Scribd Logo
Fazer o upload

Bem-vindo(a) ao Scribd!

  • Ezio Flavio Bazzo - Maldições, Prazeres & Verdades-Lilith Publicadora & Cia (1987)

    Enviado por

    rtr.rodrigo
    21 visualizações82 páginas
    Magias

    Direitos autorais

    © © All Rights Reserved

    Formatos disponíveis

    PDF ou leia online no Scribd

    Você considera este documento útil?

    Este conteúdo é inapropriado?

    Denunciar este documento
    Magias

    Direitos autorais:

    © All Rights Reserved
    Baixe no formato PDF ou leia online no Scribd
    Sinalizar o conteúdo como inadequado
    21 visualizações82 páginas

    Ezio Flavio Bazzo - Maldições, Prazeres & Verdades-Lilith Publicadora & Cia (1987)

    Enviado por

    rtr.rodrigo
    Magias

    Direitos autorais:

    © All Rights Reserved
    Baixe no formato PDF ou leia online no Scribd
    Sinalizar o conteúdo como inadequado
    de 82
    j MALDIGOES PRNZERES VERDADES | f" ezi0 flavio bazzo ! poet ESTE LIVRO FOI ESCRITO DURANTE UM PERIO: DO_DE VIAGENS-SEM-FIM. PARAFRASEANDO 0 FILO: ALEMAQ, ME SENTI COMO UM FUGITIVO QUAN. DO ABANDONE! O BRASIL EVIDENTEMENTE, NAO COMPREENDI, NAQUELE MOMENTO, QUE NAO FUGIA CAO ESFOMEADA, MAS TAMBEM, E COM MUITO MAIS SER SE TIVE: IE CITAR E ENUMERAH TESTEMU: NHAS, CUMPLICES, COADJUVANTES, PARCEIROS, CO- E INSPIRADORES DO QUE AQUI ESTA ITO, TERIA IRREMEDIAVELMENTE QUE LEVAR 1A DENTRO DA CASA DE VOSSAS EXCELENCIAS, O QUE NO MUNDO EXISTE DE MAIS DEMONIACO, POR UM LADO E DE MAIS APAIXONANTE, POR OUTRO MAS, PARA QUE? )SS0 & BOBAGEM! UMA INICIATIVA PROFLUINDAMENTE DISPENSAVEL, SAO APENAS RE GISTROS NATURAIS DA VIDA DE UM VAGABUNDO E DA VIDA EM Si MESMA, DESSA PALHACADA HEDION: DA QUE NINGUEM SE ATREVE A ABANDONAR NEM DESMANTE LAR. COMPLETAMENTE. AEGISTROS, APARENTEMENTE DE COISAS EXTEBIGRES, APESAR DE QUE, F MINHA CONSCIENCIA QUE O'DIGA, FALAM QUASE QUE EXCLUSIVAMENTE DE EU, OE MELS PO. ROES. SUBTERRANEOS, DE MINHAS IDIOSSINCRACIAS. {?,)MUTILADAS, DE MEUS DESEJOS ACOSSADOS E DE MINKAS PRISOES INVISIVEIS. COINCIDENTEMENTE QU_NA (0 ESTAR FALANDO, DE COISAS, QUE TAMBEM SA QUE TAMBEN FORAM DO VAMPE RO DE DUSSEL QUE TANIBEM SAO DA RAINHA DE BAO! QUALQUER BANDIDO: ANONIMO QUE H TARDE, OU AMANHA PELA MANKHA, METERA, CARGA DE CHUMBO NOS MIOLOS DE UMA Al OUBAR-LHE A DENTADURA DE OURO. ITO BOBAGENS Ci , LIM CONSELHO QUE SEME PRE SERVE, PELO MENOS PARA OS RATOS DE LIVRA- RIAS: DEPOSITE-O MENTE NA ESTANTE, DE MEIA VOLTA LCANHARES E SUMA DO MAPA, Nasci por acaso, no dia 08 de dezembro de 1949, em uma aldeiazinha ridicula do sul do pafs, cujo nome ¢ o mesmo da ilha onde Doneparie foi enco- loirado. Dela, para minha folicidade, ndd lembro quase nada. Além do soto onde se desfiava a IE dos cobertores, de umm pé de marmelo © de uma cerea de pedras. .. tudo slo sombras! Sombras mesmo! As vezes tenho a impressio de relembrar o zum zum das far. fas italianas, © relinchar dos sapos @ 0 choramingar dos ra- tos entre os vigas mal talhadas dos paidis, mas @s6 impressdo, fantasias que minha mente forja para adulterar meu pes: sad, Aponas de uma coisa estou 0 MALDICGEs PRR ZERES NERDADES MALDIGOES/PRAZERES & VERDADES azio flavio bazzo inal em casteinano: . Do origi MAS ALLA DE LA COMEDIA COTIDIANA Copyright © —NENHUM . Este livro