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Análise Experimental

do Comportamento

prof. Carlos Alberto


OPERANTES
Forma de comportamento que
é influenciado pelas
consequências que se seguem.

COMPORTAMENTO Diferente do respondente, que


OPERANTE é uma resposta automática a
um estímulo específico, os
operantes são voluntários e
ativos.
S R Produz mudanças no ambiente.
A interação organismo x ambiente é
chamada de CONTINGÊNCIA DE
REFORÇAMENTO.

Se… então…

“SE o rato aperta a barra, ENTÃO ele recebe


água.”
Reforçadores

O Gato do Thorndike e a Lei do Efeito.


Reforçadores

O Reforçamento é o processo responsável pela


ocorrência do Comportamento Operante. E
quando este comportamento tem um resultado
favorável, há maior probabilidade de ocorrer num
futuro próximo sobre as mesmas circunstâncias.

1. Ocorrência de um comportamento em particular;


2. Seguido de uma consequência imediata;
3. O resultado fortalece o comportamento.
Para uma consequência ser reforçadora, ela
deve ter como FUNÇÃO aumentar a
probabilidade do comportamento (ou
resposta) alvo acontecer no futuro.

(Qual o comportamento? O que aconteceu


logo após o comportamento? O
comportamento aconteceu novamente?)
Reforçadores

Primários (incondicionados): eles são


inerentemente gratificantes e não dependem de
aprendizagem prévio. Estão relacionados às
necessidades biológicas básicas e tem impacto
direto na sobrevivência e bem-estar.

Secundários (condicionados): não possuem valor


intrínseco, mas ganham importância devido à sua
relação com reforçadores primários ou eventos que
provocam respostas emocionais.
Reforçadores

Reforçadores positivos:
1. Ocorrência de uma resposta;
2. Adição de um estímulo (reforçador) ou
aumento da intensidade de um estímulo;
3. Fortalecimento do comportamento.

“Ser elogiado logo após uma resposta certa.”


Reforçadores

Reforçadores negativos:
1. Ocorrência de uma resposta;
2. Subtração de um estímulo (aversivo) ou
diminuição da intensidade de um estímulo;
3. Fortalecimento do comportamento.

“Estar com dor de cabeça e desligar um som alto


que o está incomodando”
Reforçadores

Reforçadores negativos

Fuga: retirada do estímulo aversivo quando ele já


está presente no ambiente.

Esquiva: previne a ocorrência do estímulo


aversivo antes que ele apareça.
Reforçadores

Arbitrários x Naturais:

Os naturais são inerentemente gratificantes e estão


naturalmente presentes no ambiente do indivíduo,
enquanto os arbitrários são os apreendidos e
adquirem valor através das associações e vivências
passadas.

No processo de aprendizagem infantil o objetivo é


passar do arbitrário para o natural.
Reforçadores

Social x Automáticos:

Consequências reforçadora através da ação do


outro.

Consequência reforçadora pelo contato direto


com o ambiente.
Reforçadores

Generalizados: são uma categoria especial,


mais abstratos e abrangem uma maior gama de
reforçadores diferentes.

Exemplo: dinheiro
Reforçadores

Princípio de Premack:

A oportunidade de se engajar numa resposta de


maior preferência como consequência da
emissão de uma resposta de menor preferência.
Reforçadores

Fatores que influenciam a efetividade do


reforçamento:

1. Imediatismo: tempo entre R -C;


2. Contingência: C ocorre depois da R;
3. Diferenças individuais: reforçadores
individualizados;
4. Magnitude: força da C;
5. Operações Motivacionais.
Reforçadores

Operações Motivacionais: eventos antecedentes


que a) alteram o valor da consequência e b) a
resposta que produziu o reforço mais ou menos
provável de ocorrer.

1. Operações Estabelecedoras: torna o reforçador


mais potente (Privação).
2. Operações Abolidoras: torna o reforçador menos
potente (Saciação).
REVISÃO!
Extinção
Extinção

Um comportamento que foi reforçado por um período de


tempo não é mais reforçado, por isso, deixa de acontecer.

1. Comportamento previamente reforçado;


2. Não há mais a presença das consequências
reforçadoras;
3. O comportamento para de ocorrer no futuro.

Obs: a frequência da resposta aumentará antes de ser


extinguida.
Devemos tomar cuidado com a extinção.

