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Atv Paracanoagem
Atv Paracanoagem
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Londrina - PR
2023
1 INTRODUÇÃO
O estágio teve como objetivo proporcionar uma vivência prática e reflexiva sobre a atuação
do profissional de Educação Física na adaptação de atividades físicas para pessoas com
deficiência. Todo o período do estágio fui supervisionado por um professor experiente com mais
de 30 anos na área e tive a oportunidade de aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos ao
longo do curso. O estágio foi realizado em uma escola de canoagem e remo localizada na cidade
de Londrina, onde já se formaram vários paratletas que foram destaque na categoria mundial.
Além da prática da própria paracanoagem, pude vivenciar também a rotina de treino de
fortalecimento e a iniciação de alguns atletas.
A escola possui uma ampla quantidade de caiaques e remos, onde me foi mostrado suas
diferenças e particularidades como tamanho, largura e adaptações. As adaptações são todas
feitas a mão pelo professor responsável e são feitas de acordo com a necessidade do aluno.
Fiquei impressionado com a qualidade das adaptações e com a dedicação do professor em
realizá-las. A estrutura da escola vai além de caiaques e remos, a mesma conta com aparelhos
de musculação adaptados para paraplégicos e um profissional de educação física que
acompanha a evolução física dos alunos e os acompanha durante o treino. Vale ressaltar que a
escola é localizada dentro de um clube as margens do principal lago da cidade próximo ao centro,
tendo um fácil acesso para os alunos.
Durante o período em que fiquei na escola, percebi que cada aluno tinha seus motivos
para praticar o esporte e que além da superação física também havia um desejo de superação
mental. Muitos alunos não nasceram paraplégicos e à primeira vista esses me pareceram ter uma
dificuldade a mais dos que já nasceram nessas condições devido a não superação do trauma.
Acompanhei a rotina de treino de ambos os tipos de alunos (paraplégicos, amputados e
sem nenhuma deficiência física), a fim de ter uma noção de comparação de treinos. Com isso
pude notar que a diferença de treino foi somente nas adaptações dos caiaques ou algum treino
específico devido alguma particularidade física do aluno. A intensidade e os exercícios foram
praticamente iguais para os alunos com a mesma experiencia. Inclusive em um período de
descontração, presenciei um aluno paraplégico competir com um aluno sem deficiência física.
Claro que as limitações de um aluno paraplégico o deixam em desvantagem contra um aluno se
deficiência com a mesma experiencia, porém esse fator não parecia importar para eles, o que é
bom pois o espírito de competitividade amistosa faz o aluno ter mais motivação em melhorar no
esporte.
Foi notado também a rigidez do professor ao ministrar as aulas práticas, mas ao mesmo
tempo era bem motivador, sempre encorajando os alunos a darem um pouco mais de energia. As
adaptações feitas no caiaque, são de acordo com a deficiência física de cada aluno. Alguns
possuem um estofado na parte de dentro para evitar qualquer desconforto ou talvez uma piora na
lesão do atleta.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao finalizar o estágio, pude perceber o quanto a educação física é importante na vida das
pessoas mesmo que de diferentes formas e objetivos. Essa importância abrange desde o
condicionamento físico até o psicológico. Souza (1994), enfatiza que o esporte adaptado deve
ser considerado como uma alternativa lúdica e mais prazerosa, sendo este parte do processo de
reabilitação das pessoas portadoras de deficiências físicas. A ACMS (1997), relata que um
programa de atividades físicas para os portadores de deficiência física deve observar a princípio
se a adaptação dos esportes ou atividades mantendo os mesmos objetivos e vantagens da
atividade e dos esportes convencionais, ou seja, aumentar a resistência cardiorrespiratória, a
força, a resistência muscular, a flexibilidade, etc. Posteriormente, observar se esta atividade
possui um caráter terapêutico, auxiliando efetivamente no processo de reabilitação destas
pessoas. Transtornos como, Ansiedade, Depressão, Esquizofrenia e Síndrome do Pânico estão
cada vez mais frequentes. As relações entre pessoas com estes transtornos se tornam
conturbadas, refletindo em isolamento social, insegurança, e vários comportamentos que afetam
sua qualidade de vida e saúde mental (ARAÚJO et al., 2014).
Com isso pode se notar a importância da inclusão e do respeito a diversidade na prática
esportiva. A superação física e emocional em prol do bem-estar e da qualidade de vida.
4 REFERÊNCIAS
Araújo, S. R. C. D., Mello, M. T. D., & Leite, J. R. (2007). Transtornos de ansiedade e exercício
físico. Revista brasileira de psiquiatria.
Souza, P.A. (1994) O esporte na paraplégica e tetraplegia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara
Koogan S.A .
5 ANEXOS