Você está na página 1de 6

FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS (FAMETRO)

ZFM (ZONA FRANCA DE MANAUS)


1. Os principais tributos federais com incentivos fiscais.
2. Impacto desses incentivos na atração de investimentos e
na geração de emprego na região.
3. Vantagens e desvantagens desses incentivos fiscais para o
governo federal.

MANAUS – AM
2023
ADRIANE MACIEL
NATHAN DOS SANTOS ARAÚJO
ALINE CRUZ DE SOUZA
ERISLAYNE GARCIA
MATEUS RODRIGUES BARROS
RAFAEL EDSON
ALLYSON KIYOTAKA ANDRADE OTANI
ZFM (ZONA FRANCA DE MANAUS)
1. Os principais tributos federais com incentivos fiscais.
2. Impactos desses incentivos na atração de investimentos e
na geração de emprego na região.
3. Vantagens e desvantagens desses incentivos fiscais para o
governo federal.

TRABALHO SOLICITADO PELO


PROFESSOR (a): KEYTH ANNE
COMO NOTA PARCIAL DO 1°
SEMESTRE NA DISCIPLINA DE
CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MANAUS – AM
2023
INTRODUÇÃO

Nesta pesquisa abordaremos o assunto sobre a ZFM (Zona Franca de


Manaus), porém daremos prioridades para alguns temas à parte, como: Os
principais tributos federais com incentivos fiscais; Impactos desses incentivos
na atração de investimentos e na geração de emprego na região; Vantagens e
desvantagens desses incentivos fiscais para o governo federal.
O obejetivo do trabalho é explicar com clareza os temas citados, fazendo com
que dúvidas e questionamentos sobre o tema sejam respondidos.

DESENVOLVIMENTO
UMA REDE DE INCENTIVOS FISCAIS QUE FAZ TODA A
DIFERENÇA E INCENTIVOS FEDERAIS
Os empreendedores que optam pela ZFM podem contar com uma rede
estruturada de incentivos fiscais estaduais e federais que são um importante
diferencial de competitividade, principalmente na importação de insumos e
bens de capital.
A estabilidade dessas regras de negócio, que gozam de garantia constitucional,
favorece a um planejamento mais acurado das iniciativas de investimento, e
contribuem para uma maior previsibilidade das expectativas de retorno.
Resumidamente, os incentivos federais abrangem: II, IE, IPI, PIS, PASEP,
COFINS, IRPJ e ARMM
QUANTO AO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II):
1 - Isenção na entrada de mercadoria destinada ao consumo
interno,industrialização em qualquer grau, inclusive
beneficiamento,agropecuária, pesca, instalação e operação de indústria e
serviçosde qualquer natureza, bem como a estocagem para reexportação;
2 - Redução do imposto devido na saída de produtos industrializados na ZFM
para qualquer ponto do território nacional relativo amatérias-primas, produtos
intermediários, materiais secundários e de embalagem, componentes e outros
insumos de origem estrangeira, proporcionalmente aos custos de mão de obra
e insumos nacionais quanto estes forem bens de informática, e para demais
produtos industrializados com redução de até 88%, desdeque atendam em
nível de industrialização local compatível com Processo Produtivo Básico
(PPB).
Imposto de Exportação (IE): A alíquota do imposto está reduzida à 0% (zero
por cento), exceto para exportação de peles em bruto de bovinos ou de
eqüídeos, de ovinos e outras peles em bruto, cujo percentual é de 9%

QUANTO AO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI):


1 -Suspensão convertida em Isenção do imposto sobre produtos estrangeiros
importados pela ZFM para consumo interno ou utilização na industrialização de
outros produtos, na pesca e na agropecuária, instalação e operação de
indústrias e serviços de qualquer natureza ou estocados para exportação para
o exterior;
2 - Isenção do imposto sobre produtos nacionais entrados na ZFM para
consumo, utilização ou industrialização, ou ainda, para serem remetidos, por
intermédio de seus entrepostos, à Amazônia Ocidental;
3 - Isenção para produtos industrializados na ZFM, por estabelecimento com
projetos aprovados pelo Conselho de Administração da SUFRAMA (CAS),
destinados a comercialização em qualquer outro ponto do território nacional e
em conformidade com o Processo Produtivo Básico (PPB).
QUANTO ÀS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS DO PROGRAMA DE
INTEGRAÇÃOSOCIAL E DE FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO DO SERVIDOR
(PIS/PASEP) E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PARA FINANCIAMENTO DA
SEGURIDADE SOCIAL (COFINS):
1 - Suspensão da exigência nas importações de matérias-primas, produtos
intermediários e materiais de embalagem para emprego em processo de
industrialização consoante projeto aprovado pelo Conselho de administração
da SUFRAMA (CAS);
2 - Redução a 0 (zero) para as alíquotas incidentes sobre as receitas
decorrentes da comercialização de matérias-primas, produtos intermediários e
materiais de embalagem, produzidos na ZFM para emprego em processo de
industrialização por estabelecimento industriais ali instalados, conforme projeto
aprovado pelo CAS;
3 - Alíquotas diferenciadas com redução de cerca de 60% do valor da alíquota
(0,65% PIS e 3% COFINS) incidentes sobre a receita bruta auferida por pessoa
jurídica industrial, decorrente da venda de produção própria e consoante
projeto aprovado pelo CAS.

