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Direito Penal IV– Professor Alfredo

Prova A1

INSTRUÇÕES: A prova deverá ser realizada e devolvida pelo CLASSROOM /


ATIVIDADES. Todas as questões deverão ser respondidas levando-se em conta todo o
enunciado, elaborando tese jurídica devidamente justificada. Não será aceito mero juízo
de valor destituído de fundamentação teórica, tampouco justificativa que repita o
enunciado ou se limite a citar artigos de lei. Prova elaborada nos moldes
determinados pela Coordenação de Direito

DÓRIO INÁCIO e LUIZ CARLOS são serventuários do TJRJ, lotados junto ao cartório
da vigésima vara criminal da comarca da capital. O primeiro exerce um cargo efetivo,
preenchido através de aprovação em concurso público, e o segundo, um cargo em
comissão (de livre nomeação e livre exoneração). JUCEMAR cursa o sétimo período do
Curso de Direito e é lotado no referido cartório na condição de estagiário.

LUIZ CARLOS está atendendo, no balcão do cartório, PEDRO, desempregado, pessoa


que se afigura como réu num processo criminal que corre junto à vigésima vara
criminal. No momento o cartório está vazio e LUIZ CARLOS pede licença a PEDRO
dizendo que vai apanhar uma documentação no gabinete do juiz. Aproveitando-se da
situação, PEDRO subtrai o monitor digital, patrimônio do TJRJ, fato que foi filmado
pelas câmeras internas.

DÓRIO INÁCIO, em represália a PEDRO, falou para LUIZ CARLOS que iria “forjar
uma situação no processo” para prejudicá-lo. Acontece que MARIA, advogada de
JOSÉ, pessoa esta que também responde junto com PEDRO nesse referido processo,
ficou sabendo da intenção de DÓRIO INÁCIO e ofereceu-lhe uma vantagem indevida
para que não fizesse isso agora, porque iria prejudicar seu cliente, haja vista que já está
prestes a ter sua punibilidade extinta pela prescrição, o que foi prontamente aceito por
ele.

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Considerando o caso aventado, responda, fundamentadamente, aos questionamentos
abaixo apontados: (2,0 pontos cada)

I – Explique, fundamentadamente, se DÓRIO INÁCIO, LUIZ CARLOS E JUCEMAR


são considerados, para efeitos penais, funcionários públicos.

II – Analise, fundamentadamente, a possibilidade ou não de LUIZ CARLOS responder


por peculato culposo.

III – Indique, fundamentadamente, as possíveis discussões doutrinárias com relação à


advogada MARIA, na possibilidade da sua conduta ser amoldada ao crime de corrupção
ativa.

IV – Excepcionalmente, por conta da Pandemia de Covid-19, PEDRO é um dos presos


provisórios que respondem ao processo penal em liberdade vigiada, ou seja, é réu solto
devendo, apenas, apresentar-se ao sistema penal durante um intervalo de tempo
determinado. Discorra sobre os principais motivos trazidos pelo legislador que
justificam a Pandemia de Covid-19 como requisito desse benefício penal, diverso
daqueles já previstos no código de processo penal.

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