pode ser reproduzido, plagisdo, coplado, mitado © “‘desviruado” segundo os necestidades, inter Oes e taras do mercado. Capa, composic#io, montagem, diagramacko tudo feito por artistas clandiestinos & por “‘devotos” da DESSA- CRALIZAGAO. As jlustragSes, foram roubadas de diversos artistas, (brasileiros, europeus, cubanos, mexicanos, etc.). A eles nostos parabéns! . lilith publicadora & cia caixa postal n® 10-2397 70000 brasilia- df - brasil « Impresso no brasil julho de 1987 GOSTARIA IMENSAMENTE QUE MEUS ESCRI- TOS FOSSEM COMO UM PUNHAL PARA TODOS OS OBSTACULIZADORES DA VIDA! QUE MEU GRITO FOSSE 0 MESMO GRITO DE TODOS OS LOUGOS, DE TODOS OS BANDIDOS & DE TODOS OS LIBERTA- RIOS! GOSTARIA IMENSAMENTE QUE MINHA DOR SE PARECESSE A DOR DAS PUTAS, DOS DESTERRA- DOS E DE TODOS AQUELES QUE, SUBMERSOS PELA CALAMIDADE, PELO MEDO, PELA LUTA E PELA PROPRIA VIDA, JAMAIS BAIXARAO OS PUNHOS E JAMAIS CALARAO. INDICE Gostaria imensemene Prolog PARTE 1. (DIALOGOS IMAGINARIOS) Boxodor, X Salvador Dati lokador X Figel Castro Albertina X Sigmund Freud Bokadori x Revista V'bora Bokodori X Frederich Nieszsche Bokodori X Adoit Hitler Bokodo7i X José Sarney PARTE 2, (APORIAS DE UM MEDITABUNDO} Deres avi Da natursea Dos jilhos repudiadas Do vaidace (Ba gerantoc: 6 amor ja morte Do alguns homens interessantes Dé umm vampiro Dos vagebundos Di erfermidade do trabalho Des negros De minhas crercas niilistas Dp maternicace De tous olho: Dos homens med facres e das superiores De un nomads Dp tiisteza humana De um mito chamado D 09 16 26 a1 4g 53 63 eo 82 8a 84 86 80 93 94 96 19 102 103 107 108 ‘hos politiausiros idiovas cacador ao jepond & meus filhos De uma cidadela Do uma rameira Come dizla Engels Bo dia dos otérios Dos esportistes Bos rates iugusiavos De umesonho .... ‘Dos sudras e dos bramanes De uma reunido de fisicos Iniversdo de valor De duas negre Deo meu gato De um momento de “felicidede"” Famea e Mecho |. Fbmea e Macho I! Dos livros Cotovelos sobre a ponte Fragments do principio Desericao morntntBriee Teste aos intelectual ides Hotel de la paix prologo: Para mim, escrever um prologa @ come para Michel Foucault, o primero ato pelo qual comegs 0 estabelecer wa Monarquia do autor, uma declaragao de tirania: MINHA INTENCAO DEVE SER VOSSO PRECEITO. RIEALIZAREIS VOSSA LEITURA, VOSSA ANALISE E VOSSA CRITICA SOBRE AQUILO QUE EU QUIS FAZER... -. Portanto, consciente dessa tirania, quera conmfessar flue s» alguma vez e&crevi para 0 publicd, f01 sempre ara ‘ih publica desconhecide, reduzida, disverso € praticement Wf inexistente, Tambem, que tenha consciencia de que o Maio" de escrever 2 sempre um “fato’’ terrorista, uma Yorme dissimulada de armar uma cilada no ceminha dos: Butros. Depois de tudo, se eu tivesse que escolher minhas NW yitimas’’ ou meus ieitores, soquramente o feria entre os Andividuos mais “animais’', entre os “‘espiritas |yvres", Mitre os mais rebeldes porgue, sem duvide, sao eles que fubern 0 que vale pouco, o que vale muito eo que nao vale Hada, Mas por favor, nao pansem que alguma vez escreyi Biro alguem, pois nao teria sentide fazer de minhas obses woes um instrumemo publicd @ porque, avidenvemenre, Minha “obra” nao seria compreensivel, E sabido que quem asereve 0 faz sempre para si men