QUANTO AO IMPOSTO DE RENDA DE PESSOA JURÍDICA (IRPJ):


1 - Redução de 75% calculados no lucro da exploração para pessoas jurídicas
que tenham projeto protocolado e aprovado até 31 de dezembro de 2023 para
instalação, ampliação, modernização ou diversificação enquadrados conforme
setores prioritários na área de atuação da Superintendência do
Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM);
2 - Reinvestimento de 30% do imposto devido até 31 de dezembro de 2023
para modernização ou complementação de equipamentos em
empreendimentos considerados prioritários para o desenvolvimento regional.

QUANTO AO ADICIONAL SOBRE O FRETE PARA A RENOVAÇÃO DA


MARINHA MERCANTE (AFRMM):
1 - Não incidência para navegação fluvial e lacustre, exceto sobre cargas de
granéis líquidos, transportadas no âmbito das Regiões Norte e Nordeste.

IMPACTO DESSES INCENTIVOS NA ATRAÇÃO DE


INVESTIMENTOS E NA GERAÇÃO DE EMPREGO NA REGIÃO.
As empresas instaladas na ZFM têm uma série de benefícios e incentivos.
Entre eles estão a isenção de impostos sobre produtos industrializados (IPI) e a
redução de impostos sobre a renda. Essas vantagens contribuem para atrair
investimentos e fomentar a atividade econômica na região.
Os empreendedores que optam pela ZFM podem contar com uma rede
estruturada de incentivos fiscais estaduais e federais que são um importante
diferencial de competitividade, principalmente na importação de insumos e
bens de capital. A estabilidade dessas regras de negócio, que gozam de
garantia constitucional, favorece a um planejamento mais acurado das
iniciativas de investimento, e contribuem para uma maior previsibilidade das
expectativas de retorno.
A criação da ZFM contribuiu significativamente para a geração de empregos na
região amazônica, promovendo o desenvolvimento social e econômico local. A
presença de indústrias e empresas nas áreas de tecnologia, eletrônicos,
eletroeletrônicos, motocicletas, entre outros setores, impulsionou a formação
de mão de obra especializada e o crescimento das cidades vizinhas.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS INCENTIVOS E


BENEFÍCIOS FISCAIS
São diversas empresas que hoje fazem uso de benefícios e incentivos fiscais
tanto no âmbito federal, como no estadual e municipal, mas as empresas que
fazem uso desses privilégios, devem dispor de uma contrapartida a sociedade,
que pode ser de diversas formas, por exemplo, o governo pode contrapor que
com a renúncia fiscal dada por ele a empresa amplie sua capacidade de
operação, ou renove seu maquinário e parques produtivos, gerando assim mais
empregos e renda para a região.

Neste caso podemos entender que os incentivos e benefícios fiscais são de


certa forma um “contrato” entre governo e empresa, onde o governo usa a
empresa para fazer políticas públicas, gerando crescimento do mercado e giro
da economia, e a empresa acaba crescendo mais pelo menor pagamento de
tributos. Na teoria trata-se de um instrumento para diversos fins, como
movimentar um determinado setor do mercado, auxiliar o desenvolvimento
socioeconômico, e aumentar a geração de empregos. Para que a redução da
carga tributária gere uma melhoria na gestão financeira é necessário que a
empresa se aproveite disso para fortalecer o seu marketing pessoal, ela deve
expor que está ajudando o estado/município com o desenvolvimento de
projetos e mostre ao consumidor que ela está preocupada com o dia a dia e
bem-estar das pessoas.

Até aqui vimos somente o lado positivo dos benefícios fiscais, mas e o lado
negativo?

Bem, atualmente alguns setores da economia recebem estes privilégios, mas


não oferecem a contraprestação de benfeitorias esperadas a sociedade. Ou
seja, a renúncia que o governo faz com relação ao recolhimento de impostos
em prol do crescimento econômico e social, não é cumprido por parte das
empresas. Somente no abatimento financeiro que estas empresas recebem, e
no eventual investimento em departamentos do próprio negócio que poderiam
ser feitos, já se compreende que a empresa poderia ajudar sua própria região.

