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Final Project
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presidente do país. Esse golpe de 1964 começou 21 anos de uma ditadura militar no Brasil.
Durante essa época, pessoas precisavam escolher entre ser nomeado como “comunista,” ou
apoiar um regime de censura, tortura, e violações de diretas humanas. K: relato de uma busca
é uma história de um pai de um “comunista.” A, como ela está chamada no livro, desapareceu
como seu marido após resistir o regime militar. O K segue os passos de sua filha para tentar
encontrá-la antes que ela fosse morta nas prisões. A maneira que o Kucinski escreve o livro
deixa ver muito perspectivos diferentes. Alguns dos capítulos seguem a história do K, mas
Durante o livro, o leitor encontra alguns capítulos da perspetiva dos militares que estão
tentando desviar o K da encontrar o que realmente aconteceu com a filha dele. Por cada
página que menciona os militares, nos sentimos um ambiente intimidadora e cruel. Cada
Eles seriam considerados personagens planas nesse contexto. No livro K; o relato de uma
Nas próximas páginas atacarei três pontos principais ao redor dessa percepção dos
personagens militares no livro. Em primeiro lugar, cada vez que esses militares discutem seus
pensamentos e propósitos, eles só falam que querem destruir os comunistas. Durante cada
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destruir cada pessoa que esteja no caminho dos militares na escada de poder. O segundo
ponto que elaborarei, é que esses militares nem se importam com as vidas de pessoas
interrogando e destruindo qualquer pessoa que aparece como pode ter alguma conexão com o
movimento comunista. O último aspeto da representação dos militares sobre qual direi, é que o
Kucinski nos pinta uma imagem de militares que perdem a própria humanidade deles. Eles
deixam de ser humanos com empatia e sentimentos, e se mudam para ser monstros cruéis
com uma meta, e estão dispostos ao fazer qualquer coisa para la realiza.
Durante essa redação, eu demonstrarei que mesmo que este livro foi baseado numa
história real, a maneira que os militares são representados é com uma grande generalização e
simplificação de pessoas com más intenções e personalidades cruéis. Ernâni Mugge descreve
esse acontecimento assim; “Então, mesmo diante de um texto histórico, o leitor não encontrará
a verdade absoluta, pois ele também foi construído por um olhar contaminado pela
representação dos militares. Não penso que o autor criou essa representação sem propósito.
No final desse resenho, atacarei também algumas razões de porque é importante ter esse livro
1. O Propósito
Entre as primeiras páginas de K: relato de uma busca o autor nos apresenta para uma
rastro. Sem saber nada da situação na ditadura militar, percebemos rapidamente o ambiente
que o Kucinski está começando a criar dentro do livro. Já no primeiro capítulo, o autor dá a
impressão que essa “sistema” pega e destrói os inimigos sem nenhum pensamento.
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Mais para frente no livro, lemos um capítulo escrito da perspectiva dum militar.
Entendemos que ele é um comandante poderoso no militar onde está estacionado. Numa frase
muito clara, ele diz, “Me deram carta branca, que era para acabar com os comunistas, não
deram? Acabei com eles, não acabei?” (p. 65) Por essas palavras, vemos que a percepção que
o autor dá desses militares é que eles eram dispostas para fazer qualquer coisa para “acabar
com os comunistas.”
Por todo esse livro, a situação nunca desenvolve para ser mais complicada do que esse
Esses eventos incluem, uma briga sobre a vida dum cachorro enquanto estão torturando seres
humanos; brincando com os sentimentos de um pai sincero; e até lemos de mentiras dadas
para um país inteiro pelo próprio governo que era para lo protege. O Kucinski não exagerou
quando descreveu um tom geral de medo e tristeza que os militares levaram para o país. Sobre
o regime militar, Adv. José Geraldo de Santana Oliveira falou, “O golpe militar de 1964, de triste
e sangrenta memória, representou para o povo brasileiro um período de logro e de terror.” Essa
citação demonstra o ambiente que os brasileiros estavam enfrentando nas mãos da ditadura. O
Kucinski foca no motivo que os militares individuais tinham que levou o país de ter esse tom.