mo. Escrever, editar & publica wim livra e sempre oma mmaniiestagao narcisista, de ascravidao « de vaidade, E rie- bessidade de aplausos e da aprovaceo facil de uma massa ‘ 1 ‘ 1 © i i 2 servile improdutiva, de aplausos qua logo s¢ desagregam. ‘Aplaudir elogiar tem sido a forma mais frequents atraves da qual muitos idiotes tentam projetarse neste mundo de mediocridades e de hipocrisia . . Velo diariarmenta nulide- des extasiando-se em elogios, mesmo quando nao enten deram uma palavra, um gesto, uma exprossao @ nem mes: mo uma virguie da obra que assistom, E © neste particular que vale a pena pensar como Tzara, em seu manifesto: "A obra de arte nao deve ser alegre ou Uisie, obscura ou clara, elogiar ou torturer o.individuo servindo-Ihe tortes de aureolas sogredas ou o suor de ume nave tombada na atmostera, Uma obra de arte nunca e bela por decreto, Objetiverrente 0 para todos, Logg, a critica e inutil, nao existe mais que subjetivamente, para cade um e sem nenhum carater dé universalidade, Havera alguem que acre- dite haver encontrado @ base psiquica comum de toda a humanidade? A temiativa de Jesus e a Biblia nao cobrem tudo com suas amplas @ (benievolas) asas: a merda, as bes: tas, 08 dias, .. Como querer ordentar 0 Caos que constitu ssa variagcao Infinite que eo homem?. Anorma "Ama teu Proxima" ¢ hipacrita, "Conhece-te a ti Mesma” @ utopico, mas polo menos mais aceitavel porque contem em sia inal dade, Nao existe piedade. E talo por mim, pots nao desejo convencer. Nao fénho direit Ue arradter autros ome ri, inguem @ obrigado a sequirrme © cada um poste sua maneira propria de praticar sva arte, principalmente qua: do conhece 6 prazer que:se eleva como uma flecha em dire: a0 88 capas astrals Ou esse que descende as minas de cada ‘vares em flor & espesrios fertels, Estalectitas: e necessario busce-las por todos as partes, nas favelas enegrecidas pela dor o nos olhos brancos como as lebres des anjs. .."” Sinto que jamais escreverei para uma GvilizaRao que sempre preferiu Aristoteles a Epicure; para um povo fans tico que sempre votou a favor da aducacao coletiva antes do preocupar-se com 0 engeandecimento individual, pera uma cultura que sacrifice artistas em feyor de comercien tus, para 05 herdeiras daqueies que queimaram Giordano Bruno ¢ muito menos para nagoes falidas que imolem 3 2 Viela mais saudavel em favor de um trabalho neuroticn #2 Jouces. Ah, @ © por estes © outtas razors gue proclemo a Abolicae radical do matrimania, do mito talso © doentio 2. amor; da monogamia ¢ de tudo equiio que forma a estrutura dagradante do parentesco e da famifia. AboliGa0 0 tabalho; ca obsassao covarde neia paz: da mora mii- tarizada; da circunciseo (tredigao estupida do povo judeu), do valor iréal do ouro e das ‘exes na atua) conjuntura © lambem @ aboiigac das pyeudociencias que intoxicam todas as areas do Interesse pratico. Nao, nao pensem que falo aponas de “umbanda’’, das religioes e da psicanal se falo tambem da medicina sintomatica, da sociolaaie inex periente, da psicologia acaderica e do direito penal bar boro, .. tambern da palitica, de economia « da agronomia quimica, Por estas © outras razoes € que prociamo, a abolicas radical das escolas, dos academias, des igreias, das. pris das embaixedas, Aboligao