O objetivo de qualquer procedimento de


extinção é: parar o comportamento.
Extinguir fala sobre reter/não apresentar o
reforçador, não ignorar o problema.

Isso só irá funcionar se a atenção ganha for


o reforçador.
Punição
Punição

Processo de enfraquecimento do operante

1. Um comportamento ocorre;
2. Uma consequência imediatamente segue a
resposta;
3. O comportamento tem menor probabilidade de
acontecer no futuro.

Punidores são conhecidos como Estímulos


Aversivos
Punição

Para os behavioristas os punidores devem a) ocorrer


logo após a emissão da resposta problema; b) não é
uma forma de vingança moral, sanção ou
retribuição; e c) não é usado para impedir que
outros engajem no comportamento alvo.
Punição

João, um garoto de 5 anos implica com sua irmã


diariamente, xingando e batendo nela até que chore.
Todas as vezes que ele apresenta esse
comportamento sua mãe o bate e passa um sermão.
Naquele momento específico João deixa de bater em
sua irmã, porém volta a apresentar o mesmo
comportamento agressivo com sua irmã nos outros
dias.
Punição

Punição positiva:
1. Um comportamento ocorre;
2. É seguido pela apresentação de um estímulo aversivo;
3. como resultado, o comportamento tem menor
probabilidade de ocorrer no futuro.

Punição negativa:
4. Um comportamento ocorre;
5. É seguido pela remoção de um estímulo reforçador;;
6. como resultado, o comportamento tem menor
probabilidade de ocorrer no futuro.
Punição

Punição Incondicionada: nenhum outro tipo


de condicionamento é necessário.

Punição Condicionada: quando pareado com


estímulos incondicionados.
Punição

Princípio de Premack

Quando um organismo é colocado para se engajar


num comportamento de baixa probabilidade como
contingência a um comportamento de alta
probabilidade, a frequência do comportamento de
alta probabilidade irá reduzir.
Punição

A Punição Positiva, ao contrário da extinção, faz com


que a frequência do comportamento problema
cesse na hora.

A Punição Negativa é a remoção de um reforçador,


este não necessariamente está ligado a
consequência do comportamento. Enquanto na
extinção a retenção do reforçador é aquele
diretamente consequente da resposta.
Punição

Lívia, uma menina de 9 anos, vive interrompendo seus


pais quando eles estão conversando a sós. Ambos já
conversaram com a filha explicando o porquê ela não
deve continuar com esse comportamento. Porém a
resposta do comportamento de Lívia não diminuiu e
ela continua interrompendo os pais.
Punição

João, um garoto de 5 anos implica com sua irmã


diariamente, xingando e batendo nela até que chore.
Todas as vezes que ele apresenta esse
comportamento sua mãe o bate e passa um sermão.
Naquele momento específico João deixa de bater em
sua irmã, porém volta a apresentar o mesmo
comportamento agressivo com sua irmã nos outros
dias.
Punição

Fatores que influenciam a Punição:

1. Imediatismo;
2. Contingência;
3. Operações Motivacionais;
4. Diferenças individuais.
Punição

Problemas com o uso de Controle Aversivo:


1. Eliciar respostas emocionais;
2. Aumento da Fuga/Esquiva;
3. Reforçamento negativo para quem utiliza;
4. Supressão de outros comportamentos além do
comportamento punido;
5. Resposta incompatível com o comportamento
punido.
Punição

Contracontrole: evitar o controle de um agente


punidor, diferente de fuga/esquiva que se
estabelece como uma função comportamental.
CONDICIONAMENTO OPERANTE
Condicionamento Operante

Método de aprendizagem em que as


consequências do comportamento (reforços e
punições) determinam a probabilidade de que ela
será realizada no futuro.
Condicionamento Operante
Condicionamento Operante

Operantes Discriminativos são compostos de


duas relações. A resposta com o reforçador
(operante) e do operante com o seu contexto.

Introdução do Sd e Sdelta
Condicionamento Operante

Os estímulos antecedentes que são correlacionados


com a apresentação de estímulos reforçadores
após a emissão de um determinado
comportamento são denominados estímulos
discriminativos (Sd).

