RESENHAI No sistema biblico de dizimos e ofertas, as quan tias entregues por pessoas diversas certamente eA, variardo muito, uma vez que séo proporcionais 8s Feche sua semana " de estudos com um rendas" (ibid. p. 52). ; resume em video (i) € “O principio estabelecido por Cristo 6 de que _faga também um estudo Nossas ofertas a Deus sejam proporcionais a luz e ete ee privilégios recebidos” (Ellen G. White, Patriarcas e Acesse: Profetas, p. 463). "Os seguidores de Cristo ndo devem esperar por apelos missiondrios emocionantes para desperta-los 93 CLL ee MKT CPB| Adobe Stock & aco. Se espiritualmente despertos, ouviriam na renda de cada semana, seja muito ou pouca, a voz de Deus e da consciéncia exigindo com autori- dade os dizimos e ofertas devidas ao Senhor" (Ellen G, White, Testemunhos Para a Igreja (CPB, 2021], v. 4, p. 410). “Os servos de Deus |...] ndo devem contentar-se em dar a Deus uma quantia desproporcionalmente pe- quena em comparacdo ao que gas- tam consigo mesmos" (Ellen G. White, Consethos Sobre Mordomia [CPB, 2021], p. 220). “Quanto mais ansioso deveria estar cada fiel mordomo quanto a aumentar a proporcdo das dadivas a sere co- locadas no tesouro do Senhor, do que de diminuir suas ofertas um i ou um til que seja” (ibid. p. 138). A VERDADEIRA MORDOMIA NAO SE LIMITA A DEVOLUCAO DE EAU Pe ' “[Deus] pés recursos nas maos das pessoas para que Suas dadivas divinas possam fluir através de canais huma- nos, fazendo nés a obra que nos foi designada de salvar nossos semelhan- tes. [..] Desse modo, pessoas tornam- se 0 meio pelo qual Deus distribui Suas béngdios na Terra” (ibid,, p. 11,12). “Se os homens se tornarem condutos pelos quais as béncéos dos Céus pos- sam fluir para os outros, 0 Senhor con- servaré suprido esse canal” (ibid., p.27). AENTREGAS wg SOPLALE Poses mreneec conn cpb.com.br + 0800-9790606 CPB livraria * © (15) 98100-5073 Pessoa juridicadistribuidor #© (15) 3205-8910 atendimentolivrarias@cpb.com br O} Be Bian con DEES OOOO “pveditora ‘crs pra fede a vide @ COMUNIDADE >> TUDO PARA DEUS? "Da-me, filho Meu, 0 teu coracao, e os teus olhos se agradem dos Meus caminhos.” Provérbios 23:26 (ARA) Alguém jd Ihe pediu algo dificil demais de fazer? Algo que vocé precisou avaliar profundamente para decidir se valeria & pena tamanho sacrificio? Durante a Segunda Guerra Mundial, alguns pilotos de cagas japoneses foram convocados a se sacrificarem pela sua patria. Eles escreviam cartas falando de seu sacrificio pela naco, brindavam com ‘0s amigos e safam em seus avides carre- gados de bombas para lan¢é-los contra os navios de guerra dos inimigos em ataques suicidas. Motivados por ideais terrenos, davam a vida pelo que acreditavam. Nao € dificil notar que a historia do cris- tianismo é marcada por entrega e sacrifi- co. Somos constantemente convocados a entregar ao Senhor a vida, 0 coraco, os bens e 0 que temos de melhor. Mas qual deve ser nossa motivacéo ao dar a Deus o que Ele pede? ‘Ao contrario dos kamikazes japoneses, nés cristéos somos convocados a viver por uma patria celestial e dar 0 nosso me- hor aqui, para que o reino de Deus seja conhecido na Terra. € interessante notar que a fé biblica é baseada na entrega, mas no com o objetivo de tornar nosso nome conhecido ou para conquistar gl6- rias terrenas. Em se tratando de entrega, Deus deu o primeiro passo ao enviar Seu Filho unigénito ao mundo para nos salvar. Com esse Unico ato, Ele deu tudo - e agora espera que fagamos 0 mesmo: dando o melhor que temos a Ele. Isso no se trata de quantidade, mas, sim, de plenitude, totalidade! Quando entendemos quem é Deus, 0 que Ele fez por nés e 0 que Ele tem preparado para 16s, @ resposta n&o pode ser outra a ndo ser tudo de mim para Deus: meu tempo, meus talentos e meus recursos. Quando fazemos ou damos algo para Deus, nossa maior motivacéio no deve ser o reconhe- cimento humano ou a gléria terrena, mas, sim, 0 amor a Cristo € 0 desejo de vé-Lo voltar. “Pois 0 amor de Cristo nos cons- trange, porque julgamos assim: se um morreu por todos, logo todos morreram” (2 Corintios 5:14, ARA). i IALOGO ABERTO} 1. Qual foi 0 maior sacrificio que voc® fez por Cristo e por sua fé? 2. Vocé se sente confortavel ao devol- ver seus dizimos e ofertas na igreja? 3.0 que vocé diria para alguém que questionasse 0 ato de vocé entregar seus dizimos e ofertas na igreja, ale- gando que poderia fazer melhor uso desse dinheiro ou até mesmo ajudar 0 proximo? ] Sérgio Siqueira — Lider do Ministério Jovem da Miso Mineira Norte a Avencdo, PC! Aproveite este contetido e outros acessando 0 Espaco Jovem:

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