dos dias testivos, dos tunerars, dos tumulos de marmore, dos museus # das |vrar-as, boli fa. do Estado, dos vermes que cerém 9 poder, a proprie: dade da terra, as leis © os alugueis, ., Aboli¢z0 dos medica iments, das perfumes, da hipacrisia, da ejaculacao: pre coco, das criangas que sao guradas apenas pera satistazer 0 £GO de pais neuroticos, .. Aboligao dos professores, dc teairo, ca policia, das marsas de deus e de todos os vest ics de bandeiras, Sim, prociamo a aboligao de todes estas enfermidades, a mesma tempo em que proclamo a exa/ta gao de tudo 9 que e naturel, de tuda © que otico, saudavel, criasor, revalucionario 8 prazeiros0 paredonal, iit ‘pjucionarios”, a poesia Ou npre algo “reacionario” Para poesia 6 O$ mesmos versos em cl Para os que pensar ser 98 versos em. prosa foram os "/reacionarios”, @ mesma prosa sao em si mesmos portadores da “profecia satani: Ge''. Para mim, tania 4 poesia como os versos em. prosa, hao possvem nada de um nem de Outra, Perso @ sinto que 58 apenas © momento global da nostalgia de um indivi duo, de ume "raga" ou de uma humanidade desvairada, hillista ® imaginaria. Sap apenas a-espontaneicade de um louco, de um liberiino ou de um homem que nao suporta mais a "'razao'’ e que mergulha nos encantos da “irracio: nalidade", Nem os versos, nem a poesia sip manifestagoes profundas da vida, pois a vide, 9 propria vida e em si mes ma muito mais interessante. , Por mais que os poetas © 0% iluminades prerendam etemizer suas mentiras @ suas beba- Quices, nao aguentarao essa simulagao por mais muito tam pol Eo mundo, cedo ou tarde, descobrira que nos, os que jogames com as letras, somos grandes mentirosos, narcisis {as doentios, punheteiros esterels, ratos famintes num pavi Jhao de catatonivos Sendo assim, e nao dispondo de-arandes escolhas, Gontento-me com os ensaios de Camus, Pavese e Erasmo, porque eles, pelo menos, ao pregarem modelos novos de ditaduras. Agora, meu prazer, realmente, esta na aventura de saber-me, Aqueles que, para iludir o mundo a si mesmos, afir- marem haver captado na Integra mous ascritas sao, queiram U nao, grandes farsantes. As palavras usadas aqui, foram ds unicos simbolos que eu dispunha no momento, tao pobres, massificados © impotentes, para expressar a que SINTO.e para propor 0 que QUERO, que mantenho ate o mas astuto dos lettores a um abismo de maus verdadeiros sentimentos Ezio Flavio Bazzo Ciudad de Mexico, 1979 A cidade mais surrealista do mundo! my }, Cvesntien (> Ad a fornia cur, acento qus'te sobes sre ‘gai para hes ar 0 som fochud, Somothonte a um tahade alerto, ar (~ } sm Sinal gration que serve para nasal © yoga qu se anbrepoe. Somohhants 0: um expicoquees efi Mk Aceoto Agudo "| Adj verrinade am pont, sade, fino, perepice tut intone. Semehonte a: um paite tomaado para» oieta 5 PARTE 7. dialodos IV, Acetate Grant (1A), 2. peraco, ponderone, cicunsprco, eo, iting, nobr, daloroeo, Semethange 6 ary palito tombdo part aquréa v. Crate >) Palita tomoace para « sauerda unio 9 eon frale duvs vont nie ory ma 8, Exempooa se (0x cinco sinas graicos deers selma, foram clea matte elimridor deste rast0, Ho mult fareaveron sus jouthicnds, sus eacuquies ¢ seu mote Hoje, 08 capersamos delintivamonte, como st

    Você também pode gostar