Estímulos Discriminativos: fornece contexto para a


resposta.
Condicionamento Operante

OPERANTES x REFLEXOS

R-C/S-R

Contingência Tríplice
S-R C
Condicionamento Operante

Contingência Tríplice
S-R C - R+
R-
P+
P-
Condicionamento Operante

Contingência Tríplice:

Sd - R - C (assim cai na prova)

Sd : R - Sc

A-B-C

O:R-C
Condicionamento Operante

Contingência Tríplice:

Sdelta - R X C

Sdelta: indisponibilização do reforço


Condicionamento Operante

O procedimento experimental do
condicionamento operante é simples e
direto. Dispõe-se uma contingência de
reforço e expõe-se a ela o organismo por um
dado período.
Condicionamento Operante

Lívia, uma menina de 9 anos, vive interrompendo seus


pais quando eles estão conversando a sós. Ambos já
conversaram com a filha explicando o porquê ela não
deve continuar com esse comportamento. Porém a
resposta do comportamento de Lívia não diminuiu e
ela continua interrompendo os pais.

Sd: estar sozinha e com medo no quarto, os pais


trabalham o dia todo e ela quer atenção, etc…
Condicionamento Operante

João, um garoto de 5 anos implica com sua irmã


diariamente, xingando e batendo nela até que chore.
Todas as vezes que ele apresenta esse
comportamento sua mãe o bate e passa um sermão.
Naquele momento específico João deixa de bater em
sua irmã, porém volta a apresentar o mesmo
comportamento agressivo com sua irmã nos outros
dias.

Sd: gosta de ver a irmã chorar, quer a atenção da mãe, etc…


Condicionamento Operante

Jacó está inquieto em casa andando de um lado para o


outro. Tentou sentar para ver um filme com sua esposa e
não deu certo, pegou um livro para ler e não deu
prosseguimento, até pensou em estudar e terminar
alguns trabalhos, mas nada prendia sua atenção. Foi a
geladeira e achou um pavê, comeu e se sentiu melhor.
Porém pouco tempo depois se viu inquieto novamente.

Sd: viagem para fazer no próximo dia, conversa importante


no trabalho, apresentação para realizar, etc
CONTROLE DE ESTÍMULOS
Controle de estímulos

O que são antecedentes?

Estímulos, eventos, situações ou circunstâncias que


estão presentes quando um comportamento ocorre.
Quando entendemos os antecedentes de um
comportamento operante, temos informações de
como ele foi reforçado ou punido.
Controle de estímulos

O termo se refere a influência dos estímulos


antecedentes no comportamento operante.

Neste processo nós temos respostas específicas que


são controlados por estímulos específicos chamado de
discriminação operante.

Sendo assim, o comportamento estará sob o controle de


estímulos quando a probabilidade de ocorrência da
resposta aumentar na presença de um estímulo
antecedente específico.
Controle de estímulos

Exemplos:
1. Um homem diz “eu te amo” para sua esposa e não
para todo mundo onde ele trabalha.
2. Quando a luz está verde no semáforo você
atravessa, estando vermelha você para.
3. Contar piadas de 5º série para seus amigos e não
para seus pais.
4. O marcador de gasolina do carro está baixo, você
abastece o carro.
Controle de estímulos

O treino discriminativo é o processo de aprendizagem


do organismo onde um determinado comportamento
só será reforçado na presença de um Sd específico.

Sd (estímulo discriminativo): indica a possibilidade de


reforçamento.

Sdelta (estímulo delta): indica a indisponibilidade do


reforço.
Controle de estímulos

Dois passos envolvidos no Treino Discriminativo:

1. Quando o Sd está presente, o comportamento é


reforçado;
2. Quando qualquer outro estímulo, a não ser o Sd,
estiver presente, o comportamento não será
reforçado. Qualquer estímulo, que não seja o Sd,
presente no momento será denominado S-delta.

O organismo passa a discriminar entre os Sd e


S-deltas.
Controle de estímulos

A generalização de estímulos operantes é uma


emissão da mesma resposta na presença de estímulos
semelhantes ao estímulo discriminativo previamente
treinado. Quanto maior a semelhança, melhor.

De acordo com Stokes e Osnes (1989), a


generalização é um termo que descreve o fato de
que o controle adquirido por um estímulo é
compartilhado por outros estímulos com
propriedades em comum.
Controle de estímulos

O gradiente de generalização é a variação da


probabilidade de ocorrência de uma resposta na
presença de novos estímulos em função da variação
de alguma propriedade desses estímulos.