militar inteiro, ele coloca esse propósito nos comandantes individuais, dando a impressão que
Essa ideia é repetido pelo livro inteiro. Tem um capítulo em específico que demonstra
essa perspetiva. Na página 60, começa uma breve história sobre o cachorro do casal. Esse
capítulo é escrito pela perspetivo de um policial que tinha o trabalho de encontrar e levar o
casal para ser “interrogado.” O policial fala na primeira página, “pegamos os dois no beco, de
surpresa; uma sorte, aquela saída lateral do parque, meio escondida, quando os dois deram
personagens não foram tratadas como seres humanos desde o início. A imagem de alguém
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conecta mais com um assassino ou sequestrador e não um policial que simplesmente está
Durante o capítulo, “a cadela” o autor nos leva para uma cena de desrespeito e uma
imagem de pessoas deixando direitas humanas para o lado. A pintura que o Kucinski descreve
é de alguém que não se importa com a pessoa está pegando, mas somente que é chamado
como “comunista.” Depois que têm o casal, o policial, com outros militares, tentam decidir o que
fazer com essa cachorra. Eles discutem como ela é inocente, não tem culpa do que esta
acontecendo, e que não devem machucar nem matar ela. Eles da-la comida boa e um lugar
para dormir. Na página 62, o policial tem um diálogo mental que segue assim,
(KUCINSKI P. 62)
Esse tratamento maravilhoso da cachorra está acontecendo enquanto esse casal está
sendo machucado, torturado, jogado de qualquer lado, e tratado com menos de nenhum
respeito.
Durante essas citações, dá para ver que aqueles sendo envolvidos com os militares
(policiais, militares, comandantes, etc.), descrevem uma meta só. Essas pessoas somente
querem acabar com os comunistas, e eles não vão deixar nada tão ‘sem importância’ como
direitos humanos parar eles de cumprir esse propósito. Esses militares vão destruir todos os
O livro K: relato de uma busca, revolve ao redor da experiência da busca dum pai, K,
para sua filha, A. Durante essa procura, o K tem alguns momentos de contato indireto com
representação dos militares no livro. Os momentos de contato com militares mostram que estas
personagens nem param quando as suas ações acabam machucando outras pessoas
inocentes (pessoas que não fizeram nada para interromper o poder do regime militar.)
capítulo, “os informantes.” O K começa a pedir de algumas pessoas para informação sobre a
filha. Primeiramente ele fala com um padeiro. Alguns dias depois, ele volta e o padeiro fala que
a filha foi presa, e é só isso que ele sabe. O K continua a busca por alguém que pode ajudá-lo.
Ele descobre algumas outras pessoas que tentam a lo ajudar. De repente, um dia, cada pessoa
com quem ele falou lhe ligou e falou que não sabe nada sobre a filha e que tudo que falaram
antes era mentira. Eles falam que ela nunca foi presa e eles falam isto com exageração. Esse
capítulo começa a nos dar a ideia que os militares não se importam quanto esse pai sofra, a
K nunca tinha nada a ver com os comunistas, ou ninguém contra o governo, mas
mesmo assim, ele sofre bastante nas mãos dos militares enquanto está buscando a filha. As
conversas com os informantes começa esse sofrimento, mas só piora ao longo do livro. Na
página 65, começamos observar que o K está indo num caça aos patos-bravos que o
comandante militar cria para lo distrai. Durante essa parte, o militar fala para o K que a filha
está presa em alguma parte do estado e assim que poder, o K vai lá. Aí fala-lhe que está presa
em outro lugar e segue a mesmo padrão. Até ele faz que um homem finge de ter estado preso
com a filha, e marca um lugar e tempo para conhecer o K e falar da filha. Obviamente, esse
homem nunca chega. Dá facilmente para imaginar o sofrimento do K enquanto está recebendo
esperança que a filha está viva, aí de repente a informação estava errado. Durante todo esse
tempo, o comandante está se divertindo bastante em ver esse velho correndo de um lado para
A diversão dos militares fica muito clara na página 68. Nessa página os militares
planejam para dizer ao K que a A desembarcará de um voo num dia de volta de Portugal. O
comandante fala,
(KUCINSKI P. 68)
Na página seguinte, esse mesmo comandante fala, “o inimigo agora são as famílias
A representação dos militares nessa parte demonstra muito claro como o Kucinski dá a
impressão que eles gostam de estar fazendo essas familiares sofrerem tanto. No livro inteiro,
enquanto o K está sofrendo tanto, nunca temos um momento de reparo de um militar. Eles não
se importam que o K não é um desses inimigos que vão “destruir o país,” eles só se importam
em encontrar maneiras de deixar ele sofrer quanto é possível, só porque ele está se
Ninguém pode dizer que o mau tratamento não aconteceu durante a época da ditadura
militar. O Rafael Nunes Ferreira quando estava destacando o K: relato de uma busca, como um
(FERREIRA, P. 6)
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para realizar as metas maiores que eles têm. O K ênfase esse ponto na maneira que ele
escreve sobre a falta de empatia e respeito que os militares tinham por ele durante essa busca.
