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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 2° JUIZO DE FAMILIA DO TRIBUNAL DE FAMILIA E MENORES DE CASCAIS PROCESSO n° 3424/18.3T8CSC ARTUR MIGUEL DA CRUZ DUARTE , de Nacionalidade Portuguesa, portador da Identidade n° 09575976 0 ZY8, com o Numero de Identificagao Fiscal n° 196103193 , domiciliado na Praga Alvaro Lopes n.10 4Dto 2700-046 Amadora, como progenitor de Joao Pedro Andrade Duarte, ven, perante Vossa Exceléncia, na sequéncia dos factos ocorridos a 4 de Novembro de 2023 por parte da Senhora Maria José Andrade, progenitora, proceder em conformidade e alegar com os fundamentos seguintes, o INCUMPRIMENTO DO ACORDO DE REGULACAO DAS RESPONSABILIDADES PARENTAIS 1. Mais uma vez, vem 0 requerente comunicar ao Tribunal, a persisténcia por parte da Ex.ma Senhora Maria José Andrade, de violagdo gravosa e consciente, do Acordo de Regulacao das Responsabilidades Parentais assinado a 02/04/2019 e homologado por esse Tribunal, onde vem explicito que o menor, continua a residir com a sua mae; . No dia 4 de Novembro de 2013, o filho do requerente acompanhou a mae, ao final da manha, a casa de uma amiga desta ultima, identificada como Ana Correia. Deslocaram-se ambos, progenitora e filho, na viatura da citada Ana, sendo a condutora a progenitora. Deslocaram- se até a Rua Antonio Albino Machado Bloco C 1600-013 em Lisboa; . O filho do requerente, pelas 14h00, numa postura de apaziguar e serenar os animos, pediu autorizagao a mae para se deslocar durante 3h a Odivelas para estar com a namorada. Ao que a progenitora numa postura expectavel afirmou nao estar autorizado a tal deslocagao; . Porque o filho entendeu que estava com a mae afirmou que ia cumprir 0 decidido; . Questionou entao se no dia seguinte, domingo, o poderia fazer durante odiasensivelmente entre as 10h00 e as 15h00. Ao que de novo afirmou nao estar autorizado; . Apesar de dever obediéncia a mae, torna-se ridiculo, para nao utilizar expressdes mais contundentes, que o filho do requerente para estar umas horas com a namorada tem de se sujeitar reiteradamente a este tipo de humilhagao? . A maior dificuldade da progenitora é aceitar que o filho cresceu e possui um relacionamento amoroso. Dificilmente os pais conseguem digerir a situagdo, alguns extrapolam julgando a namorada sem piedade alguma, ofendem e maltratam a pessoa que pode ser uma das maiores béngaos na vida do seu filho. . Aprogenitora tem todo o direito e liberdade de nao gostar da namorada, agora nao pode manipular as situagdes da maneira profundamente abusiva emocionalmente como até aqui, tal como: “ se fores ter com ela, nao entras ca em casa. Vai para onde quiseres”; ). O filho do requerente encontrava-se no exterior do prédio na morada anteriormente citada, num jardim onde estava sentado a apanhar sol, e a falar com a namorada ao telefone. Nesta hora, quando se apercebeu, observou a mae e a amiga destaa abandonar arua de carro, sem que alguém dissesse seja o que for, ao filho do requerente; 10. Passados 5 a 10min depois, 0 filho do requerente tentou entrar contacto telefénico com a mae, que se encontrava desligado. Tentou entao ligar para a amiga mae, Ana Correia, que se encontrava igualmente desligado; 11. Comunicou entao ao pai, pelas 1710, o que estava a acontecer, detalhando ao pormenor toda a situagao; gi Se Orequerente tentou ligar a progenitora pelas 17h15, pelas 18h01, pelas 18h28, pelas 19h11, pelas 19h19, sendo que o telefone se encontrava desligado. 13. Aconseltho e indicagao do requerente, abandonou aquele local pelas 18h45, tendo como destino a casa onde reside com a mae, em Carnaxide. 14. O requerente apenas as 19h29, conseguiu falar com a Pprogenitora, que apenas referiu que com o requerente NADA tinha falar, que o que tinha a falar ja o tinha feito com o SEU filho. Tentou sem sucesso 0 requerente falar, mas a progenitora desligou a chamada sem qualquer aviso; 15. Ao falar com o filho, pelas 19h30, o requerente, tomou conhecimento de que a mae nao pretendia regressar naquele sabado 4 Novembro a casa, s6 regressando, nas palavras dela, no dia seguinte a tarde, nao 0 informando de onde se encontrava, ao contrario do filho, que a informou, estar a porta do prédio onde moram; 16. Relembrar que desde as 16h55 até as 19h30, ficou o filho do requerente sem saber o que fazer, para onde ir, por manifesta premiditacao e intencionalidade da progenitora; ore Mais uma vez, 0 requerente informou 0 filho para se deslocar para aAmadora, para casa dos avés paternos, onde o requerente mora. Nao existindo condigdes habitacionais ideais, péde o filho do requerente alimentar-se e dormir, sem preocupagées; 18. A medida que comportamentos sAo repetidos vezes sem conta, como hostilidade, frieza emocional, intimidagdes, humilhagdes em privado e em ptiblico vao sendo repetidos, as vitimas acabam aceitando tudo isso como se fosse algo natural, parte da rotina. Elas se acostumam aser manipuladas (consciente ou inconscientemente), ter suas opinides ignoradas, ser impedidas de sair de casa ou de encontrar amigos e familiares. Esse sofrimento vai minando a satide dia apés dia. 19. Comportamentos disfuncionais podem potencialmente ocorrer com todas as pessoas mas nao tém a mesma probabilidade de se revelar em virtude das diferengas nos tragos pessoais e nos mecanismos de controlo psicoldgico e moral. Mas aqui nem isso sucedeu. A pessoa que acompanhava a progenitora teve uma atitude permissiva e igualmente ausente de valores éticos, atendendo a gravidade dos factos; 20. Ambas teriam obrigatoriamente que analisar a situagdo e as suas consequéncias. Deixar alguém, mesmo com 18 anos, num local que pouco ou nada conhece, na via publica sem nada dizer e desligar os telefones, digamos para nado ser o requerente muito assertivo, nao ser a atitude mais razoavel e isenta de riscos. Quem procede desta forma considera 0 requerente que age, voluntaria e conscientemente, de forma desleal e maldosa; a A falta de amor é a maior de todas as pobreza. (Madre Teresa de Calcuta); TERMOS EM QUE JULGA O FREQUENTE, URGENTE A INTERVENCAO OU A ASSISTENCIA DO PSICOLOGO QUE 0 ACOMPANHA HA MAIS DE 2 ANOS NO ESTABELECIMENTO ESCOLAR, EPCI, DRA. ANA MARREIROS OU OUTROS ESPECIALISTAS, PARA QUE INFORMEM O TRIBUNAL, COM PARECERES TECNICOS FUNDAMENTADOS, A SITUAGAO PSICOLOGICA DO FILHO DO REQUERENTE, PARA QUE POSSAM TODOS OS INTERVENIENTES, TRIBUNAL E MINISTERIO PUBLICO, DECIDIR SUSTENTADOS EM OPINIOES DE TECNICOS ESPECIALISTAS E AVALIADO POR PARECERES. AMADORA, 5 DE NOVEMBRO DE 2023

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