O reforçamento diferencial (escolha de certas


respostas para serem reforçadas enquanto outras são
colocadas em extinção) e o reforçamento adicional
alteram o gráfico de generalização.
Controle de estímulos

A classe de estímulos constitui uma classe que


compartilha similaridades formais entre si, mas elas
precisam de um reforçamento das respostas comuns
em sua presença.

Já as classes funcionais não possuem similaridade


formal entre si, mas há uma mesma função,
servindo de Sd para uma mesma classe de
respostas.
Controle de estímulos

Encadeamento de respostas: sequência de respostas


que geram um resultado final.

Reforçadores condicionados: quando um estímulo


reforçador condicionado (Sr) de uma determinada
resposta serve como estímulo discriminativo (Sd) para
outra. (podem ser generalizados ou simples)
ESQUEMA DE REFORÇAMENTO
Esquema de Reforçamento

Regras que especificam quais condições as


respostas devem obedecer para que o
estímulo reforçador aconteça.

1. Esquema de Reforçamento Contínuo (CRF)


2. Esquema de Reforçamento Intermitente
Esquema de Reforçamento

Esquema de Reforçamento Contínuo


(CRF): toda a resposta e seguida de um
estímulo reforçador.
Razão: um certo número de resposta
para a apresentação de um estímulo
reforçador.
1. Na Razão Fixa (FR) o numero de R é
Esquema de sempre o mesmo.
2. Na Razão Variável (VR) o número de
Reforçamento R se modifica a cada apresentação.

Intermitente Intervalo: a apresentação do estímulo


reforçador depende do tempo.
1. No Intervalo Fixo (FI) o tempo entre
a apresentação do último estímulo
Razão e Intervalo reforçador e o próximo é o mesmo.
2. No Intervalo Variável (VI) os tempos
são diferentes entre as
apresentações dos estímulos
reforçadores.
Pontos a serem levados em
consideração:

1. Dados de transição;
2. Dados em estado estável;
3. Taxa de resposta (MUITO
IMPORTANTE);
4. Pausa pós-reforçamento.
Esquema de Reforçamento

Padrões Comportamentais dos Esquemas


Intermitentes:
1. Razão Fixa (FR): taxa de resposta alta e
constante com uma pausa pós-reforçamento.
A pausa dependerá da razão. Menor
resistência a extinção.
2. Razão Variável (VR): taxa de resposta alta e
sem pausa pós-reforçamento. Maior
resistência a extinção.
Esquema de Reforçamento

Padrões Comportamentais dos Esquemas


Intermitentes:
1. Intervalo Fixo (FI): taxa de resposta baixa no
início do intervalo, aumentando conforme o
final se aproxima. Menor resistência a
extinção.
2. Intervalo Variável (VI): taxa de resposta
moderada. Maior resistência a extinção.
Esquema de Reforçamento

Esquemas de reforçamento contínuos


são mais eficazes para modelagem e
manutenção do comportamento.
Também são menos resistentes à
extinção.
Esquema de Reforçamento

Contenção limitada (Limited Hold - LH):


esquemas de reforçamento intermitentes
onde o estímulo reforçador permanece
disponível apenas por um período limitado
de tempo.
Esquema de Reforçamento

Quando o estímulo reforçador é apresentado


independente da ocorrência de uma resposta
específica, chamamo-os de Contingências não
específicas, podendo ser de tempo fixo (FT) ou
tempo variável (VT)

Já o Comportamento Supersticioso temos uma


relação de contiguidade onde o reforçador é
apresentado temporalmente próximo a ocorrência
de alguma resposta e ambos não estão ligados.
Reforçamento Diferencial: técnica
para aumentar a ocorrência de
comportamentos alvo desejáveis e
diminuir comportamentos alvo
indesejáveis através da utilização de
reforçamento e extinção.
Esquema de Reforçamento

Reforçamento Diferencial:
1. Altas Taxas de Respostas (DRH);
2. Baixas Taxas de Respostas (DRL);
3. Outros Comportamentos (DRO);
4. Comportamentos Alternativos (DRA)
Esquema de Reforçamento

Quando há a combinação de mais de um esquema de


reforçamento, chamamos de Esquemas Compostos.

1. Esquemas Múltiplos e Mistos;


2. Esquemas Encadeados;
3. Esquemas Concorrentes e Lei da Igualação;

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