3. Sem Humanidade
tantas maneiras que não dá para contar. Ao pesquisar sobre essa época, é muito óbvio que
esses homens não tinham respeito pelas vidas dos brasileiros que estavam liderando. Em
1968, lançou o Ato-Institucional 5 que foi a clima desse desrespeito. A Maria Celina D´Araujo
(D´ARAUJO)
O dia que esse ato lançou, seres humanas de repente poderiam ser caçadas,
torturadas, mortas, presas, e atacadas sem nenhum pensamento da sua inocência. Esse ato
revela uma falta de empatia pelo povo brasileiro desde as primeiras palavras do documento. O
Kucinski satura esse livro com relatos de militares com essa falta de empatia e humanidade.
No livro K: relato de uma busca, o K experiencia contato com alguns militares ao longo
da história. Ele conhece esse sistema que “engolia pessoas sem deixar traços (p. 21).” Mais
pelo final do livro, ele começa a utilizar esse sistema difícil do governo para tentar encontrar
mais informação sobre a filha. Durante essa experiência ele reflete sobre toda a situação da
(KUCINSKI, P. 136)
ter emoções, empatia ou respeito e só buscam para distrair e destruir o K durante essa procura
pela filha dele. O pior da tortura que esse pai sofre, é que ele nem consegue encontrar uma
pessoa para confessar que sequestrou e matou a sua filha. Então ele só continua com um
pouco de esperança que encontrará algo que significa que ela está viva. Ele tanto quer que
alguém só for dizer que a filha já foi, mas os militares nunca vão dizer isto. O K compara a sua
situação com aquela dos judeus na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Ele fala na
página 25,
(KUCINSKI, P. 25)
O Kucinski, ao comparar esses militares de nazistas, ele traz as emoções que o leitor já
tem sobre os nazistas da Segunda Guerra Mundial, e leva essas emoções para os militares da
ditadura. Já que o leitor sabe tão horrível foi essa guerra, coloca os próprios sentimentos já
Mais pela metade do livro, também lemos uma reflexão que o K faz. Ele reconhece que
os militares farão tanto esforço para fingir que não estão sequestrando pessoas. Eles nunca
página 85. Essa imunidade é descrita do K como uma forma de punição na busca dele. Ele
quer tanto saber onde está a filha, e como ela está. Ele procura duramente e faz tudo para
poder receber informação. Por todo esse trabalho e sofrimento, os militares não vão nem
confrontar ele sobre essas pesquisas porque eles nunca querem dar a impressão que estão
O livro K: relato de uma busca conta algumas situações dos perspectivos de militares.
Ele também tem momentos de reflexão sobre a maneira que o K está sendo tratados pelos
comandantes e policiais. Ao longo desse livro, com cada página, o leitor perde mais respeito
por essas personagens militares. Quando o leitor chega até o final do livro, os militares nem
retêm a habilidade de ser chamados ‘humanos.’ Eles são representados como animais cruéis
4. Por Quê?
Quando comecei a ler esse livro do perspetivo do K, eu pensei muitos vezes, “esses
militares são representados como vilões horríveis. Penso que deveria ter tido alguém um pouco
gentil, mesmo se fosse só em alguns momentos. Todos não conseguem ter sido assim”
Quando cheguei no final do livro, também tinha essa impressão que essa obra só representado
um lado da história do regime militar. Aí decidi fazer mais pesquisa sobre o assunto e ver talvez
tem nas vidas de brasileiros hoje. O primeiro impacto importante aconteceu com a Lei de
(PLANALTO)
Em outras palavras, esse lei diz que qualquer pessoa que cometeu um crime politica
durante o regime militar seria perdoado. Essa lei deixou que muitas pessoas exiladas podiam
voltar para o Brasil, mas também significou que os próprios militares que ignoraram a lei e
torturaram e mataram pessoas jamais seriam punidos também. Ao observar o que o governo
atual tem para falar da lei de anistia e também do regime militar, vi como a posição oficial do
afeitas ainda não tem respostas e não tem um encerramento do que aconteceu. O Kucinski
(KUCINSKI P. 29)
Livros como K: relato de uma busca realmente deixa leitores com um sentimento de
ódio para os militares envolvidos no sequestro e morte da filha do K. Esses sentimentos que
acompanham o leitor ajuda as pessoas de hoje a começar a realizar algo para dar justiça para
aqueles que falta punição. Essas obras também abre a porta de reconhecimento dos eventos e
encerramento para as famílias daqueles que foram sequestrados e mortos. Até o momento de
que o governo reconhecer o que foi, e fizer o que precisa para ganhar a confiança do país,
precisa de livros assim para acender um fogo nos brasileiros e levar mudança para o país e a
maneira que se trata essa época. O livro K: relato de uma busca não deixa que o regime militar
entre em um esquecimento geral, mas que os eventos ficam fortemente nos nossos corações
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