Mas algumas vezes não é bem assim que acontece. Um exemplo disso é o
caso dos bancos que são setores lucrativos, e que ao contrário de geradores
de empregos, os vem reduzindo, e pouco se tem de retorno em termos de
benefícios ao país. Em contramão do alívio da carga tributária as empresas
beneficiadas deveriam retornar parte do benefício recebido a sociedade
brasileira, mas o cenário atual é diferente, vemos empresas extremamente
lucrativas que se beneficiam da renúncia fiscal do governo, valor este que
poderia estar sendo para outros fins em prol da sociedade.

As medidas que estão sendo discutidas com a reforma tributária, até abordam
de maneira geral o tema dos benefícios fiscais e as renúncias provenientes
deles, a ideia é que com um imposto único os benefícios e isenções fiscais,
principais fatores até de outro problema que é a guerra fiscal, não existiriam
mais, salvo em casos específicos como a Zona Franca de Manaus.

O sistema tributário atual por vezes concede privilégios indevidos e elevam as


desigualdades sociais no país, isso principalmente quando falamos do ICMS,
onde os estados inserem benefícios de modo a atrair novos investimentos, mas
acabam por prejudicar outras regiões. Entretanto, o parágrafo único do artigo
176 do CTN expressa que “Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a
determinada região do território da entidade tributante, em função de
condições a ela peculiares”, isso quer dizer que para ajudar uma determinada
região a se desenvolver é permitida a criação de incentivos, mas isso tem de
ser discutido por todos os entes tributantes, e não unilateralmente como ocorre
hoje.
Outro ponto a ser analisado é o artigo 151, I, da CF que diz ser vedado a União
instituir tributo que não seja uniforme em todo território nacional, e que gere
algum tipo de preferência por uma região em detrimento de outra, mas que é
permitido incentivos fiscais que promovam equilíbrio e o desenvolvimento das
diversas regiões do País.

Muitas vezes vê-se que na câmara dos deputados têm-se discussões


acaloradas quando da votação de alguma MP que quer institucionalizar algum
benefício fiscal para alguma região, isso porque cada bancada de cada região
costuma defender o aumento para as suas próprias áreas. De certa forma é
natural estas disputas regionais por benefícios fiscais, onde como exemplo
podemos citar a MP 843/18 que criaria o programa Rota 2030 e concederia
incentivos ao setor automobilístico em troca de investimentos em tecnologia.
Ela, no entanto, não foi aceita pelo Nordeste, pois, não atenderia a esta região,
e pediu-se a expansão do benefício para que os atendessem também. O caso
é que como na Bahia tem a Ford, em Pernambuco a Fiat Chrysler seria para
eles interessante também esta expansão.
Nessa proposta o Centro-Oeste, que foi quem tentou a aprovação da mesma,
buscava um melhor cenário de negócios para as empresas situadas na sua
região, mas não só o nordeste foi contra, como também o Sul e Sudeste, pois,
estas regiões tinham receio que o benefício enfraquecesse o mercado de suas
áreas. De maneira geral se as exigências que são pedidas as empresas para
concessão dos benefícios e incentivos fossem devidamente cumpridas, e
houvesse respeitos entre as esferas tributantes, poderíamos ver muitas
vantagens além das que temos hoje com este tipo de política pública. Se os
incentivos e benefícios fiscais um dia vão realmente gerar a contrapartida
esperada pelo governo, não sei dizer. Trata-se de um futuro que nem a reforma
tributária, a meu ver seria capaz de resolver. Será com certeza necessária a
readequação do modelo de redução da carga tributária atual, para que as
empresas contempladas realmente destinem uma parte dos impostos que
seriam pagos ao governo, para auxílio de algum projeto de cunho social, ou em
reinvestimento interno para gerar mais empregos e renda a região.

BIBLIOGRAFIA

Os principais tributos federais com incentivos fiscais.


(https://www.sedecti.am.gov.br/wp-content/uploads/2020/10/GUIA-
DE-INCENTIVOS-FISCAIS-DA-ZFM.VERSAO-ATUALIZADO-EM-
07.10.2020-1)

Impacto desses incentivos na atração de investimentos e na geração


de emprego na região. (https://www.conexos.com.br/zona-franca-
manaus-comercio-exterior/ e https://www.sedecti.am.gov.br/wp-
content/uploads/2020/10/GUIA-DE-INCENTIVOS-FISCAIS-DA-
ZFM.VERSAO-ATUALIZADO-EM-07.10.2020-1)

Vantagens e desvantagens desses incentivos fiscais para o governo


federal. (https://www.ciclocontadoresassociados.com.br/vantagens-e-
desvantagens-dos-incentivos-e-beneficios-fiscais/)

CONCLUSÃO
A pesquisa cumpriu o obejtivo exigido de explicar com clareza e transparência
sobre alguns temas sobre a ZFM (Zona Franca de Manaus), tirando dúvidas,
apresentando algo novo ou até mesmo fazendo o leitor relembrar sobre
assuntos já vistos, com isso finalizamos o trabalho com seus objetivos e
finalidades apresentadas.

